Corrida e Dermatologia
Manual de Bolhas na Corrida de Rua: O Que Você Precisa Saber
Publicados
2 anos atrásem
Se você é um corredor de rua, provavelmente já teve que lidar com bolhas em seus pés em algum momento. Essas bolhinhas irritantes podem aparecer devido ao atrito repetitivo entre os seus pés e os tênis durante a corrida. Mas não se preocupe, com alguns cuidados simples, você pode evitar que as bolhas atrapalhem o seu desempenho. Aqui estão algumas dicas:
- 1 – Escolha os Tênis Adequados: Certifique-se de usar tênis adequados para a corrida, que se ajustem bem aos seus pés e tenham espaço suficiente para os dedos se movimentarem livremente. Tênis muito apertados ou largos podem aumentar o atrito e causar bolhas. Além disso use tênis apropriados ao tipo de corrida que você se propôs a fazer. Corridas em trilhas e que tenham terreno úmido ou com travessia de aguas precisam de tênis com cabedal leve e muito respirável e menos espuma, por exemplo.
- 2 – Use Meias de Qualidade: Investir em meias de corrida de boa qualidade pode fazer toda a diferença. Opte por meias feitas de materiais sintéticos respiráveis e que absorvam a umidade como a poliamida, ajudando a manter os pés secos durante a corrida. Isso reduzirá o atrito e o risco de bolhas. As meias de algodão não são uma boa opção porque se mantêm molhadas e pioram a fricção.
- 3 – Mantenha os Pés Secos: Manter os pés secos durante a corrida é essencial para prevenir bolhas. Se os seus pés ficarem molhados de suor, considere usar talco ou um spray antitranspirante nos pés antes de calçar os tênis. Existem algumas formulações especificas que um dermatologista pode fornecer.
- 4 – Proteja as Áreas Sensíveis: Se você sabe que determinadas áreas dos seus pés são mais propensas a bolhas, considere usar band-aid ou fita adesiva para protegê-las antes da corrida. Isso pode ajudar a reduzir o atrito e prevenir o surgimento de bolhas. É fundamental testar essas medidas em treinos que mais se assemelhem ao ritmo e distância da prova em questão.
- 5 – Aplique Lubrificante: Antes de colocar os tênis, você pode aplicar um pouco de vaselina ou creme lubrificante (no mercado existem sprays e bastões) nas áreas propensas a bolhas. Isso ajuda a reduzir o atrito e proteger a pele durante a corrida.
- 6 – Trate as Bolhas Adequadamente: Se você desenvolver uma bolha durante a corrida, é importante tratá-la adequadamente para evitar complicações. Limpe a área com água e sabão, aplique um curativo estéril e evite estourar a bolha, pois isso pode aumentar o risco de infecção. Curativos de hidrocoloide podem ser encontrados em farmácias comuns mas devem ser aplicados apenas se a bolha já rompeu, o que ocorre com frequência em corridas longas.
Seguindo essas dicas simples, você pode minimizar o risco de desenvolver bolhas durante a corrida de rua e desfrutar de uma experiência mais confortável e sem preocupações. Lembre-se de ouvir o seu corpo nos treinos e fazer ajustes conforme necessário para garantir que os seus pés estejam bem cuidados durante a corrida.
Por: Gabriela Maldonado
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O suor é seu aliado ou inimigo?
Corrida e Dermatologia
O suor é seu aliado ou inimigo?
Publicados
1 dia atrásem
25/10/2025De
Redação RRBQuem corre sabe: suar é parte da conquista. O suor escorre, marca o esforço e parece traduzir o treino bem-feito. Mas, quando o assunto é pele, essa relação nem sempre é tão simples.
Afinal, o suor é um aliado natural do corpo mas também pode se tornar um vilão quando em excesso ou mal manejado.
O que o suor realmente faz no corpo
Suar é um mecanismo inteligente. Ele regula a temperatura corporal e evita o superaquecimento durante o esforço físico. Cada gota carrega sais minerais e água, é hipotonica e inodora ao ser secretada. Ou seja: o suor, por si só, não é sujo. Ele é sinal de equilíbrio.
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Quando o suor se torna um problema
Durante treinos longos e em ambientes quentes, o suor excessivo, somado ao atrito das roupas e à umidade constante, pode irritar a pele e abrir portas para infecções.As situações mais comuns entre corredores incluem:
- Foliculite (inflamação dos folículos pilosos, parecida com acne).
- Dermatite por suor (“brotoeja”), causada pelo obstrução dos poros.
- Assaduras em áreas de atrito, como axilas, virilha e mamilos.
- Infecções fúngicas em pés e dobras, favorecidas pela umidade.
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Como equilibrar essa relação
A boa notícia é que o suor não precisa ser combatido, e sim compreendido. Veja como manter a pele saudável mesmo treinando sob o sol:
- Use roupas respiráveis: tecidos tecnológicos ajudam na evaporação do suor.
- Evite roupas molhadas após o treino: troque por peças secas o quanto antes.
- Banho rápido e gentil: use sabonetes suaves e evite buchas agressivas.
- Hidrate a pele todos os dias, mesmo no calor, isso reforça a barreira cutânea.
- Cuide dos pés: seque bem entre os dedos e evite tênis úmidos.
Esses hábitos simples reduzem inflamações e equilibram o microbioma da pele, preservando a defesa natural que o suor também ajuda a construir.
Conclusão
O suor é um reflexo do movimento, da constância e da superação, pilares de todo corredor. Na medida certa, ele protege e fortalece. O segredo está em respeitar os limites da pele e dar a ela o mesmo cuidado que você dedica aos treinos. Afinal, pele saudável também é performance.
Por: Sabrina Cabral Bezerra – Dermatologista CRM 153146/RQE 51002

Corrida e Dermatologia
Boné, viseira e cabelo preso: o trio que pode causar danos
Publicados
4 dias atrásem
22/10/2025De
Redação RRBQuem corre sob o sol sabe: o boné, a viseira e o elástico de cabelo são quase parte do uniforme. Eles protegem, organizam e deixam o treino mais confortável. Mas quando usados todos os dias, e da forma errada, esses aliados podem se transformar em vilões da saúde capilar e do couro cabeludo. Atrito, umidade e tração constante criam o cenário perfeito para quebra, caspa, queda e irritação. O segredo não está em abandonar os acessórios, e sim em usá-los com inteligência dermatológica.
O impacto do boné e da viseira: proteção ou armadilha?
O boné é essencial para proteger o rosto e o couro cabeludo da radiação solar, mas o uso prolongado e em condições úmidas pode gerar problemas.
• Umidade + calor + suor → ambiente ideal para fungos e bactérias, favorecendo foliculite (espinhas no couro cabeludo) e dermatite seborreica.
• O atrito da aba e da costura interna pode irritar a pele da testa ou causar pequenas lesões de contato.
• Bonés muito apertados prejudicam a circulação local, favorecendo inflamação e, a longo prazo, até afinamento capilar por tração. A dica é: escolha bonés de tecido respirável, leves e laváveis. Evite repetir o mesmo acessório sem lavar e prefira modelos com ajuste suave sem muita pressão.
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Cabelo preso: o cuidado começa no elástico
Prender o cabelo é inevitável, mas o tipo de amarração faz toda a diferença. O uso diário de rabos de cavalo muito apertados ou tranças firmes causa tração constante nos fios e isso pode levar à chamada alopecia por tração, uma forma de queda capilar nas laterais e têmporas.
• Prefira elásticos revestidos de tecido, sem partes metálicas.
• Evite prender com o cabelo molhado, pois ele fica mais frágil e elástico.Opte por ceras se deseja diminuir o frizz.
• Alterne o local do prendedor (alto, médio, baixo) para reduzir pontos de tensão.
• Se possível, solte os fios assim que o treino terminar.
Treinar ao sol: couro cabeludo também precisa de protetor
Quem tem cabelos finos, entradas aparentes ou couro cabeludo claro precisa proteger essa região tanto quanto o rosto. O melanoma pode acometer o couro cabeludo e, pela localização, costuma ser diagnosticado tardiamente.
• Use protetor solar capilar em spray ou leave-in com FPS.
• Prefira bonés com tecidos com proteção UV certificada.
• Mantenha o couro cabeludo limpo e seco após o treino, para evitar oleosidade e fungos.
• Evite lavar o cabelo com água muito quente, isso aumenta a descamação e irrita a pele.
Conclusão
Boné, viseira e elástico não precisam ser vilões, o problema está no uso repetitivo, apertado e sem cuidado. Com pequenas mudanças, é possível manter a proteção solar e o conforto, sem abrir mão da saúde do couro cabeludo e dos fios. Cuidar do cabelo é, também, cuidar do corpo que corre. Afinal, quem se cuida de ponta a ponta vai sempre mais longe.
Sabrina Cabral Bezerra Dermatologista CRM 153146/RQE 51002

Corrida e Dermatologia
Pés e unhas de corredor: quando o incômodo vira lesão
Publicados
1 semana atrásem
18/10/2025De
Redação RRBTodo corredor tem uma história nos pés: uma bolha depois da prova, uma unha que escureceu, ou aquele desconforto que aparece nas últimas semanas de treino intenso. Esses pequenos
incômodos podem parecer parte do “pacote” da corrida, mas, quando ignorados, podem evoluir
para lesões que afastam o atleta do treino e até abrir espaço para infecções sérias. A boa notícia é que, com cuidados simples e atenção aos sinais do corpo, é possível manter os pés firmes, saudáveis e prontos para qualquer percurso.
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Um caso real (e comum)
Durante uma meia maratona, Ana, corredora amadora, sentiu um leve ardor no dedão do pé no
km 8. Ignorou. No dia seguinte, a unha estava roxa e dolorida. Nos treinos seguintes, passou a
sentir desconforto ao calçar o tênis e percebeu uma descamação entre os dedos. O diagnóstico no consultório? Hematoma subungueal (unha roxa por trauma repetitivo) e micose nterdigital,
favorecida pelo calor e pela umidade. Casos como o de Ana são frequentes e mostram como o
atrito, o calor e o suor criam o cenário ideal para pequenas lesões e infecções nos pés do corredor.
Principais problemas dos pés de quem corre:
- Bolhas: surgem pelo atrito contínuo entre pele, meia e calçado.
- Calos e fissuras: indicam atrito crônico ou pontos de pressão inadequada no tênis.
- Micoses (pé de atleta): fungos prosperam em locais úmidos e quentes, como entre os dedos e
nas unhas. - Unhas pretas: resultado de microtraumas repetitivos, comuns em treinos longos ou com
calçado apertado. - Unhas encravadas: erro no corte ou pressão lateral do calçado.
Escolhendo o tênis e a meia ideais - Tamanho certo é essencial: o tênis deve ter meio centímetro de folga na frente; dedos não
podem encostar na ponta. - Modelos específicos para corrida: priorize leveza, ventilação e amortecimento.
- Evite tênis novos em prova: teste-os em treinos longos antes.
- Meias técnicas: escolha tecidos que absorvem o suor (como poliamida e elastano) e sem
costuras espessas. - Troque meias molhadas rapidamente: umidade prolongada é o primeiro passo para fungos e
bolhas.
Cuidados com as unhas
- Corte reto, sem arredondar os cantos, para evitar encravamento.
- Evite cortar muito curtas: unhas curtas demais perdem a função protetora.
- Mantenha limpas e secas: use tesouras e alicates pessoais, bem higienizados.
- Atenção à coloração: unhas amareladas, espessas ou quebradiças podem indicar micose.
- Hematomas subungueais frequentes exigem avaliação médica pois podem esconder descolamento ou infecção.
Quando procurar o dermatologista
- Dor persistente, inchaço ou secreção sob a unha.
- Bolhas com pus, mau cheiro ou vermelhidão ao redor.
- Descamação entre os dedos que não melhora com cuidados caseiros.
- Unhas que não voltam à cor normal após semanas.
Conclusão
Cuidar dos pés é cuidar da base da corrida. Eles sustentam cada quilômetro, amortecem cada
impacto e traduzem o esforço diário do atleta. O segredo está em prevenir, observar e respeitar os sinais. Porque um corredor preparado não é apenas quem tem fôlego é quem tem pele, unhas e passos saudáveis para ir cada vez mais longe.
Por: Sabrina Cabral Bezerra
Dermatologista CRM 153146/RQE 51002
Dermatologista Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Pós graduação em Cosmiatria e Laser pela Universidade de Mogi das Cruzes/SP.
Pós graduação em Dermatologia Oncológica pelo Hospital Sírio-Libanês.

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