O "X" da questão
O doping de atletas amadores de corrida de rua é muito maior do que se imagina

Publicados
1 ano atrásem
De
Darlan Souza
O tema sempre tido como obscuro e ao mesmo tempo tão comum há anos tem crescido vertiginosamente. O doping por anos sempre foi muito atrelado academias e praticantes de musculação, porém é em esportistas de endurance que ele tem mais se destacado nos últimos anos. E é mais uma das grandes armadilhas que as pessoas caem em busca de status e prestígio nas redes sociais e no meio esportivo.
Quem leu o livro “Circuito de mentiras” de Juliet Macur, lembra que ele cita na obra as inúmeras vezes em que o grande ciclista americano Lance Armstrong negou seu envolvimento com o doping e conta em detalhes como ele conseguia burlar testes e ao mesmo tempo se dedicava como poucos nos treinos. Tem filme também sobre o tema, se chama “Ícaro” (do cineasta e ciclista Bryan Fogel).
Bom, o próprio lema dos jogos olímpicos sempre demonstrou o grande desejo da humanidade em se superar e contemplar os grandes vencedores do esporte o lema citava “Citius, Altius, Fortius.”, que na tradução literal significa “Mais Rápido, Mais Alto, Mais Forte.”
Recentemente o COI inclusive modificou o lema e trouxe a tônica de que “juntos” podemos ir além, a versão latina agora é “Citius, Altius, Fortius – Communis”.
Por que isso tudo tem ocorrido em nosso meio? Talvez seja pelo grande desejo de ostentar e obter grandes resultados, como um pace muito rápido e um pódio na carreira, tem atraído diversos corredores amadores para o mundo dos esteroides e outras drogas como o EPO.
Sabemos que a grande maioria dos usuários recorrentes naturalmente nega o uso regular, mas o que mais nos surpreende é que quem mais usa são os atletas considerados amadores, que abusam das aplicações sem acompanhamento médico algum, muitos nem treinador tem. A facilidade em comprar sem receita médica na internet, contribui para que esta situação continue a se alastrar entre os esportistas.

A vaidade, a competitividade e a possibilidade de ser admirado pelo grupo, talvez seja a grande mola propulsora do praticante que busca melhorar seu desempenho a qualquer custo.
Mas como que um corredor amador que faz o uso não é pego no exame antidoping? Primeiro que o exame só é realizado em quem venceu a prova (ou foi ao pódio). Segundo, para evitar ser flagrado no exame antidoping o usuário regular, não se inscreve nem participa de provas onde há o exame. Terceiro que ele pode treinar muito com o doping, melhorando assim sua capacidade de performance, e após alguns dias ou semanas (depende do que está aplicando), antes da prova alvo, cessa o uso para o corpo eliminar qualquer substância que possa ser detectada em exame.
Ainda, alguns podem usar de medicamentos que podem camuflar a substância presente no corpo.
No atletismo profissional, quem regular e monitora os atletas é a WADA (World Anti-Doping Agency) que inclusive faz regulares exames surpresa (indo até o local de treino ou a casa do atleta) para coleta. No amador, pela questão de custos e como citei acima, somente é realizado em quem sobe ao pódio (vence a prova).
Apesar de o doping trazer o resultado esperado em alguns casos (dependendo também de outros fatores como genéticos), lamento informar que isso é tudo passageiro, e que assim você não está superando seus limites, você está sendo um mero personagem encurtando sua carreira esportiva, além de estar colocando sua vida em risco.
O recado é o seguinte: Não existe atalho!
Treine certo, se alimente corretamente, descanse o suficiente, busque grandes desafios no esporte em especial na corrida de rua. Mas lembre-se que para a sua saúde e longevidade faça tudo com a devida progressão e total segurança.
Por: Darlan Souza

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O "X" da questão
Top 10 Provas para Correr no Brasil

Publicados
2 semanas atrásem
21/11/2023De
Darlan Souza
Camaradas, costumo falar que correr por correr eu corro na frente da minha casa, o que vale é experienciar mais do que a corrida, viver o lugar, experimentar novos olhares, sabores, ouvir as pessoas, aprender sobre cultura para poder expandir nossa visão, indo muito além do correr per se.
Assim elenco aqui para todos vocês as 10 maiores experiências de provas de corrida que tive no Brasil e que você já teve ou poderia ter em algum momento de sua jornada na corrida no Brasil:
– Uphill Marathon
O que fazer: Treinar muito, organizar ao máximo a logística e descansar muito dias antes.
O que não fazer: Subir ladeira desesperadamente em todos os treinos, não se nutrir adequadamente ao longo da preparação e subestimar a Serra.
– São Silvestre
O que fazer: Curtir, a prova é pra isso. Treinar descidas e não só subidas. Se hospedar na região da Av. Paulista.
O que não fazer: Buscar o kit na última hora, querer correr forte em meio a multidão e por fim não vivencia esta experiência única.

– Maratona de Manaus
O que fazer: Chegar antes para aclimatar, se hidratar muito devido a umidade relativa do ar, ficar uns dias depois para viver tudo que a região oferece (em especial o Rio Amazonas).
O que não fazer: Esperar performance, pegar voos com muitas conexões e ir sem tempo para curtir o local.
– Volta da Pampulha
O que fazer: Treinar sempre em terreno plano, acostumar com o calor e aproveitar a culinária mineira.
O que não fazer: Correr com celular na mão, não dosar o ritmo na prova plana e por fim se hospedar longe da largada.
– Maratona de Brasília
O que fazer: Se hidratar muito, passear pela região depois da prova, e olhar toda arquitetura.
O que não fazer: Pensar só na corrida, beber pouca água e pegar voos com muitas conexões.
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– Maratona de Florianópolis
O que fazer: Treinar muito para ter boa performance, tirar boas fotos na ponte Hercílio Luz, pegar uma praia.
O que não fazer: Correr acima do seu ritmo pela empolgação, desprezar o seu condicionamento e não se hospedar próximo da largada.
– Maratona do Rio
O que fazer: Viver ao máximo o Rio pós-prova, se hospedar perto da largada e chegada, visitar a feira com calma.
O que não fazer: Passear antes da prova, pegar muito sol antes e não curtir o percurso.
– Maratona de São Paulo
O que fazer: Treinar bem para fazê-la, estar preparado para o percurso duro, treinar no Parque do Ibirapuera dias antes da prova.
O que não fazer: Calcular errada a rota da logística, pois em São Paulo tudo é longe, ser negligente no percurso e não curtir a região da Paulista e a noite paulistana.
– Maratona de Porto Alegre
O que fazer: Treinar muito para performar muito, comer um bom churrasco depois da prova, visitar Gramado, tomar um chimarrão e ir ao jogo do Grêmio (Uhuu).
O que não fazer: Não levar roupa de frio, correr acima do que treinou e comer muito antes da prova.
– Cabanos Marathon
O que fazer: Treinar bem e se hidratar muito, chegar antes pois o clima é muito úmido e quente. Usar óculos de sol e viseira.
O que não fazer: Não viver tudo que o norte do país oferece, deixar de tomar um bom açaí com cupuaçu.
E aí o que vocês acharam?
Por: Darlan Souza

O "X" da questão
Seu inimigo não é o frio e sim o vento

Publicados
5 meses atrásem
04/07/2023De
Darlan Souza
O vento é um elemento natural que desempenha um papel significativo na prática da corrida de rua principalmente durante o inverno. Ao sair para correr ou se desafiar em uma prova em um dia frio e ventoso, somos são desafiados por uma série de fatores que afetam nosso desempenho, nossa resistência e até mesmo nossa motivação. Compreender a influência do vento, ter treinado em um ambiente e dia similar, faz com que estejamos aptos aprender a lidar com ele e isso, pode ser a chave para superar essas dificuldades e maximizar todo o nosso potencial de treinamento durante toda temporada, principalmente durante os meses mais frios do ano, que são inevitáveis para a maioria de nós.
O vento, em si, pode ter um impacto direto na corrida, agindo como um obstáculo físico que aumenta a resistência enfrentada por nós corredores amadores. Quando se está correndo contra o vento, é necessário exercer um esforço extra para superar essa força contrária. Isso pode levar a uma perda de velocidade e um aumento no consumo de energia, o que pode resultar em fadiga precoce durante a corrida, nossa mente se esforça muito para tentar manter o ritmo e não desanimar. Lembrou desta cena alguma vez com você?
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Além disso, o vento pode afetar a temperatura percebida pelos corredores. A combinação de baixas temperaturas e vento pode resultar em um resfriamento mais rápido do corpo, aumentando o risco de hipotermia e lesões relacionadas ao frio. É essencial que estejamos bem-vestidos, ou seja; adequadamente para proteger-se contra o vento gelado, optando por roupas isolantes, corta-vento e acessórios como toucas e luvas.
Outro aspecto importante é o efeito psicológico do vento na motivação do corredor. Sentir o vento frio e constante pode afetar o ânimo e a disposição para treinar. A sensação de que cada passo requer um esforço extra pode levar a uma diminuição da motivação e tornar a corrida mais desafiadora mentalmente. No entanto, encarar o vento como parte do desafio e se concentrar em metas e resultados pode ajudar a superar esse obstáculo psicológico. Veja a importância da mente estar bem descansada antes de uma prova ou um treino de longa distância.
Embora o vento possa apresentar desafios para os corredores de rua durante o inverno, é possível adotar estratégias para minimizar seu impacto negativo. Uma abordagem comum é planejar o percurso de corrida considerando a direção do vento. Em um treino por exemplo, podemos começar a corrida contra o vento e terminar a favor dele, isso pode facilitar o retorno e ajudar a manter o ritmo. Além disso, a busca por áreas mais protegidas, como parques ou áreas urbanas com prédios, pode reduzir a intensidade do vento e fornecer um pouco mais de abrigo.
Treinar em condições de vento também pode ser uma oportunidade para fortalecer e testar toda nossa resistência física e mental. O esforço adicional exigido pelo vento pode ajudar a desenvolver nossa potência e aumentar a resistência cardiovascular. Adaptar-se a essas condições desafiadoras podem ser benéficas para melhorar o desempenho em corridas futuras, especialmente em condições mais favoráveis. E além do mais, nosso esporte é outdoor, em alguns casos, jamais saberemos se no dia da prova vai chover ou frio.
Em resumo, o vento pode ser tanto um adversário quanto um aliado para os corredores de rua durante o inverno, muitos falam da chuva, mas poucos falam do vento. Compreender sua influência e aprender a lidar com ele é essencial para otimizar o desempenho sem comprometer a saúde. Esse é o X da Questão.
Por: Darlan Souza

O "X" da questão
Cuidado com o GURU das redes sociais

Publicados
6 meses atrásem
23/06/2023De
Darlan Souza
Você sabe separar o joio do trigo?
- Darlan, você viu este artigo ou este papo do fulano de tal lá, ele prova isso e aquilo e tal, vou fazer assim agora!
- Hum…será mesmo, deixa eu ver com calma, mas não sei não!
“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos (desconhecemos) é um oceano.” – Isaac Newton.
Quando você lê determinada pesquisa, um artigo, você sabe diferenciar os excelentes trabalhos, de trabalhos de péssima qualidade? Pois bem, isso faz toda diferença quando tratamos de exemplificar ou tomar decisões acerca de nossas atividades profissionais com as pessoas.
É crucial que os leitores (profissionais de educação física e outras áreas) possam distinguir entre “pseudociência” e a ciência genuína, também conhecida como “hard science”. Enquanto a pseudociência é frequentemente promovida por “gurus” ou indivíduos com afirmações infundadas e cheios de vieses, por outro lado, a ciência verdadeira é um produto de um grupo de pesquisadores renomados, qualificados, experientes, dedicados, muito rigorosos e bem estabelecidos em suas respectivas áreas de estudo, amparado por uma grande entidade de pesquisa (uma boa universidade).
A pseudociência tende a se basear em fatos “extraordinários”, evidências duvidosas, fracas e metodologias fracas, errôneas ou duvidosas. Seus proponentes muitas vezes utilizam jargões científicos para conferir uma aparência de credibilidade às suas ideias, muitas vezes improváveis.
“Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.” – Carl Sagan.
Por outro lado, a ciência genuína é fundamentada em experimentos criteriosos, observações e dados robustos, bem controlados, são dados confiáveis, reproduzíveis, seguindo rigorosos padrões científicos podendo assim, ser avaliado e aceito em revistas de alto impacto científico.
A principal diferença entre a pseudociência e a hard science, basicamente reside na sua capacidade de produzir conhecimento altamente confiável e testável. A ciência verdadeira é submetida a um processo de revisão por pares, onde outros pesquisadores revisores especialistas da área, que analisam criticamente os estudos (tentando encontrar erros) em toda a pesquisa antes de serem aprovados e publicados (em revistas científicas de alto impacto). Essas publicações respeitadas garantem que a informação compartilhada tenha passado por uma análise crítica, proporcionando confiabilidade e validade aos resultados apresentados.
“Só sei que nada sei” – Sócrates.
É essencial que os leitores estejam cientes dessas diferenças para evitar a disseminação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais. Saber identificar fontes confiáveis, consultar artigos científicos revisados e buscar o consenso da comunidade científica são passos importantes para discernir entre a pseudociência e a ciência verdadeira.
Ao valorizarmos a ciência genuína e a expertise dos pesquisadores e suas renomadas universidades, estaremos em melhor posição para tomar decisões informadas sobre treinamento, nutrição, saúde e uma ampla gama de questões que afetam nossas vidas. A capacidade de diferenciar pseudociência da hard science é uma habilidade fundamental no mundo moderno, onde a informação está ao nosso alcance, mas a qualidade e veracidade nem sempre são garantidas.
E quais são os melhores papers?
Existem ótimos grupos de pesquisa pelo mundo, ótimos artigos sendo publicados (de revistas de alto impacto), dependendo do assunto, e os artigos de meta-análise e de revisão sistemática, ainda são a melhor porta de entrada para o conhecimento aplicado.
Teoria e prática devem andar juntas, acontece que nem sempre uma acompanha a outra, ainda há muita crendice e empirismo no meio do mundo do treinamento, talvez um dia se prove algo de determinada conduta (pois a ciência ainda gatinha), ou simplesmente não se prove nada e era apenas mais uma crendice popular.
Como bem disse Carl Sagan: “A falta de evidência não é uma evidência da ausência.”
Lembrando que: nem sempre os mais atuais artigos são os melhores, existem artigos antigos que dão excelente suporte a boas evidências. E por outro lado, um artigo científico por sí só, muitas vezes não diz nada (é apenas um pequeno recorte no oceano de informações), é necessário um ROBUSTO corpo de evidências, para se ter alguma ideia de algo. A ciência é muito mais que um corpo de conhecimentos, é uma maneira de pensar, ela não é religião, ela se baseia em fatos e argumentos com evidências. Religião é a cultura de fé e a ciência é a cultura da dúvida (será isso mesmo?).
A melhor forma ainda de atuar e ter resultados satisfatórios é com a conduta da “prática baseada em evidências” que basicamente consiste em atuar com; as melhores pesquisas disponíveis + usando as características individuais do sujeito + a experiência do profissional (treinador) = Sucesso.
Assim: “O método científico é comprovado e verdadeiro. Não é perfeito, é apenas o melhor que temos. Abandoná-lo, junto com seus protocolos céticos, é o caminho para uma idade das trevas.” – Carl Sagan.
E esse é o X da Questão!
Por: Darlan Souza


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