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Saúde

Obesidade e artrose: excesso de peso tem impacto direto nas articulações

Sobrepeso tem relação direta com os casos de artrose no joelho; em níveis severos, o único tratamento efetivo para os desgastes é a substituição da articulação por próteses ortopédicas

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Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, responsável por desencadear uma série de enfermidades secundárias, os casos de excesso de peso seguem crescentes no país. De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2022, até 2030, cerca de 30% da população adulta brasileira estará obesa; uma condição que impacta diretamente na saúde dos joelhos e pode ser responsável, consequentemente, pelos quadros de artrose severa, cujo único tratamento efetivo se dá pela substituição da articulação por próteses ortopédicas.    

De acordo com Gabriela Lima, coordenadora de desenvolvimento de produtos na área de inovação da Zimmer Biomet no Brasil, o acompanhamento profissional dessas pessoas é essencial, tanto para que sejam adotadas medidas que contribuam para a perda de peso, quanto para avaliar e acompanhar o estado de saúde das articulações.

“A principal questão, quando pensamos nos joelhos, é o fator da mobilidade. Se o excesso de peso já é um desafio para essas pessoas, quando essa condição começa a causar desgastes nessa região, o problema se torna ainda maior, devido às dores e a progressiva incapacidade de locomoção. Existem tratamentos paliativos, que podem ser adotados em conjunto com a redução de peso, mas quando a artrose chega a níveis severos, somente a artroplastia, ou substituição da articulação por próteses ortopédicas, é capaz de resolver o diagnóstico”, explica Gabriela.

Entre os problemas de saúde causados pela obesidade, a artrose pode ser um dos mais incapacitantes. Com o passar dos anos, o sobrepeso nas articulações, especialmente nos joelhos, gera o desgaste e a degeneração das cartilagens que revestem as extremidades ósseas, causando dores, rigidez e dificuldade nos movimentos.

Havendo a necessidade da artroplastia, a boa notícia é que, com os avanços tecnológicos da medicina robótica, esse tipo de cirurgia passou a ser feita de forma menos invasiva para os pacientes, com boa recuperação pós-cirúrgica, assim como o retorno à sua rotina de atividades diárias.

A título de exemplo, a plataforma robótica ROSA® Knee System, desenvolvida pela Zimmer Biomet, foi projetada para ajudar os cirurgiões com precisão de cortes ósseos. Por meio dessas soluções, os procedimentos passaram a ser feitos de maneira mais personalizada, de acordo com a anatomia única de cada paciente.

“Os cirurgiões seguem à frente das cirurgias, mas contam agora com o apoio dessas soluções para otimizar esses procedimentos. A tecnologia presente em robôs como o ROSA, permite captar todos os dados anatômicos do paciente e alinhar as informações e imagens pré-operatórias, com a análise em tempo real, durante o ato cirúrgico. É possível fazer ajustes finos sobre as incisões, preservar os tecidos que revestem as articulações e encaixar a prótese com bastante precisão, se compararmos com a cirurgia convencional”, conclui a coordenadora da Zimmer Biomet.

Por: Redação Runners Brasil

Sua mente ON

Gestão do Estresse: Correndo pelo Coração

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Vivemos cercados por prazos, notificações, trânsito, incertezas. Nem sempre é possível evitar o estresse, mas é possível aprender a administrá-lo. O foco deve estar menos em eliminar o estresse e mais em desenvolver estratégias de enfrentamento que reduzam o impacto sobre o corpo e a mente. E esse cuidado vai além da saúde psicológica: é também uma forma de proteger o coração.

O coração não sofre apenas com colesterol alto ou sedentarismo. Sofre também com ruminações constantes, pensamentos catastróficos, preocupações intermináveis e outros padrões que funcionam como mantenedores do estresse, mantendo a resposta fisiológica ativada por mais tempo. Isso significa que não apenas nos sentimos sobrecarregados, mas também expomos o corpo a um desgaste contínuo, que se torna fator de risco para a saúde cardiovascular.

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Por outro lado, quando aplicamos técnicas como reestruturação cognitiva, atenção plena ou habilidades de tolerância ao mal-estar, aprendemos a criar uma espécie de amortecedor interno, que protege o organismo do peso emocional e diminui a carga do estresse sobre o corpo. Assim, manejar emoções e pensamentos não é apenas uma questão de saúde mental, mas também de longevidade.

Algumas estratégias ilustram bem esse processo.

  • Reestruturação Cognitiva: identificar pensamentos automáticos negativos (“não vou dar conta”, “vai dar tudo errado”) e substituí-los por alternativas mais realistas, equilibradas e funcionais (“se eu começar com um passo pequeno, já avanço”, “posso encontrar desafios, mas também aprendo com eles”). A nova perspectiva não precisa ser exageradamente positiva, mas sim construtiva e baseada na realidade. Esse exercício ajuda a compreender como os pensamentos influenciam emoções e comportamentos, permitindo identificar padrões disfuncionais e aplicar enfrentamentos mais eficazes.
  • Mindfulness em atividades simples: consiste em focar a atenção no momento presente, observando sensações e pensamentos sem julgamento. Caminhar prestando atenção aos passos e ao movimento do corpo, comer lentamente percebendo sabores, texturas e cheiros, ou escrever em um diário com foco no presente são exemplos de práticas possíveis. É natural que a mente divague; o importante é trazer o foco de volta, sem crítica, ao que está sendo feito.
  • Resolução de Problemas: a ideia é sair da ruminação improdutiva e transformar preocupações em ações. O processo envolve definir claramente o problema (em vez de “minha vida está uma bagunça”, delimitar: “estou com dificuldade de encaixar os treinos na agenda”), gerar alternativas (como treinar em horários diferentes, reduzir a duração mas aumentar a frequência, ou combinar a corrida com outro hábito já existente), escolher a melhor estratégia avaliando prós e contras, e executar, revisando o que funcionou. Esse método reduz a carga do estresse porque devolve a sensação de controle.
  • Tolerância ao Mal-Estar: trata-se de aprender a atravessar momentos de desconforto sem piorar a situação. Envolve usar estratégias saudáveis para suportar picos de estresse sem se deixar dominar, como ouvir música, se conectar com alguém de confiança, mudar o ambiente ou praticar uma corrida. É como ter um kit de emergência para o estresse. Essas ações não eliminam o problema, mas criam espaço psicológico para lidar com ele depois de forma mais lúcida. Inclusive, a corrida é um bom laboratório para essa habilidade: em vez de desistir no primeiro sinal de fadiga, o corredor aprende a permanecer, respirar e seguir em frente. O desconforto não é necessariamente sinônimo de perigo.

O corpo também pode ser um grande aliado. Técnicas de respiração ajudam tanto a melhorar o fôlego durante a corrida quanto a reduzir os efeitos do estresse no dia a dia. Exercícios simples, como a respiração diafragmática (inspirar profundamente pelo nariz, expandindo o abdômen e expirar lentamente pela boca) reduzem a ativação fisiológica ligada à ansiedade. A técnica de inspirar em quatro segundos e expirar em seis, prolonga a ativação do sistema parassimpático, responsável pela sensação de calma. Ambas podem ser praticadas antes de um treino ou em situações de tensão cotidiana.

A corrida, por sua vez, se mostra uma poderosa estratégia de gestão do estresse: libera tensões físicas acumuladas, regula a respiração, amplia a sensação de autocontrole e oferece um espaço de pausa mental. Mais do que exercício físico, é uma oportunidade de organizar pensamentos e experimentar autocontrole. Muitos corredores descrevem essa prática como um momento de pausa em meio ao caos, em que corpo e mente se alinham e o coração encontra equilíbrio. Quando associamos corrida, técnicas respiratórias e estratégias psicológicas, formamos um repertório consistente para enfrentar as pressões da vida de maneira mais saudável. Sem dispensar, é claro, acompanhamento psicológico e psiquiátrico em casos mais complexos.

Gerir o estresse não significa viver sem problemas, mas aprender a carregar a vida com menos peso sobre a mente e sobre o coração. Ao unir técnicas da psicologia, respiração consciente e corrida, criamos recursos que não apenas protegem contra doenças cardiovasculares, mas também ampliam a qualidade de vida. Cuidar do coração, afinal, é também cuidar da forma como respiramos, pensamos e nos movemos no mundo.

Por: Carô Queiroz

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Nutrição Esportiva

Correndo pela vida: Saúde cardiovascular em foco

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Fala, galera! Os exames estão em dia?

A gente piscou e já estamos no final do ano! Faltam só três meses para encerrar 2025 e esse é o momento perfeito para refletir sobre como andam as metas traçadas, os objetivos, nosso ritmo e principalmente, nossa saúde.

Setembro foi um mês importante: foi o mês do coração, o famoso Setembro Vermelho. E se tem um órgão que a gente não pode deixar de lado, principalmente quem corre, é ele!

O período é dedicado à conscientização sobre as doenças cardiovasculares, que ainda estão entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. E para nós, corredores, o coração não é apenas símbolo de vida, mas o motor que impulsiona cada quilômetro percorrido.

Em 2019, meses antes da minha primeira maratona, decidi realizar um check-up completo. Entre os exames, fiz o espiroergométrico, aquele que avalia o desempenho cardiovascular e respiratório sob esforço físico. O resultado foi surpreendente: desempenho equivalente ao de um atleta, mesmo aos 45 anos. Foi um marco pessoal, quase como um carimbo confirmando que os treinos, a disciplina e o cuidado comigo mesmo estavam valendo a pena.

Três anos depois, prestes a correr minha segunda maratona, repeti o exame. Mas o resultado não foi o mesmo. A performance havia caído significativamente. Fiquei frustrado, comparando com o laudo anterior, sem levar em conta fatores externos que vivia naquela fase, minha idade e minha rotina mais pesada. Olhando para trás, percebo que aquele sentimento de perda só existia porque eu estava me comparando com um momento que já não era o mesmo.

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Coração em movimento: Corrida como aliada

A corrida, quando praticada com orientação e equilíbrio, é uma das atividades mais eficazes na prevenção e controle de doenças cardiovasculares. Ela melhora o condicionamento cardiorrespiratório, reduz a pressão arterial, regula os níveis de colesterol e contribui para o controle do peso corporal, ou seja, todos fatores que protegem o coração.

Treinos regulares estimulam a adaptação cardíaca: o coração se torna mais eficiente, bombeando mais sangue com menos esforço. No entanto, é importantíssimo lembrar que o excesso também pode ser prejudicial. Tudo é equilíbrio meus amigos!

O acompanhamento médico e a periodização dos treinos são essenciais para colher todos os benefícios sem sobrecarregar o organismo.

Nutrição que bate no ritmo certo

Como nutricionista esportiva, preciso destacar: o que colocamos no prato é tão importante quanto o que fazemos na pista. Uma alimentação cardioprotetora é baseada em alimentos naturais, ricos em fibras, antioxidantes, gorduras boas e micronutrientes essenciais para a função cardiovascular.

Perfil lipídico: O que é e por que importa?

O perfil lipídico é a análise dos principais marcadores relacionados à saúde cardiovascular e alterações nesses marcadores podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, mesmo em pessoas fisicamente ativas.

  • Colesterol total
  • LDL-c (colesterol “ruim”)
  • HDL-c (colesterol “bom”)
  • Triglicerídeos
  • Relações importantes: CT/HDL e LDL/HDL

Estudos mostram que corredores, especialmente de longa distância, tendem a ter:
* Menor LDL e triglicérides
* Maior HDL (até +40%)
* Redução de lipoproteínas pequenas e densas (LDL-p), mais aterogênicas
* Melhor relação CT/HDL

Fonte: NEJM, 1996; PMC2824767; J Athl Train, 2023

Mas aqui vai o ponto crucial: tudo vai depender da alimentação 😉

Dicas práticas focadas no coração de corredor:

Bora melhorar o perfil lipídico através da alimentação? Aqui estão os pilares nutricionais com base em evidência:

O segredo está em saber usar as gorduras boas!

Substituir gorduras saturadas e trans por gorduras insaturadas tem efeito direto na redução do LDL e aumento do HDL.

Inclua:
* Abacate* Azeite de oliva extra virgem* Sementes (chia, linhaça, girassol)* Oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas)* Peixes ricos em ômega-3 (salmão, sardinha, atum)

 E a suplementação? Quando pode ajudar?

A suplementação deve ser avaliada caso a caso, mas aqui está um dos principais recursos com respaldo científico para saúde cardiovascular e melhora do perfil lipídico em corredores:

Ômega-3 (EPA e DHA) comprovadamente:

* Reduzem triglicérides
* Têm ação anti-inflamatória
* Estabilizam a placa aterosclerótica

Fonte: Circulation, 2023

Mas cuidado: Não é qualquer Ômega. Marcas confiáveis e selo IFOS (International Fish Oil Standards) devem ser observados – certificação independente que avalia a qualidade, pureza e potência de suplementos de óleo de peixe (ômega-3).

O que o selo IFOS garante?

Pureza e segurança: Livre de contaminantes como metais pesados (mercúrio, chumbo), dioxinas, PCBs e outros poluentes marinhos.

Confirma que o suplemento contém quantidades reais de EPA e DHA (os principais ácidos graxos do ômega-3), conforme o que está no rótulo.

Avalia a oxidação do óleo, o que garante um produto sem gosto ou cheiro de peixe rançoso, importante para absorção e tolerância.

Transparência: As marcas certificadas têm seus lotes testados individualmente e os resultados são disponíveis ao público no site do IFOS.

Histórias que inspiram

Durante minha trajetória com atletas e corredores amadores, já acompanhei inúmeras histórias de superação. Pessoas que, ao adotarem o estilo de vida ativo e melhorarem a alimentação, conseguiram reverter quadros de hipertensão, colesterol elevado e até evitar procedimentos invasivos, muitas vezes sem uso de medicação! Sim, é possível!

O coração é resiliente, e quando bem cuidado, responde rapidamente às mudanças.

Corra pela sua vida. Corra pelo seu coração e não esqueça: faça exames!

Por: Ana Kist | Nutricionista

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Corrida e Dermatologia

O suor é seu aliado ou inimigo?

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Quem corre sabe: suar é parte da conquista. O suor escorre, marca o esforço e parece traduzir o treino bem-feito. Mas, quando o assunto é pele, essa relação nem sempre é tão simples.

Afinal, o suor é um aliado natural do corpo mas também pode se tornar um vilão quando em excesso ou mal manejado.

O que o suor realmente faz no corpo

Suar é um mecanismo inteligente. Ele regula a temperatura corporal e evita o superaquecimento durante o esforço físico. Cada gota carrega sais minerais e água, é hipotonica e inodora ao ser secretada. Ou seja: o suor, por si só, não é sujo. Ele é sinal de equilíbrio.

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Quando o suor se torna um problema

Durante treinos longos e em ambientes quentes, o suor excessivo, somado ao atrito das roupas e à umidade constante, pode irritar a pele e abrir portas para infecções.As situações mais comuns entre corredores incluem:

  • Foliculite (inflamação dos folículos pilosos, parecida com acne).
  • Dermatite por suor (“brotoeja”), causada pelo obstrução dos poros.
  • Assaduras em áreas de atrito, como axilas, virilha e mamilos.
  • Infecções fúngicas em pés e dobras, favorecidas pela umidade.

Como equilibrar essa relação

A boa notícia é que o suor não precisa ser combatido, e sim compreendido. Veja como manter a pele saudável mesmo treinando sob o sol:

  • Use roupas respiráveis: tecidos tecnológicos ajudam na evaporação do suor.
  • Evite roupas molhadas após o treino: troque por peças secas o quanto antes.
  • Banho rápido e gentil: use sabonetes suaves e evite buchas agressivas.
  • Hidrate a pele todos os dias, mesmo no calor, isso reforça a barreira cutânea.
  • Cuide dos pés: seque bem entre os dedos e evite tênis úmidos.

Esses hábitos simples reduzem inflamações e equilibram o microbioma da pele, preservando a defesa natural que o suor também ajuda a construir.

Conclusão

O suor é um reflexo do movimento, da constância e da superação, pilares de todo corredor. Na medida certa, ele protege e fortalece. O segredo está em respeitar os limites da pele e dar a ela o mesmo cuidado que você dedica aos treinos. Afinal, pele saudável também é performance.

Por: Sabrina Cabral Bezerra – Dermatologista CRM 153146/RQE 51002

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