Além da corrida
Brasileiro que virou destaque mundial por não abandonar corredor durante maratona nos EUA ganha a parceria de Rexona
Marca líder de antitranspirante vai apoiar Pedro Arieta, que abandonou seu objetivo pessoal na Maratona de Boston para não abandonar outro maratonista perto da linha de chegada

Publicados
5 horas atrásem
De
Pablo Mateus
O brasileiro Pedro Arieta participou da Maratona de Boston, em abril, com o desafio de superar seu próprio limite. No entanto, o corredor abandonou sua estratégia durante a prova para ajudar a levantar um competidor desconhecido caído à sua frente. Juntos, eles foram até a linha de chegada. Seu gesto de solidariedade e espírito esportivo rodou o mundo e impactou também Rexona, que não vai abandonar Pedro Arieta. A marca propôs uma parceria para o corredor em uma próxima maratona com foco em atingir os objetivos que foram deixados de lado por gentileza e empatia.
Rexona viu em Pedro a personificação de que o movimento vai muito mais além da performance, sendo capaz de transformar a vida das pessoas.

A nobre atitude do corredor ganhou registro especial nas páginas de Rexona e de Pedro Arieta nas redes sociais. Criada pela DM9, agência de Rexona, a ação começa com um filme exibido no feed do Instagram, em que é narrado como foi para o brasileiro ter abandonado o recorde pessoal mas não ter abandonado outro maratonista, elevando ao máximo a mensagem de que “nunca será só uma corrida”.
Faça parte do nosso grupo no Telegram
Faça parte do nosso grupo no WhatsApp

“Mais do que ser uma marca ativa nas redes sociais, é importante identificar quando o posicionamento de uma marca é representado com legitimidade pelas pessoas. A atitude do Pedro no final da maratona de Boston foi um desses momentos. E é muito legal ter um time de marketing que acredita no valor humano e dá visibilidade para inspirar outras pessoas assim”, comenta Daniela Glicenstajn, diretora executiva de negócios da DM9.
Para sua próxima jornada esportiva em algum lugar do mundo, Pedro irá contar com a parceria de Rexona, que vai oferecer a inscrição para uma etapa internacional de maratona, tendo a possibilidade de contar com a presença de sua família no local da prova. A marca prevê ainda, suporte nos treinos para garantir que Pedro alcance seu tão sonhado tempo de chegada em 2h40min (prova de 42 km).
- Daniel do Nascimento: trajetória olímpica, recordes e a punição por doping
- Maratona do Rio 2025 esgota todas as inscrições e bate recorde de público com 60 mil corredores
- Brasileiro que virou destaque mundial por não abandonar corredor durante maratona nos EUA ganha a parceria de Rexona
- ASICS apresenta DYNABLAST™ 5: um verdadeiro BLAST do presente
- Corrida do Vinho 2025 abre inscrições para experiência esportiva e sensorial entre vinhedos em Brasília

A parceria de Rexona com Pedro Arieta celebra o gesto heroico e espontâneo do corredor e o incentiva a continuar praticando o esporte com empatia e companheirismo por onde passa, além de inspirar em muitas outras pessoas – corredoras ou não – o valor em não abandonar os outros, mesmo que seja um desconhecido.
“A decisão do Pedro de se dedicar a ajudar o próximo mostra que nos tornamos mais fortes quando caminhamos – e corremos – juntos. Como marca que ‘Não Te Abandona’, Rexona se orgulha em poder incentivá-lo a fazer aquilo que ama e, ao mesmo tempo, a inspirar pessoas a se movimentarem cheias de confiança atrás de seus sonhos e objetivos”, explica Viviane Ramos, Diretora de Marketing de Desodorantes da Unilever, empresa dona de Rexona.
Com 34 anos, Pedro Arieta é um atleta amador apaixonado por pedestrianismo e que concilia treinos e competições esportivas com a rotina de trabalho. Ele é engenheiro, tem um filho e se inspira na mulher, Luiza Cravo, que é corredora e criadora de conteúdos sobre atividades físicas.
Por: Runners Brasil
Você pode gostar
Daniel do Nascimento: trajetória olímpica, recordes e a punição por doping
Maratona do Rio 2025 esgota todas as inscrições e bate recorde de público com 60 mil corredores
ASICS apresenta DYNABLAST™ 5: um verdadeiro BLAST do presente
Corrida do Vinho 2025 abre inscrições para experiência esportiva e sensorial entre vinhedos em Brasília
Maior circuito de corridas em trilha do Brasil volta a Campos do Jordão em junho
Wings for Life World Run 2025 reúne 310.719 em todo o mundo e arrecada €8,6 milhões para pesquisas sobre lesão medular

Fala pessoal, tudo bem? Sou o Gustavo e vou contar para vocês um pouco da minha relação com a corrida em 2 fases da minha vida: antes e depois de amputar a perna.
O objetivo é passar um pouco da minha experiência com a corrida após a amputação. Os fatores que influenciam o processo.
Vamos lá!
Um breve resumo da minha história
Sou de Uberlândia/MG, pai de 2 filhas, formado em Administração de empresas, trabalhei em multinacionais por mais de 20 anos, e louco por esportes desde sempre. Já pratiquei de tudo! Tendo a corrida e o tênis os esportes do coração.
Corro desde os 15 anos e até 2016 era corredor de meia maratona, até que fiz minha primeira maratona em 2016 no Rio. Em 2017 corri a maratona de São Paulo e Uberlândia.
Em outubro de 2017 o câncer que tive em 2013 na perna esquerda voltou e em 21 dias precisei amputar a perna.
E aí é uma longa história, mas resumidamente, resolvi mudar toda a minha vida e ir para o esporte paralímpico.
Em janeiro de 2018 comecei no tênis paralímpico com o sonho de disputar as Paralimpíadas de Japão em 2020. Consegui, disputei e foi uma das maiores emoções da minha vida. Entrar na vila paralímpica em 2021 e lembrar que 4 anos atrás estava perdendo a perna foi uma das maiores sensações que já tive.
Agora o foco são as Paralimpíadas de Paris em 2024.


Mas e a corrida nessa nova fase?
Desde o primeiro dia em que soube que teria que amputar uma das coisas que mais me deixou triste foi o fato de não poder correr mais. Isso era outubro de 2017.
Ao pesquisar vi um mundo de próteses especificas para a corrida e tinha certeza de que um dia teria a minha e voltaria a correr uma maratona com ela.
No início achei que em 6 meses estaria correndo novamente e com minha força de vontade logo estaria correndo uma maratona.
Mas as coisas não são bem assim.
A pessoa quando amputa uma perna tem um primeiro sonho: colocar uma boa prótese para fazer algo muito simples: Andar. Andar como antes.
E não é uma tarefa simples, pois os preços são altos.
Aprender a andar com a prótese é um processo que o tempo varia muito de pessoa para pessoa. São vários ajustes até chegar no modelo ideal do encaixe ( que é onde colocamos a perna).
As próteses são divididas em próteses para andar e próteses para correr, ou seja, a prótese para andar é somente para esta finalidade.
E aí que vem a maior dificuldade para o amputado: adquirir uma prótese de corrida.
Acredito que o segundo sonho dos amputados é voltar a fazer as atividades que fazia antes, seja o que for, e principalmente voltar a praticar uma atividade física.
Tipos de amputação e as próteses/lâminas de corrida
Não sei se é porque sempre fui corredor, mas acho que a corrida mexe muito com o amputado.
Pode ser pelo fato representar tão bem a superação máxima para um amputado, que é o simples fato de correr, correr com suas pernas.
E existe um fator que influencia muito na corrida do amputado: o tipo da sua amputação.
Basicamente existem 2 tipos de amputações, a que preserva o joelho e amputa na canela e aquela que amputa tirando o joelho, que é o meu caso.
Quando é possível manter o joelho é a “melhor” amputação que existe. Além da recuperação ser mais rápida a pessoa consegue fazer atividades físicas praticamente como antes de amputar, como por exemplo: andar de skate, surfar, jogar bola, correr mais facilmente, pois ela tem o joelho.
Já a segunda opção que é a amputação tirando o joelho, que é o meu caso, existe um pouco mais de limitação, pois tanto na prótese de andar como na prótese de corrida é preciso de um dispositivo que faça o papel do joelho. E não é possível fazer tudo que a outra amputação permite.
As lâminas de corrida também não são baratas e aí vem a grande questão.
Conseguir comprar a prótese para andar já difícil, e comprar a lâmina de corrida é uma outra luta.
Isto com certeza é um grande limitador que restringe a quantidade de amputados correndo.
Eu tive muita sorte e agradeço todos os dias.
O Fabrício da IPO de Belo Horizonte, que é uma clínica especializada na venda de próteses e que cuida de mim, além de ter resolvido um problema meu que estava me dificultando a andar, me ajudou muito a conseguir uma lâmina de corrida da OSSUR, que é uma das maiores empresas do mundo do segmento e que hoje sou influenciador da marca no Brasil.
O processo para aprender a correr com a lâmina não é tão difícil, mas requer muito treino e principalmente muita confiança. Já que é uma mecânica totalmente diferente do processo de andar.
Para correr com a lâmina é preciso muito treino de fortalecimento da lombar, do core e da perna amputada. Além dos educativos, todos similares aos que são feitos por todos.
A lombar é muito exigida e para mim é o meu maior desafio.
Hoje eu brinco de correr em função dos treinos de tênis que é o meu foco. Não consigo treinar muito com foco na corrida.
Mas pelo menos 2 vezes por semana vou para a esteira e faço 40 minutos. Geralmente tiros de 30 a 40 segundos e descanso 20 segundos.
Já mata a minha vontade de correr e sempre é uma gratidão enorme.
E para quem sempre foi corredor, os longões de final de semana fazem falta.
Preparar tudo na sexta à noite, separar a roupa, o gel, escolher o percurso, sinto muita falta. Mas faço os meus longões de 3 a 4km e está ótimo.
É possível correr 5, 10 até 21km com o meu tipo de amputação, mas o amputado precisa treinar muito o que já mencionei: lombar, core e a perna.
É um processo como de qualquer pessoa que está começando a correr e tem o objetivo de correr os 21km. Só que logicamente exige um pouco mais de paciência e esforço.
Em 2022 corri minha primeira prova aqui na minha cidade, fiz 5km em 1 hora e 15 minutos. Foi incrível viver o clima de uma corrida novamente.
Toda atividade física é extremamente importante para todas as pessoas, porém para a pessoa amputada ou com alguma outra deficiência, o esporte é muito mais do que uma terapia, é uma maneira de nos sentirmos capazes de fazermos as mesmas coisas, mas de uma maneira diferente, do nosso jeito.
Eu sempre corro e reflito sobre aquele momento. Não tenho a perna, coloco uma coisa encaixada na perna e consigo correr. É uma sensação de tanto poder que é difícil transmitir.
É um privilégio com certeza.
Vejo que a cada dia mais pessoas estão conseguindo adquirir suas lâminas e estão dando os primeiros trotes. Alguns falam comigo, tiram dúvidas no início.
Correr com uma lâmina é um processo, como tudo na vida. Requer treinos, aprendizados, ajustes e paciência.
Tenho o sonho de correr 21km e na hora certa vou tentar realizar. Por enquanto meu foco é 100% no tênis paralímpico e vou matando a vontade de correr dando uns trotes alguns dias na semana.
Espero ter conseguido transmitir um pouco da minha experiência mostrando a realidade de um amputado para conseguir correr.
Grande abraço!
Por: Gustavo Carneiro


Daniel do Nascimento: trajetória olímpica, recordes e a punição por doping

Maratona do Rio 2025 esgota todas as inscrições e bate recorde de público com 60 mil corredores

Brasileiro que virou destaque mundial por não abandonar corredor durante maratona nos EUA ganha a parceria de Rexona
Em Alta
- Lançamento: Tênis de Corrida4 semanas atrás
Saucony lança os novos Guide 17 e Ride 17 com foco em inovação, conforto e performance
- Destaque4 semanas atrás
Doris leva seu provador inteligente para a etapa São Paulo da LIVE! Run XP
- Vem aí4 semanas atrás
Eco Run tem etapa especial no Rio de Janeiro com percursos de 5K e 10K
- Destaque4 semanas atrás
NimBUS chega à Barra Funda e ao Jardim Paulista para conectar corredores a ASICS House
- Destaque2 semanas atrás
ASICS e Marca Senna lançam GEL-Nimbus 27 ™ em homenagem à primeira conquista de Ayrton Senna no automobilismo
- Destaque4 semanas atrás
Yopp e Maratona do Rio anunciam renovação de parceria
- Destaque4 semanas atrás
Para elas: C6 Bank River Run chega a São Paulo
- Corrida e Tecnologia3 semanas atrás
Robôs nas ruas: a corrida que uniu tecnologia e resistência humana em Pequim
Você precisa estar logado para postar um comentário Login