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Corrida, mais que um esporte

Sua cama é um excelente pré-treino: tempo e qualidade do sono

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O despertador toca 4h50 e o sol está tímido.

Depois do ritual no banheiro, você coloca tênis, camiseta, come a banana-da-terra, e já está na rua, dando check no treino da planilha.

Se a sua mentalidade é de “se estou cansado, treino ainda mais forte”, tome muito cuidado… Essa abordagem pode estar sabotando seus resultados.

Vou te contar uma história real que ilustra exatamente isso.

Há alguns anos, dormir pouco virou sinônimo de produtividade. Executivos e empreendedores se gabavam de dormir apenas 4 ou 5 horas, tratando sono como perda de tempo.

Um exemplo famoso foi Arianna Huffington, cofundadora do Huffington Post.

Ela era uma defensora pública dessa mentalidade até que o seu corpo disse “basta”.

Após um colapso por exaustão e privação de sono, ela teve que mudar radicalmente a sua vida.

A sua experiência ligou um alerta: privação crônica de sono não é sinal de dedicação, mas um caminho perigoso para a saúde e o roteiro certo para a queda de desempenho.

A Lição do Asfalto para a Vida

O que essa história tem a ver com a sua corrida?  Tudo!

A mentalidade de “dar um jeito” no sono para encaixar o treino pode ser o seu maior sabotador.

Para o corredor amador, que concilia treinos, trabalho e vida pessoal, o descanso não é um privilégio; é um pilar importante da performance.

Correr demanda um corpo forte e com mobilidade. E tudo isso também acontece nos momentos de descanso.

  • Reparo Muscular: É durante o sono profundo que o seu corpo libera o Hormônio do Crescimento (GH), essencial para reparar as microlesões musculares. Se você dorme 5 horas, você está cortando a fase de reconstrução no meio. O resultado? Fadiga crônica, maior risco de lesões e dificuldade de assimilar os ganhos de força e resistência.

Uma pesquisa longitudinal (Whitehall II), publicada na revista científica PLOS Medicine, por exemplo, apontou que o risco de desenvolver múltiplas doenças crônicas aumentava em até 40% em pessoas de 70 anos que dormiam pouco.

  • Foco e Disposição: A privação de sono afeta diretamente a função cognitiva, o tempo de reação e a motivação. Nos treinos, isso se traduz em perda de foco, queda de ritmo e dificuldade em manter a técnica correta, aumentando o risco de acidentes e de treino ineficaz.

    A Fundação Nacional do Sono (NSF), dos Estados Unidos, reforça que a privação crônica do sono é um fator de risco que diminui a expectativa de vida.

Uma tendência em alguns países: Turismo do Sono

O mundo está despertando para a importância do sono de forma tão intensa que nasceu o movimento do “Turismo do Sono”, onde pessoas viajam com o objetivo de descansar e recuperar a energia. Hotéis e resorts estão investindo em “suítes do sono” e programas de higiene do sono.

Essa tendência, antes vista como excentricidade, carrega uma mensagem poderosa para o corredor: o sono precisa ser prioridade.

Descanso também é treino. Se você não o valoriza, está se arriscando, tanto na corrida quanto na sua vida.

Os Números Servem Como Alerta

Não se trata apenas de sentir-se cansado. Os dados científicos são um alerta sério:

  1. Risco de Doenças: Estudos mostram que o hábito de dormir 5 horas ou menos por noite está associado a um risco mais elevado de desenvolver doenças crônicas (como doenças cardíacas e diabetes) em comparação com quem dorme pelo menos 7 horas.
  2. Risco de Mortalidade: Um sono crônico de 5 horas ou menos pode elevar em até 15% o risco de mortalidade a longo prazo.

Para o corredor, que busca longevidade no esporte, esses números mostram que negligenciar o descanso é sabotar a própria saúde.

Correr com qualidade exige treinar com inteligência e  descanso faz parte desse pacote.

Lembre-se: corrida é mais que um esporte, um estilo de vida.

Por: Gabriel Renaud – Copywriter

Corrida, mais que um esporte

Além dos kms: O Básico para Correr por Mais Tempo

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Todo corredor ou corredora pode se lesionar ou ficar estagnando nos treinos.

Mas existem atitudes básicas que reduzem o risco de lesão e melhoram a performance.

O que vou compartilhar contigo não é algo que “ouvi dizer” ou vi na teoria.

E sim coisas que já vivi na pele, em 25 anos treinando corrida, além de outros centenas de corredores.

Antes vou te contar uma história para exemplificar.

7 corredores adolescentes, que não tinham “perfil de atleta”, mas amavam a sensação da dopamina.

José, Victor, David, Danilo, Tomás, André e João trabalhavam na lavoura e tinham o sonho de dar uma vida melhor para suas famílias.

Acordavam de madrugada para trabalhar na roça e mais tarde estudavam na escola.

Futebol era o esporte que todos gostavam, mas não tinha vaga no time da escola, pois a disputa era grande.

O diretor da escola decidiu contratar um treinador de corrida, para aproveitar a pista de atletismo que estava sem uso. Naquela época (uns 50 anos atrás), não existia esse boom da corrida e foi difícil convencer os garotos a correrem.

Mas o trunfo foi oferecer ingressos para os jogos do time de futebol em troca de representarem o time de atletismo.

José, Victor, David, Danilo, Tomás, André e João aceitaram o desafio, mas ficaram surpresos, pois tinham treinos na academia, fazendo musculação.

O treinador explicou que eles tinham que ter um corpo forte e ágil para correr bem.

Daqui a pouco continuamos a história, agora vou falar sobre o fortalecimento na corrida.

Corpo Forte Te Leva Mais Longe

Esse é um ponto essencial na corrida, o fortalecimento, que é MUITOOO negligenciado por grande parte dos corredores amadores.

Pode ser musculação, crosstraining, pilates ou Hyrox (nova modalidade que mistura resistência e força).

Um estudo publicado no “Journal of Strength and Conditioning Research” concluiu que corredores que faziam treinamento de força tinham melhora de até 8% na economia de corrida.

“Ah, Gabriel, mas isso eu já sei”. Calma, vou trazer outros dois pontos, que se fala pouco na corrida.

Liberação Miofascial Te Ajuda a Correr Melhor

Eu escrevi na Runners Brasil meu relato de experiência, contando como foi incluir a liberação na preparação para uma prova de aquathon (natação + corrida).

O que eu reforço: busque uma profissional capacitada e que respeite seu bem-estar. Vemos relatos na internet de experiências ruins na liberação, com excesso de força e outras queixas.

Por isso contei com o trabalho da massoterapeuta Hellen Andrade, profissional com diversos cursos, que conduz toda sessão com tranquilidade.

Spoiler: não teve grito ou choro (rsrs).  Confira, depois, na íntegra aqui.

E há pesquisa indicando que a liberação miofascial é uma técnica eficaz e segura que pode ser utilizada por atletas como ferramenta para melhorar sua saúde e performance.

Se você deseja se aprofundar no assunto, siga o perfil @andrademassoterapeuta no insta.

E, claro, se você mora ou vier ao Espírito Santo, aproveite a chance de conhecer pessoalmente o trabalho dela.

Inclua a Mobilidade na Rotina

Ah, antes que eu esqueça. Os 7 jovens que falei antes se apaixonaram pela corrida, incluindo outros exercícios para dar conta da rotina pesada nos treinos.

E conseguiram se destacar em campeonatos locais e nacionais de cross-country, mas essa é uma história que posso contar em outra matéria.

Voltando ao assunto, um terceiro ponto são os exercícios de mobilidade.

Faz bastante diferença, quando somado ao fortalecimento e a liberação miofascial.

Pretendo convidar um profissional para falarmos mais sobre esse assunto aqui no espaço da Runners Brasil.

Mas já adianto que, poucos minutos, algumas vezes na semana, ajudam muito a desenvolver a corrida.

A mensagem de hoje é essa:

Fortalecimento + Liberação Miofascial + Mobilidade te ajudam a correr mais e melhor.

Ah… e a história que contei no início, foi inspirada no filme “Marcfarland dos EUA” (2015).

Gostou do assunto?

Então compartilha essa matéria com um amigo ou amiga que também ama a corrida!

Lembre-se: corrida mais que um esporte, um estilo de vida!

Gabriel Renaud
Copywriter

@ogabrielrenaud

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Corrida, mais que um esporte

Karatê kid Legends e a Corrida: Calma, Sem Golpe da Garça no Asfalto

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Calma lá, corredor(a)! Relaxa que não vou te mandar usar o “bota casaco/tira casaco” pra aquecer (rsrs).

Mas, vamos conversar sobre mestres e aprendizado, aproveitando a estreia de Karatê Kid Legends nesse mês nos cinemas. E, acredite: essa dinâmica tem tudo a ver com a nossa paixão pela corrida de rua!

Com a nostalgia lé em cima nesse novo capítulo da franquia (Jackie Chan e Ralph Macchio juntos), vamos fazer essa ponte entre o tatame e o asfalto!

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Do Tatame ao Asfalto

Para sair do sofá e ir correr nas ruas, você não precisa de muito: só força de vontade e um par de tênis.

Essa liberdade de começar no seu ritmo, explorando seus limites e curtindo cada quilômetro, é simplesmente sensacional!

Mas sejamos sinceros: quando o objetivo é voar mais alto, bater recordes pessoais ou simplesmente evoluir com segurança, o jogo muda. E é aí que entra a sabedoria que a franquia Karatê Kid nos ensina — especialmente nesse novo filme.

Contar com a orientação de um treinador experiente traz paz de espírito e evita muitas dores de cabeça (tornozelos e joelhos também!).

Claro, ninguém está imune a lesões ou estagnação, mas um treino bem estruturado, aliado à técnica correta, te torna mais confiante e preparado para qualquer desafio na corrida.

A Verdadeira Conquista

Assim como em Karatê Kid Legends, onde a jornada de aprendizado e superação é tão valiosa quanto a vitória, na corrida a disputa pelo pódio nem sempre é o objetivo final. A verdadeira conquista está em vencer medos, fortalecer a autoestima e transformar nossa mentalidade.

(Sem spoilers, mas já aviso: o roteiro do filme não é nenhuma obra-prima, rs. Ainda assim, vale pela ação e nostalgia.)

Querer conforto na corrida de rua é como buscar solidez no pudim… incompatível, né?

Mesmo os veteranos do asfalto, com quadros cheios de medalhas, estão sempre aprendendo. Sempre há uma técnica nova, um ajuste postural, uma estratégia de treino mais inteligente. E quem melhor pra te guiar nisso do que um treinador — o seu sensei da corrida?

Encontre o Mestre Ideal

Assim como Sr. Han ensinou Dre Parker mais do que golpes de kung fu, um bom treinador compartilha conhecimento técnico, te ajuda a entender seu corpo, te motiva nos dias difíceis e mostra o caminho para seus objetivos.

É um olhar externo, experiente, de quem já percorreu essa estrada.

Na vida e na corrida, o aprendizado nunca acaba. Quem corre com os “pés no chão”, sem perder a humildade, vai mais longe.

Então siga curtindo cada passada e celebrando suas conquistas. Mas, se quiser alcançar novos patamares, lembre-se da lição de Karatê Kid Legends: ter um mestre ao seu lado faz toda a diferença

Quem sabe já não está na hora de encontrar o seu Sr. Han das pistas?

Ah… se você gostou desse texto, marque a Runners Brasil nas redes sociais e divulgue para outros corredores e corredoras!

Lembre-se: corrida é mais que um esporte, um verdadeiro estilo de vida!

Por: Gabriel Renaud – Copywriter

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Corrida, mais que um esporte

Provas de Corrida e a Importância do Suporte Médico Eficaz

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No último domingo (26/01) ocorreu o óbito de um corredor, de aproximadamente 50 anos, na 18ª Meia Maratona Internacional de São Paulo.

Em nota, a Yescom, organizadora da prova, afirmou que o atleta foi socorrido e levado ao hospital ainda com vida em uma unidade de UTI móvel.

A médica Thaís Albuquerque, que estava correndo o percurso de 10km, viu um corredor do outro lado da pista, caído, indo imediatamente na direção dele, para verificar o que estava acontecendo.

Em um primeiro momento, a médica relata que imaginou ter sido um mal-estar pelo calor, mas, ao se aproximar, verificou que era algo mais grave, prestando os primeiros socorros.

Ao compartilhar o fato em um vídeo na sua rede social, a médica disse que a ambulância da prova demorou para chegar e os profissionais não estavam capacitados para essa situação emergencial extrema.

É um assunto delicado e por isso aproveitamos para reforçar dois pontos:

O cuidado com a saúde por parte de cada corredor, fazendo exames prévios e buscando orientação dos profissionais de saúde.

E a necessidade das organizações de eventos de corrida fazerem um planejamento detalhado, desde a hidratação até o suporte médico, inclusive dando treinamento adequado para todos os envolvidos.

A Revista Runners Brasil presta seus sentimentos aos familiares e amigos do atleta.

Segue abaixo o link do vídeo compartilhado pela médica Thaís Albuquerque (CRM 218250),  no seu perfil no Trheads, relatando o fato:

https://www.threads.net/@tha.is.albuquerque/post/DFT4EzRN1Lt?hl=pt-br

Por: Gabriel Renaud
Equipe Runners Brasil

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