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Equipado para Correr

Suunto Race 2 — mais brilho e autonomia, com algumas dúvidas que todo corredor deve conhecer

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A busca pelo relógio de corrida ideal ganha um novo capítulo com o lançamento do Suunto Race 2. Com tela maior e mais brilhante, autonomia de bateria que impressiona para um mostrador AMOLED e melhorias no hardware, ele chega prometendo elevar a experiência de corrida — mas também traz um preço mais salgado e algumas arestas a serem aparadas.

Para corredores amadores que buscam precisão, navegação e conforto diário, o Race 2 apresenta avanços claros. Ainda assim, a lista de prós e contras mostra que a escolha depende do seu perfil: você quer design e autonomia ou funcionalidades “prontas para tudo” e a máxima personalização?

O que mudou (e por que importa)

O ponto mais evidente do novo modelo é a tela: uma AMOLED de 1,5 polegada protegida por cristal de safira e brilho de até 2000 nits — o que significa leitura nítida mesmo sob sol forte, comparável ao que marcas mainstream vêm entregando. A Suunto afinou a espessura do relógio (cerca de 12,5 mm) e reduziu peso: o modelo em aço fica em torno de 76 g, e a versão em titânio, com pulseira de silicone, em 65 g. O acabamento reforça a sensação premium — mais metal, menos plástico — e uma construção que passa segurança para quem roda muitos quilômetros.

No coração do aparelho: processador mais rápido, novo sensor óptico de frequência cardíaca e GPS dual-band com promessa de rastreamento estável. A memória para mapas offline foi ampliada (32 GB), a resistência é de 100 m e há mais de 100 modos esportivos: basicamente tudo o que corredores, ciclistas e triatletas esperam para planejar treinos e rotas.

Sensações na corrida e no dia a dia

Na prática, o Race 2 combina uma experiência visual superior com navegação clara — os mapas são legíveis e não confundem durante a corrida. O mostrador maior facilita a leitura de métricas em movimento; a interface responde com agilidade graças ao processador mais potente. A ergonomia melhorou: o relógio ficou mais fino e, com a pulseira de nylon, torna-se confortável para uso 24 horas.

A bateria é destaque real. Em modo smartwatch, a promessa é de até 18 dias; em GPS dual-band no máximo de precisão, cerca de 55 horas; em modos econômicos, números ainda mais impressionantes — uma vantagem para ultras e para quem não quer carregar o relógio a cada dois dias. Nos testes práticos, o consumo durante treinos longos se mostrou contido (cerca de 2% a 3% por hora em modo GPS intenso), compatível com as estimativas da marca.

Precisão, sensores e métricas: acertos e reservas

O GPS do Race 2 se sai bem para a maioria dos corredores. Testes comparativos com outros modelos de referência mostram distâncias e ritmos muito próximos, embora, ao olhar detalhado das trajetórias, haja pequenas variações — às vezes uma trajetória um pouco mais “ampla” em curvas, o que pode gerar um leve acréscimo de distância registrada. Para a maioria dos amadores isso passa despercebido; para quem analisa splits com lupa ou corre provas táticas, pode ser notado.

O novo sensor óptico de FC representa avanço em relação a gerações anteriores, porém não é infalível. Em esforços intensos e durante paradas e retomadas, o monitor de pulso pode apresentar leituras erráticas ou picos. Conclusão prática: se você baseia treinos em dados precisos de FC (intervalados intensos, zonas de treino muito apertadas), um sensor de cinta peitoral segue sendo recomendável.

Em saúde e monitoramento diário, há ferramentas robustas — variáveis como sono, SpO2 e um “nível de recursos” diário, similar ao conceito de “Body Battery”, ajudam no planejamento do esforço. Ainda assim, contagens de passos e algumas leituras de sono podem ficar abaixo do registrado por outros dispositivos; são pontos a considerar se você dá muita atenção a métricas de atividade geral.

O que mais chama atenção

  • Tela AMOLED grande e muito brilhante: legibilidade em todas as condições.
  • Bateria excelente para um mostrador colorido: boa solução para longas distâncias e para quem não quer recarregar toda semana.
  • Construção premium: metal, safira e sensação de durabilidade.
  • Mapas offline e navegação objetiva: ótimo para treinos em trilhas e rotas longas.
  • GPS dual-band que, no geral, entrega performance estável — com pequenas divergências de trajeto em comparação a modelos topo de linha.

Vale a pena?

Depende do seu perfil.

  • Para quem busca design, autonomia de bateria realista e navegação clara: sim. O Race 2 oferece conforto diário, ótima visibilidade e ferramentas sólidas para planejar rotas e acompanhar treinos.
  • Para corredores que priorizam a máxima precisão de métricas, personalização profunda dos modos esportivos e funcionalidades de smartwatch (música offline, pagamentos, chamadas): talvez não. Competidores podem oferecer personalização mais ampla, integração com música offline e uma leitura de dados de treino mais “pronta para uso”.
  • Para quem já tem um modelo anterior da marca (Race ou Race S): a atualização traz melhorias visíveis, mas o salto pode não justificar o custo extra, a menos que você queira a tela maior, a bateria e as novidades de hardware.

Em resumo, o Race 2 se posiciona como um excelente relógio GPS com visual e autonomia que agradam — e com algumas limitações lógicas para quem busca o pacote “tudo em um” das categorias premium.

Conclusão inspiradora

Correr é, antes de tudo, uma experiência pessoal: ritmo, paisagens e pequenas vitórias. Um relógio como o Suunto Race 2 entra nessa equação para facilitar escolhas — mostrar o caminho, registrar os passos, proteger a autonomia do atleta. Não é perfeito, mas consegue o que importa para grande parte dos corredores: ser um parceiro confiável na estrada e na trilha, com bateria para acompanhar suas aventuras e um visor que convida a olhar a cada quilômetro. No fim, o que vale é a corrida — e ter um equipamento que te deixa mais tempo pensando na planilha do que na tomada é sempre bem-vindo.

Por: Runners Brasil

Equipado para Correr

New Balance SC Elite V5: a aposta mais leve e agressiva para quem busca velocidade

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A New Balance reposicionou sua linha de competição com a quinta versão do SC Elite — um tênis que chega mais leve e com um perfil mais voltado à performance pura. Para quem acompanha a evolução dos modelos com placa de carbono, o V5 promete ser a ponte entre conforto e resposta rápida, mas não sem concessões. Nesta reportagem, analisamos o que muda na experiência de corrida, para quem o modelo faz sentido e quais detalhes práticos você precisa conhecer antes de comprar.

O contexto — por que essa nova direção?

A indústria de tênis competitivos tem buscado equilibrar três pilares: amortecimento macio, retorno de energia e leveza. Com o V5, a New Balance manteve o composto de espuma que deu certo nas versões anteriores — macio e com excelente retorno — e mexeu no resto: afilou o cabedal, estreitou a base e aumentou o drop. O objetivo aparente é tornar o modelo mais “agressivo”, mais orientado à performance em provas rápidas, diferenciando-o do treinador mais estável da marca.

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Principais novidades e sensação na corrida

  • Cabedal e conforto: o material externo ficou mais fino e sensível ao toque, aproximando a sensação do pé à estrutura interna. Isso traz um ajuste mais apertado e envolvente — agradável ao toque e muito confortável no dia a dia —, mas com menos margem para quem precisa de espaço no antepé. A língua está mais acolchoada, porém um pouco curta; a solução de passadores funciona bem e garante que o cadarço não desamarre com facilidade. No calcanhar, o contraforte é firme e evita que o pé escape, mesmo com o perfil mais rígido do modelo.
  • Entressola e placa: a espuma continua 100% PIBA — macia e com alto retorno — e a placa de carbono (batizada de Energy Arc) é bastante rígida e posicionada próxima ao solo. O ajuste do stack (altura do solado) mudou: agora são 40 mm no calcanhar e 32 mm no antepé, resultando em drop de 8 mm (era 4 mm na geração anterior). Essa mudança confere uma passada mais agressiva, sensação de propulsão e resposta rápida em transições.
  • Sola e tração: houve melhoria no composto de borracha, especialmente no antepé, com um material semi-translúcido e “pegajoso” que aumentou a aderência em superfícies variáveis. Em trechos com pequenas irregularidades (sementes, pedrinhas) há tendência de acúmulo em uma ranhura da sola, gerando um som característico — incômodo para alguns, curiosidade para outros.
  • Estabilidade e ajuste: o modelo ficou visivelmente mais estreito na base e no calcanhar — uma aposta em performance que sacrifica um pouco da estabilidade da geração anterior. Corredores que valorizavam a sensação segura do V4 podem sentir a V5 como mais técnica, exigindo melhor equilíbrio ou adaptação de cadência.

O que mais chama atenção

  • Leveza: a redução de peso é real — um par em tamanho 40 caiu de 227 g para 200 g. Isso aproxima o Elite V5 dos concorrentes diretos da categoria em termos de nervosidade e economia de energia durante provas.
  • Conforto de corrida: mesmo com a entressola agressiva, o conforto não foi perdido; a espuma 100% PIBA garante um amortecimento macio, digno de nota para treinos longos e provas.
  • Perfil mais competitivo: o aumento do drop e o reposicionamento da placa tornam o tênis mais racing — ideal para quem busca tempos melhores em distâncias rápidas.
  • Ajuste mais justo: cabedal mais fino e lastro mais estreito. Boa notícia para quem prefere sensação próxima ao pé; ponto de atenção para quem tem pés largos.

Vale a pena?
Para quem?

  • Recomendado para: corredores que procuram um tênis de competição ágil, com retorno de energia, e que já têm técnica consolidada (cadência e ofensiva de passada). Ideal para provas de 5 km a meia-maratona — e para maratonistas rápidos que preferem um equipamento mais agressivo.
  • Não recomendado para: corredores iniciantes, pessoas que priorizam máxima estabilidade em longões ou quem tem pés muito largos e precisa de espaço adicional no antepé.

Custo-benefício
O V5 chega com preço de lançamento elevado, acima de muitos rivais no mercado. Se o objetivo é ter a tecnologia mais nova e um modelo claramente orientado à velocidade, o investimento se justifica. Mas quem busca conforto com placa de carbono por menos pode olhar para a geração anterior, que frequentemente aparece em promoções e mantém boa combinação entre amortecimento e estabilidade.

Dicas práticas antes de comprar

  • Experimente com as meias que você usa em prova: o cabedal mais justo pode reduzir conforto com meias grossas.
  • Se você tem histórico de instabilidade no tornozelo, teste em uma corrida curta antes de encarar longas distâncias.
  • Procure seu tamanho habitual; a diminuição do volume não necessariamente exige meio número maior, mas a prova em loja ajuda.
  • Para treinos longos, considere alternar com um treinador mais estável; use o Elite V5 para sessões mais rápidas e corridas objetivo.

Conclusão

A New Balance SC Elite V5 é um passo claro rumo à performance: mais leve, mais agressiva e ainda confortável graças à espuma 100% PIBA. A mudança no perfil — base mais estreita, drop maior e placa rígida — transforma o tênis numa ferramenta para quem quer acelerar e buscar melhores marcas. Como toda opção de performance, exige equilíbrio entre ousadia e adaptação: para muitos, será um parceiro de prova que empurra o ritmo; para outros, uma peça técnica que pede treino e experiência.

No fim das contas, a V5 nos lembra que correr é também sobre experimentar limites e escolher equipamentos que ampliem prazer e eficiência. Se a sensação de velocidade te inspira, talvez valha a pena calçar um par e sentir a diferença na próxima sequência de treinos.

Por: Pablo Mateus – CEO Runners Brasil

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Equipado para Correr

AirPods Pro 3: fones que aproximam som, métricas e corrida

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A relação entre corrida e tecnologia pessoal evolui rápido: hoje buscamos equipamentos que combinem conforto, durabilidade e métricas que realmente ajudem no treino. Os novos AirPods Pro 3 chegam prometendo justamente isso — som refinado, cancelamento de ruído mais eficiente e, pela primeira vez na linha, um sensor de frequência cardíaca integrado aos fones.

Para corredores amadores e entusiastas de tecnologia esportiva, a proposta é clara: unir uso diário e funcionalidades que façam sentido dentro e fora dos quilômetros. Mas, como em qualquer equipamento, há pontos altos e limitações que merecem atenção antes da compra.

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O que muda para quem corre

Os AirPods Pro 3 trouxeram várias atualizações com impacto direto na experiência do corredor:

  • Sensor de frequência cardíaca integrado: funciona sozinho ou em sincronia com um relógio da mesma marca. Ele se mostrou capaz de registrar subidas e quedas em intervalos rápidos com boa fidelidade. Ainda assim, houve trechos em que os dados oscilaram ou falharam — especialmente em paradas e mudanças bruscas de postura.
  • Ajuste e conforto: a nova forma e as pontas (agora com opção extra pequena e espuma infusionada) melhoraram o isolamento e o conforto em uso prolongado. Em corridas longas o desgaste foi menor para a maioria dos usuários, mas a experiência é pessoal: alguns podem precisar de acessórios (wingtips) ou headband para garantir fixação.
  • Cancelamento de ruído (ANC) e transparência: o ANC avançou claramente em relação à geração anterior, tornando treinos em ambientes barulhentos mais concentrados. A transparência também foi bem resolvida para correr com segurança — traz som ambiente com detalhes suficientes, embora o vento apareça em alguns trechos.
  • Bateria e durabilidade: autonomia em linha com as especificações — cerca de 7–8 horas em uso com ANC; em um uso prolongado e com volume alto o consumo aumenta, especialmente com o monitor cardíaco ativo. Classificação IP melhorada confere mais resistência a suor e chuva, ponto importante para treinos ao ar livre.
  • Som e controles: perfil sonoro equilibrado, com graves presentes e boa definição — ótimo para playlists motivacionais e podcasts. Os controles por haste funcionam bem na maior parte do tempo, embora o ajuste de volume por deslize exija prática em movimento.

O que mais chama atenção

  • Integração do sensor cardíaco: apesar de não substituir a precisão de uma cinta peitoral para treinos que exigem máxima fidelidade, o monitor embutido é surpreendentemente competente para uma solução in-ear. Em sessões com ritmo variável, os resultados se aproximaram dos de uma cinta peitoral em muitos momentos. A limitação é a integração: hoje os dados são aproveitados basicamente pela plataforma nativa — sem suporte amplo para relógios e apps de terceiros — o que reduz o potencial para quem usa outros ecossistemas.
  • Qualidade sonora x versatilidade: os AirPods Pro 3 funcionam como um verdadeiro “faz-tudo”: bons para correr, trabalhar, viajar e atender chamadas. Isso os transforma em um aparelho interessante para quem quer uma peça única que sirva tanto para treinos como para o dia a dia.
  • Ajuste depende de você: para muitos, o novo formato fica firme e confortável por horas; para outros, pode “sair do lugar” ao longo da corrida. Usuários que preferem segurança extra podem optar por modelos com ear hook ou adicionar acessórios para manter o fone no lugar.

Vale a pena?

Para quem é o produto ideal:

  • Corredores que priorizam som de qualidade e uso diário com funcionalidades de treino — especialmente quem já usa o ecossistema da marca.
  • Usuários que valorizam ANC eficiente e querem um fone que funcione tanto em reuniões quanto em longões.
  • Quem busca métricas básicas de frequência cardíaca sem depender de um relógio o tempo todo (com a ressalva das limitações de integração).

Quando talvez não seja a melhor escolha:

  • Corredores que exigem 100% de precisão em métricas fisiológicas — prefira cinta peitoral para dados de referência.
  • Quem precisa que o sensor transmita dados para apps e relógios de terceiros — a abertura atual é limitada.
  • Quem tem histórico de fones que saem do ouvido com facilidade: modelos com gancho podem ser mais confiáveis em corridas mais técnicas.

Resumo prático: se o ajuste funcionar para você, os ganhos compensam. Se o encaixe for imprevisível, considere alternativas com maior estabilidade.

Conclusão

Os AirPods Pro 3 representam um passo interessante na convergência entre lifestyle e treino. Eles não reinventam a corrida, mas elevam o patamar de conforto, som e funcionalidades em fones verdadeiramente versáteis. O sensor de frequência cardíaca, mesmo com algumas oscilações, mostra que a tecnologia in-ear já pode entregar informação útil para o corredor amador — e pode ganhar ainda mais relevância se houver maior integração com apps de terceiros.

No fim, a corrida continua sendo simples: pés no chão, respiração controlada e música que empurra os passos. Se os fones servirem para isso — e permanecerem firmes no ouvido — tornam-se parceiros de quilômetro. Escolha com base no encaixe e no ecossistema que você já usa, e lembre-se: métricas ajudam, mas a sensação do treino ainda é o melhor termômetro do progresso.

Por: Pablo Mateus – CEO Runners Brasil

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Equipado para Correr

ASICS Gel-Kayano 32 — Análise Completa: Conforto, Estabilidade e Para quem Serve

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O ASICS Gel-Kayano 32 chega ao mercado como a mais recente evolução de uma linha consagrada entre corredores que buscam combinação de amortecimento e controle de pronação. Projetado para longas distâncias e treinos diários, este modelo mantém a identidade de suporte do Kayano, ao mesmo tempo em que traz ajustes focados em redução de peso, sensação de corrida mais suave e melhorias no cabedal. A seguir, uma análise detalhada dos principais aspectos do tênis: construção, tecnologia, desempenho, ajuste e recomendações de uso.

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  1. Construção e materiais
  • Entressola: A Kayano 32 apresenta um composto de espuma atualizado que equilibra amortecimento e responsividade. A densidade foi calibrada para oferecer proteção em longas distâncias sem sacrificar muito da energia no retorno de passada. A geometria da sola sugere um leve refinamento para transições mais suaves do calcanhar aos dedos.
  • Sistema de estabilidade: Mantém a proposta de controle de pronação, com elementos estruturais internos ao longo da entressola medial que direcionam o pé para uma trajetória mais neutra. O sistema foi redesenhado para reduzir volume e peso sem abrir mão da rigidez necessária para suporte.
  • Cabedal: O cabedal recebeu materiais mais leves e respiráveis, com malha de engineered mesh que promove ajuste conformado ao pé. Reforços estratégicos na região do mediopé e calcanhar aumentam a sensação de segurança sem criar pontos excessivos de pressão.
  • Sola e borracha: A sola combina padrões de tração projetados para durabilidade em asfalto e boa aderência em condições secas e úmidas. A borracha foi aplicada nas zonas de maior desgaste; há atenção para a durabilidade sem adicionar massa desnecessária.
  1. Amortecimento e sensação de corrida
  • Altura de drop e stack: Comparado a gerações anteriores, há uma tendência de ajuste no stack (altura de entressola) e uma pequena redução do drop, objetivando um contato com o solo mais próximo e uma passada ligeiramente mais dinâmica. Essas mudanças colaboram para uma sensação menos “empilhada” e mais conectada ao solo.
  • Conforto: O conjunto entressola + gel proporciona passeio macio, com proteção consistente em treinos longos. O gel no calcanhar continua a ser um diferencial para absorção de impacto nas aterrissagens de corredores que atacam primeiro com o calcanhar.
  • Retorno de energia: Embora o foco principal seja conforto e estabilidade, o composto utilizado busca oferecer reatividade suficiente para treinos moderados e longões. Não é um tênis de velocidade pura, mas não se sente excessivamente lento.
  1. Estabilidade e controle de pronação
  • Perfil de uso: O Kayano 32 é claramente pensado para corredores com pronação moderada a severa que precisam de suporte extra para manter alinhamento e reduzir risco de lesões por sobrecarga.
  • Comportamento em corrida: A combinação de forma da entressola e elementos de suporte interno promove uma sensação de controle durante a fase de apoio, especialmente em quilometragens altas quando a fadiga tende a aumentar a pronatação.
  • Sensação de firmeza: A estabilidade é perceptível sem ser intrusiva — o tênis não “empurra” o pé de volta de forma agressiva, mas sim guia a passada. Isso é positivo para quem busca suporte sem sacrificar conforto.
  1. Ajuste, conforto no pé e acabamento
  • Calce: O fit geral é mais anatômico, com espaço suficiente na região dos dedos para evitar compressão, mas sem folgas que prejudiquem a segurança. O ajuste no mediopé é firme, ajudando no travamento do pé.
  • Palmilha e forro: A palmilha oferece acolchoamento complementar e mantém respirabilidade; o forro interno foi pensado para reduzir atrito e bolhas em treinos longos.
  • Tamanhos: Corresponde geralmente ao tamanho padrão. Recomendável experimentar se o corredor usa meias grossas ou precisa de espaço extra na caixa dos dedos.
  1. Peso e impacto na performance
  • Peso: A versão 32 busca redução de peso em relação à geração anterior, tornando-o mais versátil para treinos diários sem perder suas características de estabilidade. Para corredores que valorizam economia de energia em longões, a leveza relativa é bem-vinda.
  • Compromisso performance x proteção: O Kayano 32 favorece proteção e durabilidade em detrimento de máxima velocidade. Ideal para quem prioriza compromisso entre conforto duradouro e suporte.
  1. Durabilidade e manutenção
  • Durabilidade: Materiais da sola e reforços nas áreas de possível maior desgaste indicam boa vida útil para corredores que fazem média a alta quilometragem semanal. A construção robusta costuma resultar em centenas de quilômetros de uso adequado.
  • Manutenção: Limpeza regular com pano úmido e escova macia é suficiente; evite secagem direta ao sol por períodos longos para preservar a espuma e as colas.
  1. Comparação com concorrentes e com modelos anteriores
  • Em relação a modelos anteriores da linha Kayano, o 32 se destaca por reduzir peso, oferecer um cabedal mais respirável e ajustar o stack/drop para uma passada mais natural. A estabilidade foi mantida, porém com soluções menos massivas.
  • Frente a concorrentes (outros tênis de estabilidade como Brooks Adrenaline, New Balance 860, Saucony Guide), o Kayano 32 compete oferecendo bom equilíbrio entre amortecimento e suporte. A preferência virá do ajuste individual: alguns corredores podem preferir a sensação mais firme do Adrenaline, enquanto outros optarão pelo amortecimento mais acolhedor do Kayano.
  1. Para quem é indicado
  • Corredores com pronação moderada a acentuada que necessitam de suporte.
  • Atletas focados em longões, treinos diários e meia maratona/maratonas que buscam proteção e conforto.
  • Quem precisa de um tênis com boa durabilidade e preferem um passeio mais protegido do que um modelo voltado para velocidade.
  • Não é a primeira escolha para corredores de pista ou provas rápidas onde cada grama e cada retorno de energia contam — nesses casos, modelos mais leves e reativos seriam melhores.
  1. Pontos fortes
  • Excelente combinação de amortecimento e estabilidade.
  • Cabedal mais leve e respirável com bom travamento do pé.
  • Durabilidade e proteção para longas distâncias.
  • Sensação de corrida mais conectada graças aos ajustes no stack/drop.
  1. Pontos a considerar (limitações)
  • Não é tão reativo quanto tênis de competição leve.
  • Pode permanecer robusto para corredores que buscam máximo retorno de energia.
  • Preço costuma situar-se na faixa alta do mercado de tênis de running (custo-benefício depende do uso e necessidade de suporte).

Conclusão

O ASICS Gel-Kayano 32 segue fiel à proposta da família Kayano: entregar estabilidade confiável e amortecimento confortável para corredores que percorrem longas distâncias ou que precisam de suporte para pronação. As atualizações trazem um tênis mais leve, com cabedal mais respirável e uma sensação de corrida um pouco mais natural, sem comprometer a proteção. É uma escolha segura para quem busca durabilidade e conforto em treinos diários e provas longas, enquanto corredores interessados em velocidade pura podem preferir alternativas voltadas para performance.

Por: Pablo Mateus

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