Siga nossas redes sociais

Equipado para Correr

Puma Velocity Nitro 4 — A evolução do treinador diário que ficou mais leve e responsivo

Avatar photo

Publicados

em

O Puma Velocity Nitro 4 chega ao mercado como uma evolução clara do que já era um dos treinadores diários mais atraentes da marca. Com alterações substanciais na entressola, ajustes no cabedal e uma redução de peso que se sente a cada quilômetro, o modelo busca conciliar conforto para longões com respostas suficientes para acelerar em treinos de qualidade. Nesta matéria, analisamos em detalhes o que mudou, para quem o Nitro 4 faz mais sentido, desempenho em diferentes tipos de treino, durabilidade, pontos fortes e fracos e, por fim, como ele se posiciona frente à concorrência.

Design e estética

O Velocity Nitro 4 mantém as linhas limpas e esportivas típicas da família Velocity, mas adota um acabamento mais moderno. O cabedal apresenta malha engineered mais fina e respirável no antepé, com painéis de suporte estratégicos (power tape) para controlar o ajuste sem necessidade de costuras volumosas. O acolchoamento no contraforte do calcanhar garante sensação de suporte sem apertar. A paleta de cores segue tendências atuais: opções sólidas e combinações contrastantes que agradam tanto corredores que buscam discrição quanto os que preferem visual mais chamativo.

Faça parte do nosso grupo no Telegram

Faça parte do nosso grupo no WhatsApp 

Cabedal (upper)

  • Material e conforto: o uso de uma malha mais leve melhora a ventilação e reduz peso. O antepé ficou mais espaçoso em relação à versão anterior, beneficiando corredores com pé médio a largo. O ajuste geral é seguro graças às faixas de suporte que envolvem o mediopé, oferecendo firmeza sem sacrificar conforto.
  • Fechamento e língua: a língua é bem acolchoada e se comporta bem durante corridas longas, evitando pontos de pressão. O sistema de cadarço segue o padrão tradicional, permitindo microajustes fáceis.
  • Durabilidade e manutenção: por ser uma malha fina, recomenda-se cuidado com atritos excessivos e objetos pontiagudos. Para limpeza, lavagem à mão ou métodos delicados preservam melhor os materiais.

Entressola e tecnologia Nitro

A mudança mais marcante do Velocity Nitro 4 é a entressola construída inteiramente com a tecnologia Nitro (Nitroamo) — ao contrário de combinações dual-density usadas anteriormente. O resultado é uma espuma mais leve, com amortecimento mais macio e um retorno de energia perceptível.

  • Sensação de corrida: a espuma Nitro confere um ride mais “macio” e elástico ao mesmo tempo — sensação de propulsão que ajuda em transições de passada. A geometria mantém stack de cerca de 36 mm no calcanhar e 26 mm no antepé, preservando um drop de 10 mm, mas a nova composição da espuma transmite uma corrida mais ágil.
  • Peso e impacto no desempenho: a redução significativa do peso se traduz em menos fadiga nas pernas e maior facilidade para acelerar em trechos curtos. Isso amplia a versatilidade do tênis para treinos variados, desde rodagens longas até intervalados moderados.
  • Estabilidade e suporte: apesar do amortecimento generoso, o design da entressola evita sensação de instabilidade lateral. Corredores neutros encontrarão bom equilíbrio entre conforto e controle.

Solado e tração

O solado utiliza o composto Puma Grip em áreas estratégicas, oferecendo boa aderência em diferentes superfícies e comportamento consistente em pisos molhados. A borracha é relativamente espessa, o que tende a prolongar a vida útil do calçado.

  • Padrão de desgaste: a distribuição do composto e o desenho da sola favorecem desgaste uniforme. Em uso urbano e de treino, a expectativa é de durabilidade competitiva dentro da categoria.
  • Amortecimento vs. contato com o solo: a camada de borracha preserva a sensação do midsole sem tornar o tênis pesado, mantendo bom equilíbrio entre proteção e responsividade.

Desempenho em diferentes tipos de treino

  • Rodagens longas: excelente. O amortecimento em Nitro torna as corridas longas mais agradáveis, com retorno de energia que reduz a fadiga. O ajuste confortável e o suporte no calcanhar ajudam em quilometragens elevadas.
  • Treinos de ritmo e intervalados: bom, com ressalvas. O peso reduzido e o caráter responsivo da espuma permitem acelerar com certa facilidade, mas alguns corredores podem sentir que falta a última “explosão” ou “snappiness” tipicamente oferecida por espumas mais firmes ou placas de propulsão.
  • Treinos de recuperação: ideal. Maciez e conforto fazem do Nitro 4 uma ótima opção para dias de recuperação ativa.
  • Corridas mais rápidas/competição: possível em curtas distâncias e para quem busca conforto combinado com resposta, mas não é um modelo pensado para competir em provas velozes onde placas e estruturas mais rígidas dominam.

Ajuste e sizing

O Nitro 4 tende a vestir um pouco mais espaçoso no antepé se comparado ao seu antecessor; entretanto, o mediopé permanece firme. Recomendamos experimentar antes de comprar quando possível, mas, de modo geral, seguir o tamanho habitual costuma funcionar bem.

Durabilidade

Com construção reforçada nas áreas de maior atrito e um solado generoso em borracha, a durabilidade proje­ta-se positiva para um treinador diário. A entressola em Nitro, embora mais macia, não mostrou sinais de compressão prematura em uso normal (considerando o tipo de espuma e a construção). A intensidade e o peso do corredor influenciarão a longevidade do amortecimento.

Pontos fortes

  • Redução de peso que realmente se percebe em corrida.
  • Entressola 100% Nitro oferece amortecimento macio com bom retorno de energia.
  • Cabedal respirável e confortável, com ajuste seguro no mediopé.
  • Solado com boa tração e durabilidade prevista adequada para uso diário.
  • Excelente custo-benefício dentro da categoria de daily trainers.

Pontos fracos

  • Pode perder um pouco do “snap” que corredores que gostam de sensações mais firmes valorizavam nas versões anteriores.
  • Cabedal mais fino exige cuidado extra para evitar danos por atrito ou objetos pontiagudos.
  • Não é o primeiro nome para quem busca um tênis de competição ou para provas rápidas onde placas rígidas dominam.

Comparação rápida com concorrentes (visão geral)

  • Nike Pegasus (visão geral): o Pegasus costuma equilibrar amortecimento e resposta, mas com perfil levemente diferente; o Velocity Nitro 4 pode superar em peso e conforto, enquanto o Pegasus pode manter vantagem em vivacidade dependendo da versão.
  • Hoka Clifton: Hoka costuma priorizar máximo amortecimento e sensação de flutuação; o Nitro 4 busca um meio-termo entre conforto e resposta, com menor volume do que alguns modelos Hoka.
  • Outros daily trainers com espuma de retorno: o Nitro 4 se destaca por custo-benefício e pela sensação elástica que a Nitro oferece.

Recomendações por perfil de corredor

  • Corredores que estão de olho em volume: sim — ótimo para longões e recuperação.
  • Corredores que alternam treinos variados: sim — versátil para rodagens e intervalados moderados.
  • Corredores que buscam um tênis de competição rápido: não é a melhor escolha primária.
  • Corredores com pé largo: tende a servir bem devido ao antepé mais generoso, mas sempre testar é recomendável.

Conclusão

O Puma Velocity Nitro 4 é uma atualização bem-sucedida que transforma o modelo em um treinador diário mais leve, confortável e com maior retorno de energia graças à entressola 100% Nitro. Ele amplia seu leque de uso sem abandonar o propósito original: ser uma opção confiável e acessível para corredores que buscam quilometragem consistente com boa sensação de corrida. Se você procura um tênis para acumular volume, alternar treinos e ainda sentir resposta nas arrancadas, o Nitro 4 é uma escolha sólida — apenas lembre-se de que, para provas rápidas e busca por máxima “explosão”, há alternativas mais específicas no mercado.

Por: Pablo Mateus

Equipado para Correr

ASICS Gel-Kayano 32 — Análise Completa: Conforto, Estabilidade e Para quem Serve

Avatar photo

Publicados

em

O ASICS Gel-Kayano 32 chega ao mercado como a mais recente evolução de uma linha consagrada entre corredores que buscam combinação de amortecimento e controle de pronação. Projetado para longas distâncias e treinos diários, este modelo mantém a identidade de suporte do Kayano, ao mesmo tempo em que traz ajustes focados em redução de peso, sensação de corrida mais suave e melhorias no cabedal. A seguir, uma análise detalhada dos principais aspectos do tênis: construção, tecnologia, desempenho, ajuste e recomendações de uso.

Faça parte do nosso grupo no Telegram

Faça parte do nosso grupo no WhatsApp 

  1. Construção e materiais
  • Entressola: A Kayano 32 apresenta um composto de espuma atualizado que equilibra amortecimento e responsividade. A densidade foi calibrada para oferecer proteção em longas distâncias sem sacrificar muito da energia no retorno de passada. A geometria da sola sugere um leve refinamento para transições mais suaves do calcanhar aos dedos.
  • Sistema de estabilidade: Mantém a proposta de controle de pronação, com elementos estruturais internos ao longo da entressola medial que direcionam o pé para uma trajetória mais neutra. O sistema foi redesenhado para reduzir volume e peso sem abrir mão da rigidez necessária para suporte.
  • Cabedal: O cabedal recebeu materiais mais leves e respiráveis, com malha de engineered mesh que promove ajuste conformado ao pé. Reforços estratégicos na região do mediopé e calcanhar aumentam a sensação de segurança sem criar pontos excessivos de pressão.
  • Sola e borracha: A sola combina padrões de tração projetados para durabilidade em asfalto e boa aderência em condições secas e úmidas. A borracha foi aplicada nas zonas de maior desgaste; há atenção para a durabilidade sem adicionar massa desnecessária.
  1. Amortecimento e sensação de corrida
  • Altura de drop e stack: Comparado a gerações anteriores, há uma tendência de ajuste no stack (altura de entressola) e uma pequena redução do drop, objetivando um contato com o solo mais próximo e uma passada ligeiramente mais dinâmica. Essas mudanças colaboram para uma sensação menos “empilhada” e mais conectada ao solo.
  • Conforto: O conjunto entressola + gel proporciona passeio macio, com proteção consistente em treinos longos. O gel no calcanhar continua a ser um diferencial para absorção de impacto nas aterrissagens de corredores que atacam primeiro com o calcanhar.
  • Retorno de energia: Embora o foco principal seja conforto e estabilidade, o composto utilizado busca oferecer reatividade suficiente para treinos moderados e longões. Não é um tênis de velocidade pura, mas não se sente excessivamente lento.
  1. Estabilidade e controle de pronação
  • Perfil de uso: O Kayano 32 é claramente pensado para corredores com pronação moderada a severa que precisam de suporte extra para manter alinhamento e reduzir risco de lesões por sobrecarga.
  • Comportamento em corrida: A combinação de forma da entressola e elementos de suporte interno promove uma sensação de controle durante a fase de apoio, especialmente em quilometragens altas quando a fadiga tende a aumentar a pronatação.
  • Sensação de firmeza: A estabilidade é perceptível sem ser intrusiva — o tênis não “empurra” o pé de volta de forma agressiva, mas sim guia a passada. Isso é positivo para quem busca suporte sem sacrificar conforto.
  1. Ajuste, conforto no pé e acabamento
  • Calce: O fit geral é mais anatômico, com espaço suficiente na região dos dedos para evitar compressão, mas sem folgas que prejudiquem a segurança. O ajuste no mediopé é firme, ajudando no travamento do pé.
  • Palmilha e forro: A palmilha oferece acolchoamento complementar e mantém respirabilidade; o forro interno foi pensado para reduzir atrito e bolhas em treinos longos.
  • Tamanhos: Corresponde geralmente ao tamanho padrão. Recomendável experimentar se o corredor usa meias grossas ou precisa de espaço extra na caixa dos dedos.
  1. Peso e impacto na performance
  • Peso: A versão 32 busca redução de peso em relação à geração anterior, tornando-o mais versátil para treinos diários sem perder suas características de estabilidade. Para corredores que valorizam economia de energia em longões, a leveza relativa é bem-vinda.
  • Compromisso performance x proteção: O Kayano 32 favorece proteção e durabilidade em detrimento de máxima velocidade. Ideal para quem prioriza compromisso entre conforto duradouro e suporte.
  1. Durabilidade e manutenção
  • Durabilidade: Materiais da sola e reforços nas áreas de possível maior desgaste indicam boa vida útil para corredores que fazem média a alta quilometragem semanal. A construção robusta costuma resultar em centenas de quilômetros de uso adequado.
  • Manutenção: Limpeza regular com pano úmido e escova macia é suficiente; evite secagem direta ao sol por períodos longos para preservar a espuma e as colas.
  1. Comparação com concorrentes e com modelos anteriores
  • Em relação a modelos anteriores da linha Kayano, o 32 se destaca por reduzir peso, oferecer um cabedal mais respirável e ajustar o stack/drop para uma passada mais natural. A estabilidade foi mantida, porém com soluções menos massivas.
  • Frente a concorrentes (outros tênis de estabilidade como Brooks Adrenaline, New Balance 860, Saucony Guide), o Kayano 32 compete oferecendo bom equilíbrio entre amortecimento e suporte. A preferência virá do ajuste individual: alguns corredores podem preferir a sensação mais firme do Adrenaline, enquanto outros optarão pelo amortecimento mais acolhedor do Kayano.
  1. Para quem é indicado
  • Corredores com pronação moderada a acentuada que necessitam de suporte.
  • Atletas focados em longões, treinos diários e meia maratona/maratonas que buscam proteção e conforto.
  • Quem precisa de um tênis com boa durabilidade e preferem um passeio mais protegido do que um modelo voltado para velocidade.
  • Não é a primeira escolha para corredores de pista ou provas rápidas onde cada grama e cada retorno de energia contam — nesses casos, modelos mais leves e reativos seriam melhores.
  1. Pontos fortes
  • Excelente combinação de amortecimento e estabilidade.
  • Cabedal mais leve e respirável com bom travamento do pé.
  • Durabilidade e proteção para longas distâncias.
  • Sensação de corrida mais conectada graças aos ajustes no stack/drop.
  1. Pontos a considerar (limitações)
  • Não é tão reativo quanto tênis de competição leve.
  • Pode permanecer robusto para corredores que buscam máximo retorno de energia.
  • Preço costuma situar-se na faixa alta do mercado de tênis de running (custo-benefício depende do uso e necessidade de suporte).

Conclusão

O ASICS Gel-Kayano 32 segue fiel à proposta da família Kayano: entregar estabilidade confiável e amortecimento confortável para corredores que percorrem longas distâncias ou que precisam de suporte para pronação. As atualizações trazem um tênis mais leve, com cabedal mais respirável e uma sensação de corrida um pouco mais natural, sem comprometer a proteção. É uma escolha segura para quem busca durabilidade e conforto em treinos diários e provas longas, enquanto corredores interessados em velocidade pura podem preferir alternativas voltadas para performance.

Por: Pablo Mateus

Continue lendo

Equipado para Correr

Apple Watch Ultra 3: o que mudou, como se compara aos rivais e vale a pena trocar do Ultra 2?

Avatar photo

Publicados

em

O Apple Watch Ultra 3 chega como a evolução natural da linha Ultra: mantém a construção robusta e os recursos focados em aventura e esportes, ao mesmo tempo em que traz melhorias em processamento, conectividade e usabilidade. Para corredores — desde treinos regulares até ultramaratonas em terreno técnico — entender o que mudou, como o relógio se posiciona frente a modelos esportivos dedicados e se vale a troca do Ultra 2 é decisão prática. Aqui está um guia direto e focado em quem corre.

Principais melhorias do Apple Watch Ultra 3
  • Processador mais rápido
    O Ultra 3 adota um chip mais potente que melhora a fluidez do sistema, reduz tempos de abertura de apps (incluindo apps de treino) e permite uma experiência mais responsiva no dia a dia. Para quem usa medições em tempo real, mudanças na interface e apps de terceiros, a latência reduzida é percebida.
  • GPS de dupla banda e posicionamento aprimorado
    A recepção de sinal foi fortalecida com suporte a múltiplas frequências (dupla banda), resultando em trajetos mais fiéis mesmo em trilhas estreitas, corredores entre prédios altos e áreas com cobertura parcial de satélites. Para treinos longos, isso significa menos “saltos” na rota e medições de distância e ritmo mais estáveis.
  • Conectividade via satélite para emergência
    Mantendo e expandindo recursos de segurança, o Ultra 3 facilita comunicação em áreas sem celular — útil para quem corre em trilhas remotas. Essa função não substitui um dispositivo dedicado de comunicação, mas adiciona uma camada de proteção.
  • Bateria otimizada (na prática)
    Houve melhorias na gestão de energia que, combinadas com o hardware, oferecem autonomia sólida mesmo com uso intenso de GPS. Para treinos longos e ultradistâncias, a vantagem é significativa em relação a modelos Apple anteriores, embora relógios esportivos especializados ainda tenham opções mais econômicas de bateria em modo GPS contínuo extremo.
  • Tela e usabilidade
    A tela continua grande e legível sob luz solar intensa; ajustes de brilho e respostas táteis estão melhores. A interface oferece visualização rápida de métricas durante o treino sem necessidade de múltiplos toques.
  • Medições e sensores (afinamentos)
    Os sensores de movimento e saúde ganharam calibragens que prometem leituras mais consistentes (ritmo, cadência, variação cardíaca), ainda que o núcleo das métricas continuem próximas às gerações anteriores — ou seja, mais precisão em cenários reais, não necessariamente mudanças drásticas nos algoritmos.

Faça parte do nosso grupo no Telegram

Faça parte do nosso grupo no WhatsApp 

Como o Ultra 3 se compara a outros relógios esportivos
  • Contra Garmin / Coros / Suunto (relógios esportivos dedicados)
    • Precisão de GPS: com a dupla banda, o Ultra 3 encurta a distância para os líderes do segmento, mas Garmin e Coros seguem oferecendo ferramentas avançadas de navegação (mapas offline detalhados, rota por pontos de interesse) e opções robustas de ajuste de GPS para economia de bateria. Em trilhas técnicas, a diferença caiu, mas atletas profissionais ainda podem preferir modelos específicos.
    • Análise de treino: plataformas como Garmin Connect e COROS têm décadas de dados, métricas avançadas (dinâmica de corrida aprofundada, relatórios de recuperação, treinadores integrados). O Apple Watch oferece integração excelente com o iPhone e apps populares (Strava, TrainingPeaks), mas o ecossistema de análise esportiva é menos especializado.
    • Bateria: relógios esportivos voltados para ultradistância frequentemente ganham em duração com modos GPS ultralow (dias a semanas em alguns casos). O Ultra 3 melhorou, mas não alcança os recordes de bateria dos modelos mais extremos.
    • Robustez e usabilidade: o Ultra 3 mantém caixa resistente e boa ergonomia; onde se destaca é na combinação entre smartwatch completo (pagamentos, chamadas, apps, notificações) e funções esportivas — algo que fabricantes esportivos não oferecem em igual medida.
  • Contra outros smartwatches premium (ex.: Galaxy Watch)
    • Integração com iOS: no ecossistema Apple, o Ultra 3 é incomparável — sincronização de dados, apps, notificações e integridade do ecossistema. Para usuários iPhone, essa integração é um diferencial enorme.
    • Recursos gerais: oferece mais apps e uma experiência de smartwatch superior (assistente, pagamentos, mensagens), além das funções esportivas. Em termos de hardware puro, é competitivo com outros smartwatches premium.

Resumo comparativo rápido:

  • Melhor para quem quer um smartwatch completo + bom desempenho esportivo.
  • Se você prioriza análise de treino extrema, navegação off-road avançada ou bateria máxima para ultradistâncias, relógios esportivos dedicados ainda levam vantagem.
Vale a pena atualizar do Ultra 2 para o Ultra 3?

Depende do perfil do corredor:

  • Você deve considerar atualizar se:
    • Valoriza a performance geral e a interface mais fluida (o novo chip faz diferença no uso diário).
    • Faz muitas corridas em áreas urbanas com sinal irregular, trilhas técnicas ou precisa de posicionamento mais preciso — a dupla banda de GPS oferece ganho real.
    • Usa recursos de segurança e conectividade (comunicação via satélite) com frequência ou busca aquela camada extra de proteção.
    • Quer a melhor experiência de smartwatch integrada ao iPhone (apps mais rápidos, melhores transições).
  • Você pode esperar mais um ciclo se:
    • Seu Ultra 2 ainda atende bem às suas necessidades: rotas corretas, bateria aceitável para seus treinos e satisfação com as métricas atuais.
    • Prioriza durabilidade de bateria acima de tudo — modelos esportivos específicos ainda entregam mais autonomia em modos extremos.
    • Busca melhorias drásticas nas métricas de corrida ou análise de treino — o salto técnico entre Ultra 2 e 3 é notável, mas não revolucionário nesse aspecto.

Em uma frase: se seu Ultra 2 já funciona bem e você não precisa urgentemente de GPS de dupla banda ou do extra de performance, a atualização é opcional; se você corre em ambientes exigentes ou quer a melhor integração e fluidez hoje disponível, o Ultra 3 vale a pena.

Conclusão

O Apple Watch Ultra 3 é uma evolução que reduz as diferenças entre smartwatches e relógios esportivos dedicados: traz GPS mais preciso, desempenho mais rápido e recursos de segurança úteis para quem corre em trilhas. Continua sendo a escolha ideal para quem busca o equilíbrio entre um smartwatch completo e capacidades esportivas sólidas. Para atletas que exigem ferramentas de análise ultra-detalhadas ou bateria máxima para provas extremely longas, os modelos esportivos continuam sendo uma opção melhor — mas o Ultra 3 encurta consideravelmente essa distância.

Por: Pablo Mateus

Continue lendo

Equipado para Correr

Review completo — Nike Vomero Plus

Avatar photo

Publicados

em

Recebi o Nike Vomero Plus da Nike e, após alguns dias de testes em treinos variados e algumas sessões de velocidade, sigo considerando este modelo uma das propostas mais interessantes da marca para quem busca conforto sem abrir mão de resposta. Estou voltando aos poucos aos treinos devido a uma lesão no joelho que me tirou da corrida por um bom tempo e esse tênis me deu muita segurança. Acompanhe abaixo você uma análise detalhada por tópicos pensada para o público da Runners Brasil: descrição, construção, ajuste, desempenho em diferentes ritmos, durabilidade, cuidados, comparação com concorrentes e veredito final.

Visão geral
  • Modelo: Nike Vomero Plus
  • Tipo: tênis de treino diário / longões com ênfase em amortecimento e conforto
  • Usuário-alvo: corredores que querem um tênis macio para treinos longos, recuperação e uso diário, mas que também permita mudanças de ritmo ocasionais
  • Recebimento: par cedido pela Nike (avaliação independente do uso)
Primeira impressão e design
  • Aparência: o Vomero Plus traz linhas modernas, combinações de materiais e uma silhueta que mistura volume com um perfil relativamente baixo, transmitindo visual de “maximal cushioned” sem exagero.
  • Acabamento: costuras bem executadas e sobreposições minimalistas que passam sensação de qualidade. Recebi o tênis na cor laranja, mas a paleta inclui opções sólidas e também mais vibrantes para quem prefere destaque.
  • Peso: não é ultraleve — fica na faixa dos tênis acolchoados de performance — mas surpreende por não parecer excessivamente pesado durante corridas mais longas.
Cabedal
  • Material: malha engineered / mesh com camadas de suporte estrategicamente posicionadas. A ventilação é adequada para treinos em clima temperado a quente.
  • Conforto interno: acolchoamento no calcanhar e língua que evita pontos de pressão e melhora o travamento do pé.
  • Ajuste (fit): forma intermediária — não é extremamente estreito nem excessivamente largo. Senti boa segurança no médio-pé e no calcanhar; corredores com pé muito estreito podem preferir meia mais grossa para melhor encaixe.
  • Biqueira: espaço suficiente para os dedos — confortável em longões — sem folga que comprometa controle.
Entressola e tecnologias
  • Espuma: usa uma variação da espuma ZoomX (ou uma solução próxima em termos de resposta e amortecimento) combinada a elementos de suporte que equilibram retorno de energia e proteção contra impactos. Resultado: sensação macia e responsiva.
  • Perfil e drop: perfil com boa altura de stack — ideal para absorver impacto em treinos longos; o drop costuma ficar na faixa média (aprox. 8-10 mm), oferecendo compromisso entre propulsão e conforto.
  • Estabilidade: o Vomero Plus incorpora placas ou densidades diferentes na entressola que ajudam a controlar a pronacão natural sem interferir na fluidez da passada. Para corredores que precisam de suporte adicional, não substitui um tênis pronador técnico, mas oferece estabilidade suficiente para a maioria.
Entressola em uso (sensação na corrida)
  • Amortecimento: muito confortável em trotes longos e recuperação. Absorve bem o impacto e reduz fadiga em treinos volumosos.
  • Resposta: embora a prioridade seja o conforto, existe retorno de energia perceptível — funciona bem em acelerações curtas e mudanças de ritmo, mas não é tão “rápido” quanto modelos de competição com placa de carbono.
  • Transição: a passagem calcanhar‑dedo é suave; corredores com cadência média a alta notarão uma transição fluida que ajuda a manter economia de corrida.
Solado e tração
  • Borrachas: composto de borracha resistente nas áreas de maior desgaste e padrão de cravos adequado para asfalto.
  • Aderência: excelente em piso seco; comportamento consistente em piso molhado (como a maioria dos tênis de estrada), mas cuidado em superfícies muito lisas.
  • Durabilidade: a borracha mostrou resistência boa após dezenas de quilômetros; a expectativa é de quilometragem compatível com outros modelos acolchoados premium (esperar entre 600–900 km dependendo do uso e do corredor).
Ajuste e tamanho
  • Numeração: segue mais ou menos o padrão da Nike; recomendo experimentar ou considerar meia numeração acima se você tem o pé largo ou costuma usar meias mais grossas.
  • Volume interno: confortável, com espaço suficiente nos dedos e bom suporte no calcanhar.
  • Uso com palmilhas: aceita palmilhas customizadas sem comprometer significativamente o ajuste.
Desempenho por tipo de treino
  • Treino easy / trotes: excelente — prioridade máxima; conforto e recuperação.
  • Longões: muito indicado — mantém conforto por horas e reduz fadiga.
  • Ritmo médio / fartlek: bom — responde bem a mudanças de ritmo, especialmente em treinos com segmentos curtos e intensos.
  • Tiros/competições: não é a melhor escolha para provas rápidas ou RPs — para isso, um modelo mais leve e com placa rígida é superior.
  • Treino em terra batida leve / trilhas fáceis: possível, mas não é projetado para trilhas técnicas.
Público recomendado
  • Corredores que fazem volume semanal elevado e priorizam conforto.
  • Quem busca um tênis de recuperação para usar entre treinos fortes.
  • Corredores neutros que querem amortecimento generoso sem perder muito da resposta.
Pontos fortes
  • Conforto: acolchoamento premium que sustenta longões.
  • Equilíbrio entre amortecimento e retorno: confortável sem ser “lento”.
  • Acabamento e qualidade de construção: robusto e bem pensado.
  • Versatilidade: ótimo para treinos fáceis, longões e recuperação.
Pontos a melhorar
  • Peso: não é o mais leve do mercado; quem prioriza velocidade sentirá a diferença.
  • Preço: tende a ficar na faixa premium; custo-benefício dependerá do perfil do corredor.

Conclusão

O Nike Vomero Plus é um tênis muito competente para quem busca conforto elevado em treinos diários e longões, com resposta suficiente para variar o ritmo em treinos de qualidade moderada. Recebi o modelo da Nike e fiquei bastante satisfeito — é uma excelente alternativa para corredores que priorizam amortecimento sem abrir mão de sensação de retorno. Não é o calçado ideal para buscar desempenho em provas rápidas ou para corredores que exigem um modelo extremamente leve e com placa de propulsão, mas para a maior parte dos praticantes de corrida de rua, especialmente os que fazem bastante volume, o Vomero Plus se estabelece como uma das melhores escolhas da marca no segmento.

Por: Pablo Mateus

Continue lendo

Em Alta