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Runners Brasil conta sua história: Clara Gomes

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Prazer! Eu sou a Clara Gomes.
Tenho 20 anos e estou cursando o 6º Período de Medicina na Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

A minha história com a corrida começou dentro de casa, quando via minha mãe que é médica e descobriu esse esporte há 5 anos, voltar para casa após as corridas sempre animada e depois de escutar os casos sobre o universo paralelo da corrida que, até então, era completamente desconhecido por mim!

Assim, em Janeiro de 2020, depois de passar no vestibular de Medicina aos 17 anos, resolvi tentar acompanhá-la em uma de suas corridas com seu treinador, Heleno Fortes.
Corri por 700m e quase morri, literalmente.
Não entendi como alguém achava aquilo legal.

Enfim, continuei indo com ela nos treinos, entrei para a assessoria de corrida HF Treinamento Esportivo e fui melhorando um pouquinho a cada semana com o acompanhamento do Heleno Fortes, que se tornou também meu treinador. Completei meus primeiros 10km em 1:06.
Logo quando minhas aulas na faculdade começaram e eu estava ficando mais empolgada com a corrida, veio a pandemia em Março de 2020. Parou tudo!

Passei a ter muitas aulas online e algumas práticas presenciais e voltei a correr em Junho de 2020. De repente, houve uma grande virada na minha visão sobre a corrida.
Em um dos treinos com minha mãe e suas amigas, um corredor da HF e, hoje, grande amigo, me disse que eu tinha grande potencial no esporte e me sugeriu seguir a minha planilha e não a da minha mãe.

E assim o fiz. Comecei a melhorar mais e foi só empolgação!

Em Novembro de 2020 completei minha primeira Meia Maratona. 1:52:30 (pace 5:20).
Como as provas oficiais ainda não estavam acontecendo, corri os 21.097m dando 21 voltas na Lagoa Seca do Belvedere, local tradicional de treinos em Belo Horizonte. Fui acompanhada de amigos corredores e do meu treinador Heleno Fortes, além da torcida e apoio da minha mãe e de suas amigas corredoras.

Ainda em Novembro participei da edição virtual da corrida do InterMed, evento tradicional em que as faculdades de Medicina de Minas Gerais competem em diversas modalidades esportivas, e fiquei em 2º lugar.
5km – 22:43 (pace 4:32).

A animação com a corrida só aumentava à medida que ia conhecendo melhor esse universo! Treinava 3 vezes na semana e fazia 2 treinos de fortalecimento, conciliando com as aulas que ainda estavam só parcialmente presenciais.

Foto: Arquivo pessoal

Nesse período, fui conhecendo muitas pessoas do meio da corrida e fiz várias amizades muito especiais!
Mas não conheci nenhuma jovem com a minha idade que vivesse esse estilo de vida.

Com as aulas já 100% presenciais, fui para minha segunda Meia Maratona, em Agosto de 2021, novamente dando 21 voltas na Lagoa Seca. 1:43:40 (pace 4:54).

Minha primeira prova oficial foi a Meia Maratona do Rio, em Novembro de 2021.
As coisas não deram muito certo depois do km17 e acabei completando a prova com dificuldade… acho que faltava mais experiência para lidar com as provas.
1:46:20 (pace 5:02).
Mesmo assim, fiquei em 3º lugar na Categoria 18-19 anos, alegria gigante!

Minha segunda prova oficial foi a Volta Internacional da Pampulha, e a surpresa boa: 1º lugar na Categoria 18-19 anos!
1:35:30 (pace 5:10).

E depois de conhecer melhor esse ambiente incrível de provas, resolvi me inscrever na minha primeira Maratona, 42km!!!

Em Março de 2022, iniciei o ciclo de treinamento específico para a Maratona do Rio, sempre sob a orientação do Heleno Fortes. Sabia que além da dificuldade dos treinos mais longos e frequentes, enfrentaria o desafio de encaixá-los na minha rotina de estudante de Medicina. Não foi fácil.

Mas, como minha mãe me diz muito, “a vida é feita de escolhas”, e eu estava muito segura e feliz com a minha escolha da Maratona.

Nesse período, fazia 4 treinos de corrida (cerca de 70km) e 4 de fortalecimento semanalmente.

Passei a correr na maioria das vezes à tarde ou à noite durante a semana, pois tinha aula de manhã, e, com isso, perdia a companhia das minhas amigas nos treinos. Mas, ao mesmo tempo, pensava que isso poderia ser uma forma de fortalecer a mente para tolerar melhor o desconforto que iria surgir ao longo dos 42km.

Durante o ciclo completei 20 anos, e, por coincidência, a Maratona do Rio também completou 20 anos em 2022, o que tornava tudo ainda mais especial.

No final de Maio completei os dois treinos mais importantes para a Maratona, 36km contínuos e 28km no ritmo pretendido da prova, a confiança e a ansiedade só cresciam.

No início da semana da Maratona contraí uma gastroenterite, acompanhada de febre alta, e fiquei receosa de não conseguir completar a prova. Foquei ainda mais na hidratação e alimentação para ter o menor prejuízo possível. Viajei para o Rio de Janeiro.

Já reestabelecida da virose, torci para minha mãe na Meia Maratona no sábado e me preparei para a Maratona no Domingo.

Não contava com a chuva durante a prova inteira, mas completei minha primeira Maratona com louvor!!!! 3:33:24 (pace 5:03).

Sensação indescritível que só quem já viveu sabe.
Quando custei a completar aqueles 700m no primeiro dia em que fui correr, jamais imaginava que me tornaria Maratonista aos 20 anos!!!! e conseguindo completar com este tempo de prova!!!
além de não deixar com que os treinos atrapalhassem minha dinâmica e notas da faculdade.

Dias depois veio o resultado oficial e mais alegrias: 1º lugar na categoria 20-24 anos!!!
e a atleta mais nova a completar a Maratona do Rio 2022!!!

Minha mãe ainda me surpreendeu com um presente incrível: inscrição para a Maratona de Nova York ainda esse ano, em Novembro!!!!

É isso, estudante de Medicina e maratonista aos 20 anos: realizado com sucesso!

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Se alguém te disser que é impossível ou que não é para você, vá e faça acontecer!

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Foto: Arquivo pessoal Clayton

No quarto dia após o nascimento de Thomas ele faleceu em meus braços, me lembro como se fosse hoje aqueles aparelhos diminuindo a frequência e aquele som informando que não havia mais batimento cardíaco.

A nossa história de hoje é da dupla Clayton e Thomas, pai e filho que juntos formam @correndocomthomas. Clayton com seus 39 (trinta e nove) anos é o pai orgulhoso do lindo garoto Thomas com 12 (doze) anos e da princesa linda Valentina com 9 (nove) anos e nos traz, com este emocionante relato da vida real, que todos nós podemos encontrar o nosso propósito e vivermos bem e felizes com ele.

Há quase 20 anos Clayton e Carolina constituíram sua família e em 2009 descobriram que estavam grávidos, foi uma surpresa para eles, pois acreditavam que não poderiam ser pais por conta de um diagnóstico médico. Já era o Thomas vindo para sua família. O pré-natal correu na maior normalidade até os sete meses de gestação quando a Carol começou a se sentir mal e foi direto para o hospital. Não era o tempo esperado, mas foi assim que Deus enviou o Thomas.

Clayton lembra que na época ela era muito imaturo e estava se sentindo inseguro, sem saber o que fazer. Mas teve força junto com a Carolina para receberem o Thomas da melhor forma. Logo que ele nasceu foi para uma incubadora, para fortalecer seu sistema respiratório.

Foto: Arquivo pessoal Clayton

E foi aí que começou a maior experiência deles: Clayton, Carolina e Thomas.

“No quatro dia após o seu nascimento, o Thomas faleceu (parou) em meus braços. Me lembro como se fosse hoje, aqueles aparelhos diminuindo a frequência e o terrível som informando que não havia mais batimento cardíaco. Meu Deus, que dor foi aquela. Como perder um filho que nem se quer poderíamos ter? Essa dor era demais para um casal tão jovem. Contudo, Deus em sua infinita misericórdia nos deu uma segunda chance e trouxe o nosso Thomas de volta.”

A partir deste ponto começa uma nova vida, um olhar diferente para tudo e para todos. Thomas teve uma paralisia cerebral e com isso algumas limitações, mas isso não foi motivo para impedirem que eles realizassem seus sonhos.

Um deles foi conhecer o goleiro Cássio do Corinthians, Thomas é corinthiano roxo e em 07/2017 conseguiram promover o tão esperado encontro no Centro de Treinamento do Corinthians, “momento emocionante” relata Clayton. Thomas foi o 1º cadeirante a entrar no gramado da Arena Corinthians – Neo Química Arena no jogo entre Corinthians e São Paulo do mesmo ano e o time do Thomas ganhou por 3 a 2 com o terceiro gol de pênalti batido pelo jogador Jackson, o qual deu a bola ao Thomas que eles guardam com muito carinho.

Clayton lembra que sua esposa Carol matriculou o Thomas em uma escolinha de futebol, a Itaquera Church, e o professor “Bocão” #andreboca_abraçou o projeto de inclusão na Escolinha de Futebol Itaquera #escoladefutebolitaquera. Thomas dizia “mãe o Cássio não fica correndo, me deixa no gol e eu vou defender como ele”.

O pai lembra com orgulho que quem conhece o Thomas sabe que é um garoto especial, não por conta da paralisia cerebral e tão pouco porque é seu filho, mas sim pela alegria que ele tem e contagia a todos.

Como pai, Clayton revela que o maior sonho é ver o seu filho andar sem a necessidade de nenhum aparelho. Ele sabe que para a medicina atual isso é quase impossível, mas tem uma crença muito forte em Deus e que Ele pode fazer muito mais do que imagina.

Quando o Thomas passou pela 1ª cirurgia ortopédica para reconstrução de bacia e quadril, foi um período muito tenso, pois com 7 (sete) dias de operado precisaram retornar ao médico, pois o Thomas não parava de chorar por conta das dores. Descobriram que o gesso havia cedido e estava pressionando a região da placa e por pouco a placa estaria exposta pela pele. Esse ocorrido gerou um ponto de necrose na cirurgia do Thomas e caso o corpo não conseguisse reverter, seria necessária uma nova cirurgia. Clayton emocionado com as lembranças disse que “aquilo me destruiu, questionei o motivo do meu filho sofrer tanto e queria que todo aquele sofrimento que ele estava passando viesse para mim;”.

Uma vez, após participarem de um espetáculo de dança em cadeira de rodas com o pessoal do “Solidariedança” @solidariedancaoficial, os pais começaram a pensar em como apresentar outras oportunidades de inclusão e esportes ao Thomas, foi aí que conheceram alguém que se tornou uma referência para eles a dupla “Rodrigo e Biel – Corredor Especial Biel”.

Clayton ativou sua imaginação a partir da experiência da dupla e quis proporcionar isso ao Thomas também. Começou a seguir a página @corredorespecial_biel e logo aprendeu e pegou dicas por onde começar a treinar com o Thomas pela 1ª vez na vida e ficou muito mais motivado pela expectativa de um dia correr com seu filho.

Como um atleta amador, Clayton sempre foi muito ativo em relação a esportes, fez musculação por quase 8 (oito) anos e praticou capoeira por quase 10 (dez) anos com o mestre Fluído do Grupo Capoeira Caiman @fluidocaiman, além de futebol. E, agora, em ver a alegria do Thomas ao cruzarem a linha de chegada e receber a medalha que é um dos principais motivos que o fazem a treinar cada vez mais e sonhar por realizações maiores.

Thomas mudou a minha vida, diz o pai Clayton e se pudesse, trocaria de lugar com o filho para que pudesse vivenciar o que é correr, pedalar ou simplesmente andar sem nenhum tipo de ajuda.

A meta no início era correr uma prova de 10k e com o atingimento dessa meta, outras maiores vieram. Quando correm juntos o Thomas se torna muito mais feliz e menos excluído, podendo desfrutar de uma vida normal, diz Clayton.

A corrida tornou-se uma espécie de terapia para o Clayton. Junto com Thomas começaram a treinar no início com a cadeira de rodas e recentemente com o triciclo adaptado para corrida da #adaptrun. Já participaram das provas com mais conforto e segurança para Thomas e a última prova foi a Timão Run de 15k na Neo Quimica Arena no dia 27/11/2022.

“ENQUANTO EU TIVER FÔLEGO VOCÊ NÃO FICARÁ PARADO”.

 Este é o lema da dupla e assim pai e filho trabalham a inclusão do Thomas ao esporte e a meta deles é audaciosa, irão participar do IM70.3 SP em 2023.

Clayton faz questão de agradecer aos amigos e parceiros desses quase 3 (três) anos de treinamentos, como o pessoal do Programa Borra Correr @rodrigobicudo.com.br, o Bruno da Visual Bike @visual bike que os presenteou com uma bike da Trek para fazermos as provas de Triathlon. A Rhytmus Assessoria @rhytmusteam que os preparou para a Maratona de SP e a prova da New Balance. O pessoal da NPerformance Team @serginho_76 que os ajuda com os treinos de bike. A XNL Produtora @xnlprodutora que desenvolveu a arte para a página do Instagram e uniforme e está no projeto do canal do Youtube. Ao amigo “Craque Neto” @10neto por todo carinho e atenção, programa Os Donos da Bola com a direção do amigo “Cascão”. A empresa A2 Soluções Inteligentes @a2solucoesinteligentes onde Clayton trabalha que acreditou no projeto IM70.3 e os presentou com a inscrição e macaquinho para a prova e aos amigos que sempre mandam mensagens de incentivo e apoio.

Estão treinando muito para participarem do IM 70.3 SP no próximo ano e ainda é preciso melhorar na natação e contamos com a ajuda do professor @Rogérioadryani da @Acquz.grandezzi.

Tem novidade para 2023, eles estão desenvolvendo o canal do Youtube do Thomas “Diário de um Triatleta Especial”.

Por fim, Clayton nos presenteia com esta mensagem:

Quando você se deparar com alguma situação ou alguém dizendo que você não será capaz, entenda que essa limitação não está em você e sim no outro.

Você pode muito mais do que imagina, basta ter disciplina, foco e objetivo.

Por: Carlos Campelo

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Runners Brasil conta sua história: Wal Aceti

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Foto: Arquivo pessoal Wal Aceti

“Você é o resultado das suas escolhas.”

Esta é a minha frase de vida da nossa atleta RBR Wal Aceti e para ela, as escolhas, foram essenciais em todos os sentidos pessoal, profissional, emocional e físico.

Wal, como gosta de ser chamada, tem hoje 49 anos, é mãe de dois filhos lindos e atua profissionalmente no serviço público no estado do Paraná e sempre procurou acompanhar as rotinas da família, trabalho, casa e, por um certo tempo, não prestou atenção a ela mesma.

Ela disse que “Muitas vezes abri mão do autocuidado para ser excelente nas tarefas que consideramos que não somos insubstituíveis.”.

Como muitas histórias de vida, Wal também passou por um processo de superação e tudo começou com entendimento do que estava passando e o que precisava fazer.

Aos 39 anos ela foi diagnosticada com câncer de mama. E ela lembra que neste processo o questionamento tomou conta de todo o tempo dela “Como eu desenvolvi está doença?”, ela se perguntava. Justamente com ela que cuidava da alimentação, vegetariana desde o nascimento, os hormônios estavam todos normais, nunca tomou anticoncepcional, mas por que com ela?

Tal situação a levou para somente olhar para si, pois estava nova, com filhos pequenos e a sua vida estava por um fio.

Ela teve um anjo na vida dela o Dr. Dalton Ivan Stainmacher que falou para ela “O seu corpo está pedindo socorro, olha pra ele.”

Em dezembro de 2012 o tumor foi retirado com sucesso.

A partir disso ela percebeu que precisava se movimentar e aproveitou a oportunidade que os filhos praticavam tênis e foi “aprender a bater bolinha” e assim participar da rotina esportiva deles.

Wal lembra que estava fora de forma e passou por lesões como todo mundo que começa a se dedicar a fazer algo. Ela acredita que toda escolha tem seus resultados e saber entender e respeitar os limites foram importantes para que ela superasse as lesões, fez fisioterapia, começou a praticar trotinhos, fortalecer e começou a perder peso.

Em novembro de 2013 se inscreveu na primeira prova de corrida de rua, 5km, ela lembra que correu uns 800 metros e caminhou o restante, mas o mais importante “conclui a prova e estava muito feliz, feliz demais”.

Logo em seguida, já muito animada, se inscreveu em outras provas, e outras e outras sem se preocupar com tempo, simplesmente o objetivo era completar, pois cada quilometro era pura superação.

E não muito distante já se desafiou em uma maratona, em 2016 correu a maratona de Porto Alegre com 2 graus negativos e foi mais um sonho realizado.

Ela acreditar que todo corredor de rua sonha em um dia cruzar a linha de chegada dos 42,195m.

Novamente ela se lembra da sensação de dever cumprido, de se superar, de competir com ela mesma, de cuidar do seu corpo, praticar o autocuidado.

Hoje já participou de 7 maratonas: além de Porto Alegre ainda correu a SPCity Marathon em 2017, no mesmo ano a Maratona Internacional de Curitiba, 2018 repetiu Porto Alegre e participou  da Internacional de Foz do Iguaçu (aqui um parêntesis para dizer que foi uma dos mais lindos percursos, além de desafiador), 2019 participou da Internacional de Florianópolis e no mesmo ano na Internacional de Curitiba e ainda várias meias maratonas, inclusive sendo TOP100 na Golden Run 21k Asics 2019, 10kms, 5kms e claro, com acompanhamento de profissionais, ela frisa que não abre mão de ter pessoas especializados ao seu lado e assim emagreceu 16 kg.

Desafio se tornou o sobrenome da nossa RBR atleta que no ano de 2021 para comemorar seus 48 anos correu 48km.

Como a maioria de todos nós, ela é uma atleta amadora, cuida da atividade física e quando termina tem que ir trabalhar. O tempo está aí, nós que temos que aproveitar a oportunidade que ele nos dá, mas temos que lembrar que somos humanos e algumas vezes não estamos dispostos a sair pra treinar, afinal trabalhamos o dia todo. Mas nada é empecilho para que no outro dia possa calçar o tênis e sair para correr, muitas vezes sem ter um percurso definido, é gratificante afirma a nossa atleta.

“O corpo agradece suando, um cansaço prazeroso, os pensamentos reorganizados e mais uma vez superando qualquer tipo de desânimo, impondo aqui a superação, o desejo e a disciplina para levantar do sofá e ir treinar.”

Foi escolhida na cidade de Maringá pela Rede Feminina de Combate ao Câncer para ser a EMBAIXADORA da 1ª Corrida Solidária que será realizada no dia 16 de outubro inscrições no link, https://www.eucorro.com/destaques/corrida-solidaria-rfcc, onde poderá incentivar as pessoas a se movimentarem e repensarem em si, principalmente no autocuidado e saúde.

Wal Aceti só tem a agradecer pelas escolhas dela e afirma que:

“Você é o resultado das suas escolhas.”

Por fim deixa os agradecimentos especiais a Associação Corra Mais Maringá, ao treinador Rodrigo Alves de Oliveira, ao personal Odinei Ribas, seu fisioterapeuta Eduardo Rulling da Sportfisio e ao Dr. Flávio Ricardo (HC180).

Por: Carlos Campelo

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Runners Brasil conta sua história: Tatiane Miranda

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Foto: Arquivo pessoal Tatiane

O que significa COMPROMISSO?

A nossa atleta RBR se chama Tatiane Miranda de Arruda, com 44 anos, casada com Amarildo que é seu companheiro de vida e de corrida que formam a sua família com suas duas filhas, a Isabella e a Alícia.

Há 15 anos atua como pedagoga na rede pública municipal e estadual, na cidade de Cuiabá/MT. A rotina de professora é muito desgastante e rotineiramente ela trabalha em 3 turnos o que faz com muito orgulho, pois ajuda alunos com dificuldade de aprendizagem a crescerem e se tornaram adultos com dignidade.

Atua baseada no exemplo de vida que seus pais a ensinaram a sempre lutar para ter uma vida melhor sem perder a humildade e honestidade e realizar os seus sonhos.

Ela aprendeu que a palavra COMPROMISSO significa comprometimento com ela mesma, pois não precisa “prestar conta” a ninguém. Compromisso é uma meta pessoal.

Hoje seu sonho é estudar mais sobre o tema “alfabetização tardia” e poder auxiliar muito mais as pessoas que passam por esta dificuldade e continuar a treinar corrida para no futuro fazer uma maratona.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

Sempre soube da importância de praticar uma atividade física, pois acredita que o corpo só é sadio se tiver o equilíbrio entre alimentação e a saúde física e mental. Porém essa vontade ficava mesmo era na teoria, pois não tinha tempo, trabalhava muito e chegava à sua casa muito cansada para qualquer atividade física.

Sempre achou muito legal ver quem corria, era lindo de ver aquelas pessoas que acordavam cedo para fazer suas atividades físicas diz a Tatiane.

Em 2013 se percebeu um pouco acima do peso e começou a pensar em como perder peso, então resolveu começar a correr. Pesquisou e percebeu que poderia perder peso mais rápido correndo, e assim começou. 

Iniciou com trotes leves intercalando com caminhada duas vezes por semana e aos poucos foi inserindo essa prática na rotina diária, sem compromisso. Fazia as corridas quando sobrava um espaço na rotina. Ainda achava que não tinha tempo. Foi quando teve um problema e precisou fazer repouso vocal. Neste período conseguiu se manter assídua nos treinos e a entender o que era correr em novembro de 2013.

No inicio de 2014 participou da primeira prova de rua, que foi a Corrida de Reis, corrida esta que está na agenda nacional como a segunda maior corrida em âmbito nacional na esfera publica municipal.

“Foi à primeira vez que entendi que quando temos uma meta, os treinos se tornam um compromisso.” Afirmou Tatiane. Assim em janeiro de 2014 fez seus primeiros 10 km, correndo e caminhando e finalizando em 1h30min.

A corrida foi sendo inserida na rotina no período noturno. Não porque era a melhor hora para corrida, mas era aquele momento que tinha e assim foi treinando ao longo dos anos. Sempre com o apoio da sua família.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

No final de 2018, após a morte de seu pai, para tentar preencher um pouco do vazio que ele deixou resolveu procurar uma assessoria especializada em corrida e assim o “bichinho” a pegou de vez. Hoje não vê a sua vida sem a corrida.

A sensação que tem no final de cada corrida a motiva cada vez mais a treinar e a se desafiar.

Este é o compromisso que a motiva para vencer a preguiça, o cansaço, a rotina exaustiva do dia-a-dia, coloca o tênis e vai “descansar”, esquecer dos problemas e deixar a mente fluir.

Em 2018 quando iniciou a correr, o objetivo era correr 10 km sem parar e agora, em 2022, já participou de duas meias-maratonas.

Tatiane transpira emoção a falar de sua conquista que fica sem saber se expressar com palavras apenas com o sentimento de vitória.

A satisfação de conseguir alcançar seus objetivos a faz continuar, com desafios novos e a vencer dando o seu melhor.

Atualmente a corrida é o uma virtude que a faz melhorar sua saúde física e mental e com muito orgulho diz a todos “Eu consigo correr sem parar 21 km.”.

Esta é a sua maior vitória.

E isso tudo é importante para ela e ainda reserva tempo para agradecer a sua rede de apoio, a qual sem eles nunca conseguiria treinar. Agradecer a sua mãe que muitas vezes reclama que ela corre muito, mas sempre cuida das suas filhas, ao seu marido que muitas vezes é o apoio em casa e seu pace lover na corrida, incentivando-a e apoiando. Aos seus sogros e cunhados que por diversas sextas cuidaram das meninas para que o casal pudesse fazer seus longões aos sábados.

Agradecer aos seus treinadores que confiaram nela, muitas vezes até mesmo mais do que ela confiava em si mesma.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

Na corrida encontramos muitos parceiros, que nos motivam a cada treino a cada palavra de incentivo, e esses parceiros tornaram grandes amigos, que saíram das ruas e entraram na vida, diz Tatiane.

A corrida faz isso, traz colegas que nos inspiram que se transformam em amigos e a eles deixa o agradecimento que não cabe no seu coração.

“Amo muito todos os momentos que passamos juntos.”

Em suas palavras finais, Tati assim que é chamada pelos amigos, deixa a todos que estão lendo esse depoimento que lembrem que você sempre tem tempo. Escolha a sua atividade física e faça. Não use a muleta do “Não tenho tempo”.

Ela escolheu viver mais, com mais saúde, com muito orgulho de si mesma e ainda saber que está inspirando suas filhas.

Assim Tati se despede e te pergunta:

“E você o que está fazendo para viver mais?”

Por: Carlos Campelo

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