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Corredores Extraordinários

Corredores Extraordinários – Uedli Daniel

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Dando sequência na coluna “Corredores Extraordinários”, temos o privilégio de apresentar a história inspiradora de Uedli Daniel Pereira, um verdadeiro exemplo de determinação e superação na corrida de rua. Sua jornada nos mostra como a paixão pela corrida pode transformar vidas e desencadear um incrível poder de realização pessoal. Prepare-se para se emocionar com a história de Uedli e descobrir como a corrida se tornou um motor de mudança em sua vida.

Qual foi o seu primeiro contato com a corrida?

Quando eu tinha 16 anos participei de uma corrida promovida pela empresa em que eu trabalhava: a Corrida do Aço, da Arcelor Mittal.

O que o motivou a começar a correr?

Eu estava mal fisicamente e mentalmente, pois o meu negócio estava falindo.
Meu escritório foi furtado, levaram todos os computadores e eu não tinha condições de comprar novamente.
Tive uma crise de ansiedade e precisei ir ao hospital, o médico não quis me passar remédios, disse para eu começar uma atividade física. Foi então que comecei a caminhar e dar umas corridinhas na praia.

Você teve alguma influência inspiradora para começar a correr?

Uma amiga de infância, que já era corredora, me disse como correr a ajudava manter sua rotina, a ter disciplina para outras atividades.

Como foi a sua primeira experiência de corrida? Onde você correu e como se sentiu?

Foi no final de 2018, na Corrida das Luzes, em percurso de 7km.
Eu não treinava, só caminhava e corria do meu jeito. No meio da prova eu comecei a caminhar, um corredor passou por mim e incentivou a trotar, ele disse que seria melhor do que caminhar
Quando terminei a corrida, já aceitei um convite para o próximo desafio, outra corrida de 16km

Quais foram os desafios iniciais que você enfrentou ao começar a correr?

Foi difícil manter a constância, encaixar uma rotina de treino. Aprendi que o mais difícil não é o dia da prova, mas sim o processo de preparação.

Houve algum momento específico que marcou o início da sua jornada de corrida?

Considero que o meu início de verdade foi em 2022, pois de 2019 a 2021 não tivemos provas por conta da pandemia, com isso, eu quase não treinava.
E o que marcou que eu realmente queria me tornar um corredor de longa distância, foi um acidente de moto que minha namorada e eu sofremos no final de 2021. Fiquei com medo de perder a perna ou de ficar com alguma lesão crônica. Mas graças a Deus, só ficou uma cicatriz que me lembra do livramento que tive.

Como você se sentiu ao alcançar seus primeiros objetivos de corrida?

Eu senti que com paciência e obstinação, posso superar qualquer desafio, na corrida ou em qualquer outra área da minha vida.

Quais foram as reações das pessoas ao seu redor quando você começou a correr?

Poucos apoiavam, a maioria falava que era coisa de maluco correr tanto assim, e que subir montanha correndo iria acabar com meus joelhos. Além de outros mitos, como “correr envelhece”.

Quais mudanças positivas você notou em sua vida desde que começou a correr?

Além da disposição física, me sinto bem mentalmente. Tenho mais força para buscar meus objetivos.

O que você diria para alguém que está considerando começar a correr?

Você está prestes a embarcar em uma jornada emocionante e transformadora. A corrida não apenas fortalecerá seu corpo, mas também sua mente e espírito.
Não importa a distância ou velocidade. Comece devagar, ouça seu corpo e respeite seus limites. A persistência é fundamental: mesmo nos dias mais difíceis, lembre-se do motivo pelo qual decidiu correr.

Espero te encontrar em alguma linha de chegada.

Por: Redação Runners Brasil

Corredores Extraordinários

De 1% de chance de sobreviver às Maratonas: A incrível Jornada de Superação

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Kenia Carneiro de Oliveira, aos 17 anos, vivia uma fase promissora de sua vida. Embora na época não fosse muito envolvida com esportes, ela era cheia de sonhos e energia, com uma vida social vibrante e um relacionamento amoroso digno de um conto de fadas. Seu namorado era seu primeiro amor, e estavam juntos há três anos, com planos de ficarem noivos em janeiro de 1996. Contudo, em dezembro de 1995, um acidente brutal mudou tudo drasticamente.

Imagine viver o melhor momento da sua vida, com tudo em perfeita harmonia, quando de repente, tudo desmorona de maneira brutal e inesperada. Um acidente automobilístico trágico não só a colocou em uma batalha pela vida, mas também lhe tirou o namorado e parceiro de vida. Ele sofreu um traumatismo craniano fatal e faleceu uma semana após o acidente, deixando Kenia com um vazio imenso e uma dor indescritível. O impacto foi devastador. Ela não imaginava conseguir seguir em frente com sua vida.

As consequências físicas do acidente foram severas: Kenia sofreu múltiplas fraturas, incluindo lesões na bacia, tórax, perna, braços e face, além de uma fratura exposta no osso malar direito. Perdendo quatro litros de sangue, ela se encontrava à beira da morte. O prognóstico era sombrio, com apenas 1% de chance de sobrevivência. Os médicos estavam sem esperanças frente ao quadro crítico, agravado pela perfuração dos dois pulmões, exigindo intenso tratamento para um pneumotórax bilateral. Onze dias na UTI e um mês no hospital marcaram o início de uma longa e árdua recuperação.

“Quando meus pais chegaram ao hospital, eu estava terminando de fazer uma cirurgia na face e o risco era enorme. Então o médico saiu e disse a eles: ‘se vocês acreditam em Deus, rezem muito, porque eu, como médico, não dou sobrevida a sua filha’”, relata a atleta emocionada.

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Como foi essa reabilitação? Quando Kenia perdeu todos os movimentos do corpo, teve que reaprender a andar. Logo, sua mãe conseguiu um andador emprestado, mas ela não se adaptou a ele. Com a ajuda de sua mãe e irmã, iniciou seus primeiros passos com o apoio delas.

Durante oito meses, ela ficou imobilizada em um leito de hospital, sem qualquer movimento e sem fisioterapia, sustentada apenas por uma determinação inabalável. A família esteve ao seu lado para apoiá-la. Seus pais pediram aposentadoria antecipada para cuidar dela, e seus irmãos, junto com Maria Eugênia, uma enfermeira dedicada, ajudaram na parte de curativos.

Como conseguiu voltar a andar? Incrivelmente, Kenia se reabilitou sem sequelas, transformando a adversidade em resiliência. Sua força de vontade em querer viver foi crucial.

Sua história não é apenas sobre sobreviver; é uma narrativa poderosa sobre ressurgir e transformar dor em força. Após recuperar-se fisicamente, Kenia encontrou no esporte um novo pilar em sua vida. Em 2003, ao se mudar para o Rio de Janeiro e ver pessoas correndo na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, se sentiu atraída pela corrida. Embora não tivesse auxílio ou assessoria na época, a corrida se tornou sua nova paixão.

Esse foi o início de um novo capítulo em sua vida de superação, começando a participar de provas de 5 km e 10 km, usando sua história como combustível para seguir adiante.

Em 2013, desafiou a si mesma ao completar sua primeira meia maratona de 21 km, transformando o que antes parecia impossível em uma realidade tangível.

Sua trajetória é um convite à reflexão: como transformar adversidades em combustível para a superação?

Inspirada por seu passado, cada treino se tornou uma prova de sua força de vontade. Em 2015, ela se desafiou ainda mais ao completar a maratona do Rio de Janeiro 42 km e 195 metros que ela relata com um feito inimaginável há alguns anos.

Quando terminou de correr, sentiu que a realização da maratona era mais do que uma busca por superação física. Para ela, o físico foi apenas o caminho para encontrar o que há de mais forte em nosso interior: nossa essência. Correr por horas, colocando o corpo no limite, é um desejo interno de ir além, encontrar um momento de êxtase e realizar uma conexão com algo que parece sobre-humano. Ela sabia que passaria por uma experiência incrível, mas não sabia como terminaria. E foi simplesmente fantástico!

Mas a história de Kenia não para por aí. Em 2016, a vida lhe ofereceu mais uma chance de brilhar. Convidada pela Nissan do Brasil para conduzir a Tocha Olímpica nos Jogos Rio 2016, Kenia personificou a essência do espírito olímpico — a perseverança, a coragem e a determinação. O evento não foi apenas uma celebração do esporte, mas também uma homenagem à sua jornada de resiliência.

Esse mesmo ano trouxe outro desafio: o projeto “Rumo ao Ápice” do programa Esporte Espetacular da Rede Globo. Sob a orientação da renomada coach Fernanda Keller, Kenia enfrentou o Ironman 70.3, uma prova que simbolizava a contínua transformação que o esporte trouxe à sua vida.

Como foi a participação? O desafio foi uma conquista porque Kenia não desistiu. Ela enfrentou seus medos e fraquezas, transformando-os em uma bela história. Uma história que, embora sofrida e dolorosa, não foi bela por completo. Foi um caminho longo e tortuoso, mas também glorioso. Esse caminho transformou Kenia de uma pessoa comum em uma heroína, lapidando-a em uma verdadeira mulher de ferro. Cada desafio imposto moldou seu caráter e garantiu que o mérito de suportar todas as provações fosse supremo, tornando o sabor da vitória doce e eterno.

Seu relato é mais que uma história pessoal; é um farol de esperança e inspiração. Ele mostra que, mesmo nas condições mais adversas, podemos nos reerguer. É a prova de que os limites impostos pelas circunstâncias podem ser quebrados, revelando possibilidades que antes pareciam impossíveis. De um leito de hospital à condução da Tocha Olímpica, cada passo dessa jornada é um testemunho do poder transformador do esporte e da resiliência humana. Que sua história inspire outros a encontrar força mesmo nos momentos mais desafiadores e a transformar seus próprios sonhos em realidade.

Finalizando este artigo a nossa atleta Kenia deixa o seu agradecimento a Fernanda Keller, por ser uma referência dentro do esporte e por ter cruzado seu caminho, eternizando um momento mágico em sua vida, a prova do Ironman 70.3. E à Nathália, sua esposa, por sempre incentivá-la e apoiá-la, proporcionando o amor e a força necessários para seguir em frente.

Permita que as cicatrizes se tornem símbolos de sua força, não de sua fragilidade. E lembre-se, o impossível só existe até alguém ousar atravessá-lo. Seja essa pessoa. Transforme a adversidade em combustível, a dor em motivação e a determinação em conquistas. Dedique-se a viver não apenas para sobreviver, mas para deixar uma marca inspiradora no mundo, provando que a verdadeira grandeza vem de se levantar a cada vez que a vida tentar te derrubar.

Que sua jornada seja guiada pela resiliência e iluminada pela esperança, mostrando a todos que o impossível é apenas um passo além do que julgamos ser o nosso limite.

Por: Carlos Campelo

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Corredores Extraordinários

Depressão, abuso e obesidade a parou? Não, somente a tornou mais forte e mais dona de si.

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A atleta deste artigo é a Isadora Domingues que com seus 30 anos constituiu sua família com seu marido Carlos e seu filho Valentim e se tornou empresária, escritora e podcaster.

Ela compartilhou que tem vários sonhos no mundo esportivo e entre eles correr em todos os estados do Brasil, em realizar as majors maratonas, participar de uma ultramaratona e fazer o IronMan e, não param por aí, pois para ela o esporte traz vitalidade e longevidade e isso faz seu principal sonho ser de deixar um legado para o seu filho.

Por falar em legado, o poeta cubano José Martí cunhou uma frase que é muito usada “plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro” e a nossa atleta o seguiu fielmente, tanto que outro sonho dela é que o seu livro Atleta da Vida Real seja um best-seller.

Alguns assuntos não são fáceis para falar, pois muitas vezes são vistos com vergonha pela vulnerabilidade que a pessoa se sente e ainda mais é julgada como culpada fosse. Mas para Isadora isso é importante, pois a fez se tornar mais forte e compartilhar a sua história a torna autorresponsável por construiu um novo futuro e ainda influenciar positivamente outras pessoas a se tornarem dona de si.

Ela, como tantas outras pessoas que a estatística aponta, foi abusada sexualmente na infância e a fez ter ideação suicida com sentimento de não ter valor, que era imprestável e seu único consolo, para amenizar sua dor, suas frustrações, era a comida, a qual ela confidencia que foi sua aliada em muitos momentos difíceis na vida dela.

Se tivesse uma dor neste momento da vida de Isadora não era de estar com sobrepeso e sim de apagar ou não lembrar o seu passado.

E além de tudo isso, na época seu ex-marido, que era para ser o porto seguro da nossa atleta, a colocava mais para baixo dizendo que jamais correria e que não tinha capacidade para tal e ainda era muito abusivo. Ela recorda que numa noite de Natal a qual era para ser uma data festiva e em família, ela separou um vestido preto com brilhos e mais uma vez o ex-marido chegou e disse “tira isso, você está parecendo uma grávida de 6 meses”, e nesta época ela tinha apenas 19 anos.

E a pratica de bullying contra nossa atleta não parava por aí, pois não era somente o ex-marido, algumas pessoas proferiam palavras ofensivas e algumas delas vinham como se fosse brincadeira, mas o que realmente acontecia era um total assédio psicológico contra a Isadora.

Neste momento ela decidiu que jamais permitiria deixar alguém a destratar daquele jeito. Começou ali sua transformação, procurou uma academia e fechou um plano anual e 6 meses depois já tinha emagrecido 36kg, com disciplina, dedicação e trabalhando muito, inclusive começou a dar aulas de Zumba. Sim, ela não parou, enquanto estudava na faculdade o curso de Direito simultaneamente fez a formação de Zumba. E, lógico, que todo leitor quer saber: ela se divorciou.

Deixou para trás o ex-esposo e todo bullying que sofria, além dos três episódios de depressão e um deles pós-parto no meio da pandemia do COVID-19.

Nada veio fácil para nossa atleta, mas desistir não era uma opção para ela.

Quando um(a) amigo(a)? a disse que correr emagrece e que seria de uma forma mais rápida, sem trocadilho, isso se tornou um hábito mais rápido na vida dela. Não somente um hábito como ela diz “se tornou uma parceria de vida”

A corrida a fez ter um novo estilo de vida, a ser melhor que antes, a se superar, a ter foco, disciplina, dedicação e a se lembrar do quanto foi e é forte em sua vida.

”Eu vou treinar, independente das condições que o dia se apresenta para mim!”.

Como tudo teve um começo, ela lembra que a primeira meta era correr 1 quilometro sem andar, depois 5K, 10K até chegar na sua primeira maratona que foi no Rio de Janeiro no ano 2022.

Ela se lembra da emoção do seu primeiro pódio que aconteceu na prova de 5K na corrida The King Run em Mogi das Cruzes, em abril de 2016 e foi um forte incentivo para ela continuar a evoluir mais e mais no mundo da corrida.

A sensação de ser mãe, de ter autodisciplina, do poder que sente após um treino feito ou de uma corrida que participou a mantém firme no propósito se não somente ter os benefícios, mas ser um exemplo para outras pessoas também consigam realizar seus sonhos.

A corrida mudou a vida da nossa atleta por completo tanto em sua vida pessoal como profissional, pois por meio desta atividade física ela faz novos amigos, amplia seus negócios, aumenta suas vendas entre vários outros benefícios e, por isso, ela afirma que a corrida se tornou fundamental e prioridade para que seus projetos sejam executados e ganhem força no mercado.

“Correndo eu resolvo problemas e ainda deixo meu corpo e mente na sua melhor versão.”

Hoje se tem alguém a agradecer é seu esposo, seu parceiro, seu staff, incentivador, companheiro de vida, pai de seu filho e que a faz acreditar sempre que pode ir mais longe, mais rápido.

E seu plano atual é ser uma profissional que usa do esporte para ampliar seus negócios e ainda a tornar uma atleta melhor e a mais sincera versão dela mesmo. Para isso participa de provas, entrevista pessoas que podem influenciar positivamente outras pessoas em seu podcast, usar as redes @isadoracorrer @baixapace para divulgar e ampliar sue público.

Por fim a nossa atleta Isadora deixa sua mensagem para incentivar a todos nós:

No começo você vai fazer sozinha(o) sua mudança, muitas vezes, com estímulos negativos ao seu objetivo, as pessoas não acreditam em você. Talvez por você já ter tentado, a maioria das pessoas vão te julgar. Quando tiver consistência, o resultado começará a aparecer. E já terá trocado a base das pessoas que convivem com você. A quem estava “sempre” contigo, você vai receber tapinhas nas costas e ouvir: “sempre acreditei em você, parabéns”, o processo é seu, é solitário mesmo, mas ao terminar, você já será outra pessoa, irreconhecível.

Treine, não existe arrependimento pós-corrida.

Por: Carlos Campelo

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Corredores Extraordinários

Corredores Extraordinários – Elaine Pauly

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Mais uma grande corredora no nosso quadro, “Corredores Extraordinários”, temos o prazer de apresentar a história cativante de Elaine Pauly, uma corredora apaixonada que encontrou na corrida uma fonte de motivação, superação e transformação. Sua jornada inspiradora é um exemplo de determinação e perseverança, mostrando como a corrida pode impactar não apenas o corpo, mas também a mente e o espírito.

Quais foram as principais motivações que a levou a começar a correr?

Comecei a namorar um corredor e ao assistir uma prova de corrida achei incrível. (Hoje ele é meu marido) e corremos no mesmo pace e distâncias.

Houve momentos em que você considerou desistir? Se sim, como superou esses momentos?

Nunca!!! Mesmo em fases que achava que não daria conta da rotina pessoal/ profissional, a corrida sempre foi meu suporte.

Quais são as suas estratégias para se manter motivado(a) durante os treinos?

Ter uma inscrição de prova já feita. Isso me motiva a treinar para ir bem na prova. Claro que nem todos os dias os treinos saem como gostaria, mas Deus ajuda quem treina, rs

Você já participou de alguma corrida ou maratona especial? Conte-nos sobre isso.

Desafio do Dunga da Run Disney com toda certeza foi a prova mais mágica que já participei.

A prova consiste em correr 5, 10, 21 e 42 km em 4 dias seguidos nos parques da Disney e de quebra foi lá que consegui o tão almejado índice para a Maratona de Boston.

Como você lida com lesões ou contratempos relacionados à corrida?

Se for relacionado a lesão/dor hoje em dia eu sou bem mais consciente e procuro suporte de um fisioterapeuta para me orientar.

Já tive fases que levava a dor como superação e tive que me afastar dos treinos por longos períodos. (maior foi 40 dias).

Já os contratempos acontecem, recentemente no ciclo para maratona no último longão eu levei um tombo que me impossibilitou de fazer os treinos finais, então acionei a paciência e deu tudo certo.

Quais são os desafios mais difíceis que você enfrentou até agora em sua jornada de corrida?

100 Km no El Cruce em 2019 na Argentina, terminei tão lascada que não achei loucura suficiente e voltei em 2021 para mais 100 km. O El Cruce é uma prova de montanha na Patagônia Argentina que ocorre em 3 dias seguidos, é maravilhoso na mesma proporção que difícil!

(Além da resistência física, exige muito a mental)

Como você mede o seu progresso como corredor(a)?

Nesses 11 anos passei por várias fases, hoje em dia me considero mais “tranquila”. Foi quando desencanei um pouco de pace e de querer fazer mais provas do que treinos que comecei enxergar minha evolução.
E acredito que ainda tenho muito a evoluir e busco isso diariamente.

Quais são os benefícios físicos e mentais que você experimentou através da corrida?

Costumo dizer que eu nem lembro quem eu era antes de conhecer a corrida, os ganhos que tive foram além de estéticos, adquiri disciplina, resiliência, determinação, autoconfiança, empoderamento, clareza mental (principalmente em tomadas de decisões), até porque se quero atingir um objetivo, a responsabilidade é exclusivamente minha, e isso não se aplica somente a corrida.

Como você equilibra a corrida com outros aspectos de sua vida?

Tenho uma grande sorte e vantagem do meu esposo também ser corredor, então unimos nossas paixões, e somos parceiros de treinos/provas.  Troquei minha carreira de administradora por trabalhos remotos que me permitem ter liberdade de correr, viajar e trabalhar onde eu estiver, atualmente estou cursando o 2º ano de nutrição.

A maioria na família entende essa rotina corrida (mas desconfiam da minha sanidade mental com certeza), rs

Quais são os seus objetivos futuros relacionados à corrida e qual recado deixaria para quem está começando a correr?

Correr até os 100 anos seria pedir muito? (rs),

Um dos objetivos: Completar as Six Majors (6 maiores maratonas do mundo), Já fiz Nova York, Boston e em Outubro farei Chicago. (vai faltar, Tokyo, Berlim, Londres).

Recado para quem está iniciando: Curta o processo, se dedique, procure ajuda de uma assessoria esportiva (além de ajudar na sua evolução você vai economizar com fisioterapia) rs, não se compare: a realidade das outras pessoas não é a sua!

Ah, e não ouça opinião de quem está fazendo menos que você!

Por: Redação Runnes Brasil

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