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Coração de Corredor

Qual é a importância de saber a frequência cardíaca máxima?

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Saber a sua frequência cardíaca máxima (FCM) possui várias vantagens, sobretudo no contexto de atividades físicas e saúde. Aqui estão algumas razões pelas quais é importante conhecer a sua FCM:

1. Orientação no Treino

  • Zonas de Treino: Conhecer a FCM permite que você defina zonas de treinamento (por exemplo, zona de queima de gordura, zona aeróbica, zona anaeróbica). Cada zona tem um impacto específico no desempenho e no desenvolvimento físico.
  • Eficácia: Treinar dentro das zonas corretas pode otimizar seus treinos, tornando-os mais eficazes para atingir objetivos específicos, seja perda de peso, melhora de resistência ou aumento de performance.

2. Segurança

  • Prevenção de Sobrecarga: Evitar treinar em intensidades muito altas que podem ser perigosas, especialmente para pessoas com condições cardíacas ou iniciantes na prática de exercícios.
  • Monitoramento: Verificar se a frequência cardíaca está dentro de um intervalo seguro durante exercícios intensos.

3. Acompanhamento do Condicionamento Físico

  • Avaliação de Progresso: Ao monitorar como a sua frequência cardíaca reage a determinados níveis de esforço, é possível avaliar melhorias no condicionamento físico ao longo do tempo.
  • Adaptabilidade: Ajustar o plano de treino baseado no feedback obtido a partir do comportamento da sua frequência cardíaca durante exercícios.

4. Personalização

  • Planos de Treino Personalizados: Profissionais da saúde e do fitness podem criar programas de treino mais personalizados com base na sua FCM, levando em conta suas capacidades e limitações individuais.
  • Ajustes Nutricionais: FCM pode ajudar a ajustar estratégias nutricionais para maximizar os benefícios do treino.

5. Melhor Gestão de Competição

  • Estratégia de Corrida: Para atletas, saber a FCM pode ajudar na estratégia de prova, permitindo dosar o esforço para evitar fadiga precoce ou para maximizar a eficiência em provas de longa duração.

É importante lembrar que, embora existam fórmulas para calcular a FCM, como a popular fórmula “220 – idade”, essas são apenas estimativas e podem não ser precisas para todos. Testes práticos, como os realizados sob supervisão profissional, podem oferecer resultados mais precisos.

Por isso, antes de realizar qualquer avaliação significativa e mudanças em regimes de treino, é recomendável consultar profissionais de saúde ou especialistas em fitness.

Por: Equipe Runners Brasil

Coração de Corredor

O “Desafio” do Pati

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O “Desafio” do Pati

Faço sessenta anos no dia 08 de dezembro desse ano e todas essas décadas têm sido para mim uma explosão de vida, desde o primeiro chorinho. Nesse cenário, sou um cara feliz que acumulou muito mais momentos bons do que maus e que procura viver intensamente essa graça que é habitar o planeta.

Ué, o Editor da Runners enlouqueceu ao aceitar essas linhas? Não, na verdade o Editor “comprou” a ideia desse médico colunista eventual dessa belíssima revista e quase sessentão, de contar uma aventura.

Então, vamos lá. Tenho um Compadre bissexto que já é sessentão que foi meu companheiro de aventuras pelo Brasil e pelo mundo de 1982 até 1991. Os anos se passaram e cada um de nós se casou, teve filhos e as famílias fizeram algumas viagens juntas. E aí que entra o motivo dessa matéria: uma viagem juntos para celebrar 42 anos de uma linda amizade, assim como nossos 60 anos de vida.

No entanto, a história começa com um susto. No início de 2024, antes dele fazer um cruzeiro de uma semana com sua família pela costa brasileira, fiz um teste de exercício nele (além de amigo é meu paciente há anos). A saber, ele joga beach tenis, faz Pilates e musculação, caminha, se alimenta super bem, é magro e está de bem com a vida. Mas, para minha surpresa, identifiquei uma pequena alteração no exame. Resumindo, acabou recebendo 4 stents e “renasceu das cinzas”, já que uma das lesões coronarianas é chamada de” fazedora de viúvas”, pela sua gravidade. Ahhhh, ele era absolutamente assintomático. Uma semana depois, fez o cruzeiro e voltou lépido e fagueiro.

Esse evento cardíaco para lá de sério do João Vicente (popular “Soiza”) nos fez pensar em fazer algo juntos, como nos velhos tempos, agora casados, pais de família e já sendo considerados idosos pelo IBGE. Sugeri a Caminhada de Santiago de Compostela, mas ele disse não. Disse, vamos para o Peru? A ideia não vingou. Até que surgiu a Chapada Diamantina (Bahia) e a caminhada de cinco dias pelo Vale do Pati. Baaaaaahhhhh, essa colou e de imediato fizemos contato com o Rafael, guia especializado e morador da cidadezinha de Igatu, na Chapada. Deu liga na hora e a aventura iria sair. Recebemos todas as orientações, compramos o que nos foi indicado e no dia dois de outubro embarcamos rumo à Lençóis, cidade mais do que simpática no nordeste da Chapada (não confundir com os Lençóis Maranhenses, por favor). Depois de dois dias passeando pela região de Lençóis (Rio Pratinha, Gruta da Lapa Doce, Morro do Pai Inácio e Serrano), nos dirigimos para Mucugê, outra cidadezinha muito bonitinha. E foi lá que conhecemos pessoalmente nosso guia Rafael e a Luana, uma mocinha de 23 anos, professora de dança, que participou de toda aventura conosco. Cabe salientar que até aí achávamos que seriamos eu, o Soiza e o Rafael caminhando…mas a Luana mostrou ser uma ótima parceira para a dupla de “velhinhos”. Assim sendo, rumamos de Mucugê para Guiné, onde o Vale do Pati nos foi apresentado para 91,5 km entre montanhas e vales (quilômetros de subidas e descidas devidamente aferidos pelo meu Garmin).

Da esquerda para direita: João Vicente (Soiza), Rafael (nosso Guia), Ricardo e Luana

Dia I: Mochilas nas costas, muita expectativa e “corpo prá que te quero”, começa a primeira subida, a do Morro do Beco, que levou uns 35-40minutos. Como sou algo competitivo, acompanho o guia Rafael e a jovem Luana de perto morro acima. O Soiza, esperto, vai em um ritmo mais lento, o qual caracterizou sua performance ao longo de todas as subidas, platôs e descidas. Após algumas paradas para contemplar a vista (e para reestabelecer o fôlego também), chegamos nas Gerais do Rio Preto, uma planície descampada cortado de norte a sul pelo rio Preto. Caminhamos no plano e fazemos uma parada para banho e lanche. Ali paguei um “mico” histórico que poderia ter me custado a viagem. Sem perceber que estava com a mochila nas costas, resolvi pular de uma pedra para outra. Claro que me desequilibrei. Por sorte, consegui dar mais dois ou três pulos pedras a frente e não cair me esfolando todo. Esse foi um prenúncio positivo de que “venceria” o Pati. Bem, mais 40 minutos no plano e chegamos em uma das vistas mais impressionantes da Chapada, no Mirante da Rampa. Após muita contemplação, dormi deitado na pedra como que me energizando para a descida da Rampa rumo a Casa do Zé Preto, onde dormiríamos nas três primeiras noites. E aí foram mais umas duas horas de caminhada, já sentindo o peso da mochila e dos quilômetros já percorridos. Nesse interim, consegui a façanha de cair com a mochila e tudo em um riozinho, mas saltando como um gato consegui sair da água quase sem me molhar, o que rendeu risadas dos meus três companheiros de caminhada. Finalmente, chegamos ao nosso destino, tomamos um banho gelado e fomos jantar às 19 horas, assim como todos os outros turistas e seus guias que também ficariam nessa casa. Após ver vagalumes mil como não via desde a infância, fomos dormir bem cedo (antes das 21 horas), já que a segunda aventura nos esperava no dia seguinte.

Dia II: O dia começou e a subida do Castelo estava ali, a nossa espera. Após um café reforçado tomado bem cedinho e ao som de uma queda d`água, nos preparamos para uma subida íngreme. Corria a notícia que um estrangeiro teve de ser resgatado de helicóptero do topo meses antes, após um traumatismo cranioencefálico e um resgate que levou horas (sic). Bem, e a trilha morro acima começou úmida e desafiadora. Nosso grupo se juntou ao de um outro guia e fomos subindo passo a passo, entre pedras, galhos e um terreno traiçoeiro. Perto do topo encontramos o Marcius, um cidadão de Ubatuba – SP, que disse que não iria subir mais, pois tinha pânico de altura e estava no seu limite. Com uma boa dose de “psicoterapia do mato brevíssima”, ele foi convencido a completar a trilha conosco e vencer seus medos. Pois não é que o “tratamento” do Marcius foi um sucesso retumbante! Ele não somente subiu conosco como foi bem demais em seu desafio pessoal. Parabéns Marcius pelo teu feito!!!

Foto: Divulgação

Bom, mas antes do topo do Morro do Castelo iriamos atravessar uma caverna. Esta formação de quartzito atravessa o morro e proporciona aos aventureiros uma das vistas mais espetaculares da região, sendo chamada de “Gruta do Castelo”. Ali, descansando após um par de horas de subida/paradas, encontramos uma cadelinha moradora da região. Ela fez a subida sem ser percebida por nós, mas nos brindou com a sua presença na entrada da Gruta. Certamente esse bichinho é do gênero canis, mas na prática era muito parecida com um cabrito montês. Água para hidratação, um sanduiche feito pelo Rafael e muita energia interior para a travessia da Gruta do Castelo. Nosso rumo culminaria em um mirante natural feito com todo o cuidado geológico feito como um presente aos seres vivos (homens, mulheres e cachorros) que até lá alcançavam: a visão panorâmica de uma parte pulsante do Vale do Pati.

Foto: Divulgação

Sol na cuca, mas mais de hora curtindo a beleza silenciosa, quebrada por uma ou outra rajada mais forte de vento. Estar naquele lugar foi um dos pontos altos dessa aventura sexagenária dos dois companheiros de tantas aventuras de um passado já distante. No entanto, tudo que sobe tem de descer…e nós também!!! A descida, para quem não sabe, pode ser mais rápida, mas nem por isso deixa de ser fisiologicamente mais demandante. Digo isso, uma vez que ao descer a musculatura das pernas faz um tipo de contração chamada de excêntrica. Explicando em palavras menos técnicas: “é como se pedalássemos ao contrário”. Micro rupturas nas fibras musculares ocorrem e isso pode dar uma dor que muitos que estão lendo essas linhas bem conhecem e certamente não esquecem.

Na volta, um banho de cachoeira cercado por beija flores e sabiás e uma janta super gostosa, sentados ao ar livre, novamente junto com outros turistas e guias que também faziam da casa do Zé Preto sua morada temporária.

 Dia III: Tudo se encaminhava para mais uma aventura que demandaria muito suor, cansaço e gasto energético. Acordar cedo, tomar café, preparar os apetrechos para iniciar uma caminhada de horas até a Cachoeira do Palmito. Ela se encontra em uma das áreas mais remotas e encantadoras da Chapada Diamantina. Essa cachoeira é apreciada pela beleza, pelo banho e é uma área para descanso, o que adiciona um toque de tranquilidade em mais um percurso desafiador. No entanto, nosso guia Rafael, percebendo que o dia não era para grandes desafios e sendo “um craque” como só ele em seu trabalho, nos levou para outro lugar. E não é que ele tinha toda razão!!! Passamos perto da antiga “Prefeitura” do Vale do Pati, e nos dirigimos para onde ocorre o encontro entre dois rios: o Rio Funis e o Rio Calixto, os quais formam o Rio Pati. Esse ponto é uma atração natural popular, ideal para uma parada de descanso e banho refrescante durante as trilhas. A área oferece uma beleza cênica com piscinas naturais e cascatas, além de ser um ótimo local para observar a hidrografia da região​. Enfim, passamos o dia em um local bucólico, de mais fácil acesso, e onde pudemos repor a energia para o dia que estava por vir.

Foto: Divulgação

DIAS IV e V: Um despertar após uma noite de sono tranquilo, café tomado e com as mochilas prontas com peso em torno de 7 kg. Hora de se despedir da casa do Zé Preto que nos abrigou por três noites. Rumo: casa do Seu Eduardo (já falecido), onde deixamos nossas mochilas para conhecermos o Cachoeirão por Baixo. Dizem os conhecedores que essa é uma das caminhadas mais desafiadoras da Chapada Diamantina. Diferente da rota do Cachoeirão por Cima, esta versão leva você pela parte inferior das quedas, proporcionando uma visão imponente dos paredões de pedra e de várias cachoeiras (em outubro há pouca água caindo, logo, vislumbrei três delas apenas). O Rafael nos disse que com o aumento do volume de água em períodos de chuva, a experiência se torna ainda mais impactante, com a possibilidade de ver até 20 quedas d’água ao longo dos paredões. No que diz respeito a trilha “per se”, ela demanda uma longa caminhada pelo leito do rio, atravessando pedras de tamanhos variados, às vezes escorregadias. Cabe salientar que o Soiza torceu o tornozelo em uma delas e o mesmo inchou um bocado, uma vez que seu cardiologista (no caso eu), havia prescrito a associação de dois medicamentos que aumentam o sangramento em caso de trauma (nota do autor, no caso eu: os medicamentos foram adequadamente prescritos, mas eles têm esse efeito adverso em potencial). Reflexos dessa torção à parte, os quais serão bem descritos adiante, o que ficou para nós foi que no final de ida da trilha há um poço lindo e de água bem gelada, onde é possível nadar. Ahhh!!! e os paredões imensos ao redor de todos nós, tornou todo o esforço físico mais do que recompensador. Acho importante frisar que essa rota requer bom preparo físico devido às condições desafiadoras, e é recomendado fazer o percurso com um guia experiente, principalmente para segurança e orientação. Dito isso, mesmo com o Soiza muito “meia boca” (com dor e dificuldade para caminhar nas pedras), conseguimos todos voltar à casa do Seu Eduardo, pegamos nossas mochilas e rumamos os quatro (Rafael, Luana, Soiza e eu) para a última noite de Vale do Pati. Caminhamos sob a luz das lanternas por uns 40 minutos, já que era noite. Rafael e eu conversando sem parar como assim fizemos ao longo desses dias encantados. Luana, Professora de dança formada na UAM de São Paulo e sempre conectada com a natureza, apreciando a noite um pouco mais atrás. Por fim, ele, o Soiza, agora caminhando com mais dificuldade ainda, mas se mostrando um caminhante valente, tendo a ajuda de um bastão de Caminhada Nórdica em pleno Pati.

A noite já nos oferece uma bela lua quarto crescente e um mar de estrelas para contemplar. E sob o olhar de infinitos vagalumes (um toque literário-poético aqui, já que não sei como são os olhares dos vagalumes), e após um dia de muitos passos, glória e de exaltação à natureza, chegamos na casa do Sr. Joia. Banho gelado tomado em um chuveiro no escuro da noite (sob os olhares dos inúmeros vagalumes, é claro), era hora de jantar. Com “uma fome de Leão”, comi absurdamente (com modos, é lógico). Mas tínhamos um problema a resolver: O Soiza estava com o tornozelo em uma situação delicada, sem a menor chance de enfrentar os 4 km morro acima e 8 km morro abaixo da Ladeira do Império. A saber, a descida até Andaraí, a partir do Vale do Pati, é conhecida como a Ladeira do Império. Essa trilha é bastante desafiadora e inclui trechos com pedras e areia. É uma das rotas tradicionais para sair do Vale do Pati e leva até a cidade de Andaraí, oferecendo belas vistas ao longo do percurso​.

No entanto, o Rafael, nosso incansável guia (um verdadeiro MacGyver da Chapada) solucionou a charada e o Soiza foi de mula na companhia do simpático Sr. Antonio. E para sua felicidade, divertimento e sem o peso da mochila nas costas, o trajeto levou 02 horas e 30 minutos versus às 05 horas e 29 minutos levados por nós três. Aliás, em toda subida pegamos um nevoeiro impressionante, mas na descida um sol de “rachar coco” iluminou nossos últimos quilômetros até o “Pórtico” de Andaraí.

FIM

Negativo!!! Se ao longo de cinco dias não senti uma mísera picada, ao chegar na simpática cidadezinha de Andaraí fui picado “ad nauseam”. Parece que os mosquitos esperaram meu sangue adocicar no Vale do Pati para aí se refestelarem, sugando o mesmo na civilização.

Finalmente senhores e senhoras leitoras que leram essas linhas. Além de “vencer” o Vale do Pati aos quase sessenta anos, vivi uma ode à uma amizade de quatro décadas, um binômio que não tem preço.

Soiza e Ricardo, uma amizade que começou em 1982 e já completou 42 anos.

FIM!!! 

Por: Dr. Ricardo Stein

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Coração de Corredor

Está se Sentindo Esgotado na Corrida? Como Saber se São as Pernas Cansadas ou Seu Sistema Cardiorrespiratório

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A sensação de esgotamento durante uma corrida é frustrante, especialmente quando parece que você atingiu um limite. Mas será que o cansaço é resultado de pernas fatigadas ou do sistema cardiovascular sobrecarregado? Identificar a causa do desgaste é fundamental para ajustar seus treinos e melhorar o desempenho. Vamos entender melhor como diferenciar esses fatores e como lidar com eles.

1. Sintomas de Fadiga Muscular

A fadiga muscular, principalmente nas pernas, ocorre quando os músculos já não conseguem sustentar a carga de trabalho que estão sendo submetidos. Aqui estão alguns sinais de que suas pernas podem estar causando o esgotamento:

  • Sensação de rigidez ou peso: Se suas pernas parecem “pesadas” ou endurecidas, mesmo logo no início do treino, é um indicativo de fadiga muscular.
  • Dores localizadas: Se você sente desconforto nas panturrilhas, quadríceps ou isquiotibiais, pode ser sinal de excesso de esforço muscular.
  • Dificuldade em subir colinas ou acelerar: Se você sente que não consegue aumentar a velocidade ou enfrenta dificuldades nas subidas, isso pode estar relacionado ao esgotamento muscular.

2. Sintomas de Cansaço Cardiovascular

O sistema cardiovascular inclui o coração e os pulmões. O esgotamento desse sistema pode fazer com que seu corpo pare antes mesmo das pernas chegarem ao limite. Os sinais de que seu sistema cardiovascular está sobrecarregado incluem:

  • Respiração curta e ofegante: Se sua respiração fica pesada e você não consegue recuperá-la facilmente durante ou após o esforço, seu sistema cardiovascular pode estar lutando para acompanhar a demanda de oxigênio.
  • Batimento cardíaco elevado: Se seu monitor de frequência cardíaca mostra uma taxa acima do normal, ou você sente seu coração batendo muito rápido, é sinal de que seu sistema cardiovascular está sobrecarregado.
  • Sensação de tontura ou fraqueza geral: Um claro sinal de cansaço do sistema cardiovascular é sentir-se fraco, tonto ou com náuseas durante a corrida.

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3. Identificando a Causa

Diferenciar entre pernas cansadas e um sistema cardiovascular exausto pode ser complicado, mas uma forma eficiente de fazer isso é prestando atenção ao momento exato em que o cansaço aparece.

  • Início da corrida: Se você sente cansaço no início, antes de atingir 10 minutos de corrida, pode ser sinal de que seu sistema cardiovascular não está suficientemente aquecido ou condicionado.
  • Fim da corrida: Se o cansaço surge mais no final do treino, quando as pernas começam a ficar pesadas, é provável que a fadiga muscular esteja limitando seu desempenho.

4. Como Tratar Cada Situação

Para Fadiga Muscular:

  • Fortalecimento muscular: Adicione treinos de força em sua rotina, focando nas pernas e core. Exercícios como agachamentos, levantamento terra e lunges ajudam a aumentar a resistência.
  • Varie o terreno: Alterne entre superfícies planas e inclinadas. A corrida em colinas ou em diferentes tipos de solo pode ajudar a fortalecer os músculos de maneira equilibrada.
  • Recuperação ativa: Inclua treinos leves ou dias de descanso ativo para permitir que seus músculos se recuperem entre treinos mais intensos.

Para Cansaço Cardiovascular:

  • Treinos intervalados: Treinos intervalados de alta intensidade (HIIT) ajudam a melhorar o desempenho cardiovascular ao treinar o coração e os pulmões para trabalharem de maneira mais eficiente.
  • Controle sua respiração: Focar em técnicas de respiração adequada pode ajudar a otimizar a entrada de oxigênio, reduzindo o cansaço prematuro.
  • Aumente a resistência gradualmente: Em vez de aumentar a distância ou a velocidade drasticamente, faça isso aos poucos para que seu sistema cardiovascular tenha tempo de se adaptar.

5. Prevenção de Esgotamento

A melhor forma de evitar o esgotamento é manter um equilíbrio entre o condicionamento muscular e cardiovascular. Certifique-se de incluir treinos variados em sua rotina, que trabalhem tanto o sistema cardiorrespiratório quanto a resistência muscular. Além disso, manter-se hidratado e com uma alimentação adequada contribui para evitar queimar todo seu combustível antes da hora.

Conclusão

Saber identificar se o seu esgotamento vem das pernas ou do sistema cardiovascular é a chave para otimizar seus treinos. A partir dessa análise, é possível ajustar sua rotina para alcançar melhores resultados e correr de forma mais eficiente. Ouça seu corpo e faça ajustes conforme necessário – às vezes, a diferença entre um treino bom e um excelente está em pequenas mudanças no foco do treinamento.

Por: Redação Runners Brasil

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Coração de Corredor

Corrida e Câncer de Próstata

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A próstata é uma glândula masculina que fica na base da bexiga e circunda a uretra. Ela produz fluido seminal, que é um componente do esperma. O câncer de próstata é o câncer mais comum entre os homens nos Estados Unidos, com cerca de 1 em 9 homens sendo diagnosticado com a doença em algum momento de suas vidas. No Brasil, ele também é o câncer mais comum, com cerca de 65 mil novos casos diagnosticados todos os anos.

A corrida é um exercício aeróbico que envolve movimento repetitivo dos membros inferiores e superiores, sendo de baixo impacto (na maior parte das vezes) e podendo ser realizado por pessoas de todos os níveis de condicionamento físico.

Estudos

Diferentes estudos têm mostrado que a corrida pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata. Um estudo americano descreveu que os homens que corriam pelo menos 5 horas por semana tinham um risco 20% menor de desenvolver câncer de próstata do que os homens que não corriam. Outro estudo, este europeu, evidenciou que os homens que corriam pelo menos 10 quilômetros por semana tinham um risco 30% menor de desenvolver câncer de próstata do que aqueles que não corriam.

Mecanismos

Não está claro como a corrida pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata. No entanto, algumas teorias sugerem que ela auxilia reduzindo a inflamação, aumentando a imunidade e, assim, melhorando a saúde hormonal. O exercício também pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata, especialmente naqueles com fatores de risco, como obesidade e histórico familiar.

Conclusão

A corrida é um exercício seguro e eficaz que pode ajudar a reduzir o risco de câncer de próstata. Homens que desejam reduzir tal risco, entre outras ações, podem considerar a corrida como parte de seu plano de exercício.

Recomendações

  • Converse com seu médico antes de iniciar qualquer programa de exercício.
  • Comece devagar e aumente gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios.
  • Busque um(a) parceiro(a) de exercício para ajudá-lo a se manter motivado.
  • Encontre um tipo de exercício que você goste e que seja adequado para o seu nível de condicionamento físico. A corrida, mesmo que seja leve, pode ser uma boa dica.

Por: Dr. Ricardo Stein

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