Histórias da Corrida
A corrida me salvou
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4 semanas atrásem
De
Pablo MateusMeu nome é Carol Simão. Sou jornalista, mas também ultramaratonista. Escrevi muitas matérias sobre esporte e sua importância na vida das pessoas.
Não é apenas pelo fato de fazer bem para a saúde física, vai muito além disso.
O esporte salva vidas. É o remédio natural da ansiedade, depressão e de qualquer outro trauma. Resgata pessoas de ambientes e momentos ruins e é a solução para muitos problemas.
Hoje, a personagem da matéria de superação sou eu. Quem diria!
Em fevereiro fui diagnosticada com câncer no colo do útero. Receber essa notícia inesperada foi terrível. A vida mudou de uma hora para outra. Troquei a rotina da vida saudável para as idas e vindas em hospitais.
Um ultra combo que faz a mente fraquejar: O medo da morte, as incertezas sobre o futuro, cirurgia delicada, tratamento de radioterapia e quimioterapia.
A corrida me preparou para ser resiliente, ter força e coragem e superar os obstáculos do percurso para cruzar a linha de chegada como vitoriosa.
E assim é a vida da gente.
Graças a Deus, estou curada. Não foi fácil, mas é possível passar por essa fase de uma maneira mais leve. Acreditar, respeitar o processo e manter a mente sã são essencias para esse momento delicado.
Depois de muitos meses afastada das provas de corrida, escolhi a WTR etapa inédita na Floresta da Tijuca para ser o palco da vitória do meu recomeço.
Correr em contato com natureza , sentindo a energia incrível desta prova foi a decisão acertada para agradecer a Deus e comemorar a vida.
Estou de volta mais forte e mais sensível. E pretendo, com a minha história de superação, motivar outras pessoas. Assim como fui motivada por tantas outras histórias.
A verdade é que não temos controle de nada , mas temos a opção de como enfrentar nossos problemas.
Siga firme, acredite , porque o bom pensamento cria, o desejo atrai e a fé conquista.
Por: Carol Simão
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Aos 93 anos de idade, D.Angélica participou da sua primeira corrida de rua. Completou os 5km do Circuito Divas Etapa Inverno da Corre Eventos num tempo incrível, em menos de uma hora.
Sensação do evento, D.Angélica chamou a atenção das participantes que a todo momento a parabenizavam. Foi a grande inspiração do dia e motivação para a vida. Uma verdadeira Diva!
Pra quem acha que existe idade certa pra começar, essa senhora simpática provou que não. “ Nunca é tarde pra fazer o bem”, afirmou. Mas também confessou “ Eu deveria ter começado antes!”
D. Angélica transbordou alegria. Participou com entusiasmo do aquecimento pré prova e vibrou com a sua premiação no pódio.
“Nunca imaginei que com 93 anos eu levaria um troféu pra casa!” exaltou a idosa.
Sempre é bom deixar registrado que para realizar o desafio, D.Angélica teve o aval do médico e se preparou com o treinador e profissional de educação física André Ferreira. Que além de ser seu personal, é seu filho motivador.
“Meu filho André foi de extrema importância na minha preparação e sempre me falava que era possível . E eu consegui! Ele foi minha bengala!”, disse emocionada.
E quem disse que essa senhora de sorriso fácil parou por aí . Já se inscreveu na próxima corrida e continua treinando. Aos 93 anos, voltou a sonhar e fazer planos. Colocou mais vida na sua vida!
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Nascida em 1929 de uma família humilde com 10 irmãos, D.Angélica sempre foi à frente do seu tempo. Na época em que a maioria das mulheres eram donas de casa ou professoras, ela se formou em odontologia. Se deslocava sozinha de ônibus até seu consultório.
Casada, teve três filhos homens e ficou viúva com 58 anos.
Hoje aos 93 anos, mais uma vez, ela mostrou sua força e coragem em se desafiar se tornando a participante com mais idade do evento.
Inspirador, né ?
Siga o exemplo de D.Angélica. Nunca é tarde demais pra começar e pra ser feliz!
Comece, continue e conquiste!
Por: Carol Simão
Jornalista e Ultramaratonista
Insta: @carolsimaoultra
Histórias da Corrida
A inspiração por trás da Maratona: A Lenda de Fidípides, o mensageiro heróico
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1 ano atrásem
29/05/2023De
Pablo MateusHá muito tempo, na Grécia Antiga, uma história de coragem e sacrifício ecoou através dos séculos, dando origem a uma das provas mais desafiadoras do mundo: a maratona. A lenda conta a história do soldado ateniense Fidípides, cuja corajosa jornada se tornou uma inspiração para os corredores de todo o planeta.
Acredita-se que a lendária maratona tenha suas raízes na Batalha de Maratona, ocorrida em 490 a.C. Durante esse conflito, os exércitos atenienses lutaram contra uma ameaça persa. Após a vitória dos atenienses, Fidípides foi escolhido como mensageiro para levar a notícia da vitória e a salvação de Atenas.
Em uma demonstração de coragem e devoção à sua cidade, Fidípides partiu em uma corrida épica, percorrendo cerca de 42 quilômetros desde o campo de batalha de Maratona até Atenas. Sua missão era anunciar aos cidadãos a vitória dos exércitos atenienses sobre os persas.
Movido pela urgência e pelo desejo de transmitir essa importante mensagem, Fidípides enfrentou terreno acidentado, superou desafios naturais e ignorou a própria exaustão. Ele correu com uma determinação feroz, impulsionado pela necessidade de entregar a notícia que poderia mudar o destino de sua cidade.
Finalmente, ao chegar em Atenas, Fidípides proclamou a vitória com suas últimas forças. No entanto, o preço dessa missão heroica foi alto. O esforço supremo cobrou seu tributo, e Fidípides sucumbiu à exaustão, deixando um legado de coragem e determinação.
Essa história de Fidípides e sua lendária corrida logo se espalhou pela Grécia, tornando-se um símbolo de heroísmo e inspiração. Nos tempos modernos, em 1896, nos Jogos Olímpicos de Atenas, a maratona foi oficialmente estabelecida como uma prova atlética em homenagem a essa história lendária.
Desde então, a distância da maratona tem sido fixada em aproximadamente 42,195 quilômetros, em uma tentativa de recriar a lendária jornada de Fidípides. A maratona se tornou um desafio icônico, testando a resistência física e mental dos corredores, enquanto homenageia a coragem e o sacrifício de seu protagonista.
Embora existam debates sobre a veracidade histórica dessa lenda, a história de Fidípides permanece como uma poderosa fonte de inspiração para os corredores ao redor do mundo. A maratona é um lembrete constante de que, mesmo nos momentos mais desafiadores, a força de vontade e a determinação podem levar-nos além dos nossos limites.
A cada passo dado em uma maratona, os corredores honram a memória de Fidípides e perpetuam sua coragem. A lenda vive através das batidas do coração dos corredores, enquanto eles enfrentam os próprios desafios, alcançam metas e descobrem novas camadas de força dentro de si mesmos.
Por: Redação Runners Brasil
Histórias da Corrida
Kathrine Switzer: pioneirismo e coragem na primeira maratona feminina
Publicados
1 ano atrásem
26/05/2023De
Redação RRBNo mundo das maratonas, há uma figura lendária que se destaca por sua coragem e determinação: Kathrine Switzer. Em 1967, ela se tornou a primeira mulher a desafiar as convenções sociais e oficialmente participar de uma maratona, abrindo caminho para o empoderamento feminino no esporte. A história inspiradora de Switzer continua a ecoar até os dias de hoje, mostrando o poder transformador do esporte e a importância de superar barreiras. Nesta matéria, exploraremos a incrível jornada de Kathrine Switzer e seu impacto duradouro na história das maratonas.
Kathrine Switzer, uma jovem corredora e estudante universitária na época, decidiu desafiar as normas estabelecidas em 1967, quando as maratonas eram consideradas um esporte exclusivamente masculino. Sob o pseudônimo “K. V. Switzer”, ela se inscreveu no Boston Marathon, uma das maratonas mais prestigiadas do mundo. No entanto, ao longo da corrida, os organizadores perceberam que uma mulher estava participando oficialmente da prova, o que causou uma grande comoção.
Apesar das tentativas de expulsá-la da competição, Kathrine Switzer se manteve firme em sua determinação e continuou correndo. Ela se tornou um símbolo de resiliência e pioneirismo na luta pela igualdade de gênero no esporte. Sua foto, capturada enquanto era confrontada por um oficial que tentava removê-la da prova, se tornou um ícone da quebra de barreiras no atletismo feminino.
Após essa experiência impactante, Switzer se dedicou a promover a participação das mulheres em corridas de longa distância. Ela co-fundou a organização “261 Fearless”, que visa empoderar mulheres por meio do atletismo e inspirá-las a superar seus próprios limites. Ao longo dos anos, Switzer continuou a correr maratonas, incluindo o Boston Marathon, e a advogar pela igualdade de oportunidades no esporte.
Kathrine Switzer deixou um legado duradouro como a primeira mulher a desafiar as convenções e oficialmente correr uma maratona. Sua coragem e determinação abriram portas para outras mulheres no mundo do atletismo e além. Através de sua história inspiradora, Switzer nos lembra da importância de desafiar as normas estabelecidas e lutar por igualdade de gênero no esporte e na sociedade.
A ousadia de Kathrine Switzer e sua dedicação em promover a participação das mulheres nas maratonas deixaram um impacto significativo no mundo das corridas de longa distância. Sua história continua a inspirar atletas e mulheres ao redor do mundo, mostrando que não há limites quando se trata de perseguir nossos sonhos e superar barreiras.
Como resultado do pioneirismo de Switzer, hoje vemos um número crescente de mulheres participando ativamente de maratonas e outros esportes. Seu legado permanecerá como um farol de empoderamento e igualdade, lembrando-nos de que cada passo dado em direção à igualdade de gênero é uma vitória para todos.
Por: Redação Runners Brasil
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