Corrida & Carreira

Inclusão, Corrida e Carreira

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Eu não sei você, mas eu sempre me emociono quando vejo um atleta paralímpico em ação. Eles me mostram que não há diferenças no mundo do esporte e derrubam todas as desculpas que eu possa imaginar, para não dar o meu melhor como corredor amador e principalmente como Ser Humano.

Muitos de vocês, que me acompanham pelas redes sociais, sabem que o meu filho Théo de 10 anos é portador de espinha bífida, uma má formação que dependendo da gravidade leva a criança a não andar entre dezenas de outras necessidades.  O Théo graças a Deus e a ajuda da medicina consegue andar com restrições, mas essas restrições só o impulsionam a dar o seu melhor nas práticas de esportes que ele participa, como a capoeira e as duas aulas semanais de educação física e fortalecimento com fisioterapeuta, que agora ele vive chamando de “legday”, e ainda arrisca umas corridinhas de 100 a 300 metros quando vai comigo nos treinos coletivos da Assessoria a qual participo.

Ver a sua força e garra na prática de esportes ressignifica diariamente a minha paixão pela corrida e mais; por manter uma vida saudável em todos os aspectos – físico, mental e espiritual.

Por outro lado, eu e minha esposa sempre nos deparamos com pessoas perguntando: E na escola, ele vai bem? Pois, as pessoas associam a sua limitação física à intelectual, que nesse é preservada e fica evidente vendo-o se comunicar e interagir com as pessoas.

No Mundo Corporativo é a mesma coisa. Geralmente apreciamos muito as empresas que tem em seus quadros de colaboradores pessoas com deficiência, negras, LGBTQI+, enfim organizações que respeitam a Diversidade, não veem rótulos e sim talentos. Porém eu me pergunto: Essas pessoas me motivação a ser um melhor profissional ou olho para elas com “pena” e que estão ali para cumprirem uma cota exigida pela Lei?

O olhar de admiração que temos para aquele cadeirante que abre uma Maratona e a percorre com toda a sua força e garra é o mesmo que disparamos ao encontra-lo no elevador indo para o seu departamento de trabalho? Na maioria das vezes não.

Quando colocarmos luz e empatia na forma de olhar para aqueles que ainda enxergamos como diferentes seja no esporte ou no mundo corporativos, fica mais fácil encontrarmos formas de incluir esses colegas esportistas e profissionais.

Particularmente a corrida, esse esporte individual e ao mesmo tempo tão coletivo já contribui quando dá espaço para atletas com necessidades especiais e há também os corredores que emprestam suas pernas e todo o seu coração quando compartilham da alegria de correr empurrando uma cadeira de rodas.

Espero que esse texto o ajude a ter várias reflexões, e que seja uma ferramenta, um insight que o leve a aceitar, respeitar e incluir as pessoas como elas são, essa atitude irá contribuir para que a sociedade possa caminhar para um tempo onde não haverá distinções de pessoas apenas seres humanos.

Pedro Rodrigues @corre.pedro

Coach de Carreira e Maratonista

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