A corrida é um esporte que você pode fazer sozinho em qualquer lugar, mas correr com companhia é sempre muito agradável. Imagina quando esta companhia é o seu melhor amigo. Correr com os cães de estimação tem se tornado cada vez mais comum. Mas o que pode ser feito para que isso não se torne fonte de lesões para o corredor?
Temos que entender que correr segurando um objeto como uma garrafinha de água ou com uma corda nos conectando com outro ser vivo altera nosso centro de massa. Mas o que é isso? Essa perturbação irá mudar a proporção de carga que nossas articulações recebem. Isso pode gerar uma sobrecarga em alguma estrutura como um músculo, tendão ou a própria coluna gerando assim uma série de lesões como tendinites, estiramentos musculares e dores na coluna. Quanto mais adestrado o cachorro for mais fácil será o processo de adaptação para o nosso corpo. Homem e cão devem estar sincronizados na velocidade e direção do movimento, correndo na mesma velocidade e direção para que a tensão gerada seja a menor possível.
Originalmente, no canicross europeu, o cão é conectado ao corpo do homem através de uma cinta e um colete de tração colocada na em forma de “cadeirinha”. Porém o que é mais comum no nosso dia a dia é uma guia simples onde o corredor segura o cão pela mão e punho. Ter a musculatura do tronco forte é importante nas duas situações. Na fase de adaptação do cão à corrida, onde as forças de tração são costumam ser maiores, grande parte da absorção da carga será feita por parte da musculatura do nosso tronco, talvez esta seja a principal diferença do ponto de vista biomecânica em relação à corrida de rua convencional. Ter esta musculatura forte e resistente pode ser um bom treinamento específico para o condutor.
Outros dois cuidados são importantes. O primeiro é tentar equilibrar as forças entre os lados do corpo. O rodízio entre o lado direito e esquerdo pode evitar certos vícios posturais ou até mesmo alterações de longo prazo na coluna como as escolioses. A maioria dos adestradores sugerem na condução que o cão vá a frente, neste caso cuidado com os movimentos de torção ou rotação do tronco que podem causar lesões na coluna e no quadril.
E por último tentar compatibilizar a proporção do cão com o tamanho do dono. Quanto maiores e mais fortes são os cães, exigem condutores do mesmo porte, obviamente, isso depende muito do nível de adestramento do seu cão.
E por fim lembrar sempre que seu corpo e do seu cão tem limites. Saiba sempre respeitá-los para que a atividade física com seu amigão seja sempre prazerosa.
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