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Saiba os perigos das lesões antigas para os corredores

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Boragir corredor e corredora!

Uma das coisas mais temida pelos corredores são as lesões. Elas nos tiram da rotina de treinos, das fotos, de provas importantes e muito mais. Além disso, elas causam muita dor, e dependendo do grau da lesão, geram incapacidades.

Mas antes de aprofundar no assunto, você sabe a diferença entre DOR e LESÃO?

Uma frase simples, mas que pode esclarecer seu ponto de vista:

“Em toda lesão existe presença de dor, porém, nem toda dor é uma lesão”.

Existem vários tipos de dor, pois o corpo pode processar a informação da dor de várias maneiras. Quando conseguimos identificar o tipo de dor, fica mais fácil de selecionar o melhor tratamento e as intervenções.

A dor é um sintoma de defesa do nosso organismo, desencadeada pelo sistema nervoso. Ela é um sinal de alerta para dizer que algo está errado. Essa dor pode se manifestar de várias formas e em diversas estruturas, como músculos, tendões e articulações. Dependendo da região e do grau de dor, ela pode ter as seguintes características:

  • Dor em queimação;
  • Dor em agulhada;
  • Dor fria;
  • Dor dolorida;
  • Dor em aperto;
  • Dor cansada;
  • Dor em peso.

Porém, nem toda dor é uma lesão. A diferença entre dor e lesão é que na lesão existe alteração na estrutura acometida, causando incapacidade funcional de leve, moderada ou severa. Uma simples dor muscular após um treino intenso pode durar até 72h para diminuir, já uma lesão não vai melhorar nesse curto período.

Podemos classificar a dor em aguda ou crônica.

A Lesão aguda funciona como uma reação do organismo a algo instantâneo, logo após a um dano sofrido pelo corpo. É bem característico dessa lesão apresentar: dor, calor, vermelhidão, edema e perda de função da estrutura. Seu tempo de duração pode ser curto ou persistir até 3 meses.

A Lesão crônica é uma lesão que perdura por mais de 3 meses. Toda lesão crônica um dia já foi uma lesão aguda, que por algum motivo o organismo não conseguiu se reestabelecer plenamente. A característica desse tipo são: dor que varia de intensidade, edema mais rígido e perda de função da estrutura.

São justamente as lesões crônicas que consideramos como LESÕES ANTIGAS. Na grande maioria das vezes, uma lesão crônica só existe, porque ela não foi tratada da maneira correta quando era uma lesão aguda.

Um grande erro que nós corredores cometemos quando estamos com uma lesão aguda, por exemplo no tendão deAaquiles, é que ao invés de avaliar e tratar, a gente apenas para de treinar por um período. Alguns corredores perguntam o que fazer com amigos de treino, e quando a dor diminui retornamos aos treinos. Na grande maioria dos casos, a dor volta a aparecer em uma intensidade diferente, nos fazendo pensar que é isso mesmo, temos que continuar treinando. Mas deixa eu te dizer uma coisa: VOCÊ ESTÁ FAZENDO ERRADO. Agindo dessa maneira, você está diminuindo sua longevidade na corrida de rua.

O nosso corpo é perfeito, ele faz de tudo para continuar funcionando, mesmo que ele não esteja nas melhores condições. O grande problema das lesões antigas é que elas geram COMPENSAÇÕES. As compensações ocorrem quando uma parte do seu corpo não está funcionando bem, então, seu cérebro manda outra estrutura fazer a função daquela que não está funcionando adequadamente. Como consequência, essa estrutura estará responsável por duas funções, e isso, ao longo do tempo vai fazer com que aumente seu desgaste e posteriormente se lesione também, consequentemente isso vira uma verdadeira bola de neve.

Quando estamos com uma lesão propriamente dita, conseguimos identificar algumas características na estrutura acometida além da dor, como:

  • Redução da funcionalidade;
  • Redução da flexibilidade muscular;
  • Redução da mobilidade articular;
  • Alteração da estabilidade;
  • Redução da força;
  • Diminuição da performance;
  • Compensações.

Ao lesionarmos pela primeira vez, aumentamos a probabilidade de nos lesionar de novo, principalmente se uma lesão aguda virou crônica. Em muitos casos a lesão antiga não apresenta nenhum sintoma de dor, porém, gera sobrecarga em outras regiões que começam a doer. São essas situações que são perigosas e mostram a importância de uma boa avaliação. Muitos corredores se preocupam em se livrar apenas da dor, entretanto, a dor só existe por causa da lesão antiga que estar sobrecarregando a região que apresenta dor. O que acontece? A dor vai diminuir e você pensa que está curado, mas com o retorno aos treinos a dor volta a surgir. Isso ocorre porque o tratamento foi direcionado para o local errado, descobrir a real causa da dor é fundamental para o sucesso do tratamento.

Conseguiu entender a importância de uma boa avaliação para o sucesso do tratamento?

Não deixe uma lesão antiga atrapalhar sua constância nos treinos.

Por: Pedro Cardoso – Especialista em Fisioterapia Esportiva

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Como Manter a Motivação para Correr no Final de Ano

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O final de ano é sempre uma época de desafios para os corredores de rua. Entre festas, confraternizações e viagens, manter a motivação e seguir o ritmo dos treinos pode parecer difícil. Mas há vários motivos científicos para se manter ativo e alguns riscos em “dar uma pausa” por muito tempo. Nesta matéria, vamos explorar os benefícios de manter a rotina de corrida e os malefícios de parar os treinos, com base em pesquisas científicas.

Benefícios de Continuar Treinando no Final de Ano:

A manutenção da saúde cardiovascular e controle do peso são dados que estudos mostram que correr regularmente traz uma série de benefícios para a saúde cardiovascular. Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology destaca que os corredores têm menor risco de doenças cardiovasculares e maior longevidade em comparação com não-corredores (Lee et al., 2014). Além disso, o período de festas é famoso pelo aumento na ingestão de alimentos ricos em calorias, e correr ajuda a manter o equilíbrio, evitando ganho de peso excessivo.

Assim como, a estabilidade emocional e redução do estresse, pois o final do ano pode ser estressante, com diversas demandas sociais e profissionais. Estudos sugerem que o exercício físico, especialmente a corrida, tem um efeito antidepressivo e ansiolítico. Pesquisas indicam que correr libera neurotransmissores como serotonina e dopamina, que ajudam a melhorar o humor e a reduzir o estresse (Ströhle, 2009). Isso significa que manter uma rotina de corrida pode ser uma ferramenta importante para preservar a saúde mental durante essa época agitada.

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Ganhos e consistência no condicionamento físico são consequência de muita disciplina. A consistência é fundamental para qualquer progresso no desempenho esportivo. Em uma revisão sobre adaptações de treinamento, pesquisadores observaram que a consistência é um fator-chave para o desenvolvimento cardiovascular e muscular dos corredores (Seiler & Tønnessen, 2009). Parar os treinos por um período mais longo pode resultar em perda de condicionamento, afetando a resistência e a força que levaram meses para serem adquiridos.

Malefícios de Abandonar os Treinos Durante o Período de Festas:

A perda de condicionamento físico e alteração das adaptações. Uma interrupção prolongada nos treinos pode resultar em uma queda significativa no condicionamento físico. De acordo com uma análise de destreinamento, o tempo necessário para que ocorra a perda de desempenho é curto, já a partir de duas semanas de pausa, são observadas reduções na capacidade aeróbica e no VO2 máximo (Mujika & Padilla, 2000). Isso significa que mesmo uma pausa breve pode fazer com que um corredor sinta-se mais “pesado” e com menor fôlego ao retornar aos treinos.

Além, do aumento no risco de lesões no retorno aos treinos, devido a pausas longas também podem impactar o corpo de forma negativa, aumentando o risco de lesões. Uma pausa prolongada pode reduzir a força e a elasticidade muscular, exigindo que o corpo passe por um período de readaptação ao retomar os treinos. Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine aponta que retomadas intensas após períodos de inatividade podem aumentar as chances de lesões nos tendões e nas articulações (Herring et al., 2015).

Pensando nisso, também não podemos esquecer o impacto na saúde mental. A prática regular de atividades físicas, incluindo a corrida, já foi associada a uma menor incidência de sintomas de ansiedade e depressão (Rebar et al., 2015). Assim, abandonar os treinos no final do ano pode fazer com que o corredor se sinta mais ansioso, especialmente após um período de pausa. A falta de rotina e o consumo de alimentos mais calóricos também podem influenciar na sensação de bem-estar, levando a possíveis frustrações.

Dicas para Manter a Motivação nos Treinos de Corrida:

Para evitar os malefícios de uma pausa prolongada e desfrutar dos benefícios de mantê-lo ativo, aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a manter a motivação até o final do ano:

  • Defina Metas Realistas: Ajuste seus objetivos para o período de festas. Ao preferir focar em melhorar seu tempo, estabeleça uma meta de manutenção, como correr 3 vezes por semana, por exemplo.
  • Adapte a Rotina: Em dias de compromissos, substitua o treino longo por treinos intervalados mais curtos e intensos. Isso mantém a frequência cardíaca elevada e ajuda a preservar o condicionamento.
  • Incluir Amigos e Família: Convide amigos ou familiares para correr com você. Treinar em grupo pode ser mais motivador e transformar o treino em um momento social.
  • Aproveite o Período para Variedade: Experimente trajetórias novas ou atividades diferentes, como trilhas ou treinos na praia, para variar a experiência de corrida e evitar a monotonia.

Fique ciente disso! O final de ano não precisa ser uma época de pausa nos treinos de corrida. Manter a atividade física ajuda a cuidar da saúde física e mental, além de preservar o condicionamento conquistado ao longo do ano. Então, ajuste seus objetivos, adapte a rotina e continue ativo — seu corpo e mente obrigado!

Por: Pedro Cardoso – Especialista em Fisioterapia Esportiva

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Saiba como retornar aos treinos pós-corrida de forma segura e eficiente

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Boragir corredor e corredora!

Você acabou de cruzar a linha de chegada, seja de uma corrida de 5 km ou de uma maratona, a sensação de vitória é incrível! Mas e agora? Quando e como voltar aos treinos sem riscos de lesões ou sobrecargas desnecessárias? O retorno após uma corrida é tão importante quanto a preparação para ela, e dar tempo ao corpo para se recuperar adequadamente pode fazer toda a diferença no seu desempenho a longo prazo. Vamos entender melhor como e por quê.

O que acontece com o corpo durante uma corrida?

Participar de uma prova gera um desgaste significativo no corpo. Durante a corrida, seus músculos sofrem pequenas lesões, seus níveis de energia caem significativamente, e suas articulações enfrentam um impacto específico. Esse processo é natural, mas é importante que o corpo tenha tempo suficiente para se recuperar. Pense no seu corpo como uma casa em construção. Se você derrubar algumas paredes (durante a corrida) e começar a construir de novo sem a base estar totalmente pronto, essa casa pode desabar. O mesmo acontece com o corpo se você voltar aos treinos cedo demais, principalmente em corridas mais longas.

Estudos mostram que, após uma corrida de longa distância, como uma meia-maratona ou maratona, o corpo pode precisar de até três semanas para se recuperar completamente. Isso não significa ficar parado todo esse tempo, mas sim respeitar uma recuperação gradual. Um estudo publicado no European Journal of Applied Physiology sugere que é preciso entre 5 e 7 dias de repouso ativo após uma maratona para que o corpo comece a se restabelecer. Já para provas menores, como 5 km ou 10 km, o tempo de recuperação pode ser mais curto, entre 2 e 4 dias.

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Quando é Seguro Voltar aos Treinos?

Um ponto importante na recuperação é prestar atenção aos sinais que o corpo dá. Assim como um carro que precisa de combustível para rodar bem, seu corpo precisa de um “reabastecimento” de energia e reparo muscular. Mas como saber se já é hora de voltar aos treinos?

Alguns sinais de que o corpo ainda está em recuperação incluem:

  • Dores musculares prolongadas : Se você ainda sente dor ou tensão muscular significativamente mesmo após alguns dias da corrida, isso é um sinal de que seu corpo ainda está se curando.
  • Fadiga persistente : Se atividades do dia a dia parecem mais cansativas do que o normal, é um indicativo de que seu corpo ainda não recuperou toda a energia.
  • Frequência cardíaca elevada : Se você monitorar sua frequência cardíaca e perceber que ela está mais alta do que o habitual em segurança, isso pode significar que seu corpo ainda está lidando com o estresse da corrida.

Estratégias com Embasamento Científicas para um Retorno Seguro

  1. Descanso Ativo é a Chave O descanso é fundamental, mas isso não significa ficar parado no sofá por dias. O chamado “descanso ativo” pode acelerar a recuperação. Atividades leves, como caminhadas, pedalar de forma tranquila ou até nadar, ajudam a melhorar a circulação sanguínea, ou que facilitam a remoção de toxinas e aceleram as alterações musculares. Pesquisas publicadas no Journal of Sports Sciences mostram que o descanso ativo pode reduzir significativamente a dor muscular e melhorar a recuperação em comparação ao descanso total.
  2. Alimentação e Hidratação Adequadas Após uma corrida, seus estoques de glicogênio (a principal fonte de energia para os músculos) estão esgotados, e seus músculos precisam de proteínas para se regenerarem. O ideal é consumir uma refeição balanceada logo após uma corrida que inclua carboidratos de fácil digestão e proteínas. Para simplificar, pense no seu corpo como um carro que acabou de viajar muitos quilômetros: você precisa “abastecê-lo” especificamente para que ele esteja pronto para a próxima jornada. Um estudo em Medicina Esportiva destaca que a ingestão de proteínas associadas aos carboidratos dentro de 30 minutos após o exercício ajuda a maximizar a recuperação muscular.
  3. Sono, Seu Melhor Aliado: O sono de qualidade é onde a mágica da recuperação realmente acontece. Durante o sono, o corpo libera hormônios de crescimento que auxiliam nos reparos musculares e na restauração dos tecidos. A National Sleep Foundation recomenda entre 7 e 9 horas de sono por noite, especialmente para atletas, pois essa é a janela ideal para a recuperação muscular profunda. Se você não estiver dormindo o suficiente, é como se estivesse tentando recarregar o celular com o carregador quebrado — a recuperação será incompleta.
  4. Retorno Gradual Muitos corredores cometem o erro de querer voltar aos treinos com a mesma intensidade de antes da prova, mas o corpo precisa de um retorno gradual. Uma estratégia bastante usada é a “regra dos 10%”, onde você aumenta o volume de treino em no máximo 10% por semana. Isso ajuda a evitar lesões por sobrecarga. Começar com treinos mais leves e curtos também permite que o corpo se adapte novamente ao estresse físico.

Recuperação Psicológica: Não Esqueça da Mente

O retorno não é apenas físico. Mentalmente, fazer uma prova, especialmente em longas distâncias, pode ser desgastante. Muitas vezes, é necessário dar tempo para que sua mente também descanse e se reenergize. Um estudo publicado no Journal of Applied Sport Psychology sugere que há pequenas “quebras” mentais após uma competição melhorada o foco e a motivação a longo prazo.

Fique Atento (a):

O retorno aos treinos pós-corrida deve ser uma combinação de paciência e escuta ativa do corpo. A ciência nos mostra que o tempo de recuperação adequado, combinado com descanso ativo, alimentação adequada, sono e retorno gradual ao treino, é o melhor caminho para garantir que você volte mais forte e sem riscos de lesões.

Portanto, após a sua próxima prova, respire fundo e dê ao seu corpo o tempo e os cuidados que ele merece. Afinal, cruzar a linha de chegada é apenas uma parte da jornada; O verdadeiro sucesso vem quando você cuida do corpo para que ele possa continuar a correr por muitos anos.

Espero que este artigo ajude a esclarecer a importância da recuperação e forneça dicas práticas para você corredor e corredora. Caso precise de mais informações ou ajustes, estou à disposição!

Por: Pedro Cardoso – Especialista em Fisioterapia Esportiva

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A Transformação de uma Vida Sedentária para uma Vida Ativa

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Boragir corredor e corredora!

Se você já pensou em trocar o sofá pelo tênis de corrida, saiba que está no caminho certo. A prática regular de corrida de rua pode transformar sua saúde física, mental e emocional de maneira profunda e comprovada cientificamente. Mas o que realmente muda entre quem vive uma vida sedentária e quem pratica corrida regularmente? Neste texto, exploramos essas diferenças e como a corrida pode impactar sua vida de forma positiva. Separei alguns tópicos para facilitar sua leitura e entendimento.

1. Saúde do Coração: Corrida como escudo contra doenças cardiovasculares

Para começar, vamos falar do coração — o centro de tudo. Estudos mostram que pessoas sedentárias têm um risco até 50% maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infartos e derrames. Em contrapartida, correr regularmente pode reduzir esse risco drasticamente. Uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology revelou que até corridas leves, de 5 a 10 minutos por dia, podem reduzir o risco de doenças cardíacas em até 45%.

Isso ocorre porque a corrida fortalece o músculo cardíaco, melhora a circulação sanguínea e ajuda a manter a pressão arterial em níveis saudáveis. Ou seja, cada quilômetro corrido é um investimento em anos de vida a mais.

2. Metabolismo e controle de peso: Corrida como aliada do emagrecimento

O sedentarismo está diretamente ligado ao ganho de peso e ao desenvolvimento de condições como a obesidade e o diabetes tipo 2. O corpo de quem não se movimenta regularmente tende a queimar menos calorias e acumular gordura, levando a um metabolismo mais lento. Por outro lado, correr acelera o metabolismo, aumenta a queima calórica e promove o controle do peso corporal.

Um estudo publicado no Journal of Obesity mostrou que corredores regulares têm uma taxa de queima de calorias até 30% maior do que os sedentários. Além disso, a corrida ativa a “queima pós-exercício”, na qual o corpo continua queimando calorias mesmo depois que você parou de correr.

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3. Saúde mental: Correr melhora o humor e reduz o estresse

Enquanto o sedentarismo é um conhecido vilão da saúde mental, associado à depressão e ansiedade, a corrida é o antídoto perfeito. Quando corremos, o cérebro libera neurotransmissores como endorfinas e serotonina, que geram sensação de bem-estar e felicidade. Isso explica o famoso “barato do corredor”, uma sensação de euforia que muitos atletas sentem durante ou após o exercício.

Estudos da Harvard Medical School indicam que a corrida regular pode reduzir os sintomas de depressão em até 47%, oferecendo benefícios comparáveis aos medicamentos antidepressivos em alguns casos. Além disso, ela também melhora o foco e a memória, funcionando como um verdadeiro “remédio natural” para a mente.

4. Sistema imunológico: Corrida fortalece suas defesas

Pessoas sedentárias são mais suscetíveis a infecções e doenças comuns, como gripes e resfriados, pois seu sistema imunológico tende a ser mais fraco. Já os corredores desfrutam de um sistema imunológico mais robusto. Correr regularmente estimula a produção de células de defesa e melhora a circulação de anticorpos, tornando o corpo mais eficiente na luta contra invasores.

Um estudo realizado pela Appalachian State University mostrou que corredores regulares têm um risco até 40% menor de desenvolver doenças infecciosas, especialmente no inverno.

5. Longevidade: Correr literalmente pode te dar mais anos de vida

A corrida de rua não apenas melhora a qualidade de vida, mas também pode prolongá-la. Pessoas sedentárias tendem a viver menos e enfrentar uma série de complicações de saúde com o passar dos anos. Em contraste, um estudo publicado no Progress in Cardiovascular Diseases revelou que corredores regulares podem viver até 3 anos a mais do que aqueles que não praticam atividades físicas.

A pesquisa aponta que a corrida melhora a saúde celular, reduzindo o envelhecimento precoce, e diminui os riscos de doenças crônicas que impactam diretamente a longevidade.

6. Sociabilidade e motivação: Corrida como estilo de vida

Por fim, além dos benefícios físicos e mentais, a corrida transforma vidas no aspecto social. Quem vive de maneira sedentária tende a ficar mais isolado e sem energia para atividades recreativas. Em contrapartida, a corrida de rua oferece uma comunidade vibrante. Há grupos de corrida em todas as cidades, e eventos como corridas de 5 km, 10 km e maratonas se tornaram um estilo de vida para milhões de pessoas no mundo todo.

Correr cria laços, motiva e inspira. Participar de corridas em grupo ou eventos de rua aumenta o sentimento de pertencimento e a motivação para continuar melhorando.

Um passo de cada vez, uma vida transformada

A diferença entre uma vida sedentária e uma vida ativa com a corrida de rua é, literalmente, questão de saúde e bem-estar. Do coração à mente, passando pela imunidade e até pela sociabilidade, os benefícios da corrida são incontestáveis. Se você ainda não faz parte do grupo de corredores, comece devagar. Uma caminhada rápida, que evolua para uma corrida leve, já será um passo imenso para transformar sua vida.

E lembre-se: você não precisa correr uma maratona para colher esses benefícios. Cada quilômetro conta. Um passo de cada vez, uma vida mais saudável e feliz espera por você.

Por: Pedro Cardoso – Especialista em Fisioterapia Esportiva

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