RB Conta sua história
Runners Brasil conta sua história: Rita Trevisan
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3 anos atrásem
“Se eu não fizer por mim, quem pode fazer?”
A nossa atleta RBR se chama Rita de Cássia Trevisan, com 50 anos, Bacharel em Direito, três filhos naturais a Regiane, a Renata e o Eduardo e dois de coração o Guilherme e a Júlia, casada há 25 anos com José Carlos Pagani de Lira.
Seus sonhos são audaciosos, mas o que esperar dela se não for desafiador? Ela vai escrever um livro, fazer uma maratona e se tornar uma ultramaratonista.
Porém tudo teve um início e a Rita, assim como muitos praticantes de corrida, achava que era impossível praticar qualquer tipo de exercício físico, pois era uma pessoa totalmente sedentária.
O incentivo a mudar a mentalidade do impossível veio com a filha Renata que começou a praticar corrida e se dedicou seriamente a essa atividade. A nossa atleta lembra que acompanhava o progresso da filha, procurava estar presente em todas as corridas dela e ficava imaginando como seria bom conseguir correr como ela.
Era um sonho? Era.
E para transformá-lo em realidade começou a treinar exercícios funcionais, que incluía técnicas de futebol, o que foi o início das atividades físicas. Em um belo dia, lembra ela, na academia, antes do treinamento funcional, o maratonista e escritor Carlos Campelo (aqui abro um parênteses pessoal para te agradecer, Rita) deu uma palestra motivacional, frisando ter começado a correr aos 46 anos. Aquilo a alegrou e tornou-se um divisor de águas na sua vida, pois, pensava, “se ele conseguiu, eu também posso conseguir”. Então começou a fazer caminhadas, lembra que naquele ano, 2019, estava com 97 kg, sendo que tem 1,60 m de altura. Procurou profissionais da área, entre eles o Dr. Antonio Carlos Zuntini, que a ajudou a perder peso.
No inicio eram caminhadas e logo passou a correr sozinha, pois estava bem no meio da pandemia.
Quando as corridas foram liberadas ela já se desafiou em correr 15 km e assim vieram outras provas, inclusive trail runs.
A filha como uma incentivadora a chamou para correr uma meia-maratona junto com ela em São Paulo. Entrou para assessoria do professor Emerson Perin e nas palavras dela “deu tudo certo, disputei e conclui a prova”.
Rita lembra que na sua primeira meia os quilômetros iniciais foram os mais difíceis, porém um desconhecido, que também estava na corrida, segurou na sua mão e disse: “Quando quiser desistir, clame ao Jesus Vivo, pois ele não condena, mas perdoa (João, 8:11)”. Ela, emotiva, diz que foi fundamental este encontro “ao acaso”, pois deu força e determinação para finalizar a prova.
Após completar a meia-maratona descobriu que aquele desconhecido é americano, se chama Abraham Woroniecki e disputa provas para ajudar os competidores.
Atualmente continua realizando os seus treinamentos de acordo com a orientação do treinador e hoje, depois aproximadamente de 2 anos, está com 70 kg e sua filha Júlia com seu marido Douglas, também começaram a correr na mesma equipe.
Rita Trevisan traz em seus pensamentos que “se eu não fizer por mim, ninguém pode fazer”.
Hoje está com ótima saúde, melhor qualidade de vida e com um corpo bonito. E ainda, conheceu pessoas que nunca imaginou que iria conhecer e definitivamente não quer voltar para a vida que tinha antes.
Mesmo que a corrida seja um esporte individual, até certo ponto solitário, os corredores estão sempre se unindo e fazendo novas amizades.
“Somos um grande grupo de loucos pelo mundo e saber, pessoalmente ou pelas redes sociais, das várias histórias de superação nos torna cada vez mais fortes”, diz Rita.
Na sua vida, Rita passou por muitas coisas que a fizeram dar valor a cada segundo de sua vida, desde poder levantar de manhã e colocar os seus pés no chão, poder tomar banho debaixo de um chuveiro, pegar um copo de água para beber, coisas que podem parecer, e são, simples e naturais, só que para alguns são impossíveis de fazer. Aprendeu a dar mais valor à vida quando passou por um período muito difícil vendo seu pai Mauro Trevisan, o seu herói, em cima de uma cama de hospital sem poder se levantar para nada, depois de uma vida inteira de trabalho e conquistas, uma pessoa cheia de vida e de alegria que amava viver, conversar, contar piadas e ajudar a todos. Ver o fim da sua vida em uma UTI por 21 dias, morrendo aos poucos a cada dia, sem ela poder fazer nada para tirá-lo daquela situação.
“Eu não posso desistir”.
Hoje, Rita não se imagina vivendo sem a corrida, é totalmente apaixonada pelo esporte, onde se sente livre com seus pensamentos e conectada em outra dimensão. A corrida a tornou uma pessoa melhor e não pode ver uma prova que já quer participar.
Com alegria no olhar Rita nos diz que ama uma medalha, não importa quanto tempo ou qual distância vai percorrer, mas sabe que vai concluir e assim a felicidade dela estará completa.
“Agradeço a Deus por me ajudar a cada dia com saúde e disposição, depois à minha família, treinadores e amigos, corredores ou não”.
Rita acabou de participar da sua segunda meia-maratona, desta vez no Rio de Janeiro e quer prosseguir feliz a cada quilômetro e a cada novo desafio, pois para ela isso não tem preço e é maravilhoso.
E à todos nossos leitores, Rita deixa a seguinte mensagem:
“Quando você quer uma coisa em sua vida, não desista. Vale a pena cada lágrima e cada gota de suor. Transforme cada ‘não’ que a vida te der em um ‘sim’. Pois nós devemos nos amar, nos olhar no espelho e dizer para nós mesmos: Eu consigo e ninguém vai me fazer desistir, pois Deus está comigo”.
Por: Carlos Campelo
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Amor consciente
Minha primeira maratona tinha que ser em Buenos Aires
Publicados
4 meses atrásem
26/09/2024De
Pablo MateusConcentra. Você é boa e forte. Boa. Forte. Principalmente boa. E forte.
A corrida me exige tanto que, depois de muito questionar por que diabos enveredei pelo tema e pela prática, aos poucos cheguei ao resumo do que é um mote estimulante para mim ao longo desse duro percurso: “Concentra, Camila. Um pé, o outro. Adiante, você consegue. Você é boa e forte”.
Parece esporte, mas é a vida.
Nada na vida me parece mais importante do que ser boa, no sentido de caráter e também de competência, e nada me parece mais necessário pra essa missão do que ser forte. Seja o que for que isso exija de mim.
Escrevo entusiasmada por minha primeira maratona, aquela em que precisei me lembrar, durante 42.195 mil metros, as razões do esforço tremendo que estava pondo em prática.
E escrevo porque acredito que outras maratonas virão a mim e também que outros se perguntem o que faz alguém apostar nisso sem ser atleta profissional.
Visitar esse texto aqui pode nos dar algumas respostas.
A gente quer ser grande. Nem que seja por um dia. Enquanto corro, Bowie me diz isso ao pé do ouvido, e não poderia estar mais certo. Aliás, por um dia só, a meu ver, é melhor. A barra pesa, mas ao cabo do feito você pode se livrar dela. E voltar a ser um anônimo, um errante a mais na multidão, como David fora de cena.
Escolhi Buenos Aires pra essa maratona. Ou talvez Buenos Aires tenha me escolhido, porque meu plano inicial era viajar a Berlim na mesma época e correr a prova de lá. Não por ser uma major, ou seja, uma das maratonas-mães, as mais desejadas por quem vive o mundo das corridas, mas porque é uma cidade linda e “fácil” de correr – e eu, sempre que dá, vivo mesmo é de beleza e facilidade. Por não conseguir vaga em Berlim, terminei na capital argentina, que tanto amo e por sorte conheço bem, a ponto de trocar com ela várias intimidades. Fiz certo; os alemães para depois.
Estava curiosa sobre como seria tragar cada centímetro das ruas que percorri de outras maneiras, com outras ideias e uma percepção totalmente diferente do espaço. 42 quilômetros de calles portenhas. Seus cheiros, os veios de seu asfalto, seus habitantes, as histórias… Ainda mais, suas graças e desgraças, cujos reflexos naquele momento me atingiriam de maneira particular. Queria que tudo isso viesse a mim, a me acompanhar nessa primeira vez em que de fato comeria a cidade a passadas.
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Pois foi um banquete.
Acordamos cedo, minha companheira de quarto, corredora e eu. Banho para acordar, tempo de organizar, comer, estar a postos pra correr. Jeito feminino, diligente, de fazer as coisas, e ambas somos assim. No caminho à largada, uma ansiedade controlada como dá, um estímulo e um conforto circulando entre nós, além da vontade latente de fazer o show acontecer. Para mim, é isso: nunca se está pronto pra nada, a gente só faz acontecer.
Por vontade mesmo: “Chega de espera, eu prefiro tentar fazer”. Estar preparado… Isso é pra quem se vidra em uma coisa só, e a vida não flui dessa maneira.
À iminência da largada, me envolvo num abraço estimulante com minha companheira, e nós nos abraçamos com pessoas semi-conhecidas ao nosso lado. O pessoal da corrida é diversa, vamos dos obcecados monotemáticos aos que relutam a se chamar de corredores, mas que se dedicam, como eu. Só que numa hora dessas acontece aquilo que só há num show de música: a multidão cantando junto se torna afinada, uma unidade confraternizada em que as diferenças não ressaltam; ao contrário, elas desaparecem.
Forma-se a massa sintonizada, em perfeita comunhão.
Aí vem o disparo da largada, e rola a dispersão. O trote nervoso começa. A linha marca o começo de uma pesada jornada, à qual ninguém foi obrigado a aderir. Estamos ali porque queremos, e tenho pra mim que todo mundo trata de se lembrar disso. Longe ainda de terminar os 42, pese a todo nervosismo, posso afirmar de boca cheia que ter força de vontade é libertador. Quem para, morre.
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Então corro. Buscando meu ritmo, matando a ansiedade dos últimos dias e começando o verdadeiro trabalho. E, já no começo da labuta, entendo por que Buenos Aires me escolheu para a primeira grande corrida da minha vida.
É a maratona mais latino-americana que existe.
Penso isso e me sinto tão bem, que já tenho assunto pros meus primeiros 10 quilômetros.
Olho pros lados e recebo o calor da torcida, ainda que ninguém ali estivesse torcendo pra mim. Vejo canarinhos por todos os lados… De 5 mil estrangeiros inscritos nessa corrida, uns 4 mil eram brasileiros. E dá-lhe o Brasil, país alegre como outros latinoamericanos, mas de uma maneira irrepetível, tão verde-amarela-cordial-pagodeira, que identifico de cara o arroz com feijão que venho comendo há 44 anos. Enjoa, mas nutre.
Vejo também colombianos de Bogotá, e penso que vieram roubar nosso oxigênio, porque desceram dos quase 3 mil metros de altitude da cidade pros pífios 25 metros de Buenos Aires. Não têm pinta de maratonistas, mas aos meus olhos correm como se nada.
São minha família, os colombianos, e assim como grito “vai, Brasil!” para a torcida canarinha, grito “vai, Colômbia” para cada bandeira do país tremulada nas calçadas.
Mas aí é verdade que grito também pra Venezuela, pra El Salvador e pra Bolívia,
pegando de surpresa os grupinhos desses imigrantes, que são muitos em Buenos Aires.
Alguns levaram a bandeira que um dia deixaram pra trás pra agitar durante a prova. Grito “Chi-chi-chi, lê-lê-lê” e espero que saibam que gosto deles também. Sou, no fim das contas, uma rapariga latina, e não no sentido luso. Reivindico o brasileiro mesmo. Por isso, celebro na minha cabeça os corredores paraguaios que de repente me ultrapassam, fixo o olhar nos uruguaios que trotam à frente com a tranquilidade de quem legalizou a cannabis e, com dificuldade, procuro distinguir se os de camiseta branca e vermelha são do Peru ou então torcedores do River Plate.
É quando começo a escrutinar as tais camisetas, galgando mais quilômetros de distração.
“Correr ayuda”. “Correr evoluciona”. “Te ves sexy cuando sudas”. Eu jamais tentaria convencer ninguém a correr, mas concordo com todas. Encontro nas costas dos colombianos a tipagem sanguínea de cada corredor ao lado do nome gravado – uma herança de anos de guerra, que tornou a reposição de sangue (e de vida) uma prática obrigatória na Colômbia. Encontro porquinhos-da-índia estampados, whipalas à moda de lenço no pescoço, brincos grandes demais pra quem está correndo, e toda essa algazarra latino-kitsch me lembra de onde vim e aonde vou.
Vou é adiante. O percurso se estica, e sou obrigada a voltar a mim. Negociando com o peso colossal das minhas pernas, observo chão sob meus pés, e vou sentindo Buenos Aires desse novo jeito, como já sabia que faria. Somos vários conquistadores, coisa que confirmo cada vez que olho para os lados e vejo gente branca, preta e parda e suada respirando curto e sonhando longo, assim como eu.
Assim se aproxima a chegada. Não sofri de dor ou de exaustão mortal em nenhum momento da prova, só lutei a vera com meu corpo e negociei mentalmente com o nonsense que é correr tantos quilômetros sem parar.
Fiz tudo o que fiz escutando música, numa lista repaginada pra ocasião, mas na realidade repleta de canções gastas de tanto que as escutei treinando. Foi mais um diálogo interno divertido, e fiquei feliz de me ver cantarolando uma que outra música (sem emitir som, mas mexendo mesmo a boca) – no quilômetro 8, assim como no 17 ou no 38. Corri untada de trilha sonora, tal qual vaselina. No 38, aliás, estourou uma cumbia que teve mais efeito no meu pique do que um gel de carboidrato. E lá pelo 41, pra minha gargalhada, começou a soar Nenhum de Nós, com “Camila-aaaa-ôôô, Camilaaaa…”,
bem nacional, bem anos 80. Confesso que gostei do clichê macio e quentinho que me conduziu na base da piada à reta final.
Não sei que tão boa e tão forte eu seja. Mas fui boa e forte ao concluir essa maratona.
Correr me parece mais uma expressão de amor consciente: corro – e vivo – porque nada na vida está dado, ainda que muito esteja disponível.
Gracias, Buenos Aires, por me tratar com intimidade, ainda mais íntima agora. E por me presentear uma medalha que simboliza nossa longa história.
Por: Camila Moraes (@camimoraez)
RB Conta sua história
Se alguém te disser que é impossível ou que não é para você, vá e faça acontecer!
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2 anos atrásem
24/12/2022No quarto dia após o nascimento de Thomas ele faleceu em meus braços, me lembro como se fosse hoje aqueles aparelhos diminuindo a frequência e aquele som informando que não havia mais batimento cardíaco.
A nossa história de hoje é da dupla Clayton e Thomas, pai e filho que juntos formam @correndocomthomas. Clayton com seus 39 (trinta e nove) anos é o pai orgulhoso do lindo garoto Thomas com 12 (doze) anos e da princesa linda Valentina com 9 (nove) anos e nos traz, com este emocionante relato da vida real, que todos nós podemos encontrar o nosso propósito e vivermos bem e felizes com ele.
Há quase 20 anos Clayton e Carolina constituíram sua família e em 2009 descobriram que estavam grávidos, foi uma surpresa para eles, pois acreditavam que não poderiam ser pais por conta de um diagnóstico médico. Já era o Thomas vindo para sua família. O pré-natal correu na maior normalidade até os sete meses de gestação quando a Carol começou a se sentir mal e foi direto para o hospital. Não era o tempo esperado, mas foi assim que Deus enviou o Thomas.
Clayton lembra que na época ela era muito imaturo e estava se sentindo inseguro, sem saber o que fazer. Mas teve força junto com a Carolina para receberem o Thomas da melhor forma. Logo que ele nasceu foi para uma incubadora, para fortalecer seu sistema respiratório.
E foi aí que começou a maior experiência deles: Clayton, Carolina e Thomas.
“No quatro dia após o seu nascimento, o Thomas faleceu (parou) em meus braços. Me lembro como se fosse hoje, aqueles aparelhos diminuindo a frequência e o terrível som informando que não havia mais batimento cardíaco. Meu Deus, que dor foi aquela. Como perder um filho que nem se quer poderíamos ter? Essa dor era demais para um casal tão jovem. Contudo, Deus em sua infinita misericórdia nos deu uma segunda chance e trouxe o nosso Thomas de volta.”
A partir deste ponto começa uma nova vida, um olhar diferente para tudo e para todos. Thomas teve uma paralisia cerebral e com isso algumas limitações, mas isso não foi motivo para impedirem que eles realizassem seus sonhos.
Um deles foi conhecer o goleiro Cássio do Corinthians, Thomas é corinthiano roxo e em 07/2017 conseguiram promover o tão esperado encontro no Centro de Treinamento do Corinthians, “momento emocionante” relata Clayton. Thomas foi o 1º cadeirante a entrar no gramado da Arena Corinthians – Neo Química Arena no jogo entre Corinthians e São Paulo do mesmo ano e o time do Thomas ganhou por 3 a 2 com o terceiro gol de pênalti batido pelo jogador Jackson, o qual deu a bola ao Thomas que eles guardam com muito carinho.
Clayton lembra que sua esposa Carol matriculou o Thomas em uma escolinha de futebol, a Itaquera Church, e o professor “Bocão” #andreboca_abraçou o projeto de inclusão na Escolinha de Futebol Itaquera #escoladefutebolitaquera. Thomas dizia “mãe o Cássio não fica correndo, me deixa no gol e eu vou defender como ele”.
O pai lembra com orgulho que quem conhece o Thomas sabe que é um garoto especial, não por conta da paralisia cerebral e tão pouco porque é seu filho, mas sim pela alegria que ele tem e contagia a todos.
Como pai, Clayton revela que o maior sonho é ver o seu filho andar sem a necessidade de nenhum aparelho. Ele sabe que para a medicina atual isso é quase impossível, mas tem uma crença muito forte em Deus e que Ele pode fazer muito mais do que imagina.
Quando o Thomas passou pela 1ª cirurgia ortopédica para reconstrução de bacia e quadril, foi um período muito tenso, pois com 7 (sete) dias de operado precisaram retornar ao médico, pois o Thomas não parava de chorar por conta das dores. Descobriram que o gesso havia cedido e estava pressionando a região da placa e por pouco a placa estaria exposta pela pele. Esse ocorrido gerou um ponto de necrose na cirurgia do Thomas e caso o corpo não conseguisse reverter, seria necessária uma nova cirurgia. Clayton emocionado com as lembranças disse que “aquilo me destruiu, questionei o motivo do meu filho sofrer tanto e queria que todo aquele sofrimento que ele estava passando viesse para mim;”.
Uma vez, após participarem de um espetáculo de dança em cadeira de rodas com o pessoal do “Solidariedança” @solidariedancaoficial, os pais começaram a pensar em como apresentar outras oportunidades de inclusão e esportes ao Thomas, foi aí que conheceram alguém que se tornou uma referência para eles a dupla “Rodrigo e Biel – Corredor Especial Biel”.
Clayton ativou sua imaginação a partir da experiência da dupla e quis proporcionar isso ao Thomas também. Começou a seguir a página @corredorespecial_biel e logo aprendeu e pegou dicas por onde começar a treinar com o Thomas pela 1ª vez na vida e ficou muito mais motivado pela expectativa de um dia correr com seu filho.
Como um atleta amador, Clayton sempre foi muito ativo em relação a esportes, fez musculação por quase 8 (oito) anos e praticou capoeira por quase 10 (dez) anos com o mestre Fluído do Grupo Capoeira Caiman @fluidocaiman, além de futebol. E, agora, em ver a alegria do Thomas ao cruzarem a linha de chegada e receber a medalha que é um dos principais motivos que o fazem a treinar cada vez mais e sonhar por realizações maiores.
Thomas mudou a minha vida, diz o pai Clayton e se pudesse, trocaria de lugar com o filho para que pudesse vivenciar o que é correr, pedalar ou simplesmente andar sem nenhum tipo de ajuda.
A meta no início era correr uma prova de 10k e com o atingimento dessa meta, outras maiores vieram. Quando correm juntos o Thomas se torna muito mais feliz e menos excluído, podendo desfrutar de uma vida normal, diz Clayton.
A corrida tornou-se uma espécie de terapia para o Clayton. Junto com Thomas começaram a treinar no início com a cadeira de rodas e recentemente com o triciclo adaptado para corrida da #adaptrun. Já participaram das provas com mais conforto e segurança para Thomas e a última prova foi a Timão Run de 15k na Neo Quimica Arena no dia 27/11/2022.
“ENQUANTO EU TIVER FÔLEGO VOCÊ NÃO FICARÁ PARADO”.
Este é o lema da dupla e assim pai e filho trabalham a inclusão do Thomas ao esporte e a meta deles é audaciosa, irão participar do IM70.3 SP em 2023.
Clayton faz questão de agradecer aos amigos e parceiros desses quase 3 (três) anos de treinamentos, como o pessoal do Programa Borra Correr @rodrigobicudo.com.br, o Bruno da Visual Bike @visual bike que os presenteou com uma bike da Trek para fazermos as provas de Triathlon. A Rhytmus Assessoria @rhytmusteam que os preparou para a Maratona de SP e a prova da New Balance. O pessoal da NPerformance Team @serginho_76 que os ajuda com os treinos de bike. A XNL Produtora @xnlprodutora que desenvolveu a arte para a página do Instagram e uniforme e está no projeto do canal do Youtube. Ao amigo “Craque Neto” @10neto por todo carinho e atenção, programa Os Donos da Bola com a direção do amigo “Cascão”. A empresa A2 Soluções Inteligentes @a2solucoesinteligentes onde Clayton trabalha que acreditou no projeto IM70.3 e os presentou com a inscrição e macaquinho para a prova e aos amigos que sempre mandam mensagens de incentivo e apoio.
Estão treinando muito para participarem do IM 70.3 SP no próximo ano e ainda é preciso melhorar na natação e contamos com a ajuda do professor @Rogérioadryani da @Acquz.grandezzi.
Tem novidade para 2023, eles estão desenvolvendo o canal do Youtube do Thomas “Diário de um Triatleta Especial”.
Por fim, Clayton nos presenteia com esta mensagem:
Quando você se deparar com alguma situação ou alguém dizendo que você não será capaz, entenda que essa limitação não está em você e sim no outro.
Você pode muito mais do que imagina, basta ter disciplina, foco e objetivo.
Por: Carlos Campelo
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Runners Brasil conta sua história: Wal Aceti
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2 anos atrásem
05/08/2022“Você é o resultado das suas escolhas.”
Esta é a minha frase de vida da nossa atleta RBR Wal Aceti e para ela, as escolhas, foram essenciais em todos os sentidos pessoal, profissional, emocional e físico.
Wal, como gosta de ser chamada, tem hoje 49 anos, é mãe de dois filhos lindos e atua profissionalmente no serviço público no estado do Paraná e sempre procurou acompanhar as rotinas da família, trabalho, casa e, por um certo tempo, não prestou atenção a ela mesma.
Ela disse que “Muitas vezes abri mão do autocuidado para ser excelente nas tarefas que consideramos que não somos insubstituíveis.”.
Como muitas histórias de vida, Wal também passou por um processo de superação e tudo começou com entendimento do que estava passando e o que precisava fazer.
Aos 39 anos ela foi diagnosticada com câncer de mama. E ela lembra que neste processo o questionamento tomou conta de todo o tempo dela “Como eu desenvolvi está doença?”, ela se perguntava. Justamente com ela que cuidava da alimentação, vegetariana desde o nascimento, os hormônios estavam todos normais, nunca tomou anticoncepcional, mas por que com ela?
Tal situação a levou para somente olhar para si, pois estava nova, com filhos pequenos e a sua vida estava por um fio.
Ela teve um anjo na vida dela o Dr. Dalton Ivan Stainmacher que falou para ela “O seu corpo está pedindo socorro, olha pra ele.”
Em dezembro de 2012 o tumor foi retirado com sucesso.
A partir disso ela percebeu que precisava se movimentar e aproveitou a oportunidade que os filhos praticavam tênis e foi “aprender a bater bolinha” e assim participar da rotina esportiva deles.
Wal lembra que estava fora de forma e passou por lesões como todo mundo que começa a se dedicar a fazer algo. Ela acredita que toda escolha tem seus resultados e saber entender e respeitar os limites foram importantes para que ela superasse as lesões, fez fisioterapia, começou a praticar trotinhos, fortalecer e começou a perder peso.
Em novembro de 2013 se inscreveu na primeira prova de corrida de rua, 5km, ela lembra que correu uns 800 metros e caminhou o restante, mas o mais importante “conclui a prova e estava muito feliz, feliz demais”.
Logo em seguida, já muito animada, se inscreveu em outras provas, e outras e outras sem se preocupar com tempo, simplesmente o objetivo era completar, pois cada quilometro era pura superação.
E não muito distante já se desafiou em uma maratona, em 2016 correu a maratona de Porto Alegre com 2 graus negativos e foi mais um sonho realizado.
Ela acreditar que todo corredor de rua sonha em um dia cruzar a linha de chegada dos 42,195m.
Novamente ela se lembra da sensação de dever cumprido, de se superar, de competir com ela mesma, de cuidar do seu corpo, praticar o autocuidado.
Hoje já participou de 7 maratonas: além de Porto Alegre ainda correu a SPCity Marathon em 2017, no mesmo ano a Maratona Internacional de Curitiba, 2018 repetiu Porto Alegre e participou da Internacional de Foz do Iguaçu (aqui um parêntesis para dizer que foi uma dos mais lindos percursos, além de desafiador), 2019 participou da Internacional de Florianópolis e no mesmo ano na Internacional de Curitiba e ainda várias meias maratonas, inclusive sendo TOP100 na Golden Run 21k Asics 2019, 10kms, 5kms e claro, com acompanhamento de profissionais, ela frisa que não abre mão de ter pessoas especializados ao seu lado e assim emagreceu 16 kg.
Desafio se tornou o sobrenome da nossa RBR atleta que no ano de 2021 para comemorar seus 48 anos correu 48km.
Como a maioria de todos nós, ela é uma atleta amadora, cuida da atividade física e quando termina tem que ir trabalhar. O tempo está aí, nós que temos que aproveitar a oportunidade que ele nos dá, mas temos que lembrar que somos humanos e algumas vezes não estamos dispostos a sair pra treinar, afinal trabalhamos o dia todo. Mas nada é empecilho para que no outro dia possa calçar o tênis e sair para correr, muitas vezes sem ter um percurso definido, é gratificante afirma a nossa atleta.
“O corpo agradece suando, um cansaço prazeroso, os pensamentos reorganizados e mais uma vez superando qualquer tipo de desânimo, impondo aqui a superação, o desejo e a disciplina para levantar do sofá e ir treinar.”
Foi escolhida na cidade de Maringá pela Rede Feminina de Combate ao Câncer para ser a EMBAIXADORA da 1ª Corrida Solidária que será realizada no dia 16 de outubro inscrições no link, https://www.eucorro.com/destaques/corrida-solidaria-rfcc, onde poderá incentivar as pessoas a se movimentarem e repensarem em si, principalmente no autocuidado e saúde.
Wal Aceti só tem a agradecer pelas escolhas dela e afirma que:
“Você é o resultado das suas escolhas.”
Por fim deixa os agradecimentos especiais a Associação Corra Mais Maringá, ao treinador Rodrigo Alves de Oliveira, ao personal Odinei Ribas, seu fisioterapeuta Eduardo Rulling da Sportfisio e ao Dr. Flávio Ricardo (HC180).
Por: Carlos Campelo
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