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Runners Brasil conta sua história: Rita Trevisan

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“Se eu não fizer por mim, quem pode fazer?”

A nossa atleta RBR se chama Rita de Cássia Trevisan, com 50 anos, Bacharel em Direito, três filhos naturais a Regiane, a Renata e o Eduardo e dois de coração o Guilherme e a Júlia, casada há 25 anos com José Carlos Pagani de Lira.

Seus sonhos são audaciosos, mas o que esperar dela se não for desafiador? Ela vai escrever um livro, fazer uma maratona e se tornar uma ultramaratonista.

Porém tudo teve um início e a Rita, assim como muitos praticantes de corrida, achava que era impossível praticar qualquer tipo de exercício físico, pois era uma pessoa totalmente sedentária.

O incentivo a mudar a mentalidade do impossível veio com a filha Renata que começou a praticar corrida e se dedicou seriamente a essa atividade. A nossa atleta lembra que acompanhava o progresso da filha, procurava estar presente em todas as corridas dela e ficava imaginando como seria bom conseguir correr como ela.

Era um sonho? Era.

E para transformá-lo em realidade começou a treinar exercícios funcionais, que incluía técnicas de futebol, o que foi o início das atividades físicas. Em um belo dia, lembra ela, na academia, antes do treinamento funcional, o maratonista e escritor Carlos Campelo (aqui abro um parênteses pessoal para te agradecer, Rita) deu uma palestra motivacional, frisando ter começado a correr aos 46 anos. Aquilo a alegrou e tornou-se um divisor de águas na sua vida, pois, pensava, “se ele conseguiu, eu também posso conseguir”. Então começou a fazer caminhadas, lembra que naquele ano, 2019, estava com 97 kg, sendo que tem 1,60 m de altura. Procurou profissionais da área, entre eles o Dr. Antonio Carlos Zuntini, que a ajudou a perder peso.

No inicio eram caminhadas e logo passou a correr sozinha, pois estava bem no meio da pandemia.

Quando as corridas foram liberadas ela já se desafiou em correr 15 km e assim vieram outras provas, inclusive trail runs.

A filha como uma incentivadora a chamou para correr uma meia-maratona junto com ela em São Paulo. Entrou para assessoria do professor Emerson Perin e nas palavras dela “deu tudo certo, disputei e conclui a prova”.

Rita lembra que na sua primeira meia os quilômetros iniciais foram os mais difíceis, porém um desconhecido, que também estava na corrida, segurou na sua mão e disse: “Quando quiser desistir, clame ao Jesus Vivo, pois ele não condena, mas perdoa (João, 8:11)”. Ela, emotiva, diz que foi fundamental este encontro “ao acaso”, pois deu força e determinação para finalizar a prova.

Após completar a meia-maratona descobriu que aquele desconhecido é americano, se chama Abraham Woroniecki e disputa provas para ajudar os competidores.

Abraham Woroniecki – Foto: Arquivo pessoal

Atualmente continua realizando os seus treinamentos de acordo com a orientação do treinador e hoje, depois aproximadamente de 2 anos, está com 70 kg e sua filha Júlia com seu marido Douglas, também começaram a correr na mesma equipe.

Rita Trevisan traz em seus pensamentos que “se eu não fizer por mim, ninguém pode fazer”.

Hoje está com ótima saúde, melhor qualidade de vida e com um corpo bonito. E ainda, conheceu pessoas que nunca imaginou que iria conhecer e definitivamente não quer voltar para a vida que tinha antes.

Mesmo que a corrida seja um esporte individual, até certo ponto solitário, os corredores estão sempre se unindo e fazendo novas amizades.

“Somos um grande grupo de loucos pelo mundo e saber, pessoalmente ou pelas redes sociais, das várias histórias de superação nos torna cada vez mais fortes”, diz Rita.

Na sua vida, Rita passou por muitas coisas que a fizeram dar valor a cada segundo de sua vida, desde poder levantar de manhã e colocar os seus pés no chão, poder tomar banho debaixo de um chuveiro, pegar um copo de água para beber, coisas que podem parecer, e são, simples e naturais, só que para alguns são impossíveis de fazer. Aprendeu a dar mais valor à vida quando passou por um período muito difícil vendo seu pai Mauro Trevisan, o seu herói, em cima de uma cama de hospital sem poder se levantar para nada, depois de uma vida inteira de trabalho e conquistas, uma pessoa cheia de vida e de alegria que amava viver, conversar, contar piadas e ajudar a todos. Ver o fim da sua vida em uma UTI por 21 dias, morrendo aos poucos a cada dia, sem ela poder fazer nada para tirá-lo daquela situação.

“Eu não posso desistir”.

Hoje, Rita não se imagina vivendo sem a corrida, é totalmente apaixonada pelo esporte, onde se sente livre com seus pensamentos e conectada em outra dimensão. A corrida a tornou uma pessoa melhor e não pode ver uma prova que já quer participar.

Com alegria no olhar Rita nos diz que ama uma medalha, não importa quanto tempo ou qual distância vai percorrer, mas sabe que vai concluir e assim a felicidade dela estará completa.

“Agradeço a Deus por me ajudar a cada dia com saúde e disposição, depois à minha família, treinadores e amigos, corredores ou não”.

Rita acabou de participar da sua segunda meia-maratona, desta vez no Rio de Janeiro e quer prosseguir feliz a cada quilômetro e a cada novo desafio, pois para ela isso não tem preço e é maravilhoso.

E à todos nossos leitores, Rita deixa a seguinte mensagem:

“Quando você quer uma coisa em sua vida, não desista. Vale a pena cada lágrima e cada gota de suor. Transforme cada ‘não’ que a vida te der em um ‘sim’. Pois nós devemos nos amar, nos olhar no espelho e dizer para nós mesmos: Eu consigo e ninguém vai me fazer desistir, pois Deus está comigo”.

Por: Carlos Campelo

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Se alguém te disser que é impossível ou que não é para você, vá e faça acontecer!

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Foto: Arquivo pessoal Clayton

No quarto dia após o nascimento de Thomas ele faleceu em meus braços, me lembro como se fosse hoje aqueles aparelhos diminuindo a frequência e aquele som informando que não havia mais batimento cardíaco.

A nossa história de hoje é da dupla Clayton e Thomas, pai e filho que juntos formam @correndocomthomas. Clayton com seus 39 (trinta e nove) anos é o pai orgulhoso do lindo garoto Thomas com 12 (doze) anos e da princesa linda Valentina com 9 (nove) anos e nos traz, com este emocionante relato da vida real, que todos nós podemos encontrar o nosso propósito e vivermos bem e felizes com ele.

Há quase 20 anos Clayton e Carolina constituíram sua família e em 2009 descobriram que estavam grávidos, foi uma surpresa para eles, pois acreditavam que não poderiam ser pais por conta de um diagnóstico médico. Já era o Thomas vindo para sua família. O pré-natal correu na maior normalidade até os sete meses de gestação quando a Carol começou a se sentir mal e foi direto para o hospital. Não era o tempo esperado, mas foi assim que Deus enviou o Thomas.

Clayton lembra que na época ela era muito imaturo e estava se sentindo inseguro, sem saber o que fazer. Mas teve força junto com a Carolina para receberem o Thomas da melhor forma. Logo que ele nasceu foi para uma incubadora, para fortalecer seu sistema respiratório.

Foto: Arquivo pessoal Clayton

E foi aí que começou a maior experiência deles: Clayton, Carolina e Thomas.

“No quatro dia após o seu nascimento, o Thomas faleceu (parou) em meus braços. Me lembro como se fosse hoje, aqueles aparelhos diminuindo a frequência e o terrível som informando que não havia mais batimento cardíaco. Meu Deus, que dor foi aquela. Como perder um filho que nem se quer poderíamos ter? Essa dor era demais para um casal tão jovem. Contudo, Deus em sua infinita misericórdia nos deu uma segunda chance e trouxe o nosso Thomas de volta.”

A partir deste ponto começa uma nova vida, um olhar diferente para tudo e para todos. Thomas teve uma paralisia cerebral e com isso algumas limitações, mas isso não foi motivo para impedirem que eles realizassem seus sonhos.

Um deles foi conhecer o goleiro Cássio do Corinthians, Thomas é corinthiano roxo e em 07/2017 conseguiram promover o tão esperado encontro no Centro de Treinamento do Corinthians, “momento emocionante” relata Clayton. Thomas foi o 1º cadeirante a entrar no gramado da Arena Corinthians – Neo Química Arena no jogo entre Corinthians e São Paulo do mesmo ano e o time do Thomas ganhou por 3 a 2 com o terceiro gol de pênalti batido pelo jogador Jackson, o qual deu a bola ao Thomas que eles guardam com muito carinho.

Clayton lembra que sua esposa Carol matriculou o Thomas em uma escolinha de futebol, a Itaquera Church, e o professor “Bocão” #andreboca_abraçou o projeto de inclusão na Escolinha de Futebol Itaquera #escoladefutebolitaquera. Thomas dizia “mãe o Cássio não fica correndo, me deixa no gol e eu vou defender como ele”.

O pai lembra com orgulho que quem conhece o Thomas sabe que é um garoto especial, não por conta da paralisia cerebral e tão pouco porque é seu filho, mas sim pela alegria que ele tem e contagia a todos.

Como pai, Clayton revela que o maior sonho é ver o seu filho andar sem a necessidade de nenhum aparelho. Ele sabe que para a medicina atual isso é quase impossível, mas tem uma crença muito forte em Deus e que Ele pode fazer muito mais do que imagina.

Quando o Thomas passou pela 1ª cirurgia ortopédica para reconstrução de bacia e quadril, foi um período muito tenso, pois com 7 (sete) dias de operado precisaram retornar ao médico, pois o Thomas não parava de chorar por conta das dores. Descobriram que o gesso havia cedido e estava pressionando a região da placa e por pouco a placa estaria exposta pela pele. Esse ocorrido gerou um ponto de necrose na cirurgia do Thomas e caso o corpo não conseguisse reverter, seria necessária uma nova cirurgia. Clayton emocionado com as lembranças disse que “aquilo me destruiu, questionei o motivo do meu filho sofrer tanto e queria que todo aquele sofrimento que ele estava passando viesse para mim;”.

Uma vez, após participarem de um espetáculo de dança em cadeira de rodas com o pessoal do “Solidariedança” @solidariedancaoficial, os pais começaram a pensar em como apresentar outras oportunidades de inclusão e esportes ao Thomas, foi aí que conheceram alguém que se tornou uma referência para eles a dupla “Rodrigo e Biel – Corredor Especial Biel”.

Clayton ativou sua imaginação a partir da experiência da dupla e quis proporcionar isso ao Thomas também. Começou a seguir a página @corredorespecial_biel e logo aprendeu e pegou dicas por onde começar a treinar com o Thomas pela 1ª vez na vida e ficou muito mais motivado pela expectativa de um dia correr com seu filho.

Como um atleta amador, Clayton sempre foi muito ativo em relação a esportes, fez musculação por quase 8 (oito) anos e praticou capoeira por quase 10 (dez) anos com o mestre Fluído do Grupo Capoeira Caiman @fluidocaiman, além de futebol. E, agora, em ver a alegria do Thomas ao cruzarem a linha de chegada e receber a medalha que é um dos principais motivos que o fazem a treinar cada vez mais e sonhar por realizações maiores.

Thomas mudou a minha vida, diz o pai Clayton e se pudesse, trocaria de lugar com o filho para que pudesse vivenciar o que é correr, pedalar ou simplesmente andar sem nenhum tipo de ajuda.

A meta no início era correr uma prova de 10k e com o atingimento dessa meta, outras maiores vieram. Quando correm juntos o Thomas se torna muito mais feliz e menos excluído, podendo desfrutar de uma vida normal, diz Clayton.

A corrida tornou-se uma espécie de terapia para o Clayton. Junto com Thomas começaram a treinar no início com a cadeira de rodas e recentemente com o triciclo adaptado para corrida da #adaptrun. Já participaram das provas com mais conforto e segurança para Thomas e a última prova foi a Timão Run de 15k na Neo Quimica Arena no dia 27/11/2022.

“ENQUANTO EU TIVER FÔLEGO VOCÊ NÃO FICARÁ PARADO”.

 Este é o lema da dupla e assim pai e filho trabalham a inclusão do Thomas ao esporte e a meta deles é audaciosa, irão participar do IM70.3 SP em 2023.

Clayton faz questão de agradecer aos amigos e parceiros desses quase 3 (três) anos de treinamentos, como o pessoal do Programa Borra Correr @rodrigobicudo.com.br, o Bruno da Visual Bike @visual bike que os presenteou com uma bike da Trek para fazermos as provas de Triathlon. A Rhytmus Assessoria @rhytmusteam que os preparou para a Maratona de SP e a prova da New Balance. O pessoal da NPerformance Team @serginho_76 que os ajuda com os treinos de bike. A XNL Produtora @xnlprodutora que desenvolveu a arte para a página do Instagram e uniforme e está no projeto do canal do Youtube. Ao amigo “Craque Neto” @10neto por todo carinho e atenção, programa Os Donos da Bola com a direção do amigo “Cascão”. A empresa A2 Soluções Inteligentes @a2solucoesinteligentes onde Clayton trabalha que acreditou no projeto IM70.3 e os presentou com a inscrição e macaquinho para a prova e aos amigos que sempre mandam mensagens de incentivo e apoio.

Estão treinando muito para participarem do IM 70.3 SP no próximo ano e ainda é preciso melhorar na natação e contamos com a ajuda do professor @Rogérioadryani da @Acquz.grandezzi.

Tem novidade para 2023, eles estão desenvolvendo o canal do Youtube do Thomas “Diário de um Triatleta Especial”.

Por fim, Clayton nos presenteia com esta mensagem:

Quando você se deparar com alguma situação ou alguém dizendo que você não será capaz, entenda que essa limitação não está em você e sim no outro.

Você pode muito mais do que imagina, basta ter disciplina, foco e objetivo.

Por: Carlos Campelo

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Runners Brasil conta sua história: Wal Aceti

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Foto: Arquivo pessoal Wal Aceti

“Você é o resultado das suas escolhas.”

Esta é a minha frase de vida da nossa atleta RBR Wal Aceti e para ela, as escolhas, foram essenciais em todos os sentidos pessoal, profissional, emocional e físico.

Wal, como gosta de ser chamada, tem hoje 49 anos, é mãe de dois filhos lindos e atua profissionalmente no serviço público no estado do Paraná e sempre procurou acompanhar as rotinas da família, trabalho, casa e, por um certo tempo, não prestou atenção a ela mesma.

Ela disse que “Muitas vezes abri mão do autocuidado para ser excelente nas tarefas que consideramos que não somos insubstituíveis.”.

Como muitas histórias de vida, Wal também passou por um processo de superação e tudo começou com entendimento do que estava passando e o que precisava fazer.

Aos 39 anos ela foi diagnosticada com câncer de mama. E ela lembra que neste processo o questionamento tomou conta de todo o tempo dela “Como eu desenvolvi está doença?”, ela se perguntava. Justamente com ela que cuidava da alimentação, vegetariana desde o nascimento, os hormônios estavam todos normais, nunca tomou anticoncepcional, mas por que com ela?

Tal situação a levou para somente olhar para si, pois estava nova, com filhos pequenos e a sua vida estava por um fio.

Ela teve um anjo na vida dela o Dr. Dalton Ivan Stainmacher que falou para ela “O seu corpo está pedindo socorro, olha pra ele.”

Em dezembro de 2012 o tumor foi retirado com sucesso.

A partir disso ela percebeu que precisava se movimentar e aproveitou a oportunidade que os filhos praticavam tênis e foi “aprender a bater bolinha” e assim participar da rotina esportiva deles.

Wal lembra que estava fora de forma e passou por lesões como todo mundo que começa a se dedicar a fazer algo. Ela acredita que toda escolha tem seus resultados e saber entender e respeitar os limites foram importantes para que ela superasse as lesões, fez fisioterapia, começou a praticar trotinhos, fortalecer e começou a perder peso.

Em novembro de 2013 se inscreveu na primeira prova de corrida de rua, 5km, ela lembra que correu uns 800 metros e caminhou o restante, mas o mais importante “conclui a prova e estava muito feliz, feliz demais”.

Logo em seguida, já muito animada, se inscreveu em outras provas, e outras e outras sem se preocupar com tempo, simplesmente o objetivo era completar, pois cada quilometro era pura superação.

E não muito distante já se desafiou em uma maratona, em 2016 correu a maratona de Porto Alegre com 2 graus negativos e foi mais um sonho realizado.

Ela acreditar que todo corredor de rua sonha em um dia cruzar a linha de chegada dos 42,195m.

Novamente ela se lembra da sensação de dever cumprido, de se superar, de competir com ela mesma, de cuidar do seu corpo, praticar o autocuidado.

Hoje já participou de 7 maratonas: além de Porto Alegre ainda correu a SPCity Marathon em 2017, no mesmo ano a Maratona Internacional de Curitiba, 2018 repetiu Porto Alegre e participou  da Internacional de Foz do Iguaçu (aqui um parêntesis para dizer que foi uma dos mais lindos percursos, além de desafiador), 2019 participou da Internacional de Florianópolis e no mesmo ano na Internacional de Curitiba e ainda várias meias maratonas, inclusive sendo TOP100 na Golden Run 21k Asics 2019, 10kms, 5kms e claro, com acompanhamento de profissionais, ela frisa que não abre mão de ter pessoas especializados ao seu lado e assim emagreceu 16 kg.

Desafio se tornou o sobrenome da nossa RBR atleta que no ano de 2021 para comemorar seus 48 anos correu 48km.

Como a maioria de todos nós, ela é uma atleta amadora, cuida da atividade física e quando termina tem que ir trabalhar. O tempo está aí, nós que temos que aproveitar a oportunidade que ele nos dá, mas temos que lembrar que somos humanos e algumas vezes não estamos dispostos a sair pra treinar, afinal trabalhamos o dia todo. Mas nada é empecilho para que no outro dia possa calçar o tênis e sair para correr, muitas vezes sem ter um percurso definido, é gratificante afirma a nossa atleta.

“O corpo agradece suando, um cansaço prazeroso, os pensamentos reorganizados e mais uma vez superando qualquer tipo de desânimo, impondo aqui a superação, o desejo e a disciplina para levantar do sofá e ir treinar.”

Foi escolhida na cidade de Maringá pela Rede Feminina de Combate ao Câncer para ser a EMBAIXADORA da 1ª Corrida Solidária que será realizada no dia 16 de outubro inscrições no link, https://www.eucorro.com/destaques/corrida-solidaria-rfcc, onde poderá incentivar as pessoas a se movimentarem e repensarem em si, principalmente no autocuidado e saúde.

Wal Aceti só tem a agradecer pelas escolhas dela e afirma que:

“Você é o resultado das suas escolhas.”

Por fim deixa os agradecimentos especiais a Associação Corra Mais Maringá, ao treinador Rodrigo Alves de Oliveira, ao personal Odinei Ribas, seu fisioterapeuta Eduardo Rulling da Sportfisio e ao Dr. Flávio Ricardo (HC180).

Por: Carlos Campelo

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Runners Brasil conta sua história: Tatiane Miranda

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Foto: Arquivo pessoal Tatiane

O que significa COMPROMISSO?

A nossa atleta RBR se chama Tatiane Miranda de Arruda, com 44 anos, casada com Amarildo que é seu companheiro de vida e de corrida que formam a sua família com suas duas filhas, a Isabella e a Alícia.

Há 15 anos atua como pedagoga na rede pública municipal e estadual, na cidade de Cuiabá/MT. A rotina de professora é muito desgastante e rotineiramente ela trabalha em 3 turnos o que faz com muito orgulho, pois ajuda alunos com dificuldade de aprendizagem a crescerem e se tornaram adultos com dignidade.

Atua baseada no exemplo de vida que seus pais a ensinaram a sempre lutar para ter uma vida melhor sem perder a humildade e honestidade e realizar os seus sonhos.

Ela aprendeu que a palavra COMPROMISSO significa comprometimento com ela mesma, pois não precisa “prestar conta” a ninguém. Compromisso é uma meta pessoal.

Hoje seu sonho é estudar mais sobre o tema “alfabetização tardia” e poder auxiliar muito mais as pessoas que passam por esta dificuldade e continuar a treinar corrida para no futuro fazer uma maratona.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

Sempre soube da importância de praticar uma atividade física, pois acredita que o corpo só é sadio se tiver o equilíbrio entre alimentação e a saúde física e mental. Porém essa vontade ficava mesmo era na teoria, pois não tinha tempo, trabalhava muito e chegava à sua casa muito cansada para qualquer atividade física.

Sempre achou muito legal ver quem corria, era lindo de ver aquelas pessoas que acordavam cedo para fazer suas atividades físicas diz a Tatiane.

Em 2013 se percebeu um pouco acima do peso e começou a pensar em como perder peso, então resolveu começar a correr. Pesquisou e percebeu que poderia perder peso mais rápido correndo, e assim começou. 

Iniciou com trotes leves intercalando com caminhada duas vezes por semana e aos poucos foi inserindo essa prática na rotina diária, sem compromisso. Fazia as corridas quando sobrava um espaço na rotina. Ainda achava que não tinha tempo. Foi quando teve um problema e precisou fazer repouso vocal. Neste período conseguiu se manter assídua nos treinos e a entender o que era correr em novembro de 2013.

No inicio de 2014 participou da primeira prova de rua, que foi a Corrida de Reis, corrida esta que está na agenda nacional como a segunda maior corrida em âmbito nacional na esfera publica municipal.

“Foi à primeira vez que entendi que quando temos uma meta, os treinos se tornam um compromisso.” Afirmou Tatiane. Assim em janeiro de 2014 fez seus primeiros 10 km, correndo e caminhando e finalizando em 1h30min.

A corrida foi sendo inserida na rotina no período noturno. Não porque era a melhor hora para corrida, mas era aquele momento que tinha e assim foi treinando ao longo dos anos. Sempre com o apoio da sua família.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

No final de 2018, após a morte de seu pai, para tentar preencher um pouco do vazio que ele deixou resolveu procurar uma assessoria especializada em corrida e assim o “bichinho” a pegou de vez. Hoje não vê a sua vida sem a corrida.

A sensação que tem no final de cada corrida a motiva cada vez mais a treinar e a se desafiar.

Este é o compromisso que a motiva para vencer a preguiça, o cansaço, a rotina exaustiva do dia-a-dia, coloca o tênis e vai “descansar”, esquecer dos problemas e deixar a mente fluir.

Em 2018 quando iniciou a correr, o objetivo era correr 10 km sem parar e agora, em 2022, já participou de duas meias-maratonas.

Tatiane transpira emoção a falar de sua conquista que fica sem saber se expressar com palavras apenas com o sentimento de vitória.

A satisfação de conseguir alcançar seus objetivos a faz continuar, com desafios novos e a vencer dando o seu melhor.

Atualmente a corrida é o uma virtude que a faz melhorar sua saúde física e mental e com muito orgulho diz a todos “Eu consigo correr sem parar 21 km.”.

Esta é a sua maior vitória.

E isso tudo é importante para ela e ainda reserva tempo para agradecer a sua rede de apoio, a qual sem eles nunca conseguiria treinar. Agradecer a sua mãe que muitas vezes reclama que ela corre muito, mas sempre cuida das suas filhas, ao seu marido que muitas vezes é o apoio em casa e seu pace lover na corrida, incentivando-a e apoiando. Aos seus sogros e cunhados que por diversas sextas cuidaram das meninas para que o casal pudesse fazer seus longões aos sábados.

Agradecer aos seus treinadores que confiaram nela, muitas vezes até mesmo mais do que ela confiava em si mesma.

Foto: Arquivo pessoal Tatiane

Na corrida encontramos muitos parceiros, que nos motivam a cada treino a cada palavra de incentivo, e esses parceiros tornaram grandes amigos, que saíram das ruas e entraram na vida, diz Tatiane.

A corrida faz isso, traz colegas que nos inspiram que se transformam em amigos e a eles deixa o agradecimento que não cabe no seu coração.

“Amo muito todos os momentos que passamos juntos.”

Em suas palavras finais, Tati assim que é chamada pelos amigos, deixa a todos que estão lendo esse depoimento que lembrem que você sempre tem tempo. Escolha a sua atividade física e faça. Não use a muleta do “Não tenho tempo”.

Ela escolheu viver mais, com mais saúde, com muito orgulho de si mesma e ainda saber que está inspirando suas filhas.

Assim Tati se despede e te pergunta:

“E você o que está fazendo para viver mais?”

Por: Carlos Campelo

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