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Biomêcanica da Corrida

Quais são os padrões biomecânicos comuns nos corredores de elite?

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RUNNERS estamos on por aqui!


Seguindo a promessa da matéria anterior, hoje iremos falar sobre o que os corredores de elite, ou mais bem treinados tem em comum entre eles. Para falarmos de padrões de melhor desempenho ou do melhor movimento, não podemos esquecer-nos do termo Running Economy, citado em nossa estreia.
O conceito de Economia da Corrida é o custo de O2 para uma velocidade submáxima da
corrida. O atleta que consegue manter velocidades mais elevadas por mais tempo em função do menor custo energético e melhor utilização do O2, ou seja, menor gasto energético, melhor desempenho. E a Economia da corrida depende de vários fatores: Eficiência Metabólica, Cardiorrespiratória, Neuromuscular, Treinamento e Eficiência Biomecânica, tudo isso, vindo após a GENÉTICA, conforme o infográfico abaixo de Barnes et al, 2015

Como nosso objetivo aqui é sobre biomecânica, o que será que os corredores de elite ou muito bem treinados possuem em comum?

  1. A Velocidade: Atletas de elite da maratona, por exemplo, tem uma velocidade média de 21-22 km/h, e isso traz um movimento mais eficiente, uma passada mais cumprida e uma fase de voo mais longa. Aquela perna ou calcanhar encostando-se ao bumbum vem muito mais da velocidade e da impulsão do corredor, tornando um movimento natural para ele, do que um movimento de uso constante da musculatura flexora. Então pense em aumentar um pouco sua
    velocidade gradativamente.
  1. O Pouso: Apesar de uma passada mais “longa para trás”, graças a boa parte por nosso glúteo máximo, maior extensor do quadril, o corredor de elite quando pousa na superfície, ele traz o contato inicial bem próximo ao seu centro de massa, diminuindo assim a sobrecarga em membros inferiores, graças a diminuição da frenagem durante a corrida.
  1. A Absorção: O impacto é um dos únicos fatores de risco comprovados na literatura para o desenvolvimento das lesões. Nesse quesito os corredores bem treinados e de elite, apresentam ótima absorção de impacto, realizado graças ao treinamento e aumento da capacidade de seus músculos e tendões, da coxa, panturrilha e quadril em suma e citados acima como Eficiência Neuromuscular e Treinamento. Sabe aquele corredor que faz muito barulho na esteira, por exemplo, ou não realiza um treinamento neuromuscular, pode ser um sinal de uma pobre absorção do impacto e ser um fator de risco para desenvolver uma lesão.
    Em resumo, esses corredores apresentam esses padrões biomecânicos em comum e muito bem aguçados, além do fator genético. Não são perfeitos, é claro, muitos possuem movimentos exacerbados de tronco, de joelho ou quadril, porém como todos os outros fatores estão em dia, bem treinados e trabalhados, esses movimentos, pouco atrapalham sua performance. Para nós, corredores e meros mortais, podemos treinar sim, esses padrões de melhora biomecânica, mais nunca nos esquecendo dos outros fatores para a melhora da Economia da Corrida.


Vou ficando por aqui, na próxima postagem falaremos sobre a biomecânica da pisada, será que existe uma melhor que a outra? O que os estudos dos dizem? Realmente os corredores de elite correm com o Ante pé?

Veremos…!

Até mais RUNNERS.

Biomêcanica da Corrida

Tipos de pisada e como identificar a sua para escolher o tênis ideal

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Ao praticar atividades físicas, especialmente corrida, é fundamental escolher um tênis adequado para o seu tipo de pisada. A pisada refere-se à forma como o pé toca o solo durante o movimento, podendo variar de pessoa para pessoa. Nesta matéria, vamos explorar os diferentes tipos de pisada e apresentar algumas dicas para identificar a sua pisada, ajudando você a fazer a escolha certa na hora de comprar um tênis.

O que é a pisada:

A pisada é o movimento realizado pelos pés ao tocar o solo durante a caminhada ou a corrida. É um processo natural que envolve a absorção de impacto e a propulsão para impulsionar o corpo adiante. Existem três tipos básicos de pisada: pronada, neutra e supinada.

Pronação:

A pronação ocorre quando o pé inclina para dentro após o contato com o solo. Nesse tipo de pisada, a parte interna do pé recebe uma carga maior durante a passada. Indivíduos pronadores tendem a desgastar a região interna do solado do tênis. É comum em pessoas com arcos baixos ou pés planos.

Neutra:

A pisada neutra é considerada a mais equilibrada e eficiente. Nesse caso, o pé toca o solo de forma uniforme, distribuindo o impacto de maneira mais equilibrada. A região central do solado do tênis é mais desgastada em pessoas com pisada neutra.

Supinação:

A supinação ocorre quando o pé inclina para fora após o contato com o solo. Nesse tipo de pisada, a carga é distribuída predominantemente na parte externa do pé. Pessoas com arcos altos geralmente possuem uma pisada supinada. O desgaste do tênis costuma ocorrer na área externa do solado.

Como identificar sua pisada:

Existem algumas maneiras de identificar o seu tipo de pisada. A seguir, estão três métodos comumente utilizados:

a) Análise visual: Uma forma simples é observar o desgaste da sola dos seus tênis mais antigos. Se a parte interna estiver mais gasta, é provável que você tenha uma pisada pronada. Se o desgaste for no centro, sua pisada é neutra. Já se a parte externa estiver mais desgastada, sua pisada é supinada.

b) Teste do papel: Molhe levemente os pés e pise em uma superfície plana, como um papel pardo. Observe a marca deixada pelos pés. Se a marca mostrar uma curva acentuada para dentro, indica pisada pronada. Se a marca mostrar uma curva moderada ou quase reta, é uma pisada neutra. Se a curva for para fora, indica supinação.

c) Avaliação profissional: Consultar um especialista em análise de pisada, como um podólogo ou fisioterapeuta, pode fornecer uma avaliação mais precisa e completa do seu tipo de pisada. Eles podem utilizar equipamentos específicos, como plataformas de pressão, para identificar a distribuição do peso durante o movimento.

Conclusão:

Conhecer o seu tipo de pisada é fundamental para escolher o tênis adequado e garantir maior conforto e segurança durante a prática de atividades físicas. A pronação, a pisada neutra e a supinação são os principais tipos de pisada. Utilize os métodos de identificação apresentados nesta matéria para descobrir o seu tipo de pisada e, assim, fazer uma escolha informada ao comprar um tênis. Lembre-se também de que a consulta a um profissional especializado pode ser muito útil para uma análise mais precisa e personalizada. Cuide dos seus pés e aproveite ao máximo suas atividades físicas!

Por: Redação Runners Brasil

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O Efeito gangorra! O que é?

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Esse é o nome da única hipótese que atualmente explica biomecanicamente, o por quê os tênis de placa de carbono melhoram sua performance!

Alguns prefere pensar em um efeito similar a de catapulta ou de uma colher!

Então DESCE

Durante a fase de apoio da pisada no tênis de placa de carbono, o ponto de aplicação da força é deslocado para frente, fazendo com que a placa, com toda a sua rigidez e curvatura, responde verticalmente para cima no calcanhar, promovendo uma diminuição do gasto de energia, e uma energia extra para a propulsão.

Note no slide a aplicação da força do corredor (seta preta) na parte da frente do tênis e a força de reação vertical no calcanhar (seta vermelha) durante o apoio médio (à esquerda) e na propulsão (à direita). O deslocamento do ponto de aplicação de força, da região dos metatarsos (abaixo dos dedos dos pés) para os dedos (circulo vazio e pontilhado, para circulo cheio) demonstra o efeito gangorra, onde a placa projeta o calcanhar para cima.

Benno Nigg relata que é preciso alguns pré requisitos para que isso aconteça como:

Uma curvatura adequada da placa de carbono, principalmente na região do antepé (parte da frente).

Ponto de pivô (caracterizador do efeito gangorra), não pode ser localizado tão à frente do tênis, fazendo com que o próprio tênis seja o eixo da alavanca.

A rigidez da placa de carbono deve ser o suficiente para que a força de reação do solo ocorra na região do antepé da placa, durante o contato com o solo.

Nesse editorial os autores citam estudos afirmando que a borracha da entressola aumentada para que se acople uma placa de carbono mais curvada, contribui com somente 1% deste ganho, coisa que a fabricante mais conhecida relata como a melhora do desempenho, porém de 3 a 5 % de melhora da economia de corrida, vem desse “efeito gangorra” promovido pela placa.

ATENÇÃO !

Tudo isso ainda precisa ser testado para descobrir se os cálculos biomecânicos propostos realmente quantificam o efeito proposto na economia de corrida em todas as situações.

Aguardemos novas evidências

Por: Felippe Ribeiro

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O que realmente sabemos sobre os tênis de placa de carbono

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O que realmente sabemos sobre os tênis de placa de carbono

RUNNERS,

Hoje falaremos um pouco dos tênis de placa de carbono, o queridinho dos corredores.

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Poderíamos começar nossa coluna respondendo a pergunta do título com um QUASE NADA. Isso mesmo, não sabemos QUASE NADA dos tênis de placa de carbono, seus efeitos para as lesões, como se dá o aumento do desempenho, o que esperar no futuro, qual o melhor, qual o pior, enfim temos que estudar ainda muito, e isso leva um certo tempo. A coisa do tênis de placa de carbono ainda é muito recente, e os estudos ainda estão engatinhando nessa atmosfera.

Os Tênis de placa de carbono, cada vez dominam as vendas, os recordes e a preferência dos corredores! O tênis de placa de carbono tornou-se um objeto de desejo de todo o corredor! Os melhores tempos do mundo são feitos com corredores utilizando um tênis de placa de carbono e cada vez mais os tempos estão mais baixos.
Será uma coincidência? ou realmente tem algo com esses supertenis ?

Recebo diariamente as mesmas perguntas sobre os tênis de placa: Ele realmente melhora o meu desempenho? Vale a pena comprar? O que você acha sobre os tênis de placa de carbono? Qual o melhor? Mas também recebo alguns relatos: Me machuquei depois que comecei a correr com um tênis de placa! Achei muito instável! Não gostei! Ele vai me machucar? Assim como muitos relatos positivos recebo muitos negativos também! Então decidi escrever essa matéria para esclarecer alguns pontos, visto da minha experiência diária e correlacionado com o que vejo nos estudos mais atuais sobre esse brinquedinho predileto dos corredores e dos vendedores!!!

Vamos a alguns pontos:
Estudos em sua maioria foram realizados em corredores rápidos 14 km/h, 16 km/h, 18 km/h, ou em Tiros, não sabemos se você corredor de 8 km/h , 9 km/h vai se beneficiar realmente desse calçado, isso NÃO ESTÁ CLARO! Talvez sim, Talvez não! É preciso testar!!
Estudos foram feitos com pequenos números de corredores 18, 19 atletas, ou seja, amostragem pequena pode ser um grande erro, levar isso ou comparar com grandes populações.
A maioria dos estudos tem foco na comparação de médias de grupo comparando economia de corrida (e isso serve muito mais como filtro, do que como um achado) já que sabemos que há uma grande variação interindividual em estudos com o tênis podendo assim MASCARAR o Efeito.
Os resultados de corrida em esteira a desempenhos de corrida em solo (rua) pode ser BEM LIMITANTE E INCORRETO, já que corredores usam estratégias diferentes na esteira e na rua com o mesmo tênis. Lembrando que a maioria dos estudos usaram corredores na esteira. Não dá para bater o martelo no que temos de estudo até o momento!

Não sabemos nada ainda também, sobre a biomecânica do funcionamento e o porquê dessa melhora de desempenho! Há hipóteses somente, como o do efeito gangorra.
E o que é o efeito Gangorra?

Durante a fase de apoio da pisada no tênis de placa de carbono, o ponto de aplicação da força é deslocado para frente, fazendo com que a placa, com toda a sua rigidez e curvatura, responde verticalmente para cima no calcanhar, promovendo uma diminuição do gasto de energia, e uma energia extra para a propulsão.
O autor dessa hipótese, um dos maiores do mundo, Benno Nigg relata que é preciso alguns pré-requisitos para que isso aconteça e citados abaixo, que também NÃO FOI TESTADO AINDA, ok?
Uma curvatura adequada da placa de carbono, principalmente na região do Antepé (parte da frente).
Ponto de pivô (caracterizador do efeito gangorra), não pode ser localizado tão à frente do tênis, fazendo com que o próprio tênis seja o eixo da alavanca.
A rigidez da placa de carbono deve ser o suficiente para que a força de reação do solo ocorra na região do Antepé da placa, durante o contato com o solo.
NÃO sabemos também, nada sobre aumento ou diminuição de lesões.
NÃO sabemos quais características são as mais importantes para a melhora do desempenho, se a placa, se a espuma, se a mistura dos dois.
Deixo aqui uma constatação final, sabemos muito pouco sobre a maioria das perguntas sobre os tênis de placa de carbono e as respostas ainda levarão um tempo para começarem a serem esclarecidas!

Vou ficando por aqui, espero ter ajudado a tirar suas dúvidas também!
Procure sempre um profissional gabaritado para te atender.
Se você quer saber mais, não percam as nossas próximas colunas.

Até Mais RUNNERS.

Por: Felippe Ribeiro

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