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A Câmara Hiperbárica: A Revolução Tecnológica e Silenciosa na Saúde e na Performance

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A Câmara Hiperbárica: A Revolução Tecnológica e Silenciosa na Saúde e na Performance

O foco aqui nesta publicação é trazer algumas tendências sobre algumas técnicas para fazer a completa recuperação dos corredores para “retornar ao game” e poder treinar bem!

Imagine um tratamento que pode acelerar a recuperação de lesões, melhorar a performance atlética e ainda trazer benefícios substanciais para a saúde geral. Bem-vindo ao mundo da oxigenoterapia hiperbárica (OHB), uma intervenção médica que está revolucionando a forma como atletas, especialmente corredores, cuidam de seus corpos.

A oxigenoterapia hiperbárica envolve a inalação de oxigênio puro em uma câmara pressurizada, onde a pressão é aumentada até três vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. Esta técnica não é nova; na verdade, suas raízes remontam ao século XVII, mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que a OHB ganhou destaque por tratar mergulhadores com doença descompressiva. Hoje, a aplicação da OHB se expandiu para inúmeras condições médicas e, mais recentemente, para a otimização do desempenho esportivo.

A câmara hiperbárica é um tratamento de oxigenoterapia em que se respira oxigênio puro a 100%, no interior de uma câmara que tem pressão 2 a 3 vezes maior do que a pressão ao nível do mar. Esse tipo de tratamento, também chamado de oxigenoterapia hiperbárica, permite que o corpo absorva mais oxigênio através dos pulmões e aumenta a circulação sanguínea. Isso pode estimular o crescimento de células saudáveis e combater o desenvolvimento de bactérias.

Para os corredores, a OHB pode ser um verdadeiro divisor de águas. Lesões musculares, tendinites e fraturas por estresse são comuns entre atletas de alto rendimento. A exposição ao oxigênio hiperbárico acelera a cicatrização de tecidos danificados, aumentando a produção de colágeno e novos vasos sanguíneos. Estudos mostram que sessões regulares de OHB podem reduzir significativamente o tempo de recuperação, permitindo que corredores voltem aos treinos mais rapidamente e com menos dor.

Mas os benefícios não param na recuperação de lesões. A OHB também pode melhorar a performance atlética. O aumento da pressão permite que mais oxigênio se dissolva no plasma sanguíneo, resultando em maior disponibilidade de oxigênio para os músculos durante o exercício. Isso se traduz em menor fadiga, maior resistência e um desempenho mais eficiente. Além disso, o oxigênio adicional ajuda a combater os radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo que pode comprometer o rendimento físico e a performance.

A saúde geral do corredor também pode se beneficiar da oxigenoterapia hiperbárica. Condições crônicas, como o cansaço excessivo, a síndrome de overtraining, onde o corpo não consegue se recuperar adequadamente entre as sessões de treino, podem ser tratadas com sucesso com OHB. A terapia melhora a função imunológica, reduz inflamações e promove um ambiente interno mais equilibrado, facilitando a recuperação e o bem-estar geral.

Não é à toa que atletas de elite, maratonistas, jogadores de futebol até nadadores olímpicos, estão incorporando a OHB em suas rotinas de treino. A combinação de recuperação acelerada, aumento de performance e benefícios para a saúde faz da oxigenoterapia hiperbárica uma ferramenta poderosa no arsenal de qualquer corredor.

Se você está buscando aquele impulso extra para superar seus limites ou simplesmente deseja manter seu corpo em condições ideais, a oxigenoterapia hiperbárica pode ser a chave.

Consulte esta opção com seu treinador, médico e fisioterapeuta, tenha certeza que eles irão avaliar e incorporar esta estratégia dependendo do seu nível e da sua capacidade de recuperação.

Tecnologia aliada à saúde e a performance! Esse é o X da Questão! Bons treinos!

Por: Darlan Souza

O "X" da questão

Faça um mergulho profundo, mas antes analise muito bem a água

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Faça um mergulho profundo, mas antes analise muito bem a água

Quem são suas referências, quem são seus mestres?

Ouço corriqueiramente os mais antigos da nossa área de atuação (profissionais de educação física) ou de outras áreas correlatadas reclamarem muito ou mesmo relatarem que “os jovens de hoje em dia, não tem interesse em nada e são fugazes e velozes demais”. Citam que falta interesse, falta disposição e conhecimento. Confesso que me fiquei pensativo sobre isso, pois eu mesmo, quando iniciei nesta jornada, não sabia sobre nada e sobre ninguém de minha área e fui investigando como todo bom curioso.

Ouvi um outro colega dizer “que se assusta” em ver os jovens quererem fazer vídeos com dicas de treinos, saúde e performance nas redes sociais e não saberem quem foram as grades referências na nossa área como: Matveev, Verkhoshansky, Platonov, Fleck, Åstrand, Bompa, McDardle, Netter, Guyton, Lehninger. Eu iria além, poderia citar os nomes de grandes atletas, ou mesmo de grandes mestres como; Antônio Carlos Gomes, Waldemar Guimarães, Wanderlei Oliveira, Bayardo e entre outros das nossas universidades brasileiras. Ou mesmo as atuais referências acadêmicas mundiais como Andrew Jones, Asker Jeukendrup, Stuart Phillips, Louise Burke e Panteleimom Ekkekakis, Trent Stellingwerff, Erick Rawson entre outros. Poderia citar livros clássicos da nossa literatura em português e inglês, enfim teria muita coisa a se referir.

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Eu já presenciei algumas coisas como pessoas que praticavam corrida de rua há alguns anos, dizendo que não sabiam quem era Ronaldo da Costa, pessoas que faziam jiu-jitsu há mais de três meses dizerem que não sabiam quem era Hélio Gracie e outra academia que fui certa vez entregar um material, o professor me disse que não sabia quem era Waldemar Guimarães.

Agora antes de criticar, devemos ajudar, já vi muito colega dizer que vai ajudar, que vai se empenhar, que está disposto a colaborar com todos os novatos, mas na hora que “convocamos” para esta colaboração, o que ouvimos é: “estou na correria” quem sabe vejamos isso ano que vem. Aí não dá né! Concordo que tem muita gente que acredita saber tudo, quer ser validado “goela abaixo” e acredita que dar um “carteiraço” ou uma “diplomada” vai resolver e vai ser reconhecido como “o cara” da nossa área. Para ser uma verdadeira referência é preciso ser grande, ser gigante em muitos aspectos, é muito mais ter seguidores ou patrocinadores, ou ter um bando de idiotas ignorantes (por falta de conhecimento) que o idolatram.

É muito mais que isso, é preciso viver, estar mergulhado na área e acima de tudo ter a humildade de estar sempre ajudando, aprendendo, participando de eventos e congressos dos mais comerciais ao mais acadêmicos e científicos, sempre com aquela “chama interna” da vontade de ir além que jamais se apaga. Debruçando todo tempo possível, debruçando com muito amor e dedicação na atividade e na interação dos assuntos, algo que poucos tem. Digo mais, já vi muitos colegas formados se intitulando “cientistas” o que é um erro, pois não fazemos ciência, ciência é o todo. O máximo que alguém pode fazer na nossa área é a pesquisa que é parte da ciência, uma fração, é por exemplo saber procurar bons artigos nas bases de dados como como o PubMed, SciELO entre outros, ler os bons artigos, interpretar e escrever mais alguns artigos e publicar em revistas de alto impacto, então este sujeito será um pesquisador, cabe lembrar que os excelentes artigos são escritos em inglês, então esperamos que este sujeito tenha pleno domínio da língua estrangeira, certo?

Indo além, em que nível de pesquisador, quantos artigos de elevado nível e alto impacto escreveu com seu grupo de pesquisa? Pois o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) possuem sistemas de classificação para pesquisadores e instituições. Por exemplo: 1A (mais alto),1B,1C,1D e Pesquisador Nível 2 – Para pesquisadores em estágio inicial de consolidação na carreira. E tudo isso depende da produção científica, liderança em pesquisa, orientação de alunos e impacto da pesquisa. A Capes classifica os programas de pós-graduação em sistemas de avaliação em uma escala de 1 a 7, e a classificação do programa pode impactar a percepção da qualidade dos pesquisadores vinculados a ele (A EEFE da USP teve nota máxima 7 no último quadriênio). Veja que é mais profundo que se imagina, então se intitular um “cientista” me parece um pouco mais do que o sujeito realmente é, pelo menos no mundo acadêmico científico.

Outro ponto a destacar, me parece que (infelizmente) a grande maioria dos treinadores no Brasil, prescreve os treinos na base da experiência prática (que muitas das vezes é de poucos anos), ou do empirismo, por exemplo confundindo algo crucial no mundo do treinamento, que é fazer a prescrição baseada em atletas profissionais, sendo que o seu cliente/aluno/paciente é um sujeito comum ou mesmo um atleta recreacional). É o mesmo que ler todos os manuais da F1, fazer um curso na Ferrari e depois ir atender as pessoas normais, com seus carros populares, tentando encontrar solução de consertar um Fiat Uno 2008 no Brasil do seu João.
Prescrever treinos sem estar pautado em ciência ou mesmo se preocupar verdadeiramente em personalizar ao máximo o treino para aquele indivíduo, sem ser algo “enlatado”, um treino “pronto de gaveta” é o melhor caminho para o fracasso. Dificilmente um profissional conseguirá manter alguém ativo (com aderência a atividade), atuar com excelência, se sustentar na prática com resultados satisfatórios (na saúde, na performance) se não tiver embasado, ancorado em bases teóricas sólidas o suficiente para que sustentem suas escolhas, suas condutas e suas práticas na atuação diária, seja com um sujeito que poderia chamar de cliente, um aluno ou um atleta. Escolher entre viver no mundo acadêmico e no mundo prático fora dos laboratórios de pesquisa muita organização, disposição e tempo de sobra.

Neste sentido, o que temos que fazer é ter paciência com os jovens e lembrar: Nem todos, quando começam tem boas referências, tem um histórico familiar na área ou algum nível de vivência ou experiência na área. Nossa missão agora é ajudar os mais jovens justamente para que eles tenham acesso a este conhecimento, compreendam o poder de saber onde está pisando, conhecer a história, estudar o presente e ver o futuro com cautela. É mergulhar, porém com respeito ao “oceano de informações e histórias”

Eu mesmo, se analisar friamente, ninguém da minha família havia se quer pisado em uma universidade, imagina ter um contato próximo com algum pessoal que atuava com educação física. Logo, neste sentido tive que “abrir picada” e desbravar toda área sozinho e com o ímpeto de começar do zero, mas atingir o objetivo maior, que é buscar pelo conhecimento, entender mais sobre a área e atuar com preparação física, saúde e com pessoas.

Para quem está começando em alguma área de atuação e não quer passar vergonha:
Indico começar a conhecer pelos locais que mais rápido e fácil terás acesso, por exemplo: quem são as maiores referências locais (do bairro) ou da cidade. Quem são estes profissionais ou praticantes, que todos reconhecem como pessoas que são do mitiê e estão intimamente ligados a esta atividade. Use seu tempo e toda potencialidade da internet, assim, procure listar os maiores nomes da área, pessoas que fizeram história e principalmente ler livros e artigos de jornais, revistas e cadernos voltados ao tema. Isso fará uma grande diferença desde cedo. Ler é poder. Depois conheça mais e estude sobre as referências da região, cidades do entorno.

Analise com calma, faça anotações, depois vá “mergulhando” vagarosamente na área, ganhando seu espaço e mostrando seu interesse (praticando ou ouvindo quem pratica), mostre todo seu valor e o quanto estás disposto a entender mais sobre o assunto para poder atuar nesta área. Mostre entusiasmo e paixão pela atividade que estás perguntando. Ouça pessoas e histórias.

Notadamente já estarás mais habituado a reconhecer todos os nuances da área e terá tido algum tipo de aprendizado. Depois avance e busque estudar sobre as referências a nível estadual, quem são estes profissionais que todos no estado reconhecem e participam de eventos, são chamados para palestras na área, congressos e workshops, tem uma carreira mais sólida e mais anos de vivência. Depois disso, pode avançar mais e com cuidado conhecer os reconhecidos profissionais a nível nacional, pessoas que todos têm como referência, tem alto grau de conhecimento e estão há décadas neste ramo de atuação.

Veja que foi tudo gradual e com o tempo, justamente para ir absorvendo melhor todo este mapa mental e ir mergulhando paulatinamente na área e dentro do contexto que é possível de acordo com sua agenda, estilo de vida e capacidade de absorver este conhecimento, gerando mais maturidade e entendimento.

Recado importante: Jamais devemos esquecer que vivemos na era da informática, das redes sociais, onde a atenção as telas e o tal engajamento gera muito mais lucro do que possamos imaginar (Youtube paga 5.000 dólares para quem atingir um milhão de visualizações), assim os jovens criam conteúdos para os próprios jovens pois ambos tem tempo de sobra para ficar nas telas. As plataformas pagam bem por cada visualização, e quanto mais visualizações tiver para esta “geração upload” melhor financeiramente. Então quanto mais absurdo for o conteúdo e mais polêmico for o vídeo, e por mais que tudo isso possa parecer uma loucura, tem muita gente ganhando dinheiro com a ignorância alheia, criando um verdadeiro circo digital. Eu já escrevi sobre os GURUS da Internet: https://runnersbrasil.com/cuidado-com-o-guru-das-redes-sociais/

Mergulhar no conhecimento é como explorar um oceano infinito: quanto mais nos aventuramos em suas profundezas, mais descobrimos a vastidão do que ainda desconhecemos. Essa imersão não se trata apenas de acumular informações, mas de cultivar curiosidade, questionar o óbvio, estudar os fenômenos e conectar saberes para além da superfície. Ao nos dedicarmos a aprender com humildade — reconhecendo que cada “gota” de saber é parte de um mar maior —, transformamos nossa visão de mundo e contribuímos para a teia coletiva do conhecimento humano. Como lembra a metáfora newtoniana, mesmo sobre os ombros de gigantes, é preciso nadar contra as correntes da acomodação, pois só assim expandimos os limites do que é possível saber. A verdadeira sabedoria não está em dominar o oceano, mas em nunca deixar de mergulhar.

Pode ser que tudo que escrevi por aqui nesta longa reflexão seja para muitos, totalmente irrelevante (tudo bem!). Aproveito e alerto a todos os leitores para continuem estudando muito, lendo muito e que façam escolhas certas na hora da contratação de um profissional para cuidar da própria sua saúde, dos seus treinos e independente se você está buscando alguma performance ou uma vida mais ativa através do esporte, não treine por conta própria.

Cerque-se de profissionais capacitados e habilitados, sua saúde não tem preço. Finalizo o texto com as frases:

“Se eu vi mais longe, foi por estar sobre os ombros de gigantes.”
“O que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano”
“Só sei que nada sei” – Sócrates.

Bons treinos camaradas.

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

Peso e volume – Parte 2

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Olá camaradas, citei em outro artigo em 2022 que atletas recreacionais de corrida deveriam ter um volume de qualidade e acima de tudo, atingir pelo menos uns 80km para correr bem uma maratona e não sofrer uma maratona, pois bem. Agora em fim de 2024 saiu um novo estudo que avaliou 119 mil corredores nas 16 semanas que antecediam uma maratona de o gráfico ficou evidente: Mais volume, melhor tempo na prova! E tudo parece fica melhor apartir do volume semanal de 60 a 80km.

Ou seja: só tem uma maneira de correr bem: Treinando com muito volume e reduzindo o seu peso gradualmente. Assim, se eu pudesse te dar um conselho sobre como correr bem em duas palavras eu diria apenas peso e volume, se me pedisse mais duas eu diria nutricionista e psicólogo. O que temos visto é muitas pessoas correndo com um volume insuficiente para completar um grande desafio como uma maratona ou mesmo uma meia maratona. Sim, volume é fundamental, mas não é tudo, ele apenas é a soma semanal dos seus treinos, sejam eles intervalados, contínuos ou regenerativos. Quem se arrisca a se inscrever em uma maratona ou meia, precisa ter tempo hábil para adquirir volume suficiente para ir bem sem sofrer ou se lesionar na prova ou na preparação e aqui que entra a questão do peso, ou melhor da redução do peso. Quando estamos mais magros, fica mais fácil correr, afinal estamos levando menos peso e sobrecarregando menos nossas estruturas.

Veja que é um sistema a nosso favor, a redução de peso melhora a corrida, que faz com que possamos treinar mais e com mais qualidade e em consequência disso finalizamos uma boa prova de maneira íntegra e com condições de engatar outra logo alí na frente. E por isso reforço a importância de contratar um profissional de nutrição para te auxiliar no processo de emagrecimento sustentável e saudável para ficar magro e forte e não magro e fraco a ponto de não conseguir correr. O nutricionista também vai montar seus pratos de acordo com seus gostos, e a ponto de tornar seu processo de recuperação pós treinos mais satisfatórios e reduzindo a chance de lesão depois daqueles treinos extenuantes e desafiadores que irão ocorrer em sua preparação. E o mais importante, se você faz parte da turma que passou dos 30 anos, é primordial ter em mente que uma boa nutrição vai te auxiliar no processo de recomposição da massa óssea e da massa muscular, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e com autonomia plena de suas atividades hoje e no futuro próximo em sua aposentadoria.

E o psicólogo? Este vai te ajudar a não sabotar os treinos e definir bem com você suas metas e expectativas na corrida de rua, além de te ajudar a manter o foco na dieta para reduzir o peso e manter o volume de treinos adequados.

Só para você ter uma ideia um maratonista recreativo que pretende correr bem uma maratona tem que correr entre 80 a 120km semanais, veja mais neste recente artigo de 2024: “Training Intensity Distribution of Marathon Runners Across Performance Levels. Sports Med. 2024” https://doi.org/10.1007/s40279-024-02137-7

Os profissionais como o Eliud Kipchoge (que todo mundo gostar de ter o tênis igual o dele, mas não o treino igual o dele), mas ele chega a fazer 220km semanais…correndo como a maioria faz, sem a preparação ideal, com um volume que não chega em a 50km semanais, aumenta-se o risco de lesões e a possibilidade de abandonar as provas de longa distância por acreditar que isso não é para você. Eu acredito que muitas pessoas podem chegar até a meia maratona ou a maratona, mas isso é uma construção de carreira na corrida de rua recreativa e é preciso estar ciente que sem volume e sem estar com peso baixo, a experiência não será das melhores do mundo. Ah, e antes que eu esqueça, não resolve fazer um treino longo (longão) de 30km ou mais umas semanas antes que vai resolver, é preciso ter o volume adequado e estar bem solidificado em todos os sentidos, tanto fisicamente, quanto mental e por fim nutricionalmente falando. A fórmula é ter treinos de qualidade, acima de tudo, ter um volume de treinos de qualidade.

Números são ótimos para contadores, matemáticos e se você quer saber mais sobre esta relação na história do Sapiens, a humanidade começou a usar números mais efetivamente, foi recentemente por volta de ~3.000 a.C. Logo, para nós das ciências humanas e biológicas, devemos utilizar ainda mais a nossa percepção subjetiva de esforço, resgatar nossa essência mais primitiva, e neste sentido a PSE continua mais atual do que nunca, basta usar nos treinos e ver.

Aumente o volume gradualmente, solidifique tudo isso e tenha resultados!

Bons treinos!

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

A evolução das concepções de treino, saúde e vida: Do Cartesiano ao Pensamento Sistêmico

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“A ciência é mais do que um corpo de conhecimentos; é uma maneira de pensar.” Carl Sagan

A evolução das concepções de treino, saúde e de vida ao longo da história tem sido profundamente influenciada por mudanças de paradigma na ciência. Desde o entendimento cartesiano, introduzido pelo filósofo e matemático René Descartes no século XVII, até o pensamento sistêmico atual, essas transformações refletem como a humanidade enxerga o mundo e a si mesma.

O que é entendimento cartesiano?

René Descartes, com seu famoso princípio “Cogito, ergo sum” (“Penso, logo existo”), estabeleceu uma visão dualista do mundo, separando mente e corpo. O entendimento cartesiano promoveu uma abordagem analítica e mecanicista da ciência, onde o corpo humano era visto como uma máquina composta por partes independentes. No contexto do treino e da saúde, essa visão fragmentada levou à especialização extrema, tratando sintomas e condições específicas em vez de considerar o organismo como um todo integrado.

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E o pensamento sistêmico?

Contrapondo-se à visão cartesiana, o pensamento sistêmico surge como uma abordagem holística que reconhece a interconexão e a interdependência de todos os componentes de um sistema. No contexto da saúde e do treino, isso significa considerar o corpo humano como um todo, em que o bem-estar físico, mental e emocional estão intrinsecamente ligados. Essa perspectiva amplia mais a visão e enfatiza a prevenção e a promoção da saúde de maneira integrada, abordando inúmeros fatores como nutrição, sono, estresse e exercício físico de forma conjunta. Esse é o X da Questão!

A mudança do paradigma da ciência normal para a pós-normal

Foi Thomas Kuhn, em seu livro “A Estrutura das Revoluções Científicas”, introduziu o conceito de mudança de paradigma, onde a ciência normal é caracterizada por períodos de estabilidade e consenso, interrompidos por crises que levam a revoluções científicas e ao estabelecimento de novos paradigmas. O pensamento sistêmico pode ser visto como uma dessas revoluções, substituindo a visão fragmentada cartesiana por uma abordagem mais integrada e complexa, justamente para poder analisar com muito mais profundidade e atender as demandas humanas.

A ciência pós-normal, por sua vez, reflete a realidade contemporânea, onde as questões científicas são caracterizadas e entendidas por incertezas, valores e urgências. Na saúde e no treino, isso implica em uma abordagem que reconhece a enorme diversidade dos indivíduos e as complexidades de seus contextos diários, promovendo práticas personalizadas e totalmente adaptativas.

Toda a importância das evoluções científicas e do contexto

Essas evoluções científicas são fundamentais para a compreensão do desenvolvimento humano e das práticas de saúde e treino. A transição do entendimento cartesiano para o pensamento sistêmico representa uma mudança significativa na maneira como abordamos a saúde, reconhecendo a importância de tratar o ser humano em sua totalidade e considerando os múltiplos fatores que influenciam seu bem-estar, seus anseios, medos, desejos e perspectivas (já falamos muito sobre isso em outras edições lembram?).

Isso é natural, cito alguns exemplos históricos de mudanças de paradigma: Ao longo da história, várias mudanças de paradigma transformaram a ciência e a sociedade. A revolução copernicana, que deslocou o entendimento geocêntrico do universo, e a teoria da evolução de Darwin, que revolucionou a biologia, são exemplos marcantes. No campo da saúde, a descoberta dos germes por Pasteur e a introdução dos antibióticos representaram revoluções que mudaram radicalmente a prática médica.

O movimento do entendimento cartesiano para o pensamento sistêmico nas novas concepções de treino, saúde e até de vida, ilustra como a ciência evolui e se adapta às necessidades e desafios contemporâneos. Ao reconhecer o valor das abordagens integradas e personalizadas, estamos mais bem equipados (temos mais ferramentas) para promover o bem-estar e a saúde e a performance de maneira holística e sustentável.

Reforço e enfatizo mais uma vez: Treinar pessoas não é treinar máquinas! Treinar pessoas e ou mesmo estimular pessoas a um estilo de vida ativo (presencial ou nas redes sociais), exige uma certa profundidade e um elevado nível de entendimento que passa por estudos, por observações e leituras, além da experiência. A pergunta que sempre faço as pessoas é: “O que você tem debruçado de tempo em leituras e conteúdos assertivos que possam aprofundar o seu conhecimento em cima dos seus desejos e objetivos? O que tem consumido de conteúdo relevante para aperfeiçoar suas técnicas, suas softs skills (habilidades finas) para poder transitar muito bem em seus caminhos e no entendimento humano?

Afinal somos seres biológicos, sujeitos a todo e qualquer tipo de modificação e alteração, devido ao ambiente vivenciado e devido aos fatores genéticos pré-estabelecidos na formação. Cada ser é único neste ponto de vista, esta evolução do modo de ver e se comunicar com pessoas que vivenciam o treinamento físico é fundamental.

Além do mais…Essa evolução contínua reflete o dinamismo da ciência e a capacidade humana de inovar e se adaptar, moldando um futuro onde a saúde e o bem-estar são vistos como um conjunto integrado e interdependente de fatores.

O que você achou desta profunda reflexão? Bons treinos!

Por: Darlan Souza

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