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Corrida & Carreira

O que a corrida ensina sobre saúde mental

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Não é de hoje que a atividade física tem sido foco de estudos e pesquisas, principalmente quando relacionada à saúde mental. E seus benefícios são notórios e importantíssimos, comparando-se até aos efeitos dos medicamentos antidepressivos utilizados no tratamento de depressões leves e moderadas. Em alguns casos, segundo o pesquisador Carek, exercícios aliados a remédios também melhoram os sintomas depressivos.

Quem corre pratica uma atividade aeróbica, ou seja, melhora o condicionamento físico e do sistema cardiorrespiratório porque durante o exercício eleva os batimentos cardíacos e aumenta o metabolismo. Geralmente, atividades com durações prolongadas, com tempo mínimo de 30 minutos, são ideais para quem deseja trabalhar a promoção da saúde física e mental, ou em casos de tratamentos de comorbidades nestas áreas. Só pontos positivos!

No consultório, existe um conceito muito utilizado como terapia complementar chamado Tríade Saudável, que engloba os pilares do exercício físico (aeróbico, anaeróbico e flexibilidade) no tratamento de casos de depressão, transtornos de ansiedade e pânico. Por isso, o hábito de correr sozinho, em grupos, por lazer, por satisfação pessoal ou para atingir um objetivo esportivo através de treino e técnica se tornou essencial para quem quer equilibrar a mente e priorizar a saúde como um todo.

Corrida e saúde mental

Independente dos seus motivos, ouso dizer que a corrida, às vezes de maneira não tão consciente, torna todo o seu organismo oxigenado e ‘alegre’.  Um corredor, ou até mesmo uma maratonista, pode se sentir enfezado, como eu ou você em determinados momentos do nosso dia a dia que nos exigem mais atenção ou que nos fazem viver pressões no ambiente de trabalho ou diante dos problemas familiares ou pessoas, mas, na minha opinião, é muito difícil encontrar um praticante regular de corrida que esteja deprimido.

O hábito de correr gera no organismo a parte bioquímica, como a endorfina e dopamina atuando em nosso corpo, e também desperta experimentar, por mais vezes durante a prática, sentimentos como alegria, satisfação e gratidão de viver mais e melhor.

Ensinamentos da corrida sobre saúde mental

          Se você treina uma, duas, três vezes por semana… saiba que, além de fortalecer o vínculo com o seu corpo, está desenvolvendo habilidades que podem te destacar no ambiente de trabalho, no dia a dia e na resolução dos mais diferentes problemas e contratempos.

          Entre alguns dos aprendizados relacionados à saúde mental que a corrida nos traz, estão:

1 – Habilidade atencional

Quem corre adquire a percepção de que é necessário um tempo para estar consigo mesmo, meditar e habitar nosso corpo, única morada real que temos nessa vida. A corrida proporciona o desenvolvimento da atenção sobre os nossos pensamentos, emoções, sensações físicas e comportamentos. Durante ela nos observamos de forma sistêmica, da cabeças aos pés, e sem fones de ouvido nos sentimos sem distrações.

A corrida ajuda a focar 100% no seu estado de presença, sendo um exercício onde os movimentos (batidas do coração, mover das árvores, plantas, suas passadas, respiração e qualquer coisa que esteja presente) são sentidos, observados e entendidos no exato momento que acontecem.

2 – Habilidade de socialização

Somos seres sociáveis por construção, logo este comportamento tem uma importância significativa para sobreviver. Interagir com outras pessoas ajuda, e muito, no desenvolvimento pleno do nosso cérebro e, por isso, é importante mantermos essa troca através de conversas, risadas e aprendizados, para a partir da convivência gerarmos sentimentos de coleguismo, amizade e companheirismo.

Respeitar a individualidade e as características de cada um, geralmente, favorecem a saúde do cérebro. Esta característica tende a contribuir na proteção deste contra o declínio cognitivo e a demência.

3 – Agilidade Emocional (Emotional Agility)

A corrida como estilo de vida, praticada de forma regular, proporciona a vivência de sentimentos bons e seus opostos. Seja num treino de planilha, que nos desafia em cada momento, ou diante de uma prova que temos objetivos e expectativas claras, com o passar do tempo começamos a aprender lidar com os inúmeros fatores e adversidades que podem surgir e estão fora do nosso controle. Ao experimentar frustrações, tristeza e decepção, compreendemos que tudo faz parte e colabora para o nosso crescimento.

É durante a jornada que reside a evolução e o aumento da capacidade física e emocional. Agir com inteligência é apenas um dos ensinamentos da corrida, que exercita a nossa rapidez diante dos problemas. Daí nasce a habilidade de ser gentil e ter autocompaixão e dessa forma conseguimos carregar em nossa bagagem de vida pessoas do nosso presente e aquelas que ainda vão surgir em nosso caminho.

Não menos importante, correr ajuda no processo de desenvolver a nossa sabedoria, e esta faz um bem enorme para nossa saúde mental porque nos protege dos infortúnios e dos estímulos negativos que assolam, infelizmente, de forma corriqueira.

É tempo de deixar-se encantar novamente pelo viver, sem pressa e sem medo. Acredite, seu corpo é seu amigo!

Por: Edwiges Parra

Corrida & Carreira

Mulher & Corrida & Carreira

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“Dizem que a mulher é o sexo frágil

Mas que mentira absurda!

Eu que faço parte da rotina de uma delas

Sei que a força está com elas” Erasmo Carlos – Mulher

Essa é uma memória musical que tenho da minha infância e que sempre volta a memória no mês ou no dia da mulher.

Assim como a música, a pauta de desigualdade de gênero ganha maior destaque no mês de março. Discutimos sobre o valor da mulher, o seu potencial, as suas contribuições para com a sociedade em suas mais variadas posições, como na política, no social, no esporte e no mundo corporativo.

E nessa discussão, se repete ano após ano a pauta sobre a tão desejada equidade no mercado de trabalho. Porém, o que vemos de concreto?

Diversos estudos e levantamentos apontam para a desvalorização da mulher no mercado de trabalho quando analisamos a remuneração salarial comparativa entre os gêneros.

Uma recente pesquisa publicada pelo IBGE indica, de forma geral e sem recortes por níveis, que as trabalhadoras brasileiras recebem, em média, 20,5% menos que os homens.

E os obstáculos que a mulher enfrenta como profissional, vão além da diferença salarial. A relação entre maternidade e carreira implica normalmente em ter que lidar com desafios até mesmo antes da efetiva maternidade, passando pelo pós a licença-maternidade, com a insegurança de que o afastamento nesse período possa ter sido tão prejudicial a ponto de perder a sua posição na empresa, (pós estabilidade assegurada pela CLT e Sindicatos)

Na minha vivência com Seleção de Profissionais, em nível executivo, já me deparei várias vezes com frases como essas: – “eu não gosto de ter chefe mulher”; “trabalhar com mulher dá muita fofoca, dá muito trabalho” – ” prefiro que a vaga seja ocupada por um homem, logo vai querer engravidar” .

Você pode estar pensando que tais frases foram ditas por homens, mas pasmem foram expressas, “sem nenhum receio” por mulheres.

Penso que enquanto houver essa visão pelas próprias mulheres, a valorização no mercado de trabalho será realidade em passos lentos e muitas de vocês não irão usufruir.

Uma fala que me chamou muito a atenção foi a de Michelle Yeoh, atriz asiática, ao receber a estatueta do OSCAR 2023, em parte do seu emocionante e inspirador discurso ao receber o prêmio. Sendo ela a segunda mulher não branca a conquistar esse título, ela manda um recado a todas as mulheres

“(…) Mulheres, não deixem que ninguém lhes diga que vocês já passaram de seu auge”

Esse tipo de fala, empodera, dá esperança, transforma o ambiente e com isso traz mudanças e conquistas de forma mais acelerada.

E como a pauta é “Corrida e Carreira, não posso deixar de destacar que as mulheres têm ocupado cada vez mais o seu espaço na corrida de rua assim como no esporte em geral.

O Strava, plataforma com mais de 100 milhões de membros, revelou os seus números referentes a 2022, o “Year in Sport” (“O ano no esporte”). Entre os dados divulgados na pesquisa, a empresa mostrou que houve aumento de 56% no número de atividades físicas praticadas por mulheres em comparação com 2021.

Ou seja, as mulheres a cada dia mais tem mostrado a sua força, seu empoderamento e ratificando o que escreveu o “Tremendão” nos anos 80 ” Dizem que a mulher é o sexo frágil Mas que mentira absurda!

Por: Pedro Rodrigues

@eduardorodriguesrh

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Corrida & Carreira

É prata da casa

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Na minha trajetória profissional, até agora, atuei em empresas multinacionais americanas e europeias e um fato em comum é que; a alta diretoria sempre vinha do país de origem da empresa, e nós colaboradores “mortais” sempre os víamos com bons olhos, admirados por acreditarmos que “eles” eram mais capazes do que nós, os brasileiros.

Nos esforçamos para falar a língua deles, quando na real deveria ser o contrário: “no meu país você fala a minha língua”, mas isso daria um grande debate, que não é o caso nessa pauta.

Felizmente, o avanço da educação, (ainda que não estejamos tão avançados, quando se trata da população com menor renda), a tecnologia da informação e o mundo globalizado, transformaram esse cenário e com isso; cada vez mais brasileiros assumem as operações das empresas “de fora”, e são destaque de gestão, reconhecidos pelo mercado. É só ver as listas da Revista Forbes e notar os brasileiros e brasileiras que são destaque pelo mundo a fora.

Enfim, ainda temos na nossa cultura o vício de valorizar tudo o que é de fora, e desprezar o que é do nosso país.  Marcas de roupas, bebidas, produções cinematográficas, a música, comida, ou seja, se é importado é melhor, ainda que essa afirmação tenha um fundo de verdade, temos muito a valorizar e prestigiar em nosso território.

Isso também acontece no mundo do esporte, no nosso caso a Corrida, embora o Quênia seja uma indústria de criação de corredores de alta performance e batedores de Records, como Eliud Kipchoge que em 2018 completou a maratona de Berlim em 2:01:39.  Mas ainda assim não podemos deixar de valorizar os nossos atletas brasileiros, que diante do baixo investimento e patrocínio estão sempre marcando presença e sendo destaque em suas modalidades.

Em nossa vida como profissionais, assim como corredores e corredoras de rua, devemos sempre ter alguém que nos inspire, que nos leve a sonhar e a por em prática aquilo que esta dando certo para eles, sem ficar se comparando, mas sim com o foco de chegar “naquele nível”, porém muitas vezes essa inspiração está tão lá “no topo”, que com o tempo acabamos por nos desanimar, já que a distância parece ser tão longa.  Sendo assim, uma boa estratégia para que a sua inspiração te transforme dia a dia, ainda que 1% melhor do que ontem, é começar a enxergar e admirar os feitos daqueles que estão ao nosso lado, como diz o ditado popular, “as pratas da casa”

Por: Pedro Rodrigues

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A Teoria de Maslow na Corrida e Carreira

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A Pirâmide de Maslow ou a Hierarquia das Necessidades de Maslow é um conceito criado pelo psicólogo norte-americano Abraham H. Maslow, que determina as condições necessárias para que cada ser humano atinja a sua satisfação pessoal e profissional. A Pirâmide de Maslow é dividia em cinco níveis hierárquicos, cada um formado por um conjunto de necessidades. Na base da pirâmide estão os elementos que são considerados primordiais para a sobrevivência de uma pessoa, como a fome, a sede, o sexo e a respiração. Para progredir na hierarquia é necessária a conquista das condições elementares da Pirâmide, passando para os próximos níveis, um a um, até alcançar o topo.

Necessidades de segurança: é o segundo nível da hierarquia, onde estão os elementos que fazem os indivíduos se sentirem seguros, desde a segurança em casa até meios mais complexos, como a segurança no trabalho, segurança com a saúde (planos de saúde), etc.

Mas quando falamos em Carreira, onde buscamos essa “segurança”? Em mundo globalizado e totalmente conectado, onde as situações de mudanças acontecem de uma forma muito dinâmica e ágil, é muito difícil ter, por exemplo, a segurança de estar empregado na mesma empresa, por um longo tempo, o que era a meta de vida até os anos 90, onde as pessoas buscavam sua estabilidade profissional e financeira em uma Carteira Assinada, em uma empresa de porte, sólida que iria garantir a sua aposentadoria, se fosse um bom profissional. Atualmente as novas gerações, as que denominamos como Geração Y ou Millennials não buscam mais essa segurança de ter uma estabilidade na empresa um contrato de trabalho assinado, assim como também não querem estar presos a uma rotina enfadonha dentro de um escritório ou qualquer local que não tenham a liberdade de horário. A maioria se lança em projetos de Start up, trabalhos freelancers e quando buscam uma maior segurança, com um contrato de trabalho assinado, optam pelas empresas mais modernas que aboliram a jornada fixa de trabalho, focando no cumprimento das tarefas.

Porém, a segurança financeira circula entre todas as gerações, independente da forma em que gerimos a nossa carreira, afinal de contas nem mesmo relógio trabalho de graça, ou é a pilha, bateria ou energia elétrica!

Mas uma coisa e certa, estarmos seguros em nosso ambiente profissional, nos dá a liberdade do autocuidado com a nossa saúde física e mental, o que a corrida de rua pode nos proporcionar. E a questão da Segurança é bem ampla nesse assunto.

Além disso, como citei a Pirâmide de Maslow a prática da Corrida e o sucesso em nossas carreira, nos ajuda a alcançar o mais alto nível da pirâmide; a necessidade de autorrealização, que é quando conseguimos aproveitar todo o nosso potencial de realização, com saúde, disposição física, superação de desafios, ou seja, nos realizamos fazendo aquilo que amamos fazer, com prazer e satisfação. *A Pirâmide de Maslow – trecho explicativo do site: significados.com.br

Por: Pedro Rodrigues

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