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O "X" da questão

Não se esconda na corrida! Já ouviu falar do ESCAPISMO?

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Muitas vezes, é visto como uma forma de se desligar temporariamente da ansiedade do estresse, dos desafios ou dos aspectos mundanos da vida humana. O termo que se refere-se à tendência ou hábito de buscar alívio do mundo real ou da rotina diária, envolvendo-se em atividades imaginativas ou entretenimento que fornecem uma realidade alternativa ou uma fuga das circunstâncias atuais.

Digamos que em certa dose é normal, inclusive em nosso podcast, recentemente recebemos a psicóloga Edwiges Parra que comentou sobre a importância do equilíbrio das atividades em nossa rotina e reforçou a importância de não “colocar os ovos na mesma cesta”. Ou seja, não direcionar todas as frustrações no escapismo e focar somente na corrida, pois se tivermos somente um “caminho” para desopilar, se este caminho se fechar, como foi o caso da pandemia, como faremos? E mais, se tivermos somente este caminho, tendemos a perder a linha e ficar “viciados” (addiction) o que também pode ter consequências negativas.

Indo além neste assunto, o termo “addiction”, que em português significa “dependência” ou “vício” que é uma condição em que o sujeito se torna fisicamente ou psicologicamente dependente de uma substância ou de um comportamento específico (neste caso nos referimos a corrida). É caracterizada por uma compulsão persistente em seguir realizando a atividade em desequilíbrio, apesar das consequências negativas associadas tendo assim, certos distúrbios de comportamento, levando o indivíduo a problemas de saúde física, psicológica, social ou ocupacional.

Note, que é comum encontrarmos na corrida de rua, alguns ex-viciados em algumas coisas em excesso no passado (álcool, drogas, trabalho, sexo ou jogos), que atualmente utilizam a corrida como forma de escapismo e acabam exagerando na dose de corrida, correndo sem parar, sem descansar adequadamente, o que pode gerar um quadro lesivo, algo bem comum encontrado em clínicas de fisioterapia por aí. Mais uma vez, reforçamos a ideia que não podemos apenas trocar uma coisa por outra e seguir realizando de forma desenfreada sem controle, e sim, buscar o equilíbrio nas atividades e em nossa vida rotineira.

Inclusive já citei sobre isso em outras colunas, que ninguém aguenta mais o viciado em corrida de rua, viciado em ritmo rápido (pace), que só fala sobre isso o tempo todo em todos os lugares (presencial e online), publica em suas redes sociais somente seus treinos, tempos e com a mesma pose, nem ao menos mostra um ponto turístico de onde passa ou um bom restaurante e cafeteria.

Quer uma dica: publique seus treinos, porém vá além e traga informações e conteúdos para ajudar mais pessoas a se tornarem ativas e aproveitarem os benefícios e o poder da atividade sistemática e regular, mostre em suas publicações onde ficam os banheiros, onde estacionar com segurança e horários de abertura dos parques e praças que treinas, veja como podemos ajudar as pessoas de maneira simples e didática usando nossa rede social.

Desenvolva seu AUTO-CONSCIENTE

Neste sentido, o escapismo também pode ser benéfico se melhor administrado, por exemplo sendo direcionado em muitas formas (ovos em mais de uma cesta), como ler livros, assistir a filmes ou programas de TV, jogar videogame, passear com amigos e familiares, cozinhar bons pratos, sair para tomar um café em um lugar bacana, mergulhar em novos ambientes, novos hobbies, outras atividades criativas diversas fora do mundo da corrida. Ainda se sente inseguro com tudo isso? Basta uma dose de humildade (sem tabus). para buscar uma consulta com um terapeuta (psicóloga e ou um psiquiatra) para alinhar as ideias e juntos encontrar o perfeito equilíbrio na vida, afinal não é a corrida que vai solucionar seus conflitos, ela pode ajudar, mas não vai resolver tudo sozinha.

Correr para fugir? Deu o que falar: Running to get “lost”? Two types of escapism in recreational running and their relations to exercise dependence and subjective well-being
Este recente artigo acima, se resume a discutir os diferentes tipos de escapismo no contexto da corrida recreativa e como eles se relacionam com a dependência de exercícios e o bem-estar subjetivo. O estudo examina duas formas de escapismo na corrida: “correr para se perder” e “correr para se encontrar”. A primeira refere-se a correr como uma forma de fugir dos problemas e desafios da vida diária, enquanto a segunda envolve correr como uma maneira de encontrar um senso de identidade, significado e satisfação pessoal.

Neste excelente trabalho, os pesquisadores exploram a relação entre esses tipos de escapismo e dois aspectos importantes: a dependência de exercícios e o bem-estar subjetivo dos corredores de rua. A dependência de exercícios é analisada em termos de comportamentos excessivos de treinamento, obsessão com exercícios e falta de controle sobre a prática da corrida, algo bem comum que vemos todos os dias em especial em redes sociais. Por outro lado, o bem-estar subjetivo se refere à avaliação subjetiva da satisfação com a vida e o nível de afeto positivo e negativo experimentado pelos corredores.

Os resultados sugerem que correr para se perder está associado a uma maior dependência de exercícios e menor bem-estar subjetivo, enquanto correr para se encontrar está relacionado a uma menor dependência de exercícios e maior bem-estar subjetivo (o que é positivo). Isso indica que a motivação por trás da corrida e o tipo de escapismo exercido podem ter efeitos diferentes nos aspectos psicológicos dos corredores.

Em resumo geral, este artigo explora as diferentes formas de escapismo na corrida (corredores amadores), suas relações com a dependência de exercícios e o bem-estar subjetivo dos corredores. Os resultados destacam a importância de entender a motivação por trás da prática da corrida e como ela pode influenciar o engajamento saudável nessa atividade física.

Se exercitar é bom demais, e tem que ser na medida certa para trazer o resultado esperado, é como tomar sol: de menos não resolve e demais queima. Infelizmente o ser humano tem muita dificuldade com equilíbrio (ainda mais agora com o advento de rede social e a alta competitividade por atenção), mas ainda assim, o equilíbrio é a melhor forma de obtermos saúde, longevidade e desenvolver nossa melhor versão na corrida, não é mesmo?

Estão estressados? Fujam para as montanhas, pois esse é o X da Questão!

Artigo na íntegra: Running to get “lost”? Two types of escapism in recreational running and their relations to exercise dependence and subjective well-being

Por: Darlan Souza

O "X" da questão

Não Existe Tênis Perfeito!

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Qual melhor tênis hoje? Depende!
Tênis de placa de carbono é para todo mundo que corre? NÃO!
Tênis de placa pode me dar melhores resultados, me deixar mais rápido nas corridas? Sim, pode melhorar sua velocidade, se você estiver bem treinado, bem nutrido e bem descansado, ele sozinho não faz milagres! TREINE MUITO!

Antes de pensar em tênis ideal, a sua preocupação deve ser focado em ter o pé “treinado” e magro para receber este produto intitulado de “super tênis”. É preciso ter tido alguns anos de experiência correndo com tênis regulares. Tênis de placa apesar de serem a nova “modinha” eles de modo geral são extremamente apertados e desconfortáveis para novatos na corrida. Além do mais, é crucial solidificar bem a estrutura e ter uma boa flexibilidade dos pés e dos membros inferiores (músculos, tendões e todas articulações). Ou seja, precisa ter experiência em correr com todos tipos de tênis e terrenos (planos, subidas e descidas).

Sugiro na medida do possível testar e experimentar diferentes tipos/modelos de tênis para seus treinos aeróbicos de corrida, pois nem sempre o mais caro é o melhor para você. Algumas marcas acertam em alguns modelos e erram em outros ao longo do tempo e isso é normal, este é o X da Questão!

O melhor produto ainda é aquele que você pode pagar hoje e que não cause desconforto em seus treinos. O ideal inclusive é ao comprar, realizar um monitoramento da km dele e inclusive revezar com outros para não sobrecarregar ele, tênis precisa descansar um ou dois dias para aumentar seu tempo de vida útil. O tempo de vida de um tênis para correr bem e confortável na média pode chegar a 1.000km ou mais. Com 600km de uso, ele costuma ficar mais duro e desgastado.

Cuidado com quem abre a boca na internet para fazer “review” sobre tênis, esta boca que tanto fala e elogia determinada marca ou modelo “pode ser comprada” para falar o que bem entende para determinada marca ou modelo vender mais. Cuidado!
Sobre saber avaliar tênis:
0-50km: É somente as impressões
50-100km: Ainda é primeiras impressões sobre o produto
100-200km: Pode aprofundar os comentários, lavar e citar o desgaste
200-400km: Pode apresentar os desgastes e os pontos de pressão, colagens e rasgos
500-600km: Relatório final do tênis.

Encontrar o calçado adequado a seu gosto e seu bolso pode ajudar a melhorar sua saúde e desempenho.

Além disso, testar diversos tipos de tênis permite encontrar o mais confortável para diferentes tipos de terreno e distâncias de corrida. Por outro lado, nos treinos de musculação, uma botinha pode ser uma opção mais adequada do que um tênis, pois oferece estabilidade e suporte adicionais durante os exercícios de levantamento de peso, reduzindo o risco de torções e lesões nos tornozelos.

Ter bons calçados, são essenciais para o bom desenvolvimento dos treinos, aposte no que pode pagar hoje e nos que te fazem bem. E sobre o “drop” dos tênis? Ah, isso é assunto para outro momento! Bons treinos a todos!

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

21 verdades – Falando de Meia Maratona

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Camaradas! Aproveitando a distância da meia maratona, vamos citar as 21 verdades (inconvenientes) sobre a corrida de rua, afinal, esse é o X da Questão:

1- Se quer melhorar, precisa treinar bastante. Por mais paradoxal que pareça, ainda tem gente que acredita que treinar pouco vai resolver, vai melhorar. Desculpe, não vai!

2- A progressão dos treinos deve ocorrer lentamente, pode demorar semanas, meses ou anos, depende das características do indivíduo e do seu estilo de vida

3- A maioria das lesões são oriundas de uma falta de cuidados com a dieta, o repouso e o auto-conhecimento acerca da sua atual capacidade física.

4- Quem corre prova todo final de semana não entendeu o propósito da corrida. Quem fala muito sobre corrida em rede social, treina bem pouco (esta é bem comum).

5- Quem corre na pirataria (pipoca), prejudica o evento e os demais corredores. A via tem uma certa capacidade e mesmo que leve sua água você não pode ficar ali no percurso correndo, respeite o momento do praticante inscrito. Corra no local se tiver inscrito, caso contrário, vá treinar em um outro local.

6- Correr prova trail é legal, mas não melhora sua condição para a corrida de rua

7- Indiscutivelmente, as corridas de rua têm maior apelo comercial, do que as de trail

8- Grupos de trocas de mensagens podem te levar a melhorar a condição nos treinos ou piorar, filtre as informações e convites

9- Tênis bom pode melhorar sua performance, mas o que melhora sua performance mesmo é treinar regularmente e corretamente

10- Suplementos e complementos alimentares são essenciais para quem corre mais de 100 minutos por semana. Os aliados do corredor que ninguém fala: Whey protein e Ferro (Sulfato Ferroso).

11- Treinador bom é aquele que te entende e entende na teoria e na prática o que é a atividade, o esporte. Nem muita teoria e nem muita prática e sim o equilíbrio para conseguir extrair o máximo do sujeito.

12- Aprender o básico de nutrição, é primordial para evoluir na corrida e para não precisar ir ao banheiro em treinos e provas.

13- O melhor aquecimento é aquele que te prepara para a atividade fim, menos firula e mais direcionamento é a chave.

14- Valorize o momento do aquecimento, 10 a 15 minutos são suficientes para te preparar para um bom treino.

15- Em treinos mais intensos ou extensos, jamais perca o foco olhando para celular previamente, acorde e vá direto treinar! Assim, mergulhe no treino de mente vazia e terá uma otimização dos resultados nos treinos.

16- Treinamento de força é essencial, se você não faz, estas perdendo força e potencial na corrida.

17- Não faça tudo ao mesmo tempo (corrida e treino na academia). Dê um intervalo mínimo de 6h entre um treino de força e um treino de corrida.

18- Esteira ajuda, mas não é para usar sempre. Use quando for uma situação atípica. Seu esporte é correr na rua!

19- Quiropraxia e massagens aliviam nosso corpo e nossa alma, todos deveriam fazer pelo menos 1x por semana.

20- A grande maioria dos corredores, quer discutir e criar polêmicas nas redes sociais acerca da marcação de um resultado de prova, mas não sabe o básico de como funciona o sistema do seu relógio com GPS (ou do celular que ele mede à distância). Não sabem como é o nível de precisão dos gadgets e desconhece totalmente o sistema de aferição de provas (seja de chip ou de metragem da Cbat).

21- Descaso é treino! Leia e durma. Mesmo sem treinos, beba muita água em dias OFF.

E então, incluiria mais algumas?

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

Você usa o cinto na musculação?

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Sinto muito, mas não temos novidade!

Você usa o cinto na musculação?

O uso do cinto na musculação é comumente associado à estabilização da coluna vertebral durante exercícios que demandam um esforço mais intenso, como levantamento de peso. O cinto proporciona suporte adicional aos músculos da região central do corpo “core”, auxiliando na prevenção de lesões.

Todo praticante avançado pode usar e é indicado ter o seu, no entanto um praticante avançado que utiliza grandes cargas pode e deve usar, diferente de um iniciante que usa cargas moderadas e tem um quadril “solto” desestruturado e sem uma boa ativação ainda.

Neste contexto, é crucial compreender a importância de fortalecer muito bem o core e o quadril de forma natural ao longo do tempo. O treinamento sem cinto desafia essas áreas, promovendo o desenvolvimento de estabilidade intrínseca. Fortalecer o core e o quadril sem depender do cinto contribui para uma base sólida, melhorando o equilíbrio e reduzindo a probabilidade de lesões a longo prazo.

Ao incorporar exercícios que visam fortalecer o core e o quadril, os indivíduos podem construir uma base robusta, reduzindo a necessidade do cinto durante treinos menos intensos. Portanto, embora o cinto seja uma ferramenta útil em certas situações, é essencial treinar sem ele inicialmente, justamente para promover o fortalecimento natural das áreas fundamentais do corpo humano (a região central).

Desenvolver um quadril forte na musculação vai além da mera estética, desempenhando um papel fundamental na funcionalidade do corpo e na prevenção de lesões. O quadril é um ponto central de estabilidade e mobilidade, desempenhando um papel crucial em várias atividades cotidianas e exercícios. Por isso primeiro devemos fortalecer a região central, depois pensar em sobrecarregar as periferias.

Fortalecer os músculos ao redor do quadril, como os glúteos, músculos da virilha, abdômem e região lombar, contribui para uma base sólida e equilibrada. Essa estabilidade é vital durante movimentos complexos, como agachamentos e levantamentos, ajudando a distribuir a carga de maneira eficiente e reduzindo o risco de tensões desnecessárias na coluna.

Além disso, um quadril forte melhora a postura e a biomecânica, impactando positivamente a execução de diversos exercícios. Ao promover a estabilidade pélvica, esses músculos oferecem suporte à coluna vertebral, reduzindo a pressão sobre os discos intervertebrais e minimizando o potencial de lesões na região lombar.

Investir no fortalecimento do quadril também tem implicações na saúde articular, auxiliando na prevenção de problemas como a síndrome do trato iliotibial e a bursite trocantérica. Ademais, um quadril forte pode contribuir para melhorias na mobilidade, flexibilidade e desempenho atlético global.

Portanto, ao enfatizar o fortalecimento do quadril na rotina de treinos, os praticantes de musculação não apenas promovem uma base sólida e resistente, mas também cultivam benefícios abrangentes para a saúde e o desempenho físico.

Devemos pensar e agir de forma grandiosa, assim antes de avançarmos mais em uma progressão de cargas ou exercícios ou mesmo se adornar de bugigangas no treino, devemos fazer a base muito bem feita, fazer o ABC mesmo! O que é o ABC? É aquela sessão de treino em preto e branco, o treino sério sem firulas, com certa intensidade, com bom volume, focado na cadência e na contração muscular localizada. A dieta e o repouso vem junto nesta levada, assim como o controle das emoções.

Sendo assim: Sinto muito, mas não temos novidade, o ABC sempre funcionou e funcionará muito bem para resultados duradouros.


Bons treinos camaradas!

Por: Darlan Souza

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