Siga nossas redes sociais

Neurociência e a Corrida

Memória Saudável

Avatar photo

Publicados

em

O exercício físico pode melhorar a sua memória e o processo de aprendizagem, pois a atividade física como um todo tem vários benefícios quando se trata da saúde mental, que vão desde melhorias na aprendizagem até à prevenção de doenças e atenuação dos efeitos do envelhecimento do cérebro.

O ato de exercitar-se aumenta a capacidade do cérebro de se adaptar e criar novas conexões ocorrendo assim uma maior produção de neurônios e um aumento das substâncias que atuam na nutrição e desenvolvimento dessas células.

Ainda há muito que se aprender sobre os benefícios cerebrais do exercício aeróbico, porém já há evidências cientificas que a corrida diária por vários quilômetros a um ritmo moderado pode estimular o crescimento de novas células cerebrais.

Hoje sabemos que o exercício, especialmente exercício aeróbico, tem efeitos positivos sobre a função cerebral em várias frentes, que vão desde o sistema molecular até ao nível comportamental.

Benefícios para o cérebro:

  1. Eleva a quantidade de neurotransmissores;
  2. Promove a reparação celular;
  3. Melhora a memória;
  4. Aumenta a concentração;
  5. Melhora a capacidade de planejar e realizar tarefas.

Com isso:

  • O exercício aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. O sangue fornece oxigênio e glicose, que o cérebro precisa para a execução de tarefas como a atenção e concentração mental.
  • O regime de exercícios aeróbicos pode aumentar significativamente o fluxo sanguíneo para o hipocampo, a parte do cérebro responsável pela memória e aprendizagem.
  • A atividade física intensa aumenta ainda a produção e a liberação de neurotransmissores, especificamente dois neurotransmissores comuns – glutamato e ácido gama-aminobutírico, ou GABA.
  • O exercício melhora o humor e o sono e reduz o stress e ansiedade. Problemas nestas áreas podem frequentemente causar ou contribuir para o prejuízo cognitivo.

Todos estes benefícios não são apenas para adultos, mas para as crianças também. O exercício é crucial para o cérebro em fase de desenvolvimento das crianças. Aqueles que fazem mais exercício tendem a obter melhores notas, uma melhor concentração, e até mesmo a obter uma melhor noite de sono. 

Pode ser difícil começar um programa de exercícios se você não se mantém ativo, mas tudo começa com a sua mentalidade: não pense no exercício como um mal necessário, mas sim como algo positivo que você faz por si mesmo por causa de todas as coisas que ele te devolve.

Por: Carlos Campelo

Neurociência e a Corrida

Você sabia que os hormônios interferem no nosso comportamento, mesmo quando não queremos?

Avatar photo

Publicados

em

Primeiro é importante sabermos que os hormônios são essenciais para todas as atividades biológica do corpo, inclusive no sentimento, pensamento e comportamento. Por isso, é preciso ficar atento aos sintomas de que algo não está bem no organismo como, por exemplo, fadiga, estresse, alterações de humor, insônia, dificuldade para controlar o peso são alguns sinais de que algo está em desequilíbrio.

E interessante termos ciência que algumas vezes fazemos algo que não gostaríamos de fazer por conta deste desequilíbrio.

O que são hormônios?

Os hormônios são substâncias químicas mensageiras produzidas pelas glândulas. Cada hormônio produzido pelo corpo humano tem funções específicas, seja de regular o crescimento, a vida sexual, o desenvolvimento e o equilíbrio interno.

O que é o pensamento?

Antes de responder tal questão é importante destacar o que é o pensamento e diferença dele para o que é a imaginação, a memória e a consciência. O pensamento é uma atividade intelectual produzido pela mente proveniente de atividades racionais do intelecto, pelas percepções das experiências vividas ou por abstrações provenientes da imaginação. Por sua vez a imaginação é a capacidade de combinar os pensamentos criando uma nova forma de pensar.  A memória é a forma que o pensamento fica registrado na mente frente as experiências vividas pelas pessoas. E, por fim, a consciência é a percepção do pensamento, da imaginação e da memória frente ao ambiente e comportamento adotado no momento atual.

O pensamento é então uma energia mental que auxilia a pessoa a modelar as suas experiências e percepções do mundo auxiliando na tomada de decisão para solucionar um problema ou para criar algo. O pensamento é o fio condutor que prepara a pessoa para a ação, para adotar determinado comportamento.

O que é o sentimento?

O termo sentimento é muito usado para designar uma disposição mental ou algum propósito de uma pessoa para outra. Sendo assim, os sentimentos seriam ações decorrentes de uma decisão, além das sensações físicas que são sentidas como consequência de uma emoção. Temos 05 (cinco) emoções básicas que são Medo, Amor, Raiva, Tristeza e Alegria e como processamos internamente estas emoções é o que chamamos de sentimento. Então podemos entender que os sentimentos são individuais para cada tipo de pensamento e/ou comportamento, pois podem advir de uma emoção básica individual de cada um. Por exemplo, alguém pode sentir orgulho que vem da emoção da alegria como vir da emoção da raiva.

E o comportamento?

O comportamento que será adotado pela pessoa é precedido por um pensamento e, por sua vez, o ambiente em que a pessoa está irá gerar estímulos para a formação do pensamento. Este ciclo formado por ambiente e comportamento pode ser aprofundado no modelo proposto por Robert Dilts no estudo dos níveis neurológicos que considera o processo de aprendizado do ser humano inicia em níveis mais superficiais e mais óbvios até níveis mais profundos nos quais exige-se mais autoconhecimento e desafio de conceitos que possam estar arraigados no indivíduo, que são: ambiente, comportamento, capacidade, crenças e valores, identidade e espiritualidade.

Então pode considerar o que a forma que o indivíduo de relaciona com o mundo, o seu eu interior até as crenças sobre a sua própria capacidade de se comportar perante uma situação é alicerçada pela forma que o indivíduo captou as experiências vividas em sua vida tanto nas questões racionais quanto nas emocionais que formaram e modelaram a forma dele pensar.

O que o indivíduo vê, escuta ou sente sendo embasado pelos níveis neurológicos irão determinar como ele irá registrar o momento e ensinará como que sua mente vai determinar na vida dele a forma do seu pensamento.

Nós controlamos nossos comportamentos?

Não há como afirmar com exatidão, porém por meio da Neurociência, sabe-se que os hormônios têm grande influência no comportamento, que nem sempre você age como gostaria por conta disso. Em grande parte das nossas ações, agimos de modo automático, baseando-nos em nossas emoções, e isso tem muito a ver com a interferência dos hormônios. Mas, por outro lado, o seu comportamento também influencia seus hormônios, a produção deles, a liberação. Portanto, difícil saber quem controla quem.

07 (sete) hormônios ou neurotransmissores que influenciam nossos comportamentos:

  1. Adrenalina e Noradrenalina (“O hormônio da ação”) 

Elas preparam o corpo para grandes esforços físicos, para luta ou fuga! São liberadas em grande quantidade em situações de medo, susto ou estresse. Estimulam o coração a bater mais rápido e forte, levando mais sangue a órgãos vitais, elevam a tensão arterial, contraem alguns músculos e relaxam outros, dilatam a pupila para aguçar a visão, aceleram a respiração para que haja maior captação de oxigênio, elevam a taxa de açúcar no sangue, diminuem a digestão para focar a energia do corpo (o que dá a sensação de “frio na barriga”).

Comportamento: Muitas vezes temos nosso comportamento completamente dominado pela adrenalina e noradrenalina em situações de tensão ou medo: a voz que não sai, tremores nas mãos ou no corpo, falta de capacidade de raciocinar ou de dizer o que queria dizer, atitudes impulsivas. O excesso de adrenalina também dificulta a tomada de decisões.

  •  Cortisol (“O hormônio do despertar”)

Produzido no córtex das glândulas suprarrenais, o Cortisol é “hormônio do despertar”, que nos faz acordar todas as manhãs. Ele também é considerado o “hormônio do estresse” já que tem a função básica de preparar o corpo para situações de estresse e nos ajudar a enfrentá-las.

Comportamento: Altos níveis de cortisol podem gerar sensação de impotência, baixa autoestima, irritação, sensação de “dar branco”, falta de senso de humor, cansaço  sem ter realizado esforço, ataques de gula ou falta de apetite. Hoje me dia o excesso de cortisol que pode causar transtornos como estresse, ansiedade, depressão.

  • Grelina (“O hormônio da fome”)

Conhecida como “hormônio da fome”, é produzida pelo estômago que desempenha um papel importante no metabolismo energético, participando da regulação de ingestão alimentar, peso corporal e homeostase da glicose, além de ser um hormônio orexígeno e estimular a liberação do hormônio do crescimento (GH)

Comportamento: Já percebeu que quando bate a fome muitos ficam, mesmo sem querer, irritados ou com dificuldade de concentração? Quando estamos com o estômago vazio, a Grelina logo manda nosso corpo ir atrás de comida, é mais importante do que qualquer coisa em termos de sobrevivência, pois aumenta os níveis de agressividade, diminuindo os níveis de atenção. 

  • Ocitocina (“O hormônio do amor”)

Conhecida como “hormônio do amor”, “do prazer”, do “antiestresse”. A ocitocina é liberada em situações de afeto, abraços, aumenta a libido, alivia estresse e ansiedade e melhora as habilidades sociais.

Comportamento: Sob a ação da ocitocina nos tornamos mais calmos, afetuosos e empáticos, tendemos a confiar mais nas pessoas e nos mostramos mais dispostos a ajudá-las.

  • Serotonina (“O hormônio do prazer”)

A serotonina faz parte do chamado “quarteto da felicidade”. Ou seja, endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina. Antes de mais nada, são quatro substâncias químicas naturais que agem no organismo e nos dão sensações de alegria e bem estar.

Cada uma delas opera de maneira diferente em nosso corpo. No caso da serotonina, ela cuida da estabilidade emocional, sendo capaz de regular o humor. Portanto, dizemos que quando uma pessoa está estressada e mal humorada, o seu nível de serotonina pode estar baixo.

Comportamento: Sob a ação da serotonina regula o bom funcionamento do corpo como dormir melhor, estar mais disposto e adotar atitudes assertivas. Contudo a falta pode fazer a pessoa a sentir mais cansaço, com falta de paciência e desânimo para agir.

  • Testosterona (“O hormônio do sexo”)

Testosterona é um hormônio sexual, produzido nos testículos (nos homens) e nos ovários (nas mulheres), mas vai muito além dessa atuação. Pessoas com alto grau de testosterona aceitam correr mais riscos, têm mais autoconfiança, são mais rudes, inquietas, sorriem menos, mais impulsivas, menos pacientes para estudar, analisar ou trabalhar.

Comportamento: O excesso de testosterona pode levar a reações mais agressivas ou violentas do que se desejava, também pode gerar um exagero de autoconfiança e otimismo e dificuldade para ver as coisas como são na realidade.

  • Tireoidianos T3 e T4 (“O hormônio do metabolismo”)

Os hormônios produzidos pela Tireóide, T3 e T4, são responsáveis por regular o metabolismo corporalmanter o controle muscular, função e desenvolvimento do cérebro, coração e funções digestivas.

Comportamentos: Quando em excesso (hipertioreidismo), provocam irritação, nervosismo, ansiedade, rapidez de movimentos, hiperatividade. Quando em baixa (hipotireoidismo), provocam lentidão de movimentos e de raciocínio, depressão, dificuldades com a memória.

A neurociência é incrível e ao mesmo tempo simples, nós da Runners Brasil acreditamos que por meio dos nossos comportamentos podemos ter uma vida muito mais saudável.

Por: Carlos Campelo

Continue lendo

Neurociência e a Corrida

Como mantermos a motivação na corrida

Avatar photo

Publicados

em

Quando falamos que acordamos cedo para ir correr ou quando chegamos em casa a noite e vamos correr, muitas pessoas pensam que tudo isso é fácil e que nós vamos treinar alegres e motivados todos os dias. Bem, isso até pode acontecer, mas não é a mais pura realidade de todos os dias.

Levantar da cama pela manhã e ir correr nos faz olhar para outras perspectivas, pois muitas vezes a vontade de ficar na cama nos faz lutar mentalmente com a gente mesmo. E para isso cada um de nós criará a sua própria motivação para ir e não perder um treino, pois a constância, disciplina e esforço fazem parte do nosso equilíbrio entre manter a paz interior e realizar os nossos objetivos.

Manter a motivação na corrida não é uma tarefa fácil, afinal como encontrarmos um ponto chave de atenção para alinhar a corrida com o trabalho, a família, compromissos sociais entre outros e nos sentirmos motivados a cumprir a planilha de treinos?

Para que consigamos tal motivação adequada para o treinamento listamos algumas dicas que se forem bem feitas, não faltará motivação.

São elas:

ESCOLHA um profissional de educação física que te eleve  

Hoje em dia uma grande parte dos profissionais de educação física que se especializaram em corrida montaram as assessorias de corrida. E nelas temos atrativos para conhecermos cada vez mais praticantes de corrida e pessoas que tenham objetivos similares aos teus, pessoas que você simpatizará de graça e, além disso, um profissional experiente que te conduzirá a conseguir seus objetivos. É importante lembrarmos de sempre buscar um profissional de educação física credenciado e que tenha expertise para te conduzir a alcançar o resultado que almeja.

QUEM SÃO SEUS AMIGOS OU FAMILIARES ANJOS

É importante termos pessoas que nos rodeiam e sejam positivistas. Chamamos elas de anjo, pois têm o dom de nos empurrar quando for necessário, erguer nossa cabeça quando o resultado não chega, ter uma palavra de apoio para que possamos nos sentir pertencentes no grupo.

É normal, quando estamos focados em nossas metas, aproximar pessoas que vão nos incentivar e aquelas que irão nos tentar a não ir num treino. Como por exemplo, aquele convite para um jantar na sexta a noite que já temos planejado correr um longão no sábado pela manhã.

Aprendermos a dizer não para pessoas que, mesmo sem querer, irão nos desfocar também é um processo de motivação, pois quando os resultados aparecerem, estas mesmas pessoas irão nos olhar com olhos de respeito e nos parabenizarmos por nosso esforço e dedicação.

Uma boa estratégia é sempre agradecer as pessoas que tentam nos desviar dos nossos objetivos com as que são anjo.

definas metas realizaveis

Vamos considerar que a maioria de nós somos atletas amadores e por isso não vivemos de resultados com a corrida, então estabelecermos metas factíveis nos ajudará a planejarmos melhor nosso ciclo de treinamento, o que é essencial para a nossa evolução na corrida.

A partir do momento em que realizarmos nossas metas, a percepção da motivação é evidenciada, pois constataremos a nossa evolução e assim se tornará mais fácil nos mantermos ativos, envolvidos e motivados para irmos treinar.

Termos uma lista com todas as provas que desejamos completar e a cada ano selecionarmos algumas como metas para completarmos no próximo ano é fundamental para que possamos participar com o cuidado necessário para evitarmos lesões garantindo intervalos mínimos para recuperação física entre as provas.

Um bom momento para começar a se planejar é no inicio de cada ano, em que as pessoas colocam metas e objetivos para alcançar até o término do ano.

O inicio de ano é sempre um momento propício para se questionar o que almeja fazer e conquistar até o final dele.

Claro que critérios diversos podem ser usados como: correr uma determinada prova ou distância até o fim do ano, perder gordura/ganhar massa magra, melhorar indicadores de saúde a níveis ideais para a faixa etária ou gênero entre outras.

Quanto mais mensurável esta meta e devidamente agendada, melhor!

PROCURE A PENSAR NAS FÉRIAS 

As férias são importantes para descansarmos das rotinas do dia a dia, mas falar em férias para um corredor é como falar para ele procurar se terá uma corrida no local das férias.

Pensar em colocar uma corrida nas férias é um fator que motiva muito nos treinamentos e ainda mais dando a oportunidade para conhecermos mais os locais que estaremos visitando.

DIVERSIFICAÇÃO NOS TREINOS

A corrida pode ser um esporte individual ou coletivo em função do gosto do atleta.

Justamente nesta variedade de treinos da semana como tiros, fartleks, rampas, longões etc que é possível corrermos acompanhado e usufruirmos de um bom bate papo no caso de regenerativos.

É possível também curtirmos a nossa própria companhia sem ver o tempo passar num treino longo de final de semana.

Já os treinos de velocidade, são mais difíceis de conciliarmos com treinos de outros atletas, pois cada um tem um ritmo próprio de corrida.

Neste caso o melhor que podemos fazer é focar nos nossos objetivos e metas traçadas anteriormente que no final da corrida a companhia fica em segundo plano.

Com o treinamento fartlek é possível corrermos parcialmente acompanhado, combinando intensidade leve com o de um corredor mais novato ou uma intensidade forte com um veterano.

EQUILÍBRIO

Não se pode esperar que tudo funcione harmonicamente na vida para nos tornarmos a pessoa que sempre quisemos ser nos esportes.

Por mais repetitivas que sejam as publicações de motivação nas redes sociais, muitas são coerentes no ponto de nos alertar que o dia perfeito nunca chegará.

Consistência no treino vale mais do que treinos isolados com o pace “perfeito”, pois é ao longo de uma sequência de treinos que desenvolvemos a nossa técnica, melhoramos nossa performance e trabalhamos mais a motivação, mesmo nos dias nem tão incríveis.

É importante aceitarmos que em alguns momentos da vida uma situação ou outra poderá exigir nossa maior atenção e isso é totalmente normal e não nos afetará em nada nos nossos resultados, pois vale a pena lembra que a maioria de nós somos atletas amadores e precisamos cuidar das nossas outras áreas da vida.

Isso tudo pode ser conciliado com a nossa planilha de treinos montada pelo nosso treinador e novas definições de metas.

Para uma prova ou treino, sempre mentalizarmos qual tempo ou pace numa condição boa (plano A), quais metas são factíveis para aquele dia com imprevisto (plano B).

A medida que as coisas vão acontecendo, vamos analisando e negociando a melhor alternativa.

Na prática é cada um de nós devemos criar condições mais propícias para manter constância na corrida e lidarmos de maneira mais saudável com os imprevistos da vida sem entrar num espiral sem fim de desculpas (chuva, frio, vento, calor, preguiça etc.).

Vamos ter sempre estratégias e abordagens criativas de como vamos lidar com as diversas situações, planejando nossas metas e contando com amigos, percursos novos e pessoas incentivadoras para nos mantermos motivado em uma corrida!

Por: Carlos Campelo

Continue lendo

Neurociência e a Corrida

O que fazer agora para você começar a agir agora

Avatar photo

Publicados

em

Tudo começa pela decisão de começar e o nosso cérebro precisa estar bem condicionado e para isso exige uma boa manutenção cotidianamente. No entanto, altos graus de exigência e níveis de necessidade de articulações intelectual e emocional levam as pessoas aos seus limites. Prova disso é a fadiga mental, que pode evoluir para a síndrome de Burnout ou levar a crises de ansiedade, depressão, processos de esquecimento, desatenção e baixa no rendimento mental.

Muitos hábitos inadequados se tornam grandes inimigos do cérebro, fazendo-o enfrentar falhas e, ao longo do tempo, podendo até aumentar o risco de danos cerebrais como o surgimento de doenças degenerativas e psiquiátricas, podendo levar a um potencial comprometimento indireto do nosso cérebro em um longo prazo. Mas a boa notícia é de que ao substituir os hábitos nocivos pelos benéficos é possível reverter os danos funcionais, promovendo saúde como um todo, afinal o cérebro também comanda o sistema hormonal e imunológico, ou seja, cuidar desse órgão reflete em todo o organismo. Muitos hábitos inadequados se tornam grandes inimigos do cérebro, fazendo-o enfrentar falhas e, ao longo do tempo, podendo até aumentar o risco de danos cerebrais como o surgimento de doenças degenerativas e psiquiátricas, podendo levar a um potencial comprometimento indireto do nosso cérebro em um longo prazo.

A grande noticia é que nosso cérebro tem uma plasticidade que faz nos adaptarmos as mais variadas situações comportamentais, sentimentais e até mesmo dos pensamentos. Por isso, nunca é tarde para corrigir hábitos nocivos e buscar uma manutenção adequada da saúde cerebral, pois o cérebro se renova e, ao apostar nessas correções, ele aumenta suas conexões e pode evitar doenças futuras.

Conheça os 6 principais hábitos procrastinadores e o que fazer para COMEÇAR A AGIR AGORA:

1. Insônia

Durante o sono o cérebro consolida as memórias do dia anterior, organiza o pensamento e exercita a criatividade; além disso, prepara o cérebro para as atividades do dia seguinte. Um sono de boa qualidade é tão importante para a saúde do cérebro que a recomendação médica atual é de que se deve dormir mesmo que seja com medicamentos indutores do sono, reservados àqueles casos em que não houve resposta aos tratamentos comportamentais como a higiene do sono.

O QUE FAZER?

Aposte em algumas técnicas que ajudam na indução do sono. Desligue aparelhos eletroeletrônicos e apague as luzes. A escuridão ajuda na produção de melatonina, hormônio do sono. Procure dormir, ao menos, 8 horas e, ao longo do dia, invista no gerenciamento do estresse para não levar para a cama os problemas do dia-a-dia.

2. Sobrecarga mental

O cérebro tem uma capacidade limitada de lidar com afazeres simultâneos. Por isso, o estresse da vida cotidiana moderna tem sido muito prejudicial à saúde mental. No esforço realizado pelo cérebro em controlar as emoções, algumas áreas deixam de ser estimuladas ou mesmo reabilitadas, levando a uma per-da funcional importante que pode se expressar como prejuízos na atenção e queixas de memória. Além dis-so, o estresse crônico libera hormô-nios, como adrenalina, mantendo o sistema de alerta ativo. Esse excesso de hormônio pode aumentar os níveis de inflamações e, consequen-temente, causar danos celulares, que ao longo do tempo podem danificar o sistema cerebral e elevar a chance de doenças neurodegenerativas.

O QUE FAZER?

Nada de querer abraçar o mundo. Evite fazer várias coisas ao mesmo tempo, realize cada atividade no seu tempo e foque nos problemas im-portantes e específicos. Tire o melhor do seu cérebro reduzindo a taxa de distração. Outra dica é evitar ambientes pesados e bagunçados, evitando assim o bombardeio de estímulos.

3. Rotina

É bem menos trabalhoso seguir um roteiro já traçado, mas a rotina automatiza os processos mentais. Por conta dela, deixamos de raciocinar, criar e perdemos a chance de exercitar os neurônios.

O QUE FAZER?

Busque coisas novas e faça a rotina de jeito criativo, alterando caminhos e ambientes, conhecendo pessoas e lugares novos. É im-portante alimentar o cérebro de vivências intelectualmente mais interessantes. A leitura é uma motivação importante para o cérebro, pois o força a realizar novas conexões, recordar alguma situação, vivenciar uma nova história. Na prática, faz o cérebro trabalhar.

4. Sedentarismo

A atividade física age no sistema nervoso central em vários níveis. Reduz a ansiedade, derruba os níveis de cortisol e adrenalina, estimula a for-mação de redes dentro do hipocampo (região responsável pela memorização) e melhora o sono. Por isso, ficar parado é um problema para a saúde cerebral. Além disso, a falta de atividade física aumenta o risco de obesidade, pressão alta, colesterol elevado, problemas cardíacos, doenças que podem ainda aumentar o risco de doenças isquêmicas, o conhecido AVC (Acidente Vascular Cerebral)

O QUE FAZER?

Comece devagar e pare de adiar aquela caminhada. Ao se movimentar, ocorre otimização da concentração, do processo criativo e do pensamento lógico. A prática de atividade física tende a elevar a autoestima, ativando regiões cerebrais ligadas ao prazer. A partir disso, o circuito cerebral libera dopamina, o hormônio do prazer que mantém o cérebro ativo e alegre.

5. Redes Sociais

Não dá mais para viver desconectado, afinal o computador e o smartphone tornaram-se essenciais para a vida social e profissional. Porém, nas redes sociais consumimos uma quantidade enorme de informação sem ao menos conseguir assimilar ou pensar sobre cada uma delas. E ainda há o risco de terceirização cognitiva, pois as pessoas delegam ao celular, por meio de vários aplicativos o ajuste e lembrete de datas, horários e tarefas e, com isso, a pessoa começa a ficar mais sedentária mentalmente.

O QUE FAZER?

É importante não permitir que se desenvolva um grau de dependência, apostando na delimitação de tempo. Pode ter acesso à tecnologia, mas sem ficar refém disso. Também é possível criar vínculos em redes sociais, mas sem abrir mão do mundo real, pois as interações sociais fazem o cérebro trabalhar e ativam a região do prazer.

6. Notícias negativas

Assim como se escolhe o que colocar no prato, também é importante ficar atento às notícias que estão alimentando o nosso cérebro. Uma overdose de informações negativas ativa memórias ruins e interfere na liberação de dopamina.

O QUE FAZER?

É fundamental, de tempos em tempos, equacionar o tipo de estimulo que tem recebido do externo. Aqui, a proposta não é ficar alienado, mas procurar alimentar o cérebro também com informações positivas para ativar os neurônios do bem, como dopamina (prazer) e serotonina (bem-estar).

COMECE AGORA

Se você está começando agora, pois tudo pode ser novo para você, é importante escutar os sinais do seu corpo. O que não está indo bem e o que está dando certo. É natural sentir um pouco de medo, angústia, dúvida, mas mesmo assim comece agora a mudar os hábitos procrastinadores por hábitos saudáveis mesmo que seja aos poucos. Lembre-se que devagar e sempre é um ótimo lema para quem está começando.

Por: Carlos Campelo

Continue lendo

Em Alta