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Trail Running

Existe chance para o Trail Running nos Jogos Olímpicos de verão?

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Entre os dias 23 de julho e 08 de agosto de 2021, foram realizados os Jogos Olímpicos em Tokyo no Japão. Esta é a trigésima segunda edição e nunca tivemos a modalidade Trail Running como parte da programação dos jogos.

Para 2024, nos Jogos Olímpicos de Paris, França, o Comitê Olímpico Internacional (COI), cogita a possibilidade de retorno das corridas cross-country. A proposta da Federação Internacional de Atletismo, seria um evento de revezamento, com equipes mistas, compostas por dois homens e duas mulheres, num total de 15 seleções. O maior problema visto pelos organizadores seria o aumento do número de atletas nos jogos, que em 2021 chegou a 11.091. O desejo do COI é limitar o número de vagas em 10.500 a partir de 2024, visando a diminuição dos custos operacionais.

Com isso, torna-se ainda mais difícil o “encaixe” de qualquer outra modalidade do atletismo que não possua tradição nos jogos e tão pouco representatividade junto à Federação Internacional de Atletismo.

O estatuto do COI afirma que, para ser olímpico, um esporte precisa ser amplamente praticado por homens em pelo menos 75 países e quatro continentes e por mulheres em pelo menos 25 países e três continentes, refletindo assim sua popularidade.

Muitos esportes que não estão na programação dos Jogos Olímpicos são reconhecidos pelo COI, facilitando sua entrada numa futura programação olímpica. Alguns exemplos são o bilhar, boliche, críquete, dança esportiva, esportes aéreos e subaquáticos, motociclismo, sumô, xadrez, entre outros.

Para que o Trail Running ou as corridas de montanha comecem a, pelo menos serem cogitadas como futuras possíveis modalidades, os órgãos reguladores nacionais (no Brasil é a CBAt – Confederação Brasileira de Atletismo) precisariam estar em constante contato com as Federações estaduais a fim de desenvolver e regulamentar o esporte.

A Federação Internacional de Atletismo, instituição mais “poderosa” em termos de representatividade junto ao COI, teria condições de argumentar a favor da inserção do Trail ou das corridas de montanhacomo modalidades olímpicas, porém seus gestores na ITRA (International Trail Running Association) e na WMRA (World Mountain Running

Association) ainda tem um longo caminho a percorrer unindo Confederações e Federações nacionais.

Já as Associações, tem como finalidade, em geral, orientar, divulgar e incentivar o Trail Running nacional, atraindo associados, afiliados e simpatizantes do esporte. Desde que filiadas à CBAt, as associações podem criar e organizar circuitos nacionais, padronizar distâncias, organizar e definir normas para as competições, representar seus associados junto a entidades de classe, federações nacionais e internacionais, órgãos públicos, comunidade e mídia, promover palestras técnicas, eventos recreativos, entre outras diversas funções. Em resumo, Associações fortes tem maior representatividade junto às Federações, que terão maior representatividade nas Confederações.

Caminhamos para uma melhor organização, mas ainda depende da conscientização dos atletas, organizadores, simpatizantes, patrocinadores e todos que vivem a comunidade, no sentido de afiliarem-se às Associações e buscarem sua representatividade e evolução do esporte. Somos muitos poucos associados e sem um número expressivo, não atenderemos as exigências do COI como modalidade olímpica.

O Trail Running e as corridas de montanha crescem ano após ano em nosso país, porém, sem esta união infelizmente nunca chegaremos a um Campeonato nacional de qualidade, quem dirá uma Olimpíada.

No Brasil, atualmente temos a ABCT (Associação Brasileira de Corrida em Trilha) e a ATRB (Associação de Trail Running do Brasil). Procure conhecê-las, pois juntos somos mais fortes!

Raphael Bonatto

CREF 7860-G/PR

Treinador – Go On Outdoor Assessoria Esportiva

Trail Running

Fila lança o Racer Skytrail, seu primeiro modelo para treinos e provas de trilha

Tênis da marca italiana entrega performance, resistência, conforto e estilo tanto em trilhas como nas ruas

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A FILA, conhecida por sua inovação e performance no esporte, estreia no universo do trail com o lançamento do Racer Skytrail. Este tênis foi desenvolvido para treinos e provas de trilha, combinando engenharia avançada com design moderno. Resultado de uma parceria estratégica com a Vibram, referência global em tecnologia de borracha, o Racer Skytrail oferece alta resistência e eficiência no grip, tornando-se uma escolha essencial para os corredores de todos os níveis.  

Seu cabedal reforçado garante excelente estrutura e proteção, com uma área reforçada na biqueira para maior segurança. A palmilha perfurada ajuda no escoamento do suor, enquanto o puxador traseiro facilita o calce, adicionando praticidade no uso diário. Para um ajuste eficiente, os passadores extras proporcionam uma amarração firme, e o colarinho macio oferece conforto – mesmo nas trilhas mais longas e difíceis. O ponto refletivo no contraforte oferece maior visibilidade em ambientes escuros ou com pouca luz. O Racer Skytrail une todos os atributos essenciais para o trail com a tecnologia de solado Vibram, proporcionando tração e aderência ideais para terrenos desafiadores.  

“O Racer Skytrail é mais do que um produto inovador; ele marca a entrada da FILA em um segmento em que queremos trazer uma experiência completa ao usuário, com tecnologia de ponta e design pensado para o trail run”, afirma Adriana Magalhães David, head de branding e marketing da FILA Brasil. “Com essa parceria com a Vibram, conseguimos criar um tênis que traduz a essência da marca: oferecer aos atletas, sejam eles amadores ou profissionais, um calçado que alia resistência, eficiência e estilo.” 

Com esse lançamento, FILA reforça seu compromisso com a excelência esportiva, entregando aos corredores um calçado capaz de enfrentar as trilhas mais desafiadoras, sem deixar de lado o conforto e o estilo.
Com numeração do 33 ao 45, o lançamento já está disponível no site pelo preço de R$ 699,99.

Por: Redação Runners Brasil

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Trail Running

Quais características são importantes em tênis de trilha?

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Ao escolher um tênis de trilha, é importante considerar várias características que podem influenciar o desempenho e o conforto durante a corrida em terrenos acidentados. Aqui estão algumas características essenciais a serem observadas:

  1. Aderência: Tênis de trilha devem ter solas com cravos agressivos para proporcionar boa tração em superfícies variadas, como lama, pedras e terrenos soltos. Isso ajuda a evitar escorregões e quedas.
  2. Amortecimento: Um bom amortecimento é crucial para absorver o impacto em terrenos irregulares e proporcionar conforto durante corridas longas. Espumas responsivas podem ajudar a melhorar o desempenho.
  3. Proteção: Tênis de trilha devem oferecer proteção contra pedras e outros detritos. Isso pode incluir biqueiras reforçadas e placas de proteção na sola.
  4. Respirabilidade: Materiais respiráveis ajudam a manter os pés secos e confortáveis, especialmente em condições úmidas ou durante corridas longas.
  5. Estabilidade: É importante que o tênis ofereça estabilidade para ajudar a prevenir torções e lesões, especialmente em terrenos técnicos e irregulares.
  6. Durabilidade: Tênis de trilha devem ser feitos de materiais duráveis que resistam ao desgaste causado por terrenos ásperos e condições climáticas adversas.
  7. Ajuste e Conforto: Um ajuste confortável é essencial para evitar bolhas e desconforto. Um bom tênis de trilha deve ter um ajuste seguro, mas não apertado, permitindo algum espaço para os dedos.

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Essas características ajudam a garantir que o corredor tenha uma experiência segura e confortável ao enfrentar trilhas desafiadoras.

Por: Equipe Runners Brasil

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Trail Running

Maternidade e corrida. Os superpoderes das mães corredoras!

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A mulher é conhecida por ter o dom de conseguir realizar diversas atividades ao mesmo tempo, exercendo vários papeis em sua rotina diária, tendo que dar conta de dupla ou até tripla jornada, conciliando a vida pessoal, com a profissional, familiar, e, no caso das corredoras, a vida esportiva.

E, quando se é mãe, desdobrar-se em duas ou três é ainda mais desafiador, tendo em vista que estamos tratando de uma relação de dependência entre filho e mãe. Mas, na maioria das vezes, a corrida acaba sendo, inclusive, uma oportunidade para extravasar dias abarrotados de tarefas e compromissos.

Não são raros os casos de mães ultramaratonistas, por exemplo, que realizaram grandes provas em período de amamentação. Um dos mais icônicos é o da britânica Sophie Power, que, em 2018, durante a Ultra Trail du Mont Blanc, a prova de trail mais famosa do mundo, parava nos postos de apoio ao longo da corrida para encher a bomba de leite, já que o bebê se alimentava de três em três horas. E, ao completar cerca de 16 horas de prova, ela mesma alimentou diretamente o filho, que a esperava, junto com o pai, em outro ponto de apoio. A foto de Power viralizou nas redes sociais, após ser publicada no perfil oficial do Strava.

Foto: Alexis Berg/Strava

Outro caso que também virou notícia aconteceu em 2023. Sophie Carter, do Reino Unido, aos 43 anos, correu e venceu os 100 quilômetros da Race to the Stones, de Lewknor a Avebury, no Reino Unido, com um tempo incrível de 9h50min25, mesmo fazendo paradas periódicas para extrair leite para seu bebê de 8 meses.

Para conseguir tal façanha, ela usou uma bomba específica para extrair o leite, chamada Elvie Pump. O aparelho não atrapalha a corrida como uma bomba manual poderia atrapalhar. Depois da ordenha, ela entregava o leite ao seu parceiro em intervalos durante a corrida.

Foto: Reprodução/ Kidspot

Um terceiro caso foi de outra britânica, Jasmin Paris, que, em 2019, se tornou a primeira mulher a vencer a ultramaratona Montane Spine Race, que tem 431 Km de extensão, largando em Derbyshire, na região central da Inglaterra, e percorrendo até a fronteira com a Escócia. Ela superou todos os homens e mulheres oponentes e cruzou a linha de chegada em 83h12min23, quebrando o recorde da competição, e, seguindo os dois exemplos anteriores, e ordenhava leite entre uma parada e outra nos postos de controle do caminho, para amamentar seu bebê de 1 ano.

Foto: Reprodução

Como conciliar a maternidade com a rotina de treinos?

Só pelos exemplos citados acima, comprovamos que as mulheres são realmente super-heroínas, ao conseguirem conciliar tantos papeis em uma pessoa só. Mas, semelhantes a elas, existem inúmeros casos parecidos, de mulheres que dividem as tarefas de mãe, esposa, profissional, e, claro, corredora.

Um exemplo é a Tatiane Glória da Mota, de São Paulo, que corre desde 2016, sem treinamento específico, mas desde final de 2022 treina com a assessoria Go On Outdoor, para se preparar especialmente para corridas de montanha.

Ela é mãe do Gustavo, de 4 anos, que nasceu no auge da pandemia de Covid-19, em meio a momentos de medo e incertezas. “Como se não bastasse, eu tive uma complicação no puerpério que me deixou cinco dias na UTI, logo, nos primeiros cinco dias de vida do meu filhote. Com o nascimento do Gu, pandemia, dias na UTI, aprendi a lidar com alguns medos e encarar a vida de outra maneira”, declara Tatty.

Antes disso, ela já corria, mas sem treinamentos específicos. Ela conta que realizou algumas provas bacanas, como XTerra Ilhabela, Escape Trail Run Campos do Jordão e a mais desafiadora, na ocasião, sem treinamento específico, que foi a KTR Serra Fina 25 Km, em 2022, prova com um trajeto novo, largando da cidade de Lavrinhas SP, passando pelo Pico Agudo, até o Quartzito, e descendo em direção a Passa Quatro. “Nossa como eu sofri nessa prova, sem preparo, sem treinamento específico. O propósito era chegar e encontrar meu filho. Foi uma prova que tive oportunidade de pensar em todas as dificuldades que eu havia enfrentado, e isso me fez forte para finalizá-la e chegar ao pórtico com meu troféu nas mãos”, destaca.

Tatiane chegando com o seu maior “troféu” em mãos. Foto: Arquivo Pessoal

Essa prova foi o marco para Tatiane compreender a importância de correr com suporte de treinamento específico, ter um treinador que a orientasse e uma base de fortalecimento.

Por mais que a maternidade exigisse uma dedicação e um tempo maior de Tatiane, foi na corrida que ela encontrou ainda mais forças para encarar essa rotina de ter que desempenhar várias “personagens”.

“A maternidade só acrescentou para que eu enfrentasse novos desafios e para eu correr com o propósito de também ser exemplo para meu filho. Mas… e o mas, está presente, porque nem tudo são flores: dedicar-se a uma atividade exige estar ausente em alguns momentos”, afirma.

Ela ressalta que a corrida foi uma forma de deixar a rotina um pouco mais leve. “Me dedicar à corrida de montanha é ter na minha rotina diária (trabalho, ser mãe, esposa, dona de casa…) Ter um tempo só meu e me sentir feliz por também, dentro da correria do dia, fazer a minha melhor entrega no esporte que eu escolhi pra aprender e evoluir”, declara.

Gustavo mostrando que a paixão pela corrida já está no sangue! Foto: Arquivo pessoal

Mas, obviamente, tirar um tempo para se dedicar aos treinos de corrida exigiu um suporte familiar maior. “Não posso deixar de mencionar o quão é importante a rede de apoio, meu esposo, João, que também corre montanha, é um superpai e um mega parceiro, me incentivando nos treinos e sempre sendo meu suporte nas provas.

Tai, Gustavo e João. Chegada em família na La Misión Brasil! Foto: Arquivo pessoal

Conciliar tantas atividades não é tarefa fácil, e podemos tirar algumas dicas do depoimento da nossa entrevistada. Investir em uma assessoria esportiva, por exemplo, é um ponto muito positivo, já que, ter os treinos bem dosados conforme a rotina diária e para objetivos específicos, acompanhados por um profissional, além de diminuir os riscos de lesão, é bem mais motivador.

O suporte dos familiares também é fundamental. Uma rede de apoio de família e amigos, que incentivem e estimulem o hábito da corrida é essencial e só vai melhorar essa relação da mãe com todos ao redor e consigo mesma.

E, para finalizar, como é de praxe no meio da corrida, estamos sempre influenciando e incentivando outras pessoas à prática do esporte que tanto amamos, e, com os filhos não pode ser diferente. A maioria das corridas estimula a presença do público infantil, inclusive com a modalidade de corrida kids, portanto, nada melhor do que correr em família e levar os pequenos também para se familiarizar com o ambiente das provas, e, claro, participar das corridas infantis, o que é muito desejável, não apenas em relação à saúde física, mas também à socialização dos pequenos.

Wanderson Nascimento

Jornalista, corredor de trilha e acadêmico de Educação Física

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