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Eu participei no maior evento de corrida de rua da América Latina – a Maratona do Rio, e fui muito feliz!

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Apesar da corrida ter entrado na minha vida, de forma mais regular e programada, há apenas 2 anos, já participei em várias provas de corrida de rua, em Portugal e em outros países europeus. No entanto, nenhuma das provas foi escolhida por mim. Fui incentiva a fazê-las por amigos ou por questões profissionais, mas nunca tinha sido um desejo meu. E o mais curioso, é que enquanto a maior parte dos meus amigos corredores desejam fazer as World Marathon Majors, o meu desejo é fazer a Maratona do Rio de Janeiro e a Maratona de Atenas. Hoje vou contar-vos a minha experiência na Meia Maratona do Rio de Janeiro.

Após ter concluído a Maratona de Madrid, no final de abril deste ano, senti o vazio típico de quando dedicamos meses a programar um evento e finalmente o evento acontece. Sabem? Um sentimento de vazio, de desorientação, de falta de um propósito. De facto, preparar uma maratona exige dedicação, foco, consistência, e rotina diária. Preparar uma maratona é um processo. Durante alguns meses vivemos diariamente o processo “maratona” e quando ela é realizada, ficamos sem saber o que fazer, sem um objetivo. Foi então que decidi que seria o momento ideal para finalmente ser eu a escolher uma prova. E escolhi! Escolhi fazer a Meia Maratona do Rio de Janeiro. O problema? Conseguir um ingresso. Quando entrei no site da Maratona do Rio, a menos de dois meses da data da prova, o meu ânimo murchou. As inscrições estavam esgotadas. Mas não desisti. Mandei mensagem a todos os amigos que tenho no Rio de Janeiro, na tentativa de conseguir um ingresso, e consegui. No mesmo dia comprei o voo e o hotel. E estava tudo alinhado para correr no maior evento de corrida de rua da América Latina – a Maratona do Rio de Janeiro.

Se eu tivesse de escolher uma palavra para descrever a experiência, a palavra seria surpreendente. Tudo neste evento, desde o momento em que me inscrevi até ao último minuto, foi surpreendente. A comunicação do evento foi muito ativa e bastante elucidativa. Todas as informações relevantes foram partilhadas com antecedência, não só por email, mas também de forma mais apelativa, via Instagram, com conteúdos digitais variados e divertidos, promovidos por caras bastante conhecidas da corrida de rua brasileira.

A hora do levantamento do dorsal foi agendada aquando da inscrição na prova, evitando filas de espera e aglomerados de pessoas na Feira da Maratona. A Feira da Maratona também me surpreendeu. A localização escolhida, a Marina da Glória, é um ex-libris da cidade e deixa automaticamente os turistas que participam na prova de “boca aberta”. A Feira estava dividida em duas áreas, uma área coberta e uma área ao ar livre. A zona ao ar livre tinha várias tendas com as marcas patrocinadoras do evento, vários desafios promovidos por essas marcas e um palco com música e animação.

Fui pela primeira vez ao jantar das massas no dia anterior à prova. O local escolhido para o jantar foi o Rio Scenarium, que é um dos pontos turísticos obrigatórios do Rio de Janeiro. Situa-se no centro da cidade, num edifício do século XIX, com uma decoração muito peculiar, e comida e música típica. O ambiente estava incrível e não acusava a ansiedade típica dos atletas no dia anterior à prova.

A prova, ao contrário do que acontece em Portugal, teve início bastante cedo. A partida foi às 6h da manhã, em várias ondas, para evitar grandes aglomerados de atletas. Os pontos de abastecimento de água e hidratação estavam muito bem identificados e distavam poucos quilómetros entre si.

O único problema com a qual me deparei foi a abertura dos copos de água. Os copos eram selados, e para quem não sabia o truque de abrir a embalagem com o dedo (que apenas me foi contado no final da prova) foi uma grande dificuldade. Outra coisa que é muito diferente, é a quantidade de fotógrafos a cobrir o evento. Em toda a prova há fotógrafos. Sentados no chão. Sentados em cadeiras. Deitados. Em cima das pontes. No nosso lado esquerdo, no nosso lado direito, no centro da pista. Literalmente, os fotógrafos estavam em todo o lado.

De resto, tive imensa sorte com as condições meteorológicas no dia da prova. A minha expectativa era apanhar um dia de calor extremo ou uma chuva forte. Mas felizmente, a temperatura manteve-se muito amena durante a prova.

Para finalizar, correr no Rio de Janeiro foi uma experiência muito positiva. Não senti, em nenhum momento, a insegurança que os órgãos sociais teimam em associar à cidade. É sem dúvida uma experiência a repetir. No entanto, na próxima vez não me ficarei pela Meia Maratona, farei a prova de rua rainha. A Maratona. Quem vem comigo?

Por: Sara Veloso

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