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O "X" da questão

E aquela dor do lado (dor no flanco)? Já sentiu?

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E aquela dor do lado (dor no flanco)? Já sentiu?A dor no lado ao correr é uma queixa comum entre os corredores, principalmente iniciantes e pode ter várias causas. Ela pode ser oriunda de cãibras musculares ou fadiga muscular de uma região específica do abdômen (o diafragma). Esse incômodo foi muito investigado por pesquisadores e nos últimos anos, chegou-se à conclusão que ele pode ser provocado por mais de um fator, e uma das possíveis razões para a dor (na lateral da barriga) seria a fadiga precoce do diafragma, principal músculo respiratório.
Naturalmente durante a corrida, os músculos do abdômen e do diafragma podem ficar fadigados e se contrair involuntariamente, resultando nesta dor. Outros fatores podem estar associados a distensão muscular, e isso pode causar dor no lado ao correr, pois quando os músculos do abdômen são estendidos muito além de sua capacidade habitual, acabam causando um certo desconforto, por isso a importância de realizar o aquecimento de forma a preparar para atividade, ou seja, fazer a preparação adequadamente antes de correr e aumentar gradualmente a intensidade do treinamento para evitar estes desconfortos.
A dor no lado também pode ser causada por problemas digestivos, como a desidratação (estar mal hidratado), gases ou indigestão. Esses problemas podem se agravar durante a corrida devido ao movimento e ao aumento da circulação sanguínea no sistema digestivo. Há uma corrente que acredita que ela também pode estar relacionada ao baço, que está situa-se na região superior esquerda do abdômen, à esquerda do estômago e acima do rim esquerdo, o órgão necessita de uma grande quantidade de sangue, que no momento do exercício é direcionado para os músculos e outras regiões.


Assim, certifique-se de ter uma hidratação e alimentação adequada antes de correr e evite comer quantidades exageradas de comida pouco tempo antes do exercício, faça uma refeição leve momentos antes (de preferência mais líquida e menos sólida), para evitar esta concorrência do sistema digestivo com a sua atividade física, no caso a corrida. Um profissional de nutrição pode te ajudar com as melhores escolhas neste sentido e de acordo com suas preferências.
Outro ponto importante é a postura, uma postura inadequada ao correr pode colocar pressão extra nos músculos do abdômen e causar dor no lado, novamente mais comum em iniciantes. Assim, também existe a hipótese de que problemas posturais durante o exercício físico, gerados principalmente pela falta de força na região do core (abdômem, lombar e quadril), provoquem o desconforto, inclusive alguns defendem a ideia de que o desalinhamento de vértebras possa ser mais um fator preponderante neste esquema. Note aqui então a importância do reforço muscular geral e do trabalho do treinador, do quiropraxista e do fisioterapeuta neste “realinhamento das estruturas”.
Certifique-se de manter uma postura mais ereta durante a corrida, com os ombros relaxados e os músculos abdominais mais ativos. Algumas pessoas podem experimentar dor no lado devido a problemas respiratórios, como respiração ainda não sincronizada, algo que tecnicamente se adquire com o tempo e naturalmente. Para ex-sedentários, ou iniciantes em corrida, o ideal é realizar a progressão de corrida justamente para reduzir este impacto da intensidade desproporcional imposta, para que a corrida fique mais confortável em volume e intensidade.
Mas vamos lá, normalmente, quando estiver correndo e sentir este desconforto, basta reduzir a velocidade ou caminhar uns metros, que o incômodo pode passar, na sequência pode seguir com seu treino normalmente com o volume e a intensidade adequada para poder completar seu percurso sem maiores intercorrências, este é o X da Questão!
E aí, já sentiu esta dor do lado? O que fez para passar?

Por: Darlan Souza

O "X" da questão

CBMEE – Um grande encontro científico com quem também entende na prática

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Nós da Revista Runners Brasil, tivemos a honra de participar de mais um evento científico, pois acreditamos ser essencial para um profissional que atua com o público da corrida de rua e do treinamento, estar atualizado e poder informar a população e também tomar as melhores decisões baseadas em robustas evidências científicas, seja em seus atendimentos diários ou mesmo em nossos textos e posicionamentos que emitimos aos nossos leitores. Bom, quem me acompanha sabe que gosto de ciência e como pesquisador que atua muito na prática, valorizo estes eventos científicos de elevado nível. Nos congressos do American College of Sports Medicine (ACSM) que ocorre nos EUA, vou todos os anos como membro desde 2014 e busco através desta imersão, aprender mais e traduzir estes conhecimentos em uma abordagem mais palatável ao nosso público leigo, que ama se exercitar e necessita receber informações que sejam mais confiáveis e eficientes para melhorar sua saúde e sua performance.

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Neste sentido, confesso que fiquei surpreso com a elevada qualidade do 36° Congresso Brasileiro de Medicina do Esporte (CBMEE) e 1° simpósio internacional de medicina esportiva de São Paulo que ocorreu de 20 (cursos pré-congresso) a 23 de novembro de 2024 no centro de convenções rebouças em São Paulo/SP. Ao longo dos três dias, vi os três auditórios lotados, a feira completamento cheia de pessoas interessadas em ver as tendências dos expositores e assim o congresso provou mais uma vez ser um grande encontro de mentes brilhantes e de profissionais altamente gabaritados, pois estavam trazendo não somente suas pesquisas, mas também contando todas suas experiências práticas no atendimento diário a nossa população brasileira, o que tínhamos nas palestras e colóquios era a ciência na prática.
Nossa colunista, a Dra. Ana Paula Simões participou das conferências sobre: organização da estrutura de atendimento médico em maratonas, dependência psíquica do uso de esteroides anabolizantes em atletas de alto rendimento, o papel das sociedades médicas no combate ao uso de substâncias proibidas dentro e fora do esporte, tipos de pisada e biomecânica da corrida: correlação com as lesões mais comuns e por fim palestrou sobre fratura por estresse: uma visão além do osso.

Além do mais, foi enriquecedor assistir as palestras das nossas tradicionais referências no Sul do Brasil, o Dr. Félix Drummond, o Dr. Ivan Pacheco e o Dr. Marcio Dornelles (que inclusive gravou um episódio em nosso podcast sobre medicina esportiva). Nosso colunista, o médico cardiologista Dr. Ricardo Stein fez uma excelente participação no congresso nas temáticas (controvérsias cardiológicas na medicina do exercício e do esporte e desmistificando a cardiogenética na medicina do exercício e do esporte), reforçando temas que acreditamos ser relevante a saúde das pessoas, além do mais, ele aproveitou a vinda ao congresso para gravar um episódio em nosso podcast.

Em 2025, o congresso seguirá em São Paulo/SP com uma programação repleta de temas voltados para a saúde, para a performance e principalmente com ênfase em nos aspectos relacionados a boas práticas na medicina esportiva. Aproveito a oportunidade, convido a todos a estarem com a agenda livre nesta data para poderem ver de perto o tamanho e impacto deste grande congresso e como ele pode ajudar os profissionais do esporte, seja médico, nutricionista, fisioterapeuta e profissional de educação física a tomarem as melhores decisões em seus atendimentos diários, afinal conhecimento é poder. Inclusive espero poder apresentar um pouco do meu trabalho com alguma palestra em 2025, quem sabe temos um painel por lá hein? Seria uma grande honra, podem ter certeza.

Agradecemos o Dr. Fernando Carmelo Torres (Presidente da SBMEE), o Dr. José Kawazoe Lazzoli (Diretor de Relações Institucionais da SBMEE) e a equipe organizadora pelo elevado nível do congresso. E por fim, um agradecimento especial pela oportunidade de estarmos neste grande evento, afinal este convite foi cedido pela nossa referência médica na revista, a nossa colunista incansável Dra. Ana Paula Simões (Diretora de Relações Comerciais da SBMEE).
Para saber mais: https://cbmee.com.br/

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

Já ouviu falar da RED-S e a tríade da mulher atleta?

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O X da Questão é sobre o conceito de RED-S (Deficiência de Energia Relativa no Esporte) e suas implicações na mulher corredora ou esportista.

A Deficiência de Energia Relativa no Esporte (RED-S) é um termo que descreve uma inadequação entre a disponibilidade de energia (calorias) e as demandas metabólicas do corpo e da prática esportiva. Isso ocorre quando há um desequilíbrio entre o consumo e o gasto energético. É comum as pessoas começaram a se exercitar para reduzir o peso e fazer uma dieta rigorosa e por conta, sem um acompanhamento. Outra situação comum é o indivíduo aumentar o volume e a intensidade dos treinos (carga) e manter a mesma dieta, ou seja, o sujeito corrida na semana 20km e agora está correndo 80km e fazendo musculação (treinos de força) e a demanda começa a ficar inadequada. Neste sentido, a RED-S pode afetar tanto as atletas amadoras (recreacionais) quanto as de alto rendimento, afetando homens e mulheres. Mas neste caso, vamos aos cuidados essenciais e especiais para o desempenho e saúde da mulher, que muitas vezes é mãe de um ou mais filhos (ou ainda avó).

Causas da RED-S

Pressão por resultados: A busca incessante por melhores desempenhos e as comparações por conta das redes sociais e grupos de mensagens, podem levar para alguns comportamentos alimentares inadequados, distúrbios e comportamentos degradantes, atenção aos excessos e a falta de um cuidado especial com sua saúde mental, seu autoconsciente.

Preocupação com a estética: A busca por um peso mais baixo, obter emagrecimento através de restrições e dietas muito rigorosas sem um acompanhamento de um profissional de nutrição experiente, pode comprometer a ingestão calórica necessária.

Treinamento excessivo: Quando o gasto energético das atividades supera a ingestão alimentar e energética como um todo, ocorre um déficit energético. Atenção ao treinamento, o ideal é realizar uma progressão segura e eficiente, sólida para não comprometer sua saúde.

Impactos da RED-S na Saúde

A RED-S pode causar diversas alterações fisiológicas, como:

– Imunológicas: Maior risco de infecções e doenças inclusive no trato respiratório.

– Gastrointestinais: Distúrbios digestivos (diarréias, dores abdominais e desconfortos).

– Cardiovasculares: Prejuízo à saúde do coração.

– Hematológicas: Anemia, fraquezas e alterações nos marcadores do sangue.

– Endócrinas: Desregulação hormonal.

– Psicológicas: Ansiedade, tristeza, estresse e depressão.

– Saúde óssea e muscular: Osteopenia, osteoporose, sarcopenia e powerpenia (falta de força e potência muscular)

A Tríade da Mulher Atleta

Além disso, devemos ter cuidados pois existe ainda a tríade da mulher atleta, que é uma síndrome que pode coexistir com a RED-S. Ela envolve três condições:

1. Disfunção menstrual: Irregularidades no ciclo menstrual

2. Baixa densidade mineral óssea: Risco de osteopenia e osteoporose.

3. Baixa disponibilidade de energia: Déficit calórico.

Cuidados especiais as Mulheres Atletas: Mães, Acima dos 40 ou 50 Anos e com Múltiplas Responsabilidades. Esse é o X da Questão!

1. Treinos adequados: Considerando a idade e as responsabilidades, é fundamental adaptar os treinos para preservar a saúde e evitar lesões. Conciliar a agenda com os treinos é sempre desafiador, depende muito inclusive da fase da vida que a mulher se encontra.

2. Alimentação balanceada: Priorize variar e consumir proteínas magras, carboidratos ricos e gorduras boas (saudáveis). Suplementos como whey protein podem auxiliar na recuperação muscular, assim como a reposição de ferro através de suplementos específicos.

3. Repouso e recuperação: Valorize o descanso para evitar o excesso de estresse físico e mental. Sono é fundamental, quanto mais cedo melhor para regular o ciclo circadiano.

4. Suplementação personalizada: Consulte um profissional de nutrição experiente que conheça do esporte que pratica, para assim definir cuidadosamente as necessidades específicas de suplementação para o seu objetivo e sua realidade.

5. Climatério e a menopausa: Atenção especial, pois neste momento é normal haver alterações significativas no corpo da mulher, como maior indisposição, cansaço e baixa de energia. Fatores psicológicos como mudanças de comportamento e humor repentinos podem ocorrer. Atenção a estes sinais, procure um profissional de saúde mental para lhe ajudar neste sentido (psiquiatra e psicólogo)!

Maturidade e Objetivos Realistas

Não compare com jovens de 20 anos: Aceite que o corpo muda com o tempo e defina metas realistas.

Valorize a experiência: Sua bagagem de vida é uma vantagem.

Já tinham ouvido falar das RED´S? Não?! Enfim, mulheres corredoras, cuidem de si mesmas! Priorizem a saúde, adaptem-se às mudanças e celebrem suas conquistas. Lembre-se: o tempo passa, mas sua força e determinação permanecem. Vamos nessa?

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

Oxigenoterapia

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A Câmara Hiperbárica: A Revolução Tecnológica e Silenciosa na Saúde e na Performance

Oxigenoterapia
A Câmara Hiperbárica: A Revolução Tecnológica e Silenciosa na Saúde e na Performance

O foco aqui nesta publicação é trazer algumas tendências sobre algumas técnicas para fazer a completa recuperação dos corredores para “retornar ao game” e poder treinar bem!

Imagine um tratamento que pode acelerar a recuperação de lesões, melhorar a performance atlética e ainda trazer benefícios substanciais para a saúde geral. Bem-vindo ao mundo da oxigenoterapia hiperbárica (OHB), uma intervenção médica que está revolucionando a forma como atletas, especialmente corredores, cuidam de seus corpos.

A oxigenoterapia hiperbárica envolve a inalação de oxigênio puro em uma câmara pressurizada, onde a pressão é aumentada até três vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. Esta técnica não é nova; na verdade, suas raízes remontam ao século XVII, mas foi durante a Segunda Guerra Mundial que a OHB ganhou destaque por tratar mergulhadores com doença descompressiva. Hoje, a aplicação da OHB se expandiu para inúmeras condições médicas e, mais recentemente, para a otimização do desempenho esportivo.

A câmara hiperbárica é um tratamento de oxigenoterapia em que se respira oxigênio puro a 100%, no interior de uma câmara que tem pressão 2 a 3 vezes maior do que a pressão ao nível do mar. Esse tipo de tratamento, também chamado de oxigenoterapia hiperbárica, permite que o corpo absorva mais oxigênio através dos pulmões e aumenta a circulação sanguínea. Isso pode estimular o crescimento de células saudáveis e combater o desenvolvimento de bactérias.

Para os corredores, a OHB pode ser um verdadeiro divisor de águas. Lesões musculares, tendinites e fraturas por estresse são comuns entre atletas de alto rendimento. A exposição ao oxigênio hiperbárico acelera a cicatrização de tecidos danificados, aumentando a produção de colágeno e novos vasos sanguíneos. Estudos mostram que sessões regulares de OHB podem reduzir significativamente o tempo de recuperação, permitindo que corredores voltem aos treinos mais rapidamente e com menos dor.

Mas os benefícios não param na recuperação de lesões. A OHB também pode melhorar a performance atlética. O aumento da pressão permite que mais oxigênio se dissolva no plasma sanguíneo, resultando em maior disponibilidade de oxigênio para os músculos durante o exercício. Isso se traduz em menor fadiga, maior resistência e um desempenho mais eficiente. Além disso, o oxigênio adicional ajuda a combater os radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo que pode comprometer o rendimento físico e a performance.

A saúde geral do corredor também pode se beneficiar da oxigenoterapia hiperbárica. Condições crônicas, como o cansaço excessivo, a síndrome de overtraining, onde o corpo não consegue se recuperar adequadamente entre as sessões de treino, podem ser tratadas com sucesso com OHB. A terapia melhora a função imunológica, reduz inflamações e promove um ambiente interno mais equilibrado, facilitando a recuperação e o bem-estar geral.

Não é à toa que atletas de elite, maratonistas, jogadores de futebol até nadadores olímpicos, estão incorporando a OHB em suas rotinas de treino. A combinação de recuperação acelerada, aumento de performance e benefícios para a saúde faz da oxigenoterapia hiperbárica uma ferramenta poderosa no arsenal de qualquer corredor.

Se você está buscando aquele impulso extra para superar seus limites ou simplesmente deseja manter seu corpo em condições ideais, a oxigenoterapia hiperbárica pode ser a chave.

Consulte esta opção com seu treinador, médico e fisioterapeuta, tenha certeza que eles irão avaliar e incorporar esta estratégia dependendo do seu nível e da sua capacidade de recuperação.

Tecnologia aliada à saúde e a performance! Esse é o X da Questão! Bons treinos!

Por: Darlan Souza

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