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Corrida e Ciência

Cuidados nas corridas de longas distâncias em baixas temperaturas

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A organização de uma corrida de rua de grandes proporções é uma tarefa complexa que necessita de grande mobilização como uma boa rede de comunicação, voluntários treinados e uma equipe eficiente. Os extremos ambientais impõem desafios adicionais aos sistemas organizacional e médico, sobretudo a preparação do atleta. Correr pode ser uma atividade desafiadora, mas correr no frio pode ser ainda mais difícil. No entanto, com as roupas e equipamentos certos, você pode continuar a correr mesmo nos dias mais frios do ano.

O Colégio Americano de Medicina do Esporte trás algumas orientações a serem seguidas pelos organizadores, diretores médicos, voluntários e atletas para um exercício prolongado ou intenso em ambientes com e sem estresse ambiental. Certifique-se de usar roupas adequadas para o clima frio. Isso inclui uma camada base térmica para manter o calor, uma camada intermediária para maior isolamento e uma camada externa resistente ao vento e à água, não se esqueça de usar luvas, um gorro e meias quentes para proteger as extremidades do corpo.

A principal preocupação é com a hipotermia, temperatura corporal central abaixo de 36ºC, ocorrendo quando a perda de calor é maior do que a produção metabólica. Entre os sinais e sintomas precoces de hipotermia podemos incluir calafrios, euforia, confusão mental. Com a queda da temperatura central caindo, podem ocorrer letargia, astenia muscular, desorientação, alucinações, depressão ou comportamento combativo. Nas temperaturas abaixo de 31,1ºC, o calafrio pode parar e o paciente se tornará progressivamente mais delirante.

É importante também aquecer bem antes de começar a correr. Isso pode incluir fazer alguns exercícios educativos dinâmicos e caminhar por alguns minutos para aumentar a temperatura corporal. Em eventos de longa distância realizados em temperaturas frias ou muito frias, os distúrbios mais comuns além da hipotermia, são a exaustão e desidratação. As queixas mais comuns são astenia, calafrios, letargia, fala arrastada, tonteira, diarreia e sede. Um corredor se queixar de frio ou calor nem sempre se associa com alterações da temperatura retal.

Durante a corrida, preste atenção à sua respiração e tente respirar pelo nariz para aquecer o ar antes que ele chegue aos pulmões. Certifique-se de manter-se hidratado, mesmo que não sinta sede. A desidratação é comum em clima frio. Os corredores devem tentar repor líquidos em uma taxa semelhante à das perdas pela urina e suor. Casos de hipotermia também ocorrem na primavera e no outono, pois as condições meteorológicas podem mudar rapidamente e os corredores podem estar vestindo roupas inadequadas durante um treino ou uma competição.

Por fim, lembre-se de diminuir o ritmo e ajustar suas expectativas em relação ao desempenho. Correr no frio pode ser mais desafiador e cansativo do que correr em clima mais quente. Com essas recomendações, organização e conhecimento do local onde será realizada a competição, você poderá continuar a correr no frio e manter sua rotina de exercícios durante todo o ano, inclusive obtendo bons resultados e provas de longa distâncias como Maratonas e Ultramaratonas de asfalto o montanha.

Por: Eduardo Barbosa – @edurun

Corrida e Ciência

O que temos a aprender com as mulheres na Corrida de Rua?

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As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço e visibilidade nas corridas de rua ao longo dos anos. Inicialmente, a participação feminina nesse esporte era limitada e muitas vezes desencorajada, mas com o passar do tempo, as mulheres foram quebrando barreiras e mostrando sua força e determinação nas corridas.

O início das mulheres nas corridas de rua foi marcado por desafios e preconceitos, mas a persistência e a paixão pelo esporte falaram mais alto. Com o passar do tempo, mais e mais mulheres se juntaram a essa modalidade, mostrando que são capazes de competir em pé de igualdade com os homens.

Hoje em dia, a participação das mulheres nas corridas de rua é cada vez mais expressiva. Elas não apenas competem, mas também inspiram outras mulheres a se juntarem a esse universo, promovendo a saúde, o bem-estar e a igualdade de gênero.

A Ciência, antes voltada para o público masculino, em seus estudos, passou a olhar para a mulher, principalmente pela aumento da participação deste público nas principais provas da modalidade, inclusive, as mulheres já figuram como as maiores concluintes nas grandes Maratonas pelo mundo.

Um estudo nacional sobre prevenções de lesões na corrida de rua, a partir de um recorte de grupo, na Cidade de Vitória, no Espírito Santo, detectou que mulheres são mais longevas na Corrida de Rua, comparado a homens, enquanto o grupo masculino teve altos índices de lesões por falta de alto cuidado, as mulheres apresentavam baixo risco de lesões por preferirem um treino orientado por profissionais, alternar com treino de força e realizarem check-ups para saber suas reais condições de saúde.

Com esta informação de maior longevidade das mulheres nas corrida de rua, ao avançarem na idade, estudos também relacionaram a menopausa à exercícios aeróbios e seus benefícios para mulheres, está provado que além da prevenção de doenças metabólicas e cardiovasculares a corrida também auxilia no tratamento, não medicamentoso de alguns tipos de canceres.

Há também a menopausa, seus efeitos são inevitáveis, contudo, mulheres que praticam corrida de rua podem ter seus efeitos atenuados, desde que tenham um programa de atividades físicas adequados à realidade de cada mulher, incluindo neste programação a corrida de rua, por seu efeito vasodilatador que ajuda no controle da pressão arterial, e liberação de hormônios reguladores dos estados de humor com a endorfina e a noradrenalina.

A presença feminina nas corridas de rua é fundamental para o crescimento e a diversificação desse esporte, mostrando que não há limites para o que as mulheres podem alcançar. Com determinação e dedicação, as mulheres estão conquistando seu espaço e provando que são verdadeiras atletas nas corridas de rua. O lugar das mulheres na corrida de rua é estar onde elas quiserem estar!

Por: Eduardo Barbosa

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Corrida e Ciência

Corrida de Rua: A Importância da Recuperação Pós-Treinamento

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A corrida de rua é uma prática esportiva que tem conquistado cada vez mais adeptos nos últimos anos. Além de proporcionar benefícios à saúde física e mental, a corrida de rua também é uma forma popular de atividade física que promove a socialização e o bem-estar. No entanto, para obter o máximo de benefícios e evitar lesões, é essencial entender a importância da recuperação pós-treinamento.

Após um treino de corrida, o corpo passa por um processo de desgaste muscular e esgotamento das reservas de energia.

A fadiga é um fenômeno complexo e multifatorial, é sugerida como um dos fatores de risco de lesão. Medir e monitorar a fadiga e a recuperação pode ser difícil.

Avaliar a fadiga em atletas recreacionais e consequentemente aplicar uma recuperação adequada, pode ser a chave para uma melhor performance na corrida de rua.

A recuperação pós-treinamento é fundamental para permitir que o corpo se repare e se fortaleça, preparando-se para o próximo desafio.

Aqui estão algumas práticas essenciais para uma recuperação eficaz:

Hidratação Adequada: Durante a corrida, o corpo perde uma quantidade significativa de líquidos e eletrólitos. Portanto, é crucial relatar perdas através da ingestão de água e bebidas isotônicas.

Alimentação Balanceada: Após o treino, é importante consumir alimentos ricos em proteínas e carboidratos para ajudar na recuperação muscular e na modificação de energia.

Descanso Adequado: O sono desempenha um papel vital na recuperação pós-treinamento. Durante o sono, o corpo libera hormônios de crescimento e repara o nível celular, promovendo a recuperação muscular e a regeneração do tecido.

Alongamento e Massagem: Os alongamentos suaves e a massagem ajudam a relaxar os músculos, melhoram a circulação sanguínea e reduzem a dor após o treino.

Mobilidade articular: Os movimentos repetitivos ajudam a manter a flexibilidade e a amplitude de movimento nas articulações, promovendo uma melhor saúde articular e prevenindo lesões.

Além disso, é importante prestar atenção aos sinais do corpo, como dores musculares persistentes, fadiga extrema ou falta de motivação, e dar tempo para a recuperação adequada. Ignorar os sinais de excesso de treinamento pode levar a lesões e over training, prejudicando o progresso do corredor.

Em resumo, a recuperação pós-treinamento é tão importante quanto o próprio treinamento. Ao adotar práticas de recuperação preventiva, os corredores podem melhorar seu desempenho, prevenir lesões e desfrutar de uma experiência mais gratificante na corrida de rua. Portanto, lembre-se: treine com dedicação, mas recupere-se com sabedoria.

Por: Eduardo Barbosa

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Corrida e Ciência

O futuro da corrida de rua, o atleta e as ciências do esporte

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Sem dúvida, a ciência tem um papel fundamental no futuro da corrida de rua para o atleta amador. À medida que a ciência do esporte continua a evoluir, novas descobertas e abordagens surgem para ajudar os corredores a melhorar seu desempenho e prevenir lesões.

Por exemplo, a análise biomecânica pode ajudar os corredores amadores a identificar problemas de técnica e trabalhar para corrigi-los, melhorando a eficiência e reduzindo o risco de lesões. Além disso, a nutrição adequada e a hidratação são fundamentais para um bom desempenho e recuperação, e a ciência pode ajudar a fornecer informações precisas sobre como os corredores devem se alimentar e se hidratar para maximizar seu potencial.

A ciência também pode ajudar os corredores amadores a entender melhor como o treinamento afeta seus corpos e como otimizar sua programação de treinamento para alcançar seus objetivos. Além disso, a tecnologia wearable (vestível), como relógios inteligentes e sensores de desempenho, pode fornecer informações valiosas sobre o desempenho do corredor e ajudá-lo a monitorar seu progresso.

É provável que, no futuro, os corredores amadores sejam a base para os atletas de elite que buscam melhorar seu desempenho e prevenir lesões se baseando cada vez mais na ciência para orientar seus treinamentos e escolhas de estilo de vida, hoje com cada vez mais cientistas estudam o corredor amador, há informações importantes sobre este publico e seu rendimento esportivo.

Um estudo recente, conduzido por Thomas aborda a importância do treinamento para corredores de longa distância da elite mundial, apresentando uma integração entre literatura científica e prática comprovada de resultados. O estudo destaca as características-chave que trazem para o sucesso dessas atletas.

A pesquisa baseia-se em uma revisão abrangente da literatura científica disponível, combinada com uma análise de práticas bem-sucedidas utilizadas por corredores de elite. Os autores destacam a importância do volume e da intensidade do treinamento, bem como a periodização adequada para maximizar o desempenho.

O artigo discute a relevância do treinamento de resistência, incluindo corridas longas e intervaladas, para melhorar a capacidade cardiovascular e a resistência muscular dos corredores. A nutrição adequada, o descanso e a recuperação também são considerados como fatores essenciais para melhorar o desempenho atlético.

Os resultados do estudo indicam que uma abordagem integrada, combinando evidências científicas e práticas comprovadas, é fundamental para o desenvolvimento de corredores de longa distância da elite mundial. Essas descobertas têm implicações significativas para treinadores, atletas e profissionais da área de desempenho esportivo.

Em outro ponto o artigo fornece uma visão abrangente sobre as características de treinamento de corredores de longa distância da elite mundial, destacando a importância da integração entre literatura científica e prática comprovada. Essa abordagem pode servir como um guia valioso para melhorar o desempenho atlético nessa modalidade esportiva.

Embora não se possa prever o futuro com certeza, com base nas tendências atuais, algumas possíveis áreas de desenvolvimento no campo da ciência e treinamento de corrida de rua em 2024 podem incluir:

Tecnologia vestível avançada: O uso de dispositivos vestíveis, como relógios inteligentes e sensores de desempenho, continuará a evoluir, fornecendo aos corredores informações mais detalhadas sobre seu desempenho, biomecânica e recuperação.

Inteligência artificial e análise de dados: Uma aplicação de algoritmos de inteligência artificial na análise de dados perdidos durante os treinos e competições pode fornecer insights valiosos para otimização do treinamento, identificação de padrões e prevenção de lesões.

Treinamento personalizado: Com a crescente disponibilidade de dados individuais, os treinadores poderão personalizar ainda mais os programas de treinamento, levando em consideração fatores específicos de cada corredor, como histórico de lesões, metabolismo e capacidades físicas.

Abordagens de recuperação aprimoradas: O foco na recuperação adequada após o treinamento e competições será cada vez mais valorizado. Isso pode incluir técnicas avançadas de recuperação, como crioterapia, terapia de especificações, terapias regenerativas e estratégias nutricionais específicas.

Ênfase na saúde e bem-estar geral: Além do desempenho esportivo, há uma maior ênfase na saúde e bem-estar geral dos corredores. Isso pode envolver a integração de práticas de mindfulness, sono adequado, nutrição balanceada e cuidados com a saúde mental no treinamento.

Lembrando que essas são apenas tendências possíveis com base no contexto atual. À medida que a ciência e o treinamento esportivo continuem a evoluir, é provável que novas descobertas e abordagens surjam ao longo do tempo.

Muitas desta informações podem lhes parecer familiar à primeira vista, a novidade é que a muitas pesquisas partem muito mais de observações práticas de quem compões um número enorme de praticantes do esporte que é o atleta recreacional, o futuro da corrida de rua certamente passará pelo atleta amador.

Por: Eduardo Barbosa

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