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Treinamento

Como treinar para uma maratona

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É normal encontrarmos atletas recreacionais que iniciam na corrida em distâncias menores e veem nos 42km um desafio a ser alcançado. A maratona, porém, é muito desgastante em níveis físicos, psicológicos e até sociais, visto que o tempo investido em treinamento é relevante na rotina de atletas amadores. É interessante pensar que, mesmo que a prova tenha 42km para todos, algumas pessoas vão correr por 2:30h, enquanto outros correrão por mais de 5h, impactando em questões estratégicas e físicas, como reserva de glicogênio, hidratação e durabilidade do músculo, por exemplo.

O que é importante para correr bem?

Você provavelmente já ouviu falar sobre VO2máx, que é o seu consumo máximo de oxigênio. De maneira bem simples, podemos dizer que quanto maior seu VO2máx, mais oxigênio você terá disponível para produzir energia, e com mais energia você será mais rápido. É a sua genética que vai definir se você terá consumo de oxigênio para ser da elite, do pelotão do meio ou do pessoal do fundão, porém, com treinamento, você pode evoluir e se destacar dentro do seu grupo. Infelizmente, quem nasceu com genética do fundão nunca será da elite, não importando o quão duro você treine.

Para termos práticos, nós temos uma velocidade associada ao VO2máx (chamada de vVO2max), e conseguimos mantê-la por aproximadamente 4 a 7 minutos. Então, além de ter um Vo2máx alto, se você quer correr bem uma maratona, é preciso conseguir sustentar a vVO2máx alta por muito tempo. Atletas de elite conseguem sustentar aproximadamente 85-88% da vVO2máx em uma maratona, já atletas recreacionais muitas vezes sustentam menos de 70%. Essa diferença é gigantesca, vou mostrar no exemplo abaixo:

Imagine que dois atletas tenham a vVO2max de 20km/h e vão correr a maratona. Um deles consegue sustentar 88% dessa velocidade, enquanto o outro apenas 70%.

Atleta 1: 88% de 20km/h = 17,6km/h – maratona em 2:23h (pace médio de 3:24/km).

Atleta 2: 70% de 20km/h = 14,0km/h – maratona em 3:00h (pace médio de 4:17/km).

Embora tenham o mesmo VO2máx, a diferença do tempo de maratona é gigantesca. O nome disso é “fração sustentada do VO2máx”, e está diretamente relacionada com o limiar anaeróbio, também conhecido como limiar de lactato.

Além disso é preciso considerar a durabilidade muscular. Mesmo tendo alto VO2máx e conseguindo sustentar altas taxas de vVO2max, se o músculo não estiver preparado para enfrentar os 42km, é provável que você perca força e potência, tenha câimbras e diminua a velocidade. Seu corpo consegue produzir energia, mas o tecido muscular está muito desgastado para continuar funcionando mecanicamente da mesma maneira.

Um estudo de 2017 entrevistou e testou 82 corredores recreacionais de maratona e concluiu que melhores tempos, entre outras coisas, estavam associados com maior frequência semanal de treino, maior volume semanal (em horas e kms) e maior treino longo. Ou seja, antes de pensar em melhorar sua velocidade, você precisa treinar para que seu músculo consiga ter função até cruzar a linha de chegada. Para isso, você tem duas opções: alto volume de treino e musculação. Se possível, faça as duas.

Como saber se eu preciso treinar VO2máx, fração sustentada de VO2máx ou volume de treino?

Existem várias maneiras de fazer isso, cada treinador tem a sua. A minha é a seguinte:

Peço para o atleta fazer dois testes, 1 e 5km. Assim consigo entender duas coisas essenciais:

1: Qual é a perda de velocidade? Alguns atletas perdem 9% de velocidade do 1 para o 5km, outros perdem 20% Se está perdendo muita velocidade, precisa melhorar a sustentação, então direcionamos o treinamento para esse lado. Se está perdendo pouca velocidade, é pq sustenta bem, então podemos melhorar a velocidade.

2: Esses testes nos permitem descobrir qual a velocidade associada ao VO2max e à fração sustentada do VO2máx (limiar anaeróbio).

O volume de treino e o treino mais longo é muito individualizado, e depende muito da experiência e de quanto tempo o atleta treina. Essa decisão será tomada em conjunto no decorrer do processo de treinamento.

Por: Alex Tomé

Treinamento

Quais são os critérios para escolher um tênis de corrida?

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Escolher o tênis de corrida ideal envolve considerar vários critérios para garantir conforto, desempenho e prevenção de lesões. Aqui estão alguns dos principais fatores a serem considerados:

  1. Tipo de Pisada: Identifique se sua pisada é neutra, pronada ou supinada. Isso ajuda a escolher um tênis que ofereça o suporte adequado.
  2. Amortecimento: Dependendo do tipo de corrida e do terreno, você pode precisar de mais ou menos amortecimento. Corridas em trilhas, por exemplo, podem exigir mais proteção.
  3. Peso do Tênis: Tênis mais leves são geralmente preferidos para corridas de velocidade, enquanto modelos mais pesados podem oferecer mais suporte e amortecimento para treinos longos.
  4. Tamanho e Ajuste: Certifique-se de que o tênis tem o tamanho correto, com espaço suficiente para os dedos, mas sem ser muito largo. O ajuste deve ser confortável e seguro.
  5. Tipo de Terreno: Escolha tênis específicos para o tipo de terreno em que você corre mais frequentemente, como estrada, trilha ou pista.
  6. Durabilidade: Considere a durabilidade do material, especialmente se você corre frequentemente ou em condições adversas.
  7. Respirabilidade: Materiais que permitem a ventilação ajudam a manter os pés secos e confortáveis.
  8. Estabilidade e Suporte: Se você precisa de suporte extra, procure modelos que ofereçam estabilidade adicional.
  9. Estilo de Corrida: Se você é um corredor de longa distância, pode precisar de características diferentes em comparação com um corredor de velocidade.
  10. Orçamento: Defina um orçamento e procure opções que ofereçam o melhor custo-benefício dentro desse limite.

Esses critérios podem ajudar a guiar sua escolha, mas é sempre uma boa ideia experimentar diferentes modelos e consultar especialistas em lojas especializadas para encontrar o melhor ajuste para suas necessidades específicas.

Por: Redação Runners Brasil

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Quais são os benefícios de correr ao ar livre no inverno?

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Exercitar-se ao ar livre durante o inverno pode oferecer uma série de benefícios tanto para a saúde física quanto mental. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

Benefícios Físicos

  1. Queima de Calorias Aumentada: O corpo queima mais calorias para se aquecer durante o exercício em temperaturas frias, o que pode ajudar na gestão do peso.
  2. Fortalecimento do Sistema Imunológico: A exposição ao ar fresco e as flutuações de temperatura podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico, tornando-o mais resistente a doenças.
  3. Melhora da Resiliência: Adaptar-se a condições climáticas adversas pode melhorar a resiliência física e mental, ajudando o corpo a se preparar melhor para lidar com diferentes tipos de estresse.
  4. Desempenho Melhorado: Treinar em condições mais desafiadoras pode levar a um desempenho melhor em condições normais, já que o corpo se condiciona a trabalhar mais duro.
  5. Aceleração do Metabolismo: O esforço extra que o corpo faz para se aquecer pode aumentar a taxa metabólica, ajudando a queima de calorias e a saúde geral.

Benefícios Mentais

  1. Melhora do Humor: A exposição à luz natural, mesmo em dias nublados, pode ajudar a aumentar os níveis de vitamina D e melhorar o humor, combatendo o transtorno afetivo sazonal (TAS) e outros tipos de depressão.
  2. Redução do Estresse: Estar ao ar livre, em contato com a natureza, pode ter um efeito calmante e ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.
  3. Maior Sensação de Realização: Superar o desafio de se exercitar em condições frias pode gerar uma sensação de conquista e aumentar a confiança e a motivação.

Benefícios Gerais

  1. Maior Exposição ao Ar Puro: Exercitar-se ao ar livre proporciona uma pausa do ar reciclado que vemos em ambientes fechados, o que pode ser refrescante e benéfico para os pulmões.
  2. Variedade nos Treinos: O ambiente natural oferece um terreno diversificado que pode incluir subidas, descidas e obstáculos naturais, adicionando variedade ao treino.

Dicas para Exercício ao Ar Livre no Inverno

  1. Vestir-se em Camadas: Use camadas de roupas para se manter aquecido e ajuste conforme a necessidade durante o treino.
  2. Manter-se Hidratado: A desidratação pode ocorrer mesmo no frio, então certifique-se de beber água suficiente.
  3. Aquecimento Adequado: Faça um aquecimento completo antes de começar o exercício para preparar os músculos e articulações para a atividade.
  4. Escolha de Roupas Adequadas: Use roupas que absorvam o suor e mantenham a pele seca, e proteja extremidades como mãos, pés e cabeça.

Exercitar-se ao ar livre no inverno pode ser uma experiência revigorante e benéfica para a saúde, desde que sejam tomadas as precauções adequadas para garantir segurança e conforto.

Por: Equipe Runners Brasil

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Guia Definitivo para Iniciantes: Como Correr Seus Primeiros 5km

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Começar a correr 5km pode ser uma meta emocionante e desafiadora. Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a iniciar com segurança e eficácia:

1. Consulte um Médico

Antes de iniciar qualquer programa de exercícios novos, especialmente se você tem condições de saúde preexistentes, é importante consultar um médico para garantir que você esteja apto para correr.

2. Escolha o Equipamento Certo

  • Tênis de Corrida: Invista em um bom par de tênis de corrida que ofereça suporte adequado e conforto. lojas especializadas em corrida podem ajudar a escolher o melhor modelo para seu tipo de pisada.
  • Roupas Adequadas: Vista roupas leves, confortáveis e que absorvam o suor. Opte por tecidos respiráveis e apropriados para a temperatura do dia.

3. Plano de Treinamento Gradual

Seguir um plano de treinamento progressivo ajudará a construir resistência e reduzir o risco de lesões. Uma abordagem comum é o método de caminhada-corrida:

Exemplo de Plano de Treinamento de 8 Semanas

Semana 1-2:

  • Dias de treino: 3 vezes por semana
  • Treino: Caminhada rápida por 30 minutos

Semana 3-4:

  • Dias de treino: 3 vezes por semana
  • Treino: 2 minutos de corrida + 4 minutos de caminhada (repita 5 vezes)

Semana 5-6:

  • Dias de treino: 3-4 vezes por semana
  • Treino: 3 minutos de corrida + 3 minutos de caminhada (repita 5 vezes)

Semana 7:

  • Dias de treino: 4 vezes por semana
  • Treino: 5 minutos de corrida + 2 minutos de caminhada (repita 5 vezes)

Semana 8:

  • Dias de treino: 4-5 vezes por semana
  • Treino: 8 minutos de corrida + 2 minutos de caminhada (repita 3-4 vezes)
  • Objetivo: Correr 20-30 minutos sem parar até o final da semana

4. Aquecer e Alongar

  • Aquecimento: Comece com uma caminhada leve ou corrida tranquila por 5-10 minutos para aquecer os músculos.
  • Alongamento: Após seu treino, faça alongamentos dinâmicos ou estáticos para ajudar na recuperação muscular.

5. Mantenha-se Hidrato e Alimentado

  • Hidratação: Beba água suficiente antes, durante (se necessário), e após o treino.
  • Alimentação: Consuma uma alimentação balanceada que forneça energia, incluindo carboidratos complexos, proteínas e gorduras saudáveis. Comer um pequeno lanche, como uma banana ou uma barra de granola, cerca de 30-60 minutos antes da corrida pode ser útil.

6. Ouça Seu Corpo

Preste atenção a qualquer sinal de dor ou desconforto. Se algo dói, é melhor descansar e procurar orientação médica se necessário.

7. Mantenha a Disciplina

  • Regularidade: Tente manter um horário consistente. A regularidade é fundamental para o progresso.
  • Progressão: Não tente aumentar sua distância ou velocidade muito rapidamente. A regra geral é aumentar sua quilometragem em no máximo 10% por semana.

8. Encontre Apoio

Correr com amigos, juntando-se a um grupo de corrida ou procurando motivação em comunidades online pode tornar a experiência mais agradável e motivadora.

Ao seguir essas dicas e manter-se disciplinado, você estará bem no caminho para correr seus primeiros 5km de maneira saudável e segura. Boa sorte!

Por: Equipe Runners Brasil

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