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Trail Running

Como se preparar para uma corrida na montanha

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Com o avanço da vacinação e a diminuição das restrições aos eventos esportivos durante a pandemia, a tendência é que as provas voltem com força quase que total, já no primeiro semestre de 2022. Observamos ainda, que durante o período de isolamento, muitas pessoas que tinham condições, optaram por estarem em locais próximos a natureza, longe de aglomerações, fazendo, inclusive, com que o mercado imobiliário em cidades do interior ficasse aquecido.

Da mesma forma, as corridas em trilhas e montanhas tem atraído cada vez mais participantes, crescendo a passos largos, oferecendo diferentes opções de distâncias e, englobando desde os iniciantes até os atletas mais experientes. É provável, que após a pandemia, esta relação entre o esporte e a natureza fique ainda mais fortalecida.

Sendo assim, nós treinadores, precisamos estar atentos à esta migração do corredor de asfalto e/ou de final de semana, para competições que exigem muito mais fisicamente. Provas “curtas” de montanha, com apenas poucos quilômetros, podem demorar horas para serem superadas.

Existem diversas diferenças nas metodologias de treinamento que serão utilizadas. A primeira delas é esquecer o pace, fazer com que o atleta entenda que mais importante que a velocidade máxima, será a velocidade média no circuito. Cruzar diferentes informações, como escala de percepção de esforço, frequência cardíaca, tipos de terrenos e o próprio pace, são de fundamental importância para o sucesso na evolução do atleta.

Treinar de acordo com a realidade da prova muitas vezes é inviável para quem mora nos grandes centros urbanos. Porém, podemos simular algumas situações, como por exemplo, ao invés de correr pela pista do parque, optar pela grama ou possíveis trilhas, correr em calçadas e terrenos acidentados, visando trazer um pouco mais de especificidade, logicamente com atenção e segurança.

Acostumar o corpo com os desníveis também é fundamental. Intervalados em subidas (ladeiras), faz com que a técnica e o cardiorrespiratório se desenvolvam em conjunto, melhorando a percepção de esforço e propriocepção. Sempre digo aos meus atletas: “antecipem o terreno, façam a leitura prévia e estabeleçam o ritmo ideal”.

Isto é treinável e deve ser inserido nas planilhas, assim como técnicas de descida, que utilizam uma musculatura completamente diferente e exigem ainda mais dos quadríceps e joelhos.

Sempre que possível, esteja no ambiente onde a prova irá ocorrer, colocando o tênis na lama, sentindo os terrenos, atravessando riachos, carregando seus equipamentos e tendo o contato com as trilhas. Nada supera o treinamento específico.

Ressalto mais uma vez o cuidado com a segurança pessoal. Minha dica é: nunca vá sozinho para um treino na montanha, mesmo que seja curto. São muitas variáveis, basta torcer o pé e não conseguir andar para que esta aventura se torna um risco de morte, seja por desidratação, hipotermia ou hipertermia, animais selvagens, etc.

Com a tecnologia que temos hoje, basta levar seu telefone celular carregado, bateria extra, localizadores (aplicativos ou acessórios), estudar o local previamente, encontrar informações e depoimentos de quem já foi e até mesmo um mapa e uma bússola, para que o seu nível de segurança suba consideravelmente.

Por fim, escolha provas alvo de acordo com a realidade do seu treinamento e rotina. Cada vez mais encontro pessoas que mal conseguem treinar 3x na semana querendo se aventurar em ultramaratonas de montanha em ambientes completamente adversos. Em meu artigo anterior, do mês de Setembro, ressaltei a pontuação ITRA, a qual, no final das contas, faz um filtro de atletas que estão ou não preparados para encarar certos desafios. Subir sua pontuação ITRA é com certeza uma mostra de que estará preparado de forma adequado para a competição.

Consulte seu treinador, escolha as melhores estratégias, se prepare de forma adequada e curta tudo que o Trail Running tem a nos oferecer.

Um grande abraço,

Raphael Bonatto

CREF 7860-G/PR

Treinador – Go On Outdoor Assessoria Esportiva

Trail Running

Maternidade e corrida. Os superpoderes das mães corredoras!

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A mulher é conhecida por ter o dom de conseguir realizar diversas atividades ao mesmo tempo, exercendo vários papeis em sua rotina diária, tendo que dar conta de dupla ou até tripla jornada, conciliando a vida pessoal, com a profissional, familiar, e, no caso das corredoras, a vida esportiva.

E, quando se é mãe, desdobrar-se em duas ou três é ainda mais desafiador, tendo em vista que estamos tratando de uma relação de dependência entre filho e mãe. Mas, na maioria das vezes, a corrida acaba sendo, inclusive, uma oportunidade para extravasar dias abarrotados de tarefas e compromissos.

Não são raros os casos de mães ultramaratonistas, por exemplo, que realizaram grandes provas em período de amamentação. Um dos mais icônicos é o da britânica Sophie Power, que, em 2018, durante a Ultra Trail du Mont Blanc, a prova de trail mais famosa do mundo, parava nos postos de apoio ao longo da corrida para encher a bomba de leite, já que o bebê se alimentava de três em três horas. E, ao completar cerca de 16 horas de prova, ela mesma alimentou diretamente o filho, que a esperava, junto com o pai, em outro ponto de apoio. A foto de Power viralizou nas redes sociais, após ser publicada no perfil oficial do Strava.

Foto: Alexis Berg/Strava

Outro caso que também virou notícia aconteceu em 2023. Sophie Carter, do Reino Unido, aos 43 anos, correu e venceu os 100 quilômetros da Race to the Stones, de Lewknor a Avebury, no Reino Unido, com um tempo incrível de 9h50min25, mesmo fazendo paradas periódicas para extrair leite para seu bebê de 8 meses.

Para conseguir tal façanha, ela usou uma bomba específica para extrair o leite, chamada Elvie Pump. O aparelho não atrapalha a corrida como uma bomba manual poderia atrapalhar. Depois da ordenha, ela entregava o leite ao seu parceiro em intervalos durante a corrida.

Foto: Reprodução/ Kidspot

Um terceiro caso foi de outra britânica, Jasmin Paris, que, em 2019, se tornou a primeira mulher a vencer a ultramaratona Montane Spine Race, que tem 431 Km de extensão, largando em Derbyshire, na região central da Inglaterra, e percorrendo até a fronteira com a Escócia. Ela superou todos os homens e mulheres oponentes e cruzou a linha de chegada em 83h12min23, quebrando o recorde da competição, e, seguindo os dois exemplos anteriores, e ordenhava leite entre uma parada e outra nos postos de controle do caminho, para amamentar seu bebê de 1 ano.

Foto: Reprodução

Como conciliar a maternidade com a rotina de treinos?

Só pelos exemplos citados acima, comprovamos que as mulheres são realmente super-heroínas, ao conseguirem conciliar tantos papeis em uma pessoa só. Mas, semelhantes a elas, existem inúmeros casos parecidos, de mulheres que dividem as tarefas de mãe, esposa, profissional, e, claro, corredora.

Um exemplo é a Tatiane Glória da Mota, de São Paulo, que corre desde 2016, sem treinamento específico, mas desde final de 2022 treina com a assessoria Go On Outdoor, para se preparar especialmente para corridas de montanha.

Ela é mãe do Gustavo, de 4 anos, que nasceu no auge da pandemia de Covid-19, em meio a momentos de medo e incertezas. “Como se não bastasse, eu tive uma complicação no puerpério que me deixou cinco dias na UTI, logo, nos primeiros cinco dias de vida do meu filhote. Com o nascimento do Gu, pandemia, dias na UTI, aprendi a lidar com alguns medos e encarar a vida de outra maneira”, declara Tatty.

Antes disso, ela já corria, mas sem treinamentos específicos. Ela conta que realizou algumas provas bacanas, como XTerra Ilhabela, Escape Trail Run Campos do Jordão e a mais desafiadora, na ocasião, sem treinamento específico, que foi a KTR Serra Fina 25 Km, em 2022, prova com um trajeto novo, largando da cidade de Lavrinhas SP, passando pelo Pico Agudo, até o Quartzito, e descendo em direção a Passa Quatro. “Nossa como eu sofri nessa prova, sem preparo, sem treinamento específico. O propósito era chegar e encontrar meu filho. Foi uma prova que tive oportunidade de pensar em todas as dificuldades que eu havia enfrentado, e isso me fez forte para finalizá-la e chegar ao pórtico com meu troféu nas mãos”, destaca.

Tatiane chegando com o seu maior “troféu” em mãos. Foto: Arquivo Pessoal

Essa prova foi o marco para Tatiane compreender a importância de correr com suporte de treinamento específico, ter um treinador que a orientasse e uma base de fortalecimento.

Por mais que a maternidade exigisse uma dedicação e um tempo maior de Tatiane, foi na corrida que ela encontrou ainda mais forças para encarar essa rotina de ter que desempenhar várias “personagens”.

“A maternidade só acrescentou para que eu enfrentasse novos desafios e para eu correr com o propósito de também ser exemplo para meu filho. Mas… e o mas, está presente, porque nem tudo são flores: dedicar-se a uma atividade exige estar ausente em alguns momentos”, afirma.

Ela ressalta que a corrida foi uma forma de deixar a rotina um pouco mais leve. “Me dedicar à corrida de montanha é ter na minha rotina diária (trabalho, ser mãe, esposa, dona de casa…) Ter um tempo só meu e me sentir feliz por também, dentro da correria do dia, fazer a minha melhor entrega no esporte que eu escolhi pra aprender e evoluir”, declara.

Gustavo mostrando que a paixão pela corrida já está no sangue! Foto: Arquivo pessoal

Mas, obviamente, tirar um tempo para se dedicar aos treinos de corrida exigiu um suporte familiar maior. “Não posso deixar de mencionar o quão é importante a rede de apoio, meu esposo, João, que também corre montanha, é um superpai e um mega parceiro, me incentivando nos treinos e sempre sendo meu suporte nas provas.

Tai, Gustavo e João. Chegada em família na La Misión Brasil! Foto: Arquivo pessoal

Conciliar tantas atividades não é tarefa fácil, e podemos tirar algumas dicas do depoimento da nossa entrevistada. Investir em uma assessoria esportiva, por exemplo, é um ponto muito positivo, já que, ter os treinos bem dosados conforme a rotina diária e para objetivos específicos, acompanhados por um profissional, além de diminuir os riscos de lesão, é bem mais motivador.

O suporte dos familiares também é fundamental. Uma rede de apoio de família e amigos, que incentivem e estimulem o hábito da corrida é essencial e só vai melhorar essa relação da mãe com todos ao redor e consigo mesma.

E, para finalizar, como é de praxe no meio da corrida, estamos sempre influenciando e incentivando outras pessoas à prática do esporte que tanto amamos, e, com os filhos não pode ser diferente. A maioria das corridas estimula a presença do público infantil, inclusive com a modalidade de corrida kids, portanto, nada melhor do que correr em família e levar os pequenos também para se familiarizar com o ambiente das provas, e, claro, participar das corridas infantis, o que é muito desejável, não apenas em relação à saúde física, mas também à socialização dos pequenos.

Wanderson Nascimento

Jornalista, corredor de trilha e acadêmico de Educação Física

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Trail Running

Como Prevenir e Tratar Lesões Comuns no Trail Running

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O trail running, devido à sua natureza desafiadora e terrenos irregulares, pode aumentar o risco de lesões. Conhecer as lesões mais comuns e como preveni-las e tratá-las pode ajudar a manter-se saudável e ativo nas trilhas.

Lesões Comuns no Trail Running

  1. Entorses de Tornozelo: Uma das lesões mais frequentes, causada por pisar em terrenos irregulares.
  2. Fascite Plantar: Inflamação da fáscia plantar, geralmente resultante de sobrecarga ou calçados inadequados.
  3. Síndrome da Banda Iliotibial (ITBS): Dor ao longo da parte externa do joelho, comum em corredores de longa distância.
  4. Canelite: Dor na parte frontal da canela, muitas vezes causada por aumento rápido da intensidade ou volume de treino.

Prevenção de Lesões

  1. Fortalecimento Muscular: Realize exercícios de fortalecimento para os músculos estabilizadores, quadríceps, panturrilhas e core. O fortalecimento dos tornozelos também é crucial.
  2. Aquecimento e Alongamento: Sempre aqueça antes dos treinos e faça alongamentos dinâmicos. Após a corrida, realize alongamentos estáticos para melhorar a flexibilidade.
  3. Calçados Adequados: Use tênis de trail running com bom suporte e tração. Substitua os calçados regularmente para evitar desgaste excessivo.
  4. Treinamento Progresso: Aumente a intensidade e o volume de treino gradualmente para permitir que seu corpo se adapte às novas demandas.

Tratamento de Lesões

  1. Descanso: Descanse a área lesionada para evitar agravamento. O descanso é essencial para a recuperação.
  2. Gelo: Aplique gelo nas áreas doloridas para reduzir a inflamação e a dor. Utilize compressas de gelo por 15-20 minutos várias vezes ao dia.
  3. Compressão e Elevação: Use bandagens de compressão para reduzir o inchaço e eleve a área lesionada para diminuir a inflamação.
  4. Fisioterapia: Consulte um fisioterapeuta especializado em esportes para tratamento específico e orientação sobre exercícios de reabilitação.

Conclusão

A prevenção e o tratamento adequados das lesões são fundamentais para uma prática segura e sustentável do trail running. Implementar estratégias de fortalecimento, alongamento e o uso de calçados adequados pode reduzir significativamente o risco de lesões. Para mais dicas e informações, continue acompanhando a Runners Brasil.

Por: Redação Runners Brasil

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Guia Completo para Iniciantes no Trail Running

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Se aventurar pelas trilhas e montanhas, sentir a conexão com a natureza e desafiar os limites físicos e mentais. Essa é a essência do Trail Running, uma modalidade de corrida que vem conquistando cada vez mais adeptos em busca de experiências únicas e desafiadoras. Para os corredores iniciantes que desejam explorar esse universo emocionante, é essencial estar bem preparado e conhecer os fundamentos básicos do Trail Running. Neste guia completo, vamos abordar desde a escolha do tênis ideal até dicas de nutrição, segurança, treinamento e sustentabilidade, proporcionando um roteiro completo para os novatos que desejam se aventurar nas trilhas com segurança, conhecimento e paixão pela corrida. Prepare-se para embarcar nessa jornada emocionante e descobrir um novo mundo de possibilidades no Trail Running.

1. Escolha do Tênis Ideal: Descubra qual o melhor tipo de tênis para iniciar no Trail Running e como adaptar o calçado de corrida de rua para as trilhas.

2. Equipamentos Essenciais: Conheça os equipamentos indispensáveis para a prática do Trail Running, como coletes de hidratação e mochilas, além de dicas sobre o que levar nas corridas.

3. Nutrição e Hidratação: Saiba como se alimentar e se hidratar adequadamente durante os treinos e provas de Trail Running, incluindo a importância de suplementos e gel de carboidrato.

4. Distâncias Recomendadas: Descubra qual a melhor distância para começar a treinar e participar de provas de Trail Running, levando em consideração a elevação do terreno.

5. Segurança e Primeiros Socorros: Entenda a importância de ter um kit de primeiros socorros durante as corridas, com itens essenciais para lidar com possíveis imprevistos.

6. Treinamento Específico: Conheça dicas de treinamento específicas para o Trail Running, incluindo como se preparar para terrenos variados e ganhos de elevação.

7. Sustentabilidade e Preservação: Saiba como contribuir para a preservação do meio ambiente durante suas corridas de Trail Running, incluindo o uso de copos reutilizáveis.

8. Compartilhando Experiências: Descubra a importância de trocar experiências com outros corredores de Trail Running e como isso pode enriquecer sua prática esportiva.

9. Planejamento de Treinos: Aprenda a planejar seus treinos de forma eficiente, considerando a progressão gradual e a importância do descanso na rotina de um corredor de Trail Running.

10. Motivação e Superando Desafios: Encontre dicas para manter a motivação e superar os desafios que surgem ao longo da jornada como corredor de Trail Running.

Por: Redação Runners Brasil

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