Trail Running
Como organizar as suas cargas de treinamento?
Publicados
2 anos atrásem
Planejar um programa de treinamento é um dos fatores determinantes para se atingir os objetivos propostos, evitar lesões, obter um melhor rendimento esportivo e qualidade de vida, garantindo com isso melhores resultados a curto, médio e longo prazo.
A periodização é um processo de estruturação das fases de treinamento, que busca atingir níveis máximos ou ótimos das capacidades físicas, da técnica, tática e psicológica dos atletas, através de avaliações periódicas com a finalidade de verificar quais são os pontos que foram bem trabalhados e áreas que devem sofrer alterações na aplicação dos treinamentos.
Sabendo disso, podemos ter uma breve noção de que nem sempre correr mais é o melhor para o seu organismo. Existem diversos fatores que devem ser observados e um deles é o tempo de recuperação entre uma sessão e outra de treinamento. Um dos maiores erros dos atletas amadores é não respeitar o seu corpo, realizando corridas intensas ou longas de forma constante, sem respeitar o descanso. Com isso, a performance tende a cair e aparecem as temidas lesões.
O monitoramento das cargas deve levar em conta suas respostas às cargas das sessões de treino aplicadas e competições, para que as-sim possam ser feitos os ajustes necessários.
Existem dois tipos de cargas: externa e interna, vamos detalhar:
– Carga Externa: carga de trabalho executada, quantificada através das ações motoras realizadas, por exemplo, uma sessão com 10 tiros de 400 metros.
– Carga Interna: são os efeitos fisiológicos e psicológicos da carga externa em nosso organismo, ou seja, aquilo que sentimos durante e após o treinamento.
Neste caso, é importante que você saiba monitorar esta carga interna através, principalmente, da sua percepção de esforço. Existem alguns modelos de tabelas que mensuram o esforço do atleta sem necessariamente avaliar marcadores bioquímicos ou parâmetros fisiológicos inacessíveis em campo, como o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) e avaliação de lactato sanguíneo.
A Escala de Foster é um bom exemplo e pode auxiliar fazendo uma conta simples: considerando o seu esforço na sessão de treinamento e multiplicando pelos minutos que durou, podemos montar um gráfico e controlar nossas cargas de forma arbitrária.
Por exemplo, meu grau de esforço foi difícil (nota 5 pela Escala de Foster) e durou 60 minutos. Isso quer dizer que minha carga, nesta sessão de treinos foi de 300 unidades. Se eu for treinar amanhã, preciso que o treino seja mais tranquilo, ou seja, abaixo de 300 unidades. Com isso, posso programar uma sessão de corrida leve de 40 minutos com uma sensação de esforço 2 e ter uma carga de 80 unidades.
Para se evitar o famoso overtraining, outras unidades de carga interna são analisadas, como a qualidade do sono, fadiga excessiva, stress, humor, dor muscular tardia, doenças, utilização de medicamentos, etc.
Existem diversos modelos de periodização que podem ser utilizados, assim como meios e métodos de realização.
É importante que o programa de treinamento não deixe de avaliar algumas variáveis como a quantidade de dias e sessões de treino que o atleta vai realizar na semana, o volume, a intensidade, duração da recuperação, fases do treinamento, provas-alvo e assim por diante. Por isso ressalto a importância de conhecer o seu próprio corpo e, se possível, contar com um treinador experiente que auxilie neste processo.
Bons treinos
Por: Prof. Esp. Raphael Bonatto
CREF 7860-G/PR
Go On Outdoor Assessoria Esportiva www.goonoutdoor.run
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Trail Running
Maternidade e corrida. Os superpoderes das mães corredoras!
Publicados
3 meses atrásem
13/07/2024De
Redação RRBA mulher é conhecida por ter o dom de conseguir realizar diversas atividades ao mesmo tempo, exercendo vários papeis em sua rotina diária, tendo que dar conta de dupla ou até tripla jornada, conciliando a vida pessoal, com a profissional, familiar, e, no caso das corredoras, a vida esportiva.
E, quando se é mãe, desdobrar-se em duas ou três é ainda mais desafiador, tendo em vista que estamos tratando de uma relação de dependência entre filho e mãe. Mas, na maioria das vezes, a corrida acaba sendo, inclusive, uma oportunidade para extravasar dias abarrotados de tarefas e compromissos.
Não são raros os casos de mães ultramaratonistas, por exemplo, que realizaram grandes provas em período de amamentação. Um dos mais icônicos é o da britânica Sophie Power, que, em 2018, durante a Ultra Trail du Mont Blanc, a prova de trail mais famosa do mundo, parava nos postos de apoio ao longo da corrida para encher a bomba de leite, já que o bebê se alimentava de três em três horas. E, ao completar cerca de 16 horas de prova, ela mesma alimentou diretamente o filho, que a esperava, junto com o pai, em outro ponto de apoio. A foto de Power viralizou nas redes sociais, após ser publicada no perfil oficial do Strava.
Outro caso que também virou notícia aconteceu em 2023. Sophie Carter, do Reino Unido, aos 43 anos, correu e venceu os 100 quilômetros da Race to the Stones, de Lewknor a Avebury, no Reino Unido, com um tempo incrível de 9h50min25, mesmo fazendo paradas periódicas para extrair leite para seu bebê de 8 meses.
Para conseguir tal façanha, ela usou uma bomba específica para extrair o leite, chamada Elvie Pump. O aparelho não atrapalha a corrida como uma bomba manual poderia atrapalhar. Depois da ordenha, ela entregava o leite ao seu parceiro em intervalos durante a corrida.
Um terceiro caso foi de outra britânica, Jasmin Paris, que, em 2019, se tornou a primeira mulher a vencer a ultramaratona Montane Spine Race, que tem 431 Km de extensão, largando em Derbyshire, na região central da Inglaterra, e percorrendo até a fronteira com a Escócia. Ela superou todos os homens e mulheres oponentes e cruzou a linha de chegada em 83h12min23, quebrando o recorde da competição, e, seguindo os dois exemplos anteriores, e ordenhava leite entre uma parada e outra nos postos de controle do caminho, para amamentar seu bebê de 1 ano.
Como conciliar a maternidade com a rotina de treinos?
Só pelos exemplos citados acima, comprovamos que as mulheres são realmente super-heroínas, ao conseguirem conciliar tantos papeis em uma pessoa só. Mas, semelhantes a elas, existem inúmeros casos parecidos, de mulheres que dividem as tarefas de mãe, esposa, profissional, e, claro, corredora.
Um exemplo é a Tatiane Glória da Mota, de São Paulo, que corre desde 2016, sem treinamento específico, mas desde final de 2022 treina com a assessoria Go On Outdoor, para se preparar especialmente para corridas de montanha.
Ela é mãe do Gustavo, de 4 anos, que nasceu no auge da pandemia de Covid-19, em meio a momentos de medo e incertezas. “Como se não bastasse, eu tive uma complicação no puerpério que me deixou cinco dias na UTI, logo, nos primeiros cinco dias de vida do meu filhote. Com o nascimento do Gu, pandemia, dias na UTI, aprendi a lidar com alguns medos e encarar a vida de outra maneira”, declara Tatty.
Antes disso, ela já corria, mas sem treinamentos específicos. Ela conta que realizou algumas provas bacanas, como XTerra Ilhabela, Escape Trail Run Campos do Jordão e a mais desafiadora, na ocasião, sem treinamento específico, que foi a KTR Serra Fina 25 Km, em 2022, prova com um trajeto novo, largando da cidade de Lavrinhas SP, passando pelo Pico Agudo, até o Quartzito, e descendo em direção a Passa Quatro. “Nossa como eu sofri nessa prova, sem preparo, sem treinamento específico. O propósito era chegar e encontrar meu filho. Foi uma prova que tive oportunidade de pensar em todas as dificuldades que eu havia enfrentado, e isso me fez forte para finalizá-la e chegar ao pórtico com meu troféu nas mãos”, destaca.
Essa prova foi o marco para Tatiane compreender a importância de correr com suporte de treinamento específico, ter um treinador que a orientasse e uma base de fortalecimento.
Por mais que a maternidade exigisse uma dedicação e um tempo maior de Tatiane, foi na corrida que ela encontrou ainda mais forças para encarar essa rotina de ter que desempenhar várias “personagens”.
“A maternidade só acrescentou para que eu enfrentasse novos desafios e para eu correr com o propósito de também ser exemplo para meu filho. Mas… e o mas, está presente, porque nem tudo são flores: dedicar-se a uma atividade exige estar ausente em alguns momentos”, afirma.
Ela ressalta que a corrida foi uma forma de deixar a rotina um pouco mais leve. “Me dedicar à corrida de montanha é ter na minha rotina diária (trabalho, ser mãe, esposa, dona de casa…) Ter um tempo só meu e me sentir feliz por também, dentro da correria do dia, fazer a minha melhor entrega no esporte que eu escolhi pra aprender e evoluir”, declara.
Mas, obviamente, tirar um tempo para se dedicar aos treinos de corrida exigiu um suporte familiar maior. “Não posso deixar de mencionar o quão é importante a rede de apoio, meu esposo, João, que também corre montanha, é um superpai e um mega parceiro, me incentivando nos treinos e sempre sendo meu suporte nas provas.
Conciliar tantas atividades não é tarefa fácil, e podemos tirar algumas dicas do depoimento da nossa entrevistada. Investir em uma assessoria esportiva, por exemplo, é um ponto muito positivo, já que, ter os treinos bem dosados conforme a rotina diária e para objetivos específicos, acompanhados por um profissional, além de diminuir os riscos de lesão, é bem mais motivador.
O suporte dos familiares também é fundamental. Uma rede de apoio de família e amigos, que incentivem e estimulem o hábito da corrida é essencial e só vai melhorar essa relação da mãe com todos ao redor e consigo mesma.
E, para finalizar, como é de praxe no meio da corrida, estamos sempre influenciando e incentivando outras pessoas à prática do esporte que tanto amamos, e, com os filhos não pode ser diferente. A maioria das corridas estimula a presença do público infantil, inclusive com a modalidade de corrida kids, portanto, nada melhor do que correr em família e levar os pequenos também para se familiarizar com o ambiente das provas, e, claro, participar das corridas infantis, o que é muito desejável, não apenas em relação à saúde física, mas também à socialização dos pequenos.
Wanderson Nascimento
Jornalista, corredor de trilha e acadêmico de Educação Física
Trail Running
Como Prevenir e Tratar Lesões Comuns no Trail Running
Publicados
4 meses atrásem
11/06/2024De
Pablo MateusO trail running, devido à sua natureza desafiadora e terrenos irregulares, pode aumentar o risco de lesões. Conhecer as lesões mais comuns e como preveni-las e tratá-las pode ajudar a manter-se saudável e ativo nas trilhas.
Lesões Comuns no Trail Running
- Entorses de Tornozelo: Uma das lesões mais frequentes, causada por pisar em terrenos irregulares.
- Fascite Plantar: Inflamação da fáscia plantar, geralmente resultante de sobrecarga ou calçados inadequados.
- Síndrome da Banda Iliotibial (ITBS): Dor ao longo da parte externa do joelho, comum em corredores de longa distância.
- Canelite: Dor na parte frontal da canela, muitas vezes causada por aumento rápido da intensidade ou volume de treino.
Prevenção de Lesões
- Fortalecimento Muscular: Realize exercícios de fortalecimento para os músculos estabilizadores, quadríceps, panturrilhas e core. O fortalecimento dos tornozelos também é crucial.
- Aquecimento e Alongamento: Sempre aqueça antes dos treinos e faça alongamentos dinâmicos. Após a corrida, realize alongamentos estáticos para melhorar a flexibilidade.
- Calçados Adequados: Use tênis de trail running com bom suporte e tração. Substitua os calçados regularmente para evitar desgaste excessivo.
- Treinamento Progresso: Aumente a intensidade e o volume de treino gradualmente para permitir que seu corpo se adapte às novas demandas.
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Tratamento de Lesões
- Descanso: Descanse a área lesionada para evitar agravamento. O descanso é essencial para a recuperação.
- Gelo: Aplique gelo nas áreas doloridas para reduzir a inflamação e a dor. Utilize compressas de gelo por 15-20 minutos várias vezes ao dia.
- Compressão e Elevação: Use bandagens de compressão para reduzir o inchaço e eleve a área lesionada para diminuir a inflamação.
- Fisioterapia: Consulte um fisioterapeuta especializado em esportes para tratamento específico e orientação sobre exercícios de reabilitação.
Conclusão
A prevenção e o tratamento adequados das lesões são fundamentais para uma prática segura e sustentável do trail running. Implementar estratégias de fortalecimento, alongamento e o uso de calçados adequados pode reduzir significativamente o risco de lesões. Para mais dicas e informações, continue acompanhando a Runners Brasil.
Por: Redação Runners Brasil
Trail Running
Guia Completo para Iniciantes no Trail Running
Publicados
4 meses atrásem
07/06/2024De
Pablo MateusSe aventurar pelas trilhas e montanhas, sentir a conexão com a natureza e desafiar os limites físicos e mentais. Essa é a essência do Trail Running, uma modalidade de corrida que vem conquistando cada vez mais adeptos em busca de experiências únicas e desafiadoras. Para os corredores iniciantes que desejam explorar esse universo emocionante, é essencial estar bem preparado e conhecer os fundamentos básicos do Trail Running. Neste guia completo, vamos abordar desde a escolha do tênis ideal até dicas de nutrição, segurança, treinamento e sustentabilidade, proporcionando um roteiro completo para os novatos que desejam se aventurar nas trilhas com segurança, conhecimento e paixão pela corrida. Prepare-se para embarcar nessa jornada emocionante e descobrir um novo mundo de possibilidades no Trail Running.
1. Escolha do Tênis Ideal: Descubra qual o melhor tipo de tênis para iniciar no Trail Running e como adaptar o calçado de corrida de rua para as trilhas.
2. Equipamentos Essenciais: Conheça os equipamentos indispensáveis para a prática do Trail Running, como coletes de hidratação e mochilas, além de dicas sobre o que levar nas corridas.
3. Nutrição e Hidratação: Saiba como se alimentar e se hidratar adequadamente durante os treinos e provas de Trail Running, incluindo a importância de suplementos e gel de carboidrato.
4. Distâncias Recomendadas: Descubra qual a melhor distância para começar a treinar e participar de provas de Trail Running, levando em consideração a elevação do terreno.
5. Segurança e Primeiros Socorros: Entenda a importância de ter um kit de primeiros socorros durante as corridas, com itens essenciais para lidar com possíveis imprevistos.
6. Treinamento Específico: Conheça dicas de treinamento específicas para o Trail Running, incluindo como se preparar para terrenos variados e ganhos de elevação.
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7. Sustentabilidade e Preservação: Saiba como contribuir para a preservação do meio ambiente durante suas corridas de Trail Running, incluindo o uso de copos reutilizáveis.
8. Compartilhando Experiências: Descubra a importância de trocar experiências com outros corredores de Trail Running e como isso pode enriquecer sua prática esportiva.
9. Planejamento de Treinos: Aprenda a planejar seus treinos de forma eficiente, considerando a progressão gradual e a importância do descanso na rotina de um corredor de Trail Running.
10. Motivação e Superando Desafios: Encontre dicas para manter a motivação e superar os desafios que surgem ao longo da jornada como corredor de Trail Running.
Por: Redação Runners Brasil
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