Correr sem lesão
Como evitar lesões durante o treino da maratona

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1 ano atrásem

Já dizia Emil Zapotek “se quiser correr, corra uma milha, se quiser experimentar outra vida corra uma maratona.” Correr e terminar uma maratona é uma sensação indescritível que só quem já completou pode explicar. Por outro lado, um treino de maratona exige mudanças no estilo de vida que muitas vezes o corpo não está totalmente preparado para suportar e se não for feito de maneira correta e progressiva pode levar ao aparecimento de lesões que te deixarão mais distante deste sonho.
Quando falamos em lesões é importante sempre dizer que o aparecimento destas lesões e de natureza multifatorial. Quanto mais fatores conseguimos identificar e corrigir ou adequar maiores são as nossas chances de passar por este período sem sofrer uma lesão mais grave.
Durante uma periodização para correr uma maratona, o atleta pode chegar num volume de até 100 km por semana dependendo do objetivo dentro da maratona e da metodologia aplicada pelo treinador. Dentro do raciocínio da natureza multifatorial das lesões, talvez o fator mais importante para atravessar este período sem sofrer lesões seja, aumentar o volume de maneira mais progressiva possível. Isto só acontecerá se o atleta iniciar a periodização cedo. A maioria dos protocolos falam em torno de 20 semanas. Obviamente quanto mais iniciante ou descondicionado a pessoa esteja, este tempo poderá ser bem maior.

Outro fator importante é o reforço da musculatura. A ciência tem nos mostrado a importância do fortalecimento para o corredor, mas se este fortalecimento não for feito da maneira correta e no tempo certo poderá ter um efeito reverso. O treino de musculação ou similar concomitante ao pico de volume no ciclo de maratona pode promover um catabolismo muscular superior a capacidade do músculo em se regenerar, é neste momento que acontecem os estiramentos musculares e outras lesões de overuse. Um modelo que é utilizado com sucesso em outras modalidades é o da pré temporada. Antes de iniciar o ciclo de maratona o atleta realizaria um trabalho pesado de reforço muscular que o permitiria afrouxar o reforço muscular durante a fase mais pesada do ciclo de treinamento para a maratona.

O aumento do volume e da intensidade naturais na periodização para maratona exige muito do sistema músculo esquelético. O uso correto das técnicas de recuperação será também peça chave no objetivo de correr sem lesão. Técnicas como a massagem esportiva, bota de compressão pneumática, criomassagem, inibição miofascial dentre outras devem a medida da necessidade serem utilizadas pelo corredor. Respeitar o sono e descanso é a medida de recuperação com maior comprovação científica. O treino de maratona exige mudanças na forma de interagir com a sociedade, se você não está preparado para isso, talvez devesse repensar se realmente é o momento certo de encarar este desafio. Atletas mais experientes que têm maior resistência e autoconhecimento e conseguem lidar melhor com estas mudanças no estilo de vida.
Para os que já fizeram alguma maratona ou ultramaratona sabem que a dor muitas vezes faz parte da rotina do maratonista. Dor não necessariamente é sinal de lesão, mas a dor persistente e progressiva é um aviso. Quando isto ocorrer procure um profissional capacitado para que este lhe ajude a interpretar de maneira correta a natureza dos sintamos para que sua dor não se transforme em uma lesão e você tenha que abandonar o sonho da maratona.
O dia da maratona com certeza será o dia mais importante do seu ano esportivo, chegar neste dia bem preparado e descansado é fundamental para o sucesso na reta final da empreitada. Alguns dias antes da maratona priorize o descanso, cuide da parte nutricional, emocional e boa prova.
Alexandre Rosa @alexandrecarlosrosa
Fisioterapeuta e maratonista
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Correr sem lesão
Iliopsoas: um músculo que pode ajudar na performance da corrida

Publicados
1 semana atrásem
15/09/2023
O músculo iliopsoas é uma estrutura muscular complexa e fundamental no corpo humano, desempenhando um papel crucial em uma variedade de atividades e movimentos. Ele é formado pela junção de dois músculos: o músculo ilíaco (também chamado de ilíaco) e o músculo psoas maior. Localizado na região da pelve e parte anterior da coluna vertebral, o iliopsoas é frequentemente referido como o “músculo do quadril”. Sua importância se estende para várias áreas da saúde e da atividade física, incluindo a postura, a biomecânica e a mobilidade do corpo.
O músculo iliopsoas desempenha um papel fundamental na corrida, pois está envolvido em vários aspectos do movimento e na estabilização da pelve durante a atividade física. Ele é composto pelo ilíaco e pelo músculo psoas maior, e é responsável por flexionar o quadril e estabilizar a coluna lombar. Aqui estão algumas das maneiras pelas quais o músculo iliopsoas é importante para a corrida:
Flexão do Quadril: Durante a corrida, o músculo iliopsoas trabalha para flexionar o quadril, movendo a coxa para frente em relação ao tronco. Esse movimento é crucial para levantar a perna do chão e dar o próximo passo.
Impulso e Propulsão: Quando o pé entra em contato com o solo durante a corrida, o iliopsoas ajuda a criar impulso ao flexionar o quadril e puxar a perna para frente. Isso contribui para a propulsão do corpo para a próxima passada.
Estabilização da Pelve: O músculo iliopsoas desempenha um papel na estabilização da pelve durante a corrida. A estabilidade da pelve é importante para manter uma postura adequada e para garantir que a energia gerada durante o movimento seja transmitida eficientemente pelas pernas.

Alinhamento Postural: O equilíbrio adequado entre os músculos do iliopsoas e outros músculos do core ajuda a manter um alinhamento postural saudável durante a corrida. Isso pode reduzir o risco de lesões e melhorar a biomecânica do movimento.
Eficiência do Movimento: Um iliopsoas bem condicionado pode contribuir para a eficiência do movimento durante a corrida, permitindo uma melhor coordenação entre os músculos envolvidos na ação de corrida.
Atividades Esportivas e Cotidianas: Além de seu papel na corrida, o iliopsoas é essencial para uma variedade de atividades físicas, como saltar, dançar, nadar e praticar esportes em geral. Ele também desempenha funções cotidianas, como levantar-se de uma cadeira ou subir escadas.
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É importante notar que, como em qualquer atividade física, a importância do músculo iliopsoas na corrida está intrinsecamente ligada à sua saúde, força e flexibilidade. Um músculo iliopsoas forte e flexível pode ajudar a melhorar a biomecânica da corrida, reduzir o risco de lesões e melhorar o desempenho geral. Portanto, é aconselhável incluir exercícios de fortalecimento e alongamento do iliopsoas como parte de um programa de treinamento para corredores
Independentemente da corrida, manter o músculo iliopsoas saudável é importante para evitar problemas posturais, desequilíbrios musculares e lesões. Alongamentos regulares e exercícios de fortalecimento podem contribuir para a saúde e flexibilidade do iliopsoas. Porém, é recomendável procurar orientação de um profissional de saúde ou fisioterapeuta antes de iniciar qualquer programa de exercícios, especialmente se você estiver enfrentando desconforto ou dor.
Em suma, o músculo iliopsoas desempenha um papel multifacetado na função corporal, desde a mobilidade até a postura. Sua compreensão e cuidado adequado são essenciais para manter um corpo saudável e funcional.
Por: Alexandre Rosa


A tendinopatia patelar é uma condição que afeta o tendão patelar (também conhecido como tendão do quadríceps), que conecta a patela (rótula) à tíbia (osso da canela). Essa condição é comum em atletas e pessoas que realizam atividades físicas com movimentos repetitivos que envolvem os joelhos, como correr, saltar ou agachar.
É importante ressaltar que o tratamento da tendinopatia patelar deve ser individualizado e orientado por um profissional de saúde, como um fisioterapeuta ou médico especialista em medicina esportiva. No entanto, existem alguns exercícios que podem ser benéficos para ajudar no processo de reabilitação. Entretanto, lembre-se sempre de consultar um profissional antes de iniciar qualquer programa de exercícios para garantir que eles sejam adequados para o seu caso específico.
Exercícios de fortalecimento excêntrico do quadríceps: Os exercícios excêntricos são aqueles em que o músculo se alonga enquanto está sob tensão. Para a tendinopatia patelar, um exemplo clássico é o agachamento excêntrico. Para fazê-lo, apoie as costas de uma cadeira ou utilize uma parede para apoio, posicione-se em um agachamento com uma perna e desça lentamente (por cerca de 3-5 segundos) até a perna afetada ficar quase totalmente estendida. Use a perna não afetada para ajudá-lo a voltar à posição inicial e repita o movimento. Esse tipo de exercício tem se mostrado eficaz na reabilitação da tendinopatia patelar.
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Exercícios de fortalecimento dos músculos ao redor do quadril: Fortalecer os músculos do quadril, como os glúteos e abdutores do quadril, pode ajudar a reduzir a carga sobre o tendão patelar e melhorar a estabilidade do joelho. Exercícios como ponte de quadril, agachamento lateral e levantamento de perna lateral podem ser benéficos.
Alongamento dos músculos do quadríceps e isquiotibiais: Músculos flexíveis podem reduzir o estresse sobre o tendão patelar. Portanto, é importante incluir exercícios de alongamento dos músculos do quadríceps e isquiotibiais em sua rotina de reabilitação.
Trabalho de estabilidade e equilíbrio: Exercícios que desafiem a estabilidade do joelho podem ser úteis para fortalecer os músculos ao redor da articulação e melhorar o controle do movimento. Exercícios em superfícies instáveis, como prancha sobre bola suíça, podem ser incluídos.
Liberação miofascial: O uso de rolos de espuma ou bolas de liberação miofascial pode ajudar a relaxar os músculos tensos ao redor do joelho e reduzir a dor associada à tendinopatia patelar.
Treinamento de carga progressiva: Gradualmente, aumentar a intensidade e carga dos exercícios pode ajudar a fortalecer o tendão e os músculos de maneira segura e eficaz.
Lembrando novamente que cada caso é único, e um plano de reabilitação adequado deve ser elaborado por um profissional de saúde com experiência no tratamento de tendinopatia patelar ou lesões relacionadas aos joelhos. O acompanhamento regular e a consistência nos exercícios são fundamentais para uma recuperação bem-sucedida.
Por: Alexandre Rosa


Uma das lesões mais comuns, se não a mais comum, aos esportes é o estiramento muscular. A incidência desta lesão no tempo frio aumenta consideravelmente. Será que nossos músculos têm medo do frio?
O estiramento muscular, também conhecido como distensão muscular, ocorre quando as fibras musculares são esticadas além da sua capacidade normal. Essa condição pode ocorrer durante atividades físicas, como exercícios intensos, esportes ou até mesmo em situações cotidianas, por exemplo, ao levantar um objeto pesado de forma incorreta.
Quando um músculo é submetido a um estresse excessivo, as fibras musculares podem se alongar além do limite elástico resultando em danos. Isso pode causar dor, inchaço, espasmos musculares, fraqueza e dificuldade de movimento.
Existem algumas razões pelas quais o estiramento muscular pode se tornar mais comum no tempo frio. Vou destacar algumas delas:
No frio, os músculos tendem a contrair-se para se manterem aquecidos. Essa contração muscular constante pode levar a uma maior rigidez e uma redução da flexibilidade, o que aumenta o risco de estiramentos.
Baixas temperaturas podem reduzir a elasticidade dos tecidos musculares e conjuntivos. Isso significa que os músculos têm menor capacidade de se alongar e absorver o estresse durante o movimento, tornando-os mais propensos a sofrer estiramentos.
O frio pode causar uma vasoconstrição, ou seja, redução do diâmetro dos vasos sanguíneos. Consequentemente, ao reduzir o fluxo sanguíneo nos músculos haverá uma redução da oxigenação das células e do fornecimento de nutrientes necessários para manter os músculos saudáveis e flexíveis.
Em climas frios, tendemos a realizar movimentos mais rápidos e bruscos para evitar o desconforto do frio. Esses movimentos repentinos e não controlados podem sobrecarregar os músculos e aumentar o risco de estiramentos.
Além disso, em temperaturas frias é comum as pessoas não se aquecerem adequadamente antes de se exercitarem ou praticarem atividades físicas o que pode ser um fator favorável para que ocorra esse tipo de lesão, pois, o aquecimento prévio é fundamental para aumentar a temperatura muscular, melhorar a circulação sanguínea e preparar os músculos para o esforço físico, reduzindo assim o risco de estiramentos. Lembrando que, quando mais específico for o aquecimento melhor. No caso da corrida, um trote ou os educativos são ótimas opções.
Por fim, para prevenir estiramentos musculares no frio é importante realizar um bom aquecimento, vestir-se adequadamente para manter o corpo aquecido, fazer alongamentos suaves e evitar movimentos bruscos logo no início. E acima de tudo, mantenha-se hidratado e dê tempo suficiente ao corpo para que ele possa se recuperar entre um exercício e outro.
Por: Alexandre Rosa


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