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Canicross – Você sabe o que é?
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2 anos atrásem
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Redação RRBO Canicross traz inúmeros benefícios ao cão atleta, como melhora da saúde mental e física, pois diminui a ansiedade e promove o controle de peso e fortalecimento muscular. Além disso, por correrem juntos, aumenta a conexão entre o tutor e o cão.
Antes de iniciar os treinos de Canicross com o seu cão, você precisa se atentar a alguns fatores:
Idade: filhotes não devem praticar os treinos de Canicross da mesma forma que os adultos. Isso porque, durante a fase de crescimento, os cães não podem praticar exercícios intensos, pois ossos, músculos e articulações ainda estão em desenvolvimento.
Se você pretende praticar Canicross com este cão quando for adulto, aproveite a fase de crescimento para fazer exercícios de obediência e atenção, adaptação aos equipamentos de corrida (arnês e a guia conectada ao cinto). Além disso, a socialização é importantíssima, pois nas competições, ele irá conviver com vários outros cães.
Raça: para a pratica do Canicross, não há restrição de raça, porém cães braquicefálicos (os de focinho curto, como o buldogue por exemplo) não devem participar, devido à dificuldade respiratória imposta por sua anatomia.
Cães muito pequenos como Chihuahua, Maltês, Yorkshire, também não devem praticar o esporte, devido ao maior esforço para conseguir acompanhar o seu condutor e aos problemas articulares comuns nessas raças.
Saúde: é imprescindível que haja uma avaliação veterinária e um checkup antes de se iniciarem os treinos de Canicross. Alterações cardíacas e ortopédicas (luxação de patela e displasia por exemplo), devem ser minuciosamente avaliadas.
É importante que as vacinas e o controle de parasitas internos e externos também estejam em dia.
Equipamento adequado: para uma boa prática do esporte é necessário que haja segurança tanto para o condutor, como para o cão. Para isso, alguns equipamentos são essenciais, como o arnês, a guia elástica e o cinto adequados ao esporte.
Nutrição: assim como humanos que praticam esportes precisam adequar a alimentação, os cães também necessitam de algumas mudanças. A escolha do tipo de dieta, o cálculo da quantidade diária a ser oferecida e a necessidade ou não de suplementação deve ser feita de forma individualizada, levando em consideração as características do cão e o tipo e frequência de treinamento.
Cães que irão praticar o esporte de forma amadora, com treinos esporádicos, tem uma necessidade nutricional diferente dos cães de alta performance.
Mas aqui, precisamos de uma atenção especial. Deve-se ter muito cuidado com os horários e a quantidade oferecida em cada refeição, principalmente nos dias de treino e competições. Não é recomendado oferecer refeições antes ou imediatamente após o exercício. Isso porque o exercício intenso com o estômago cheio predispõe a uma condição gravíssima, chamada “torção gástrica”. É recomendado oferecer alimentação pelo menos 2 horas antes ou depois do treino, e de forma fracionada.
Hidratação: A hidratação pode e deve ser feita antes e depois do treino, porém, não deixe que o cão ingira grandes quantidades de água. Assim como a alimentação, não é recomendado manter o estômago cheio.
Durante a corrida, por serem percursos curtos, não há necessidade de oferecer água ao cão.
Temperatura: os treinos devem ser realizados sempre nos horários de temperatura mais amena. Jamais corra com seu cão sob sol forte. Um cuidado ainda maior deve-se ter com cães de pelagem escura, pois absorvem mais o calor.
Além da temperatura ambiente, temos que lembrar que o chão fica muito quente e isso traz muito desconforto para os cães, podendo até causar queimaduras nos coxins.
Como iniciar os treinos:
Primeiramente, os cães devem estar adaptados aos equipamentos.
Comece os treinos de forma mais leve e vá aumentando gradativamente, sempre respeitando o limite do cão.
As regras do esporte já são feitas pensando no bem estar e segurança do cão atleta. Nesse esporte quem dita o ritmo é o cão, que deve estar sempre a frente do condutor (no máximo a seu lado), não podendo ser puxado ou forçado a correr. Mesmo assim, é importante que você saiba identificar se o seu cão esta cansado, para saber o momento de diminuir o ritmo ou até de parar.
Diversifique os pisos onde acontecem os treinos. Corra no asfalto (tomando sempre cuidado com a temperatura), na grama, em pistas com pedriscos, terrenos molhados, enfim, em pisos diferentes para que seu cão acostume às diferentes texturas do solo. Lembre-se também de fazer isso de forma gradativa, para evitar desconforto.
Busque equipes de Canicross na sua cidade. Eles podem te ajudar com os treinos, tirar duvidas em relação às regras do esporte, ajudar com as inscrições em competições oficiais e de quebra, você e seu cão ainda poderão fazer novas amizades, com interesses em comum.
Se você ainda não teve a oportunidade de assistir a um campeonato de Canicross, procure um perto da sua casa e vá. Você verá como cães e humanos se conectam de forma única e quando terminam a prova, os olhares, carinhos e abraços coroam a sensação de dever cumprido.
Por: Dra Luciana Maciel Ferreira
Médica Veterinária
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A corrida é um esporte que você pode fazer sozinho em qualquer lugar, mas correr com companhia é sempre muito agradável. Imagina quando esta companhia é o seu melhor amigo. Correr com os cães de estimação tem se tornado cada vez mais comum. Mas o que pode ser feito para que isso não se torne fonte de lesões para o corredor?
Temos que entender que correr segurando um objeto como uma garrafinha de água ou com uma corda nos conectando com outro ser vivo altera nosso centro de massa. Mas o que é isso? Essa perturbação irá mudar a proporção de carga que nossas articulações recebem. Isso pode gerar uma sobrecarga em alguma estrutura como um músculo, tendão ou a própria coluna gerando assim uma série de lesões como tendinites, estiramentos musculares e dores na coluna. Quanto mais adestrado o cachorro for mais fácil será o processo de adaptação para o nosso corpo. Homem e cão devem estar sincronizados na velocidade e direção do movimento, correndo na mesma velocidade e direção para que a tensão gerada seja a menor possível.
Originalmente, no canicross europeu, o cão é conectado ao corpo do homem através de uma cinta e um colete de tração colocada na em forma de “cadeirinha”. Porém o que é mais comum no nosso dia a dia é uma guia simples onde o corredor segura o cão pela mão e punho. Ter a musculatura do tronco forte é importante nas duas situações. Na fase de adaptação do cão à corrida, onde as forças de tração são costumam ser maiores, grande parte da absorção da carga será feita por parte da musculatura do nosso tronco, talvez esta seja a principal diferença do ponto de vista biomecânica em relação à corrida de rua convencional. Ter esta musculatura forte e resistente pode ser um bom treinamento específico para o condutor.
Outros dois cuidados são importantes. O primeiro é tentar equilibrar as forças entre os lados do corpo. O rodízio entre o lado direito e esquerdo pode evitar certos vícios posturais ou até mesmo alterações de longo prazo na coluna como as escolioses. A maioria dos adestradores sugerem na condução que o cão vá a frente, neste caso cuidado com os movimentos de torção ou rotação do tronco que podem causar lesões na coluna e no quadril.
E por último tentar compatibilizar a proporção do cão com o tamanho do dono. Quanto maiores e mais fortes são os cães, exigem condutores do mesmo porte, obviamente, isso depende muito do nível de adestramento do seu cão.
E por fim lembrar sempre que seu corpo e do seu cão tem limites. Saiba sempre respeitá-los para que a atividade física com seu amigão seja sempre prazerosa.
Por: Alexandre Rosa
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