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Neurociência e a Corrida

As múltiplas inteligências e os corredores

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Você já ouviu falar na Teoria das Inteligências Múltiplas?

É comum percebemos no nosso círculo pessoal que temos algumas pessoas com certas habilidades e algumas que apresentam mais facilidade para aprender uma nova atividade enquanto outros tem mais facilidade para fazer amigos ou fazer cálculos. E outros demoram mais para aprender a falar em público.

E por qual motivo isso acontece?

Aqui entramos na Teoria das Múltiplas Inteligências de Howard Gardner, a manifestação de cada uma dessas habilidades são reflexos dos tipos de inteligência que temos mais desenvolvidas em nós. Elas se manifestam em múltiplas formas e não apenas por meio do raciocínio lógico.

Para explicar os diferentes tipos de inteligência que podemos desenvolver, Gardner criou, em 1994, a Teoria das Inteligências Múltiplas.

O que é a Teoria das Inteligências Múltiplas?

De acordo com a teoria, a inteligência deve ser analisada como um conjunto de aptidões humanas. Elas se manifestam de diversas maneiras e em níveis de desenvolvimento diferentes, capacitando cada indivíduo para resolver problemas em determinados ambientes.

Os estudos de Gardner apontam para a existência de 8 tipos de inteligência exploradas pelo ser humano:

1- Linguística;

2- Logico-matemática;

3- Musical;

4- Espacial;

5- Cinestésica;

6- Naturalística;

7- Interpessoal; e

8- Intrapessoal.

Todas as inteligências, segundo o cientista, são importantes para que o ser humano seja competente em suas habilidades e produtivo na sociedade.

Com essa visão, a Teoria das Inteligências Múltiplas rompe a ideia tradicional da inteligência como algo exclusivamente logico matemático e medido por meio de QI, e pontua o desenvolvimento de habilidades como um processo construtivo.

Se eu tiver apenas uma dessas inteligências, terei uma excelente performance profissional e pessoal?

Provavelmente não.

A Teoria das Inteligências Múltiplas, explora a ideia de inteligências até certo ponto independentes, mas que raramente funcionam isoladas. Em muitos casos, é possível observar pessoas que combinam o desenvolvimento de três tipos de habilidades para realizar um trabalho, como por exemplo um cirurgião. Ele necessita da inteligência espacial combinada com a destreza da corporal e foco no intrapessoal.

Há pessoas que desenvolveram todas essas inteligências?

São raros os casos de pessoas que possuem todas essas habilidades bem desenvolvidas, por isso é importante identificar nossas habilidades para estimular o desenvolvimento das Inteligências Múltiplas.

Características de cada uma das inteligências

Agora que você já conhece um pouco mais sobre essa interessante Teoria, compreenda melhor o que caracteriza cada corredor com o tipo de inteligência.

  1. Linguística

São os que detém a habilidade de relatar com exatidão alguma prova que participou, que conseguem se comunicar com outras pessoas facilmente, inclusive em outros idiomas. Profissões em destaque: jornalistas, políticos e poetas.

  1. Lógico-matemática

São os que conseguem facilmente calcular o pace, velocidade, distância e ajustar a rota para conseguir o resultado esperado. Profissões em destaque: cientistas, engenheiros, economistas.

  1. Espacial

São os que conseguem montar uma rota, um percurso e habilmente a alteram em se perderem. Profissionais em destaque: arquitetos, engenheiros, paisagistas, cirurgiões.

  1. Cinestésica

São os que tem coordenação motora, hábeis em perceber o movimento corporal e exuberantes nos treinos educativos. Profissionais em destaque: profissionais de educação física, atletas, cirurgiões. Essa inteligência é a única considerada pelos cientistas como capaz de gerar qualidade de vida quando aprimorada.

  1. Musical

São os que correm melhor escutando música. Profissionais em destaque: cantores, instrumentistas, fonoaudiólogos.

  1. Naturalística

São os que preferem trilhas, contato com a natureza. Profissionais em destaque: agrônomos, engenheiros florestais, ambientalistas.

  1. Interpessoal

São os que gostam de correr junto, montam equipes e são grandes incentivadores. Profissionais em destaque: psicólogos, terapeutas, treinadores.

  1. Intrapessoal

São os que gostam de correr longas distâncias e preferencialmente sozinhos, são focados e determinados. Profissionais em destaque: cirurgiões, controladores de tráfego aéreo, astronautas.

E aí, conseguiu identificar qual ou quais as suas inteligências mais desenvolvidas? A sugestão é que tenha pelo menos 3 delas.

O que é mais importante é que você compreenda que essas inteligências estão diretamente relacionadas com a sua performance pessoal e profissional. Quanto mais você desenvolver sua inteligência, mais sucesso e realizações perceberá na sua vida!

Dessa forma, se você quer aumentar sua habilidade intelectual para alcançar uma performance pessoal e profissional muito maior.

E o que é mais importante: é possível desenvolver as inteligências.

Isso mesmo: é possível desenvolver sua inteligência a fim de realizar mais e melhor! Para isso, você é preciso conhecer a fundo qual o seu perfil comportamental e assim investir em outras áreas para fomentar outras inteligências.

Neurociência e a Corrida

Eficiência e Segurança são palavras chaves para participar de um prova Trail Run

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Durante uma prova Trail Run, o cérebro humano coordena várias funções simultaneamente para que o atleta tenha melhor desempenho com eficiência e segurança.

A seguir temos 7 (sete) funções importantes:

Percepção do ambiente: O cérebro recebe informações sensoriais dos olhos, ouvidos e outros sentidos para ajudar a entender e interpretar o ambiente ao redor. Ele analisa o terreno, a inclinação, a vegetação e outros obstáculos para ajustar sua estratégia de corrida e tomar decisões em tempo real;

    Controle motor: O cérebro coordena os movimentos musculares necessários para a corrida, enviando sinais elétricos através dos neurônios para ativar os músculos corretos. Ele monitora constantemente a postura, a técnica de corrida e o equilíbrio para garantir uma execução eficiente;

    Tomada de decisões: Durante uma corrida em trilhas, o cérebro está constantemente avaliando as informações sensoriais e tomando decisões rápidas. Ele precisa escolher o caminho mais adequado, calcular a velocidade e a força necessárias para superar obstáculos, como raízes de árvores, pedras e desníveis no terreno;

    Regulação do esforço: O cérebro monitora o nível de esforço físico e desempenha um papel na regulação da intensidade da corrida. Ele avalia os sinais de fadiga, como frequência cardíaca, respiração e sensação de cansaço, e ajusta a velocidade e o ritmo de acordo;

    Controle emocional: Durante uma corrida em trilhas desafiadoras, o cérebro também desempenha um papel importante no controle emocional. Ele pode ajudar a regular o estresse, a ansiedade e a motivação, mantendo um estado mental positivo e focado;

    Memória espacial: O cérebro usa a memória espacial para se lembrar do percurso, dos pontos de referência e da orientação geral. Isso permite que você navegue pela trilha de forma eficiente e evite se perder;

    Reação a estímulos inesperados: O cérebro está constantemente monitorando o ambiente em busca de sinais inesperados, como um galho caído ou um animal cruzando a trilha. Ele responde a esses estímulos desencadeando reações rápidas para evitar acidentes ou lesões.

    E temos uma oitava função:

    Diversão: Relaxe o cérebro, aproveite a paisagem e desfrute de momentos nos quais fará você estar mais conectado a natureza.

    Esses são apenas alguns dos muitos processos complexos que ocorrem no cérebro humano durante uma corrida em trilhas. O cérebro desempenha um papel vital na coordenação de todas essas funções para garantir uma experiência de corrida segura e eficaz.

    Por: Carlos Campelo

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    Neurociência e a Corrida

    Os Benefícios da Corrida para Diferentes Faixas Etárias

    Descubra como a corrida pode ser uma atividade benéfica e transformadora em todas as idades, com dicas de treinamento específicas e histórias inspiradoras de corredores de diferentes gerações.

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    A corrida é um esporte democrático que pode ser praticado em todas as fases da vida. Desde crianças até idosos, os benefícios físicos, mentais e emocionais da corrida são inúmeros. Nesta matéria, vamos explorar os benefícios da corrida para diferentes faixas etárias e fornecer dicas de treinamento específicas para cada grupo. Além disso, compartilharemos histórias inspiradoras de corredores de diferentes idades que encontraram na corrida uma forma de superação e transformação pessoal.


    Benefícios da Corrida na Infância

    A corrida na infância traz uma série de benefícios para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Além de promover a saúde cardiovascular, a corrida ajuda a melhorar a coordenação motora, a resistência física e a autoconfiança. É importante que as crianças pratiquem a corrida de forma lúdica e divertida, com atividades adaptadas à sua idade. Brincadeiras como jogos de perseguição, corridas de revezamento e circuitos podem ser incorporadas aos treinos. Contar histórias de corredores mirins de sucesso, como campeonatos escolares ou histórias de personagens infantis, pode servir como inspiração para eles.


    Corrida na Adolescência: Fortalecendo o Corpo e a Mente

    A adolescência é uma fase crucial, e a corrida pode ser uma atividade extremamente benéfica nesse período. Além dos benefícios físicos já mencionados, a corrida ajuda a liberar endorfina, o hormônio do bem-estar, auxiliando na regulação emocional típica dessa fase. Para os adolescentes, é importante que os treinos sejam equilibrados e respeitem o crescimento e a maturação do corpo. Incluir exercícios de fortalecimento muscular, alongamento e descanso adequado é essencial. Compartilhar histórias de jovens corredores que alcançaram metas desafiadoras ou participaram de competições relevantes pode motivá-los a buscar seus próprios objetivos.


    Corrida na Vida Adulta: Equilíbrio e Bem-Estar

    Na vida adulta, a corrida pode ser um refúgio do estresse diário e uma forma de cuidar da saúde física e mental. Além de melhorar a aptidão cardiovascular, a corrida promove a liberação de endorfinas, aliviando a tensão e melhorando o humor. Nesta fase, é importante equilibrar os treinos com outras demandas da vida, como trabalho e família. Estabelecer metas realistas, criar uma rotina de treinamento consistente e diversificar os treinos (como intervalados, longões e treinos em grupo) podem trazer mais motivação e resultados positivos. Compartilhar histórias inspiradoras de corredores adultos que conseguiram superar obstáculos e manter a paixão pela corrida ao longo dos anos pode incentivar outros corredores a seguirem em frente.


    Correndo em Idade Avançada: Saúde e Vitalidade

    Na terceira idade, a corrida pode ser uma ferramenta poderosa para manter a saúde, a vitalidade e a independência. Estudos mostram que a prática regular de corrida pode ajudar a reduzir o risco de doenças crônicas, melhorar a densidade óssea e fortalecer o sistema imunológico. É importante que os corredores mais velhos tenham acompanhamento médico e realizem avaliações regulares para garantir que estejam aptos a praticar a atividade. Treinos de menor impacto, como corridas leves e caminhadas intervaladas, são recomendados para preservar as articulações. Histórias de corredores mais velhos que continuam a correr e participar de provas podem servir como exemplos inspiradores de longevidade e vitalidade.

    A corrida é um esporte que oferece benefícios em todas as fases da vida. Desde a infância até a terceira idade, a prática da corrida promove a saúde física, a superação de desafios e a transformação pessoal. Ao adaptar os treinos às necessidades específicas de cada faixa etária, é possível colher os inúmeros benefícios que a corrida proporciona. Esperamos que as histórias inspiradoras compartilhadas nesta matéria motivem e inspirem corredores de todas as idades a alcançar seu potencial e desfrutar dos benefícios dessa atividade incrível em todas as fases da vida. Lembre-se: nunca é tarde demais para começar a correr e aproveitar os benefícios dessa prática transformadora!

    Por: Redação Runners Brasil

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    Neurociência e a Corrida

    Um olhar da neurociência para praticar corrida no inverno

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    A neurociência pode nos ajudar a entender como o cérebro responde à prática da corrida no inverno.

    Aqui estão algumas considerações relevantes:

    Regulação da temperatura corporal: O cérebro desempenha um papel crucial na regulação da temperatura corporal durante a corrida no inverno. Ele monitora constantemente a temperatura interna do corpo e coordena respostas fisiológicas para mantê-la dentro de uma faixa ideal. Durante a corrida no frio, o cérebro ativa mecanismos de termorregulação, como o estreitamento dos vasos sanguíneos periféricos para reduzir a perda de calor e a produção de calor por meio da contração muscular;

    Sensação de frio: Quando estamos expostos a temperaturas baixas durante a corrida no inverno, os receptores sensoriais em nossa pele enviam sinais para o cérebro, que interpreta esses sinais como frio. O córtex somatossensorial e outras áreas cerebrais estão envolvidas no processamento dessas sensações térmicas e na geração da percepção subjetiva de frio;

    Resposta ao estresse: O cérebro ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), liberando hormônios do estresse, como o cortisol. Essa resposta ao estresse pode ter implicações na regulação do humor, da motivação e do desempenho durante a corrida;

    Estímulo para o cérebro: A corrida no inverno pode fornecer estímulos sensoriais únicos ao cérebro. A sensação do ar frio na pele, a paisagem coberta de geada e a mudança nas condições ambientais podem envolver diferentes regiões cerebrais e desencadear uma resposta emocional e cognitiva. Além disso, a prática da corrida em ambientes naturais durante o inverno pode oferecer benefícios adicionais, como a exposição à luz solar, que está relacionada à regulação do ritmo circadiano e ao bem-estar geral;

    Benefícios para a saúde mental: A neurociência mostra que a atividade física, incluindo a corrida, estimula a liberação de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que estão relacionados ao humor positivo e à regulação emocional. Além disso, a corrida no inverno pode proporcionar uma sensação de realização, superação de desafios e uma conexão com a natureza, o que pode ter efeitos positivos no cérebro e na saúde mental.

    Por: Carlos Campelo

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