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O "X" da questão

A experiência envolvente do Annual Meeting do ACSM nos EUA

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Participar do Annual Meeting do ACSM é uma experiência singular que combina a tradição de um dos maiores (se não o maior e mais importante congresso do mundo) e todo profissional do treinamento e da saúde deveria vir pelo menos uma vez para experienciar esta situação, pois é ali onde vemos in loco, as inovações em pesquisas científicas com aplicações práticas, a apresentação atualizada na presença de renomados pesquisadores do mundo todo.
Pesquisadores e cientistas, que por muitas vezes trabalham nos bastidores da performance como o Phd Andrew Jones da Universidade de Exeter no Reino Unido (que participou diretamente do projeto INEOS 1:59 com Eliud Kipchoge), Asker Jeukendrup, Stuart Phillips (proteínas e treinamento), Louise Burke (cafeína) e Panteleimom Ekkekakis (saúde mental), Trent Stellingwerff, Erick Rawson, Alannah McKay (pesquisas sobre o ferro na nutrição), além dos poucos brasileiros dos grupos de pesquisa da USP (que apresentaram suas pesquisas sobre o BCAA e Beta-Alanina), da UFRGS, da UFPR, da CBSurf (que mostrou sobre seu trabalho com os “Brazilian Storm”) e de outros lugares do Brasil, todos estes são referências mundiais em pesquisas do treinamento e da nutrição.

Este congresso é um ponto de encontro anual nos EUA para profissionais e acadêmicos comprometidos com o avanço da ciência do exercício com impacto na performance e na saúde. Neste contexto, vou compartilhar minha experiência pessoal ao participar pela 10ª vez deste grande evento e destacar a importância que ele possui para a saúde e a performance humana.

O Annual Meeting do ACSM é conhecido por ser itinerante nos EUA e pela sua longa tradição e reputação como um dos maiores congressos na área no mundo.
Com décadas de existência (desde 1954), o congresso tem sido um espaço privilegiado para o compartilhamento de conhecimentos e a divulgação de pesquisas acadêmicas inovadoras. Participar desse evento é uma oportunidade única para se atualizar sobre as últimas descobertas científicas, as tendências e interagir com os principais especialistas da área, a mais alta reputação da ciência mundial apresenta suas pesquisas na revista do ACSM e por aqui neste evento anualmente.

Durante o congresso, são abordados temas diversos relacionados à saúde e à performance, como fisiologia do exercício, nutrição esportiva, reabilitação, biomecânica, medicina do esporte, pois a programação é repleta de palestras, simpósios, painéis, workshops e apresentações de pôsteres, oferecendo uma ampla gama de conteúdo para os congressistas. Essa diversidade permite explorar diferentes áreas de interesse e expandir nosso conhecimento com pesquisadores do mundo todo, inclusive do Brasil.

Além disso, existe a feira de inovações e equipamentos e a famosa corrida de 5km apoiada pela Gatorade (Gisolfi Run), é até difícil de conseguir conciliar a agenda neste 4 dias de tantas opções

Uma das características marcantes do Annual Meeting do ACSM é a presença de renomados pesquisadores e profissionais de destaque na área. Essas personalidades influentes trazem consigo uma bagagem rica de experiências e contribuições para a ciência do exercício, enriquecendo o ambiente de aprendizado e incentivando o diálogo entre os participantes. Além disso, é uma oportunidade para conhecer e interagir com colegas de todo o mundo, estabelecendo contatos profissionais valiosos que dificilmente teria esta abertura em outro local. Consegui mais uma vez ampliar minha visão do conhecimento, entendendo que temos muita coisa a explorar neste mundo, principalmente quando se trata de saúde na performance, não somente da elite e sim dos amantes do treinamento amador.

A importância do congresso transcende o ambiente acadêmico e científico. As pesquisas apresentadas no Annual Meeting do ACSM têm um impacto direto na saúde e na performance de atletas de elite, mas também em nós, entusiastas do exercício e da população em geral. Esses estudos fornecem embasamento científico para aprimorar os programas de treinamento, aconselhamento nutricional, prevenção de lesões e intervenções terapêuticas na prática diária. Todas as recomendações sobre como treinar, porque treinar, como se nutrir, suplementar e descansar saiu daqui, deste corpo científico.

Dessa forma, a participação nesse congresso contribui e muito para o avanço da ciência e para a melhoria da qualidade de vida de muitos indivíduos que convivemos, pois aqui não tem achismo e sim práticas baseadas em um corpo de evidências, e esse é o X da Questão!

Minha experiência no Annual Meeting do ACSM foi enriquecedora mais uma vez em diversos aspectos principalmente no fator da aplicação prática em nosso trabalho diário. A combinação entre a tradição do congresso, as inovações em pesquisas e a presença de grandes pesquisadores proporcionou uma oportunidade única de aprendizado e networking e de colocar o pé no chão, entendendo que nada sei, e estamos sempre em um continuado processo de aprendizado. Além disso, ficou evidente que as pesquisas antes dominadas pelos EUA, está migrando para a Ásia, onde os investimentos estão chegando com força total nas pesquisas e consequentemente ampliando ainda mais a expansão do conhecimento científico mundial.

Extras: A cidade do congresso deste ano foi Denver/Colorado famosa por suas colinas e altura ( o centro da cidade fica a 1.600 metros do nível do mar), é bem alta. Aproveitei a passagem por aqui e corri uma boa maratona na cidade, a Revel Marathon que saiu do alto da Echo Mountain a 3.200m de altura e estava tão frio na largada (havia gelo na percurso na estrada).

Ciência + prática = Sucesso e esse é o X da Questão. Vamos mais?

Por: Darlan Souza

O "X" da questão

Iron Maiden: A Importância do Ferro para a Saúde e a Performance das Mulheres

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O ferro, muitas vezes chamado de “o mineral da vitalidade”, é um componente essencial para o funcionamento adequado do nosso corpo, desempenhando um papel crucial na produção de hemoglobina, a substância que transporta oxigênio para as células. Para corredoras amadoras, manter níveis adequados de ferro não é apenas vital para a saúde geral, mas também para alcançar uma boa performance durante os treinos e suas provas.

Causas da Deficiência de Ferro:

A deficiência de ferro pode ser causada por diversas razões. Uma dieta pobre em alimentos ricos em ferro, como carnes magras, legumes e vegetais de folhas escuras, pode levar a um déficit desse mineral. Além disso, perdas sanguíneas frequentes, como aquelas associadas ao ciclo menstrual em mulheres, podem contribuir para a deficiência de ferro. Treinos de longo volume e intensos, contribuem para esta situação.

Alimentos Ricos em Ferro:

Incluir uma variedade de alimentos ricos em ferro na dieta é fundamental. Carne vermelha, aves, peixes, feijões, lentilhas, espinafre e cereais enriquecidos são excelentes fontes desse mineral. Combinar esses alimentos com fontes de vitamina C, como frutas cítricas ou mesmo suplementando, pode aumentar a absorção de ferro pelo organismo.

Suplementação de Sulfato Ferroso:

Em alguns casos, a suplementação de sulfato ferroso pode ser necessária para corrigir deficiências ou mesmo para prevenir possíveis perdas. Exames regulares de ferro e seus subcomponentes ajudam a monitorar para que a suplementação seja mais assertiva.

Anemia em Atletas, Especialmente Mulheres Corredoras Amadoras:

A etiologia da anemia em mulheres corredoras amadoras é multifacetada. A perda menstrual, a ingestão inadequada de ferro na dieta e as demandas aumentadas devido ao treinamento físico intenso podem contribuir para a deficiência de ferro. A falta de conscientização sobre esses fatores pode resultar em fadiga persistente e sensação de fraqueza durante as corridas.

O repouso aliada a boa nutrição contribuem para a melhora do estado de fadiga e assim é possível se obter boa performance com saúde plena tanto a curto quanto a longo prazo.

Ela está ferrada!

Que bom, esse é o X da Questão!

Fatores que Podem Interferir na Absorção de Ferro e a Relação com a Doença de Crohn:

Doença de Crohn e Inflamação Crônica:

   – A doença de Crohn, uma forma de doença inflamatória intestinal (DII), é marcada por inflamação crônica no trato gastrointestinal. Essa inflamação pode comprometer a absorção eficiente de ferro no intestino delgado, contribuindo para deficiências nutricionais, incluindo a de ferro.

Hepcidina e Regulação do Ferro:

– Pacientes com doença de Crohn podem apresentar níveis elevados de hepcidina, uma proteína que regula a absorção de ferro. O aumento da hepcidina pode reduzir a disponibilidade de ferro, exacerbando a deficiência desse mineral.

Alimentos que Interferem na Absorção de Ferro e Considerações para Doença de Crohn:

Cálcio, Polifenóis e Ácido Fítico:* Alimentos ricos nesses componentes, conhecidos por interferirem na absorção de ferro, podem exigir uma atenção especial em pacientes com doença de Crohn, dada a susceptibilidade desses indivíduos a complicações nutricionais.

Alimentos que Aumentam a Absorção de Ferro e Recomendações Específicas para Doença de Crohn:

Vitamina C, Carne e Vitamina A:* A ingestão de alimentos ricos em vitamina C, carnes (especialmente as vermelhas) e vitamina A pode ser benéfica para melhorar a absorção de ferro. No entanto, é fundamental personalizar a dieta de acordo com as necessidades e desafios específicos enfrentados por pacientes com doença de Crohn.

Fique atenta:

Se você é uma corredora amadora que experimenta fadiga constante, é crucial não ignorar esses sinais. Consulte um médico e um nutricionista capacitado para realizar exames específicos, avaliar seus níveis de ferro e receber orientações personalizadas. A consciência e o cuidado em relação à sua dieta e, se necessário, a suplementação, podem fazer uma enorme diferença em sua saúde e desempenho atlético, esse é o X da Questão!

A Donzela de Ferro não é apenas um ícone do rock, mas também uma metáfora para as mulheres se lembrar da sua força interior, esta força necessária para superar todos os obstáculos. Ao cuidar dos seus níveis de ferro, você está fortalecendo não apenas seu corpo, mas também sua jornada como corredora. Corra com força, vitalidade e persistência. Corra com saúde e boa performance.

Bons treinos!

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

Não Existe Tênis Perfeito!

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Qual melhor tênis hoje? Depende!
Tênis de placa de carbono é para todo mundo que corre? NÃO!
Tênis de placa pode me dar melhores resultados, me deixar mais rápido nas corridas? Sim, pode melhorar sua velocidade, se você estiver bem treinado, bem nutrido e bem descansado, ele sozinho não faz milagres! TREINE MUITO!

Antes de pensar em tênis ideal, a sua preocupação deve ser focado em ter o pé “treinado” e magro para receber este produto intitulado de “super tênis”. É preciso ter tido alguns anos de experiência correndo com tênis regulares. Tênis de placa apesar de serem a nova “modinha” eles de modo geral são extremamente apertados e desconfortáveis para novatos na corrida. Além do mais, é crucial solidificar bem a estrutura e ter uma boa flexibilidade dos pés e dos membros inferiores (músculos, tendões e todas articulações). Ou seja, precisa ter experiência em correr com todos tipos de tênis e terrenos (planos, subidas e descidas).

Sugiro na medida do possível testar e experimentar diferentes tipos/modelos de tênis para seus treinos aeróbicos de corrida, pois nem sempre o mais caro é o melhor para você. Algumas marcas acertam em alguns modelos e erram em outros ao longo do tempo e isso é normal, este é o X da Questão!

O melhor produto ainda é aquele que você pode pagar hoje e que não cause desconforto em seus treinos. O ideal inclusive é ao comprar, realizar um monitoramento da km dele e inclusive revezar com outros para não sobrecarregar ele, tênis precisa descansar um ou dois dias para aumentar seu tempo de vida útil. O tempo de vida de um tênis para correr bem e confortável na média pode chegar a 1.000km ou mais. Com 600km de uso, ele costuma ficar mais duro e desgastado.

Cuidado com quem abre a boca na internet para fazer “review” sobre tênis, esta boca que tanto fala e elogia determinada marca ou modelo “pode ser comprada” para falar o que bem entende para determinada marca ou modelo vender mais. Cuidado!
Sobre saber avaliar tênis:
0-50km: É somente as impressões
50-100km: Ainda é primeiras impressões sobre o produto
100-200km: Pode aprofundar os comentários, lavar e citar o desgaste
200-400km: Pode apresentar os desgastes e os pontos de pressão, colagens e rasgos
500-600km: Relatório final do tênis.

Encontrar o calçado adequado a seu gosto e seu bolso pode ajudar a melhorar sua saúde e desempenho.

Além disso, testar diversos tipos de tênis permite encontrar o mais confortável para diferentes tipos de terreno e distâncias de corrida. Por outro lado, nos treinos de musculação, uma botinha pode ser uma opção mais adequada do que um tênis, pois oferece estabilidade e suporte adicionais durante os exercícios de levantamento de peso, reduzindo o risco de torções e lesões nos tornozelos.

Ter bons calçados, são essenciais para o bom desenvolvimento dos treinos, aposte no que pode pagar hoje e nos que te fazem bem. E sobre o “drop” dos tênis? Ah, isso é assunto para outro momento! Bons treinos a todos!

Por: Darlan Souza

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O "X" da questão

21 verdades – Falando de Meia Maratona

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Camaradas! Aproveitando a distância da meia maratona, vamos citar as 21 verdades (inconvenientes) sobre a corrida de rua, afinal, esse é o X da Questão:

1- Se quer melhorar, precisa treinar bastante. Por mais paradoxal que pareça, ainda tem gente que acredita que treinar pouco vai resolver, vai melhorar. Desculpe, não vai!

2- A progressão dos treinos deve ocorrer lentamente, pode demorar semanas, meses ou anos, depende das características do indivíduo e do seu estilo de vida

3- A maioria das lesões são oriundas de uma falta de cuidados com a dieta, o repouso e o auto-conhecimento acerca da sua atual capacidade física.

4- Quem corre prova todo final de semana não entendeu o propósito da corrida. Quem fala muito sobre corrida em rede social, treina bem pouco (esta é bem comum).

5- Quem corre na pirataria (pipoca), prejudica o evento e os demais corredores. A via tem uma certa capacidade e mesmo que leve sua água você não pode ficar ali no percurso correndo, respeite o momento do praticante inscrito. Corra no local se tiver inscrito, caso contrário, vá treinar em um outro local.

6- Correr prova trail é legal, mas não melhora sua condição para a corrida de rua

7- Indiscutivelmente, as corridas de rua têm maior apelo comercial, do que as de trail

8- Grupos de trocas de mensagens podem te levar a melhorar a condição nos treinos ou piorar, filtre as informações e convites

9- Tênis bom pode melhorar sua performance, mas o que melhora sua performance mesmo é treinar regularmente e corretamente

10- Suplementos e complementos alimentares são essenciais para quem corre mais de 100 minutos por semana. Os aliados do corredor que ninguém fala: Whey protein e Ferro (Sulfato Ferroso).

11- Treinador bom é aquele que te entende e entende na teoria e na prática o que é a atividade, o esporte. Nem muita teoria e nem muita prática e sim o equilíbrio para conseguir extrair o máximo do sujeito.

12- Aprender o básico de nutrição, é primordial para evoluir na corrida e para não precisar ir ao banheiro em treinos e provas.

13- O melhor aquecimento é aquele que te prepara para a atividade fim, menos firula e mais direcionamento é a chave.

14- Valorize o momento do aquecimento, 10 a 15 minutos são suficientes para te preparar para um bom treino.

15- Em treinos mais intensos ou extensos, jamais perca o foco olhando para celular previamente, acorde e vá direto treinar! Assim, mergulhe no treino de mente vazia e terá uma otimização dos resultados nos treinos.

16- Treinamento de força é essencial, se você não faz, estas perdendo força e potencial na corrida.

17- Não faça tudo ao mesmo tempo (corrida e treino na academia). Dê um intervalo mínimo de 6h entre um treino de força e um treino de corrida.

18- Esteira ajuda, mas não é para usar sempre. Use quando for uma situação atípica. Seu esporte é correr na rua!

19- Quiropraxia e massagens aliviam nosso corpo e nossa alma, todos deveriam fazer pelo menos 1x por semana.

20- A grande maioria dos corredores, quer discutir e criar polêmicas nas redes sociais acerca da marcação de um resultado de prova, mas não sabe o básico de como funciona o sistema do seu relógio com GPS (ou do celular que ele mede à distância). Não sabem como é o nível de precisão dos gadgets e desconhece totalmente o sistema de aferição de provas (seja de chip ou de metragem da Cbat).

21- Descaso é treino! Leia e durma. Mesmo sem treinos, beba muita água em dias OFF.

E então, incluiria mais algumas?

Por: Darlan Souza

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