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Trail Running

A Cultura Trail: EUA vs Europa

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Muitos atletas brasileiros de Trail Run sonham em participar das grandes provas internacionais espalhadas pelo mundo, as icônicas UTMB e Western States e todas as demais que acompanhamos através de vídeos e fotografias incríveis nas redes sociais. É tudo tentador e agora mesmo, já estou com vontade de parar de escrever esse texto, abrir uma Pringles com uma cerveja gelada e assistir o Live Coverage de alguma prova que estiver rolando no hemisfério norte. Mas voltemos ao foco do texto…

O Trail Run é muito diferente nos 2 grandes centros mundiais ou alguém acha que é tudo farinha do mesmo saco? A característica das comunidades de atletas norte-americanos e europeus é muita distinta e já começa no modo de se vestir.

Os norte-americanos preferem shorts curtos, aqueles de 3 ou 2 polegadas de comprimento e na maioria das vezes, sem camisa (ou no caso das mulheres, só o Top). Já os europeus, curtem mais as calças capris (aquelas que terminam logo abaixo do joelho ou as bermudas / Shorts que tem algum tipo de compressão. Além disso, também são adeptos de meias altas.

Chega a ser engraçado, nas minhas andanças por esses 2 centros, dá pra confirmar o impacto que ídolos provocam em seus fãs. Alguém conhece o Anton Krupicka? Pois é, ele quase sempre corre sem camisa (mesmo em temperaturas baixas) ou está usando camisa de botão!!! Isso mesmo que você ouviu, camisa de botão! Não se espante em chegar numa prova no Colorado, EUA e se deparar com vários atletas com a mesma indumentária. É o impacto que um ídolo promove! Cria tendências! Eu até hoje ainda não usei esse tipo de camisa numa prova, mas prometo que vou comprar uma, silkar minha marca e meus patrocinadores e alinhar numa prova. De preferência numa que o Krupicka esteja e fazer aquela blogueiragem: Gêmeos Univitelinos rsrsrsrsrsrs

Uma outra característica, é o tamanho e o local onde se prende o número de peito. Os norte-americanos, se precisar, cortam o número todo no menor quadrado possível e prendem-no ao short, em cima de uma das coxas. Já os europeus, são aqueles números maiores, um grande retângulo preso ao centro da blusa com enorme visibilidade. Você já teve a oportunidade de usar as duas versões? Gostou mais de qual? Deixa seu comentário depois, me dá uma moral aí!!!!

Os postos de controle também diferem bastante entre as regiões. Na Europa, normalmente as bebidas são em temperatura ambiente, há frutas mas há muito queijo e salame. Do lado oposto, nos EUA há vários daqueles chocolates Twix, snickers, M&M´s além de bacon, burgers e pizza. Na minha concepção, o mais importante é que aquela coca-cola nos EUA, estará estridentemente gelada! E que diferença faz! Já bebeu coca-cola quente? Não lembrou xarope? E já foi num nutricionista que disse pra você que coca-cola faz mal? Pois é… Cadê aquele comentário maroto pra me dar mais visualização rsrsrsrsrsrs Além disso, existe uma logística bem antagônica na localização dos postos de controle, uma vez que normalmente na Europa, você demora mais a chegar de um posto a outro, enquanto que nos EUA, a distância entre eles é menor. Às vezes, isso deve-se ao tipo de terreno do percurso, às vezes por dificuldade de acesso ao percurso com carros, às vezes por questão de opção mesmo.

Talvez o fator mais polêmico que diferencie essas culturas, seja a questão dos equipamentos obrigatórios. Antes que fiquem dúvidas: a segurança em todas as provas é primordial! Umas provas têm mais recursos enquanto outras nem tanto. Nas montanhas europeias, há muita formação de microclimas e grandes amplitudes térmicas, o que gera preocupação aos organizadores em saber que seus atletas terão material suficiente para se proteger do frio (maioria dos casos) até o socorro chegar. Note que nem todas as provas tem helicópteros de resgate. Portanto, indo para a Europa correr, prepare-se: casaco anorak, camisa 2ª pele, calça impermeável, luva, gorro, lanterna com pilha reserva, mochila de hidratação, kit de primeiros socorros, telefone carregado com chip local, cobertor de emergência… Tudo é checado na retirada do kit ou largada, em algum posto de controle e na chegada. Bem, ao menos deveria ser já que foi solicitado. Virando a moeda ao contrário, nos EUA, na maioria das provas, nem lanterna se pede, mesmo quando há previsão de correr no escuro. Acredito eu, que lá eles se baseiam que o cidadão é consciente dos seus deveres saberá a importância de cada item e ao mesmo tempo tomar a decisão que mais lhe parecer correta. Normalmente, recomenda-se que o atleta tenha experiência prévia em provas similares. Num outro aspecto, como disse anteriormente, nos EUA, os postos de controle são mais próximos em geral, o que facilita o controle de segurança. Além disso, várias provas longas, tem seu percurso em Loops, outro fator a facilitar o controle de segurança.

Já quase acabando aqui de escrever, mas estou louco pra dar aquela conferida na minha última postagem do Instagram e conferir quantos likes eu obtive rsrsrsrs e tentando me lembrar do que eu ia falar, a memória falha mas não tarda!

Medalha? Finisher? O que tem de diferença? Pois bem, na Europa, muitas vezes ganhamos um colete ou casaco de finisher e outras vezes uma medalha mesmo. Já nos EUA, temos canecas ou brindes artesanais sendo oferecidos, mas as medalhas são raras. O que não é raro, são as fivelas de cinto para quem corre as provas de 100 milhas!

Mas ML, e no Brasil? Agora eu preciso descansar do meu longão e colocar um pouco de gelo no meu calcanhar, então quem sabe na próxima edição eu não fale sobre as características das provas Trail no Brasil?

Curtiu? Você prefere prova nos EUA ou na Europa? Deixe seu comentário e eu te dou aquele like!

Bons treinos!

Por: Manuel Lago

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Fila lança o Racer Skytrail, seu primeiro modelo para treinos e provas de trilha

Tênis da marca italiana entrega performance, resistência, conforto e estilo tanto em trilhas como nas ruas

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A FILA, conhecida por sua inovação e performance no esporte, estreia no universo do trail com o lançamento do Racer Skytrail. Este tênis foi desenvolvido para treinos e provas de trilha, combinando engenharia avançada com design moderno. Resultado de uma parceria estratégica com a Vibram, referência global em tecnologia de borracha, o Racer Skytrail oferece alta resistência e eficiência no grip, tornando-se uma escolha essencial para os corredores de todos os níveis.  

Seu cabedal reforçado garante excelente estrutura e proteção, com uma área reforçada na biqueira para maior segurança. A palmilha perfurada ajuda no escoamento do suor, enquanto o puxador traseiro facilita o calce, adicionando praticidade no uso diário. Para um ajuste eficiente, os passadores extras proporcionam uma amarração firme, e o colarinho macio oferece conforto – mesmo nas trilhas mais longas e difíceis. O ponto refletivo no contraforte oferece maior visibilidade em ambientes escuros ou com pouca luz. O Racer Skytrail une todos os atributos essenciais para o trail com a tecnologia de solado Vibram, proporcionando tração e aderência ideais para terrenos desafiadores.  

“O Racer Skytrail é mais do que um produto inovador; ele marca a entrada da FILA em um segmento em que queremos trazer uma experiência completa ao usuário, com tecnologia de ponta e design pensado para o trail run”, afirma Adriana Magalhães David, head de branding e marketing da FILA Brasil. “Com essa parceria com a Vibram, conseguimos criar um tênis que traduz a essência da marca: oferecer aos atletas, sejam eles amadores ou profissionais, um calçado que alia resistência, eficiência e estilo.” 

Com esse lançamento, FILA reforça seu compromisso com a excelência esportiva, entregando aos corredores um calçado capaz de enfrentar as trilhas mais desafiadoras, sem deixar de lado o conforto e o estilo.
Com numeração do 33 ao 45, o lançamento já está disponível no site pelo preço de R$ 699,99.

Por: Redação Runners Brasil

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Quais características são importantes em tênis de trilha?

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Ao escolher um tênis de trilha, é importante considerar várias características que podem influenciar o desempenho e o conforto durante a corrida em terrenos acidentados. Aqui estão algumas características essenciais a serem observadas:

  1. Aderência: Tênis de trilha devem ter solas com cravos agressivos para proporcionar boa tração em superfícies variadas, como lama, pedras e terrenos soltos. Isso ajuda a evitar escorregões e quedas.
  2. Amortecimento: Um bom amortecimento é crucial para absorver o impacto em terrenos irregulares e proporcionar conforto durante corridas longas. Espumas responsivas podem ajudar a melhorar o desempenho.
  3. Proteção: Tênis de trilha devem oferecer proteção contra pedras e outros detritos. Isso pode incluir biqueiras reforçadas e placas de proteção na sola.
  4. Respirabilidade: Materiais respiráveis ajudam a manter os pés secos e confortáveis, especialmente em condições úmidas ou durante corridas longas.
  5. Estabilidade: É importante que o tênis ofereça estabilidade para ajudar a prevenir torções e lesões, especialmente em terrenos técnicos e irregulares.
  6. Durabilidade: Tênis de trilha devem ser feitos de materiais duráveis que resistam ao desgaste causado por terrenos ásperos e condições climáticas adversas.
  7. Ajuste e Conforto: Um ajuste confortável é essencial para evitar bolhas e desconforto. Um bom tênis de trilha deve ter um ajuste seguro, mas não apertado, permitindo algum espaço para os dedos.

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Essas características ajudam a garantir que o corredor tenha uma experiência segura e confortável ao enfrentar trilhas desafiadoras.

Por: Equipe Runners Brasil

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Maternidade e corrida. Os superpoderes das mães corredoras!

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A mulher é conhecida por ter o dom de conseguir realizar diversas atividades ao mesmo tempo, exercendo vários papeis em sua rotina diária, tendo que dar conta de dupla ou até tripla jornada, conciliando a vida pessoal, com a profissional, familiar, e, no caso das corredoras, a vida esportiva.

E, quando se é mãe, desdobrar-se em duas ou três é ainda mais desafiador, tendo em vista que estamos tratando de uma relação de dependência entre filho e mãe. Mas, na maioria das vezes, a corrida acaba sendo, inclusive, uma oportunidade para extravasar dias abarrotados de tarefas e compromissos.

Não são raros os casos de mães ultramaratonistas, por exemplo, que realizaram grandes provas em período de amamentação. Um dos mais icônicos é o da britânica Sophie Power, que, em 2018, durante a Ultra Trail du Mont Blanc, a prova de trail mais famosa do mundo, parava nos postos de apoio ao longo da corrida para encher a bomba de leite, já que o bebê se alimentava de três em três horas. E, ao completar cerca de 16 horas de prova, ela mesma alimentou diretamente o filho, que a esperava, junto com o pai, em outro ponto de apoio. A foto de Power viralizou nas redes sociais, após ser publicada no perfil oficial do Strava.

Foto: Alexis Berg/Strava

Outro caso que também virou notícia aconteceu em 2023. Sophie Carter, do Reino Unido, aos 43 anos, correu e venceu os 100 quilômetros da Race to the Stones, de Lewknor a Avebury, no Reino Unido, com um tempo incrível de 9h50min25, mesmo fazendo paradas periódicas para extrair leite para seu bebê de 8 meses.

Para conseguir tal façanha, ela usou uma bomba específica para extrair o leite, chamada Elvie Pump. O aparelho não atrapalha a corrida como uma bomba manual poderia atrapalhar. Depois da ordenha, ela entregava o leite ao seu parceiro em intervalos durante a corrida.

Foto: Reprodução/ Kidspot

Um terceiro caso foi de outra britânica, Jasmin Paris, que, em 2019, se tornou a primeira mulher a vencer a ultramaratona Montane Spine Race, que tem 431 Km de extensão, largando em Derbyshire, na região central da Inglaterra, e percorrendo até a fronteira com a Escócia. Ela superou todos os homens e mulheres oponentes e cruzou a linha de chegada em 83h12min23, quebrando o recorde da competição, e, seguindo os dois exemplos anteriores, e ordenhava leite entre uma parada e outra nos postos de controle do caminho, para amamentar seu bebê de 1 ano.

Foto: Reprodução

Como conciliar a maternidade com a rotina de treinos?

Só pelos exemplos citados acima, comprovamos que as mulheres são realmente super-heroínas, ao conseguirem conciliar tantos papeis em uma pessoa só. Mas, semelhantes a elas, existem inúmeros casos parecidos, de mulheres que dividem as tarefas de mãe, esposa, profissional, e, claro, corredora.

Um exemplo é a Tatiane Glória da Mota, de São Paulo, que corre desde 2016, sem treinamento específico, mas desde final de 2022 treina com a assessoria Go On Outdoor, para se preparar especialmente para corridas de montanha.

Ela é mãe do Gustavo, de 4 anos, que nasceu no auge da pandemia de Covid-19, em meio a momentos de medo e incertezas. “Como se não bastasse, eu tive uma complicação no puerpério que me deixou cinco dias na UTI, logo, nos primeiros cinco dias de vida do meu filhote. Com o nascimento do Gu, pandemia, dias na UTI, aprendi a lidar com alguns medos e encarar a vida de outra maneira”, declara Tatty.

Antes disso, ela já corria, mas sem treinamentos específicos. Ela conta que realizou algumas provas bacanas, como XTerra Ilhabela, Escape Trail Run Campos do Jordão e a mais desafiadora, na ocasião, sem treinamento específico, que foi a KTR Serra Fina 25 Km, em 2022, prova com um trajeto novo, largando da cidade de Lavrinhas SP, passando pelo Pico Agudo, até o Quartzito, e descendo em direção a Passa Quatro. “Nossa como eu sofri nessa prova, sem preparo, sem treinamento específico. O propósito era chegar e encontrar meu filho. Foi uma prova que tive oportunidade de pensar em todas as dificuldades que eu havia enfrentado, e isso me fez forte para finalizá-la e chegar ao pórtico com meu troféu nas mãos”, destaca.

Tatiane chegando com o seu maior “troféu” em mãos. Foto: Arquivo Pessoal

Essa prova foi o marco para Tatiane compreender a importância de correr com suporte de treinamento específico, ter um treinador que a orientasse e uma base de fortalecimento.

Por mais que a maternidade exigisse uma dedicação e um tempo maior de Tatiane, foi na corrida que ela encontrou ainda mais forças para encarar essa rotina de ter que desempenhar várias “personagens”.

“A maternidade só acrescentou para que eu enfrentasse novos desafios e para eu correr com o propósito de também ser exemplo para meu filho. Mas… e o mas, está presente, porque nem tudo são flores: dedicar-se a uma atividade exige estar ausente em alguns momentos”, afirma.

Ela ressalta que a corrida foi uma forma de deixar a rotina um pouco mais leve. “Me dedicar à corrida de montanha é ter na minha rotina diária (trabalho, ser mãe, esposa, dona de casa…) Ter um tempo só meu e me sentir feliz por também, dentro da correria do dia, fazer a minha melhor entrega no esporte que eu escolhi pra aprender e evoluir”, declara.

Gustavo mostrando que a paixão pela corrida já está no sangue! Foto: Arquivo pessoal

Mas, obviamente, tirar um tempo para se dedicar aos treinos de corrida exigiu um suporte familiar maior. “Não posso deixar de mencionar o quão é importante a rede de apoio, meu esposo, João, que também corre montanha, é um superpai e um mega parceiro, me incentivando nos treinos e sempre sendo meu suporte nas provas.

Tai, Gustavo e João. Chegada em família na La Misión Brasil! Foto: Arquivo pessoal

Conciliar tantas atividades não é tarefa fácil, e podemos tirar algumas dicas do depoimento da nossa entrevistada. Investir em uma assessoria esportiva, por exemplo, é um ponto muito positivo, já que, ter os treinos bem dosados conforme a rotina diária e para objetivos específicos, acompanhados por um profissional, além de diminuir os riscos de lesão, é bem mais motivador.

O suporte dos familiares também é fundamental. Uma rede de apoio de família e amigos, que incentivem e estimulem o hábito da corrida é essencial e só vai melhorar essa relação da mãe com todos ao redor e consigo mesma.

E, para finalizar, como é de praxe no meio da corrida, estamos sempre influenciando e incentivando outras pessoas à prática do esporte que tanto amamos, e, com os filhos não pode ser diferente. A maioria das corridas estimula a presença do público infantil, inclusive com a modalidade de corrida kids, portanto, nada melhor do que correr em família e levar os pequenos também para se familiarizar com o ambiente das provas, e, claro, participar das corridas infantis, o que é muito desejável, não apenas em relação à saúde física, mas também à socialização dos pequenos.

Wanderson Nascimento

Jornalista, corredor de trilha e acadêmico de Educação Física

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